Portugal é um dos destinos mais eleitos pelas pessoas que desejam viver uma experiência em um novo país, seja depois da aposentadoria ou porque possuem outros rendimentos. Para essas pessoas, o país oferece um visto especial, focado em quem possui rendimentos próprios para viver: o visto D7.

Se você planeja fazer sua mudança para Portugal, acompanhe este artigo. Vamos contar tudo o que você precisa saber sobre o visto de residência para aposentados ou titulares de rendimentos.

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Pergunta Resposta
O que é o visto D7? É um visto destinado às pessoas que tenham rendimentos garantidos, como aposentadoria, renda de aluguéis ou investimentos financeiros.
Quem pode solicitar o visto D7? Há alguns requisitos, o principal deles é comprovar que possui os rendimentos exigidos para esse visto.
Qual o valor do visto D7? O valor da solicitação, em abril de 2023, é R$ 661,38 (a ser pago no momento do pedido), sem contar os custos da preparação da documentação.

O que é o visto D7 para Portugal?

O visto D7 é o tipo de visto mais indicado para residência de pessoas aposentadas ou que sejam titulares de rendimentos passivos que queiram morar em Portugal. Não é a toa que ele ficou conhecido como o visto de aposentado em Portugal, pois muitos reformados solicitam esse visto.

Ele foi criado para incentivar e atrair para o país pessoas que já tenham um rendimento mensal garantido. Dessa forma, quem obtém o visto D7 para vir morar em Portugal aposentado ajuda na movimentação da economia local e na geração de renda ou de empregos.

A quem esse visto é destinado?

O visto D7 Portugal é dedicado para:

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  • Quem já é aposentado e pode comprovar o recebimento dos valores de aposentadoria ou pensões;
  • Quem possui rendimentos de imóveis, bens móveis ou aplicações financeiras, por exemplo;
  • Estrangeiros que vão viver em Portugal para exercer atividades religiosas.

Requisitos para o visto D7

O principal requisito para obter o visto D7 é fazer a comprovação dos rendimentos, alcançando pelo menos o valor mínimo exigido pela lei. Outros requisitos que também são necessários são:

  • Apresentar a documentação completa no pedido;
  • Possuir um seguro viagem válido (pode ser substituído pelo PB4);
  • Ter alojamento garantido em Portugal.

Como conseguir o visto D7 para Portugal?

Para conseguir tirar esse visto, você precisa reunir toda a documentação necessária e encaminhar o pedido através da VFS Global. A empresa é a responsável no Brasil pela emissão dos vistos para Portugal.
Para garantir que a solicitação do visto corra de forma tranquila e sem erros, siga estes passos:

  1. Acesse o site da VFS Global (na aba tipos de visto, visto de residência);
  2. Confira a lista de documentos necessários para o visto de residência de reformados (como são chamados os aposentados em Portugal) ou pessoas que vivam de rendimentos;
  3. Prepare a documentação com atenção;
  4. Envie os documentos para o Centro de Solicitação de Vistos da VFS (escolha o escritório da sua região, conforme a indicação da lista de jurisdição);
  5. Acompanhe o andamento do pedido (a VFS Global informa que após enviar os documentos, você vai receber um e-mail com as informações necessárias para rastrear o pedido).

Documentos para visto D7 Portugal

Os documentos exigidos para solicitar o visto D7 Portugal são:

  • Formulário de pedido de visto (preenchido e assinado pelo requerente);
  • 2 fotos 3×4 atuais;
  • Original e cópia do passaporte (tenha atenção para que o documento esteja válido por mais de 3 meses após a data prevista para o regresso);
  • Seguro viagem ou PB4;
  • Certificado de Registro Criminal emitido pela Polícia Federal (atualizado – no máximo 30 dias – e com Apostila de Haia);
  • Requerimento para consulta do registro criminal português pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF);
  • Comprovante de que possui rendimentos que garantam o sustento em Portugal (explicaremos mais detalhes logo a seguir);
  • Comprovante de que tem um alojamento em Portugal (são aceitos carta convite, contrato de aluguel de imóvel ou escritura de compra de imóvel).

Recomendamos que você tenha bastante atenção à lista de documentos exigidos e não deixe faltar nenhum. A VFS Global informa que a falta de algum documento pode causar o indeferimento do pedido do visto para Portugal.

Como comprovar renda para o visto D7?

A comprovação da renda é um dos itens mais importantes para obter o visto D7. Para quem é aposentado, é necessário juntar ao pedido os comprovantes da aposentadoria e a Declaração de Imposto de Renda.

Já para quem vive de rendimentos, é preciso apresentar os comprovantes financeiros destes rendimentos, sejam quais forem: aplicações financeiras, aluguel de imóveis e outros tipos de renda. Também é preciso apresentar o Imposto de Renda.

Mulher prestes a embarcar com visto D7 Portugal
Para obter o visto D7 Portugal e se mudar para o país é preciso comprovar a renda anual exigida pela lei.

Já os religiosos devem apresentar um Certificado da igreja ou comunidade a que pertençam, com reconhecimento da ordem jurídica portuguesa (convite nominal). Também é preciso apresentar uma Declaração da respectiva igreja ou comunidade no Brasil (com assinatura reconhecida) e Declaração de Imposto de Renda.

Para todos os casos é indispensável apresentar um comprovante de que os meios financeiros estão disponíveis em Portugal.

Qual valor mensal é preciso comprovar?

O valor da renda varia conforme a quantidade de pessoas do agregado familiar que vai solicitar o visto para aposentado em Portugal (quantidade de pessoas que fazem parte da família).

Os valores, que são calculados com base no salário mínimo português, são os seguintes:

Agregado familiar Valor a comprovar
1º adulto (quem pede o visto) 100% do salário mínimo atual
(760€ em 2023)
2º adulto 50% do salário mínimo atual
(380€ em 2023)
Cada criança ou jovem com idade inferior a 18 anos e filhos maiores a cargo 30% do salário mínimo atual
(228€ em 2023)

Um casal de aposentados, por exemplo, deve comprovar o valor mínimo de 1.140€ por mês (que corresponde a 150% do salário mínimo português de 2023).
Para que você tenha uma ideia, com a cotação atual (euro a R$ 5,46 em abril de 2023) esse valor corresponde a R$ 6.229,07 por mês para 2 adultos.

O Governo de Portugal exige também a comprovação do valor mínimo mensal para o período de um ano, ou seja, R$ 6.229,07 x 12 meses = R$74.748,84 em conta bancária para a solicitação do visto para um requerente mais um agrupado.

Saiba que a aprovação do visto não é automática. Por isso, quanto mais recursos você puder comprovar, mais chance terá de ter aprovação do visto.

Se você quiser acompanhar a cotação diária do euro para saber o valor necessário em reais, veja este artigo. E para saber como abrir conta bancária em Portugal, informe-se aqui.

O valor precisa estar disponível em uma conta bancária em Portugal?

Sim, o valor referente a um ano (como indicado acima) deve estar disponível em uma conta bancária em Portugal. A conta deve ser aberta em nome do titular do visto D7.

Lembre-se de fazer o cálculo conforme o número de familiares reagrupados.

Continuidade da comprovação dos rendimentos

Depois de comprovar que possui os rendimentos necessários para solicitar o visto para aposentado em Portugal, você precisará comprovar a cada 2 anos que ainda possui capacidade financeira para se sustentar em Portugal para renovar a sua autorização de residência no país.

Por isso, a comprovação de rendimentos não é necessária somente para solicitar o visto, mas também para manter-se regular no país e renovar sua autorização de residência.

Conheça a experiência de quem já tirou o visto D7 para Portugal.

Validade do visto e da autorização de residência em Portugal

Para entender as validades, antes de tudo, é importante saber que a obtenção do visto D7 acontece em duas fases diferentes. A primeira acontece no Brasil e a segunda já em Portugal.

Primeira fase

Na primeira fase, no Brasil, você deve encaminhar o pedido de visto através da VFS Global, conforme os detalhes explicados acima.

Após a aprovação, você vai receber um visto colado em seu passaporte com validade de 4 meses, a partir da data da emissão. Esse é o período que você tem para deixar o Brasil e entrar em Portugal.

Segunda fase

Quando você já estiver em Portugal, deve fazer a segunda etapa do pedido, para se tornar um residente no país. Você deve ir ao SEF pessoalmente para entregar sua documentação.

Caso tudo esteja correto, o seu pedido será aceito e você receberá a autorização de residência temporária, que será válida por 2 anos. O prazo foi alargado depois de uma alteração na Lei de Estrangeiros (Lei nº 23/2007), no artigo 75º:

Sem prejuízo das disposições legais especiais aplicáveis, a autorização de residência temporária é válida pelo período de dois anos contados a partir da data da emissão do respetivo título e é renovável por períodos sucessivos de três anos.

Passados 5 anos de residência em Portugal, caso você pretenda continuar a viver no país, é possível pedir a autorização de residência permanente. Se preferir, também é possível requerer a cidadania portuguesa por tempo de residência.

Quanto tempo posso ficar fora de Portugal com o visto D7?

Muitas pessoas nos perguntam se com a autorização de residência concedida através do visto D7 é possível passar parte do ano em Portugal e parte no Brasil. É possível, mas há um limite.

Em regra, a autorização de residência pode ser cancelada quando o titular, sem razões justificáveis, se ausentar do país pelo período de 6 meses consecutivos ou 8 meses intercalados, no período total da validade da autorização. Entretanto, existem algumas exceções legais.

No caso das autorizações de residência permanentes, esse período passa a ser de 24 meses seguidos ou 30 meses intercalados (dentro de um período de 3 anos).

Quanto custa o visto D7?

Em abril de 2023, custa R$ 661,38.

Se você quer saber o valor do Visto D7 para Portugal, explicamos na tabela abaixo todos os custos envolvidos neste pedido.

Taxa Valor
Taxa Consular R$ 505,65
Taxa de transferência R$ 15,27
Taxa de processamento R$ 140,46
Valor total do visto D7 R$ 661,38

Observe que este é o valor pago pela solicitação do visto. Você também deve considerar os gastos prévios com a organização de documentos e os custos da Apostila de Haia.

As taxas cobradas podem apresentar algumas variações porque são estabelecidas mensalmente, tendo como base a cotação do euro. Antes de pedir o visto, consulte o valor atualizado no site da VFS Global, na aba taxas consulares.

Quanto tempo demora para sair o visto D7?

De acordo com o site da VFS Global, o prazo de processamento do visto é de 60 dias. Essa informação está presente no artigo 58º, 4 da Lei de Estrangeiros.

Mas esse prazo só começa a contar quando o pedido é inserido no sistema de vistos, o que acontece depois que os documentos forem recebidos e analisados pela empresa.

Por isso, caso você já tenha uma data prevista para a viagem, é recomendável que encaminhe o pedido do visto D7 pelo menos 90 dias antes. Assim, você evita prejuízos por eventuais atrasos no processamento da sua solicitação.

Com o visto D7 posso trabalhar em Portugal?

Sim, é possível trabalhar com o visto D7.

A lei que regulamenta o visto não tem nenhum impedimento quanto ao trabalho de quem possui o D7. Entretanto, é preciso lembrar que a concessão desse tipo de visto é feita para quem comprova que possui rendimentos suficientes para viver em Portugal.

Por isso, mesmo que o trabalho como aposentado ou titular de rendimentos seja permitido, ele não deve ser considerado para sua renda principal. Mas pode, sim, ser uma fonte de ocupação ou renda extra.

Veja neste vídeo do canal Vamu Ver a história da Ivete e do Hélio. Ela pediu o visto D7 como aposentada e o marido veio para Portugal com reagrupamento familiar:

Posso levar a minha família para Portugal com o visto D7?

Sim, você pode.

Quem tem autorização de residência pelo visto D7 tem direito a viver em Portugal com a família, através do reagrupamento familiar.

Os familiares do requerente de visto D7 Portugal que podem pedir reagrupamento familiar são:

  • Cônjuge ou companheiro;
  • Filhos menores ou incapazes a cargo do casal ou de um dos cônjuges;
  • Menores adotados pelo requerente quando não seja casado, pelo requerente ou pelo cônjuge, por efeito de decisão da autoridade competente do país de origem, desde que a lei desse país reconheça aos adotados direitos e deveres idênticos aos da filiação natural e que a decisão seja reconhecida por Portugal;
  • Filhos solteiros, menores ou incapazes, incluindo os filhos adotados do(a) companheiro(a);
  • Filhos maiores, a cargo do casal ou de um dos cônjuges, que sejam solteiros e que estejam estudando em um estabelecimento de ensino em Portugal;
  • Os ascendentes na linha reta e em 1.º grau do residente ou do seu cônjuge, desde que se encontrem a seu cargo;
  • Os irmãos menores, desde que se encontrem sob tutela do residente, de harmonia com decisão proferida pela autoridade competente do país de origem e desde que essa decisão seja reconhecida por Portugal.

O pedido de reagrupamento familiar deve ser feito através do SEF, e pode ser encaminhado de duas formas: ainda no Brasil ou já em Portugal.

Pedido de reagrupamento familiar no Brasil

Atualmente, após a aprovação das mudanças na Lei de Estrangeiros, o pedido do reagrupamento familiar foi simplificado. Agora, os pedidos do visto principal e do reagrupamento pode ser feito simultaneamente, diminuindo a burocracia desse procedimento.

Os documentos necessários para solicitar são:

  • Formulário do pedido de visto;
  • Carta de intenção justificando o motivo da viagem a Portugal;
  • 2 fotos 3×4 iguais e recentes;
  • Passaporte (válido por mais 3 meses após a data prevista para a volta, no mínimo);
  • Cópia do passaporte;
  • Seguro viagem (ou PB4);
  • Certidão de Antecedentes Criminais recente (com Apostila de Haia – não é necessária para menores de 16 anos);
  • Requerimento para consulta do registro criminal português pelo SEF;
  • Comprovantes financeiros suficientes para necessidades do requerente do visto de residência e familiares (valor para o período da viagem ou para o período de 12 meses);
  • Documentação que comprove os laços de parentesco com o requerente do visto principal.

Cidadãos brasileiros (e de toda a CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) não precisam apresentar o comprovante de meios financeiros e bilhete aéreo de retorno se:

  • Apresentar Termo de responsabilidade assinado por um estrangeiro residente legal ou cidadão português (acompanhado de cópia do documento de residência) que garanta alimentação, alojamento e custeio de despesas em caso de afastamento do país por permanência irregular.

Pedido de reagrupamento familiar em Portugal

O pedido de reagrupamento também pode ser feito em Portugal, diretamente no SEF. Nessa situação, os familiares já devem estar em Portugal, tendo entrado no país como turistas.

Fique atento ao prazo para entrar em contato com o SEF: são apenas 3 dias úteis após a chegada no país. Não há problema se o atendimento for marcado para uma data posterior, mas o seu contato com o SEF deve ser feito nesse prazo.

Os documentos exigidos são estes:

  • Passaporte (Válido por, pelo menos, e meses após da data prevista para a volta);
  • 2 fotos 3×4 (apenas para atendimento no SEF de Braga, Aveiro ou Odivelas);
  • Comprovante de entrada legal no país (carimbo no passaporte, por exemplo);
  • Comprovante de que possui direito ao reagrupamento familiar;
  • Documentos que comprovem os vínculos familiares;
  • Certidão de Antecedentes Criminais recente, emitida pela Polícia Federal (e também por outros países em que tenha morado mais de 1 ano);
  • Cópias autenticadas dos documentos de identificação dos familiares;
  • Comprovante de alojamento (contrato de aluguel, de compra de imóvel ou Atestado da Junta de Freguesia);
  • Comprovantes financeiros;
  • Autorização do membro da família para consulta do registo criminal português (exceto para menores de 16 anos).

Assessoria para solicitar o visto D7

Quem não tem experiência ou paciência para lidar com burocracias pode achar o processo de pedido do visto D7 Portugal um tanto trabalhoso. Nesse caso, contar com a ajuda de um advogado especializado pode deixar o processo bem mais fácil, seguro e ágil.

Não é obrigatório contar com um advogado, você pode fazer tudo sozinho, mas um advogado pode ajudar e muito a evitar qualquer indeferimento ou atraso do seu processo.

Golden Visa ou Visto D7 para Portugal?

São dois vistos com objetivos bem diferentes. O Golden Visa é direcionado para quem pretende fazer um grande investimento em Portugal. A advogada Roberta Fraser explica as principais diferenças no vídeo, acompanhe:

Impostos a pagar sobre a aposentadoria do Brasil

A cobrança de impostos sobre a aposentadoria de brasileiros é uma das dúvidas mais comuns de quem pensa em mudar para Portugal como aposentado. Para ajudar a esclarecer as dúvidas, vamos explicar o assunto.

25% de desconto do IR sobre a aposentadoria de brasileiros no exterior

O desconto de 25% sobre o valor da aposentadoria foi incluído na Lei nº 9.779/99 em 2016. Por isso, é importante que você tenha claro que o valor da sua aposentadoria receberá esse desconto do imposto de renda.

É verdade que existem muitas discussões sobre a legalidade da aplicação desse percentual, mas até o momento o desconto tem sido aplicado pela Receita Federal.
Neste artigo explicamos mais a respeito do desconto de imposto de renda sobre a aposentadoria de quem vive no exterior.

As mudanças no Estatuto de Residente Não Habitual

O RNH (Estatuto do Residente Habitual) concedia aos aposentados estrangeiros a isenção de imposto sobre a aposentadoria por 10 anos. Mas, no começo de 2020 a isenção deixou de existir.

Hoje, quem pedir a inscrição nas Finanças dentro do Regime de Residente Não Habitual no país, será tributado em 10% sobre o valor líquido da aposentadoria, o que, ainda assim, permanece vantajoso comparativamente às condições gerais de tributação no país para pessoas não integrantes do RNH.

Já os rendimentos de fonte portuguesa obtidos de trabalho dependente ou independente no país, em atividades consideradas de alto valor agregado (médicos, dentistas, arquitetos, engenheiros, geólogos, programadores, pintores, músicos, professores universitários, etc.) serão tributados à taxa especial de 20% por força do RNH.

Residência fiscal em Portugal

Por fim, vale lembrar que aqueles que se tornam residentes legais em Portugal tornam-se, por regra, também residentes fiscais em Portugal.

Por isso, os novos residentes devem se informar adequadamente sobre os deveres fiscais que passam a estar sujeitos no país, inclusive quanto às obrigações como o Imposto de Renda, para evitar surpresas desagradáveis, como notificações ou autuações por parte da Autoridade Tributária de Portugal.

Vale lembrar que o pedido de Regime de Residente Não Habitual é uma das possibilidades para o IRS (Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares) em Portugal. Recomendamos que avalie todas as possibilidades para verificar qual delas é a melhor para a sua situação.

Morar em Portugal aposentado

Se você tem o desejo de viver uma nova experiência em Portugal depois da aposentadoria, saiba que o país é uma ótima opção. Além de possuir o visto D7, que facilita a imigração, é um país com muita qualidade de vida.

Casal viajando de trem
Morar em Portugal também é uma oportunidade de viajar e conhecer outros países da Europa

Boas políticas de saúde pública, custo de vida bastante acessível, gastronomia rica e muitas opções de turismo são algumas das características mais marcantes das terras lusitanas. Por tudo isso, Portugal foi eleito o melhor país para os aposentados pós-coronavírus, com destaque para a região do Algarve, umas das mais queridas pelos aposentados brasileiros.

Vale a pena pedir o visto D7?

Sim. Se você deseja morar em Portugal e possui os rendimentos suficientes para comprovar a renda exigida, o visto D7 é uma ótima opção.

Com ele, você poderá usufruir do direito de morar legalmente no país. Lembrando que, após 5 anos de residência, você também poderá escolher entre pedir uma autorização de residência permanente ou solicitar a cidadania portuguesa.

Além disso, o visto D7 dá direito a trazer sua família com você, através do reagrupamento familiar. Eles poderão estudar e trabalhar legalmente no país.

Em resumo: com o visto D7 você e sua família poderão desfrutar das belezas e da qualidade de vida de Portugal, como segurança, saúde, bons transportes, gastronomia e viagens.

Perguntas frequentes sobre o visto D7

Qual a renda mínima para o visto D7 Portugal?

É o equivalente a 12 salários mínimos de Portugal para um requerente. O valor em 2023 é de 760€ x 12 meses = 9.120€. Na cotação do euro de abril de 2023 é o equivalente a R$ 49.832,59 para uma pessoa.

Se for trazer dependentes, o valor aumenta, conforme explicado no começo do artigo.

Quanto tempo dura o visto D7?

O visto tem duração de 4 meses, que é o tempo que o requerente tem para dar entrada em Portugal. Depois, é preciso solicitar a autorização de residência em Portugal no SEF, que terá duração de 2 anos e pode ser renovada por períodos de 3 anos.

O visto D7 pode ser solicitado em Portugal?

Não, o visto precisa ser solicitado ainda no Brasil.

O visto D7 pode ser negado?

Sim, pode ser negado. A principal razão de indeferimento deste visto é a dificuldade de comprovar rendimentos suficientes em conta portuguesa.

O que fazer se o pedido do visto for negado?

Se o visto for negado, é possível tomar dois caminhos, segundo informação da VFS Global: recorrer da decisão ou fazer um novo pedido. Na negativa do visto, são informadas as razões que a basearam e o prazo de recurso. Com isso, você pode preparar um recurso.

Em caso de dúvidas, é recomendável contratar um profissional especializado para ajudá-lo, uma assessoria para pedidos de visto.

A segunda opção é encaminhar um novo pedido, tendo especial atenção para não cometer o mesmo erro. A VFS Global informa:

Você está livre para voltar a aplicar novamente se o seu pedido foi recusado anteriormente. No entanto, recomenda-se que tome nota das razões para a recusa anterior antes de submeter um novo pedido e fazer alterações, quando necessário.

Vale destacar que os vistos negados não dão direito a reembolso do valor pago pela solicitação.

Como mudar o visto de turista para D7 em Portugal?

Não é possível fazer essa mudança de visto. Quem vem a Portugal como turista e pretende se legalizar deve fazer uma Manifestação de Interesse no SEF para solicitar a Autorização de Residência.

O processo pode demorar apenas algumas semanas, mas, temos conhecimento de que em muitos casos a espera se estende por muitos meses, já que o SEF atualmente tem uma grande demanda de pedidos.

Por isso, o mais recomendável é se planejar e fazer a solicitação do visto para aposentado ainda no Brasil.

Com o visto D7 meu filho pode estudar em Portugal?

A resposta inicial é sim, pois com esse visto é possível pedir o reagrupamento familiar. Mas tenha em atenção alguns detalhes importantes: o reagrupamento é permitido para os filhos menores de 18 anos ou para os filhos maiores que já estejam estudando em Portugal.

Portanto, caso você tenha um filho menor de idade, ele poderá estudar no país. Já os filhos maiores de 18 anos precisarão solicitar um visto de estudante para poder estudar em Portugal.

Os vistos são sempre solicitados no país de origem. Por isso, caso pretenda solicitar o visto D7, será preciso ir ao Brasil, preparar a documentação e encaminhar o pedido. É bem provável que o pedido no Brasil corra bem mais rápido do que a Manifestação de Interesse em Portugal.

Com o visto D7 posso comprar um imóvel em Portugal?

Sim, com o visto D7 é possível adquirir um imóvel em Portugal, desde que você disponha do valor necessário para a compra do imóvel ou reúna as condições para solicitar um financiamento habitacional.

Para garantir uma mudança com tranquilidade, o melhor conselho que podemos dar é: se informe sobre todos os detalhes e planeje cada uma das etapas. E para ajudar nesse planejamento, nós criamos o Ebook Morar em Portugal Aposentado. Ele é um guia completo e atualizado que vai acompanhá-lo e ajudá-lo em todos os momentos dessa decisão tão importante. Confira!