Alemanha

Custo de vida na Alemanha: quanto custa viver no país em 2024

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O custo de vida na Alemanha, economia com o melhor PIB da Europa e um dos principais destinos para expatriados, estudantes e profissionais em busca de oportunidades, é um tópico essencial para quem deseja viver no país.

Neste artigo, vamos explorar essa e várias outras dúvidas, trazendo uma visão ampla que pode ajudar futuros moradores a planejar suas finanças e estilo de vida no país.

Perguntas Respostas
O custo de vida na Alemanha é alto? Sim. O custo de vida na Alemanha é 64% mais caro que no Brasil.
Dá para viver com um salário mínimo na Alemanha? Sim. O salário mínimo líquido mensal na Alemanha é de cerca de 1.514€, sendo que os custos mensais de uma pessoa solteira ficam em torno de 950€ – sem o aluguel.
Cidades com menor custo de vida na Alemanha Leipzig, Dresden, Aachen, Bremen e Hanover.

Qual o custo de vida na Alemanha?

Não existe uma resposta exata para essa pergunta, pois tudo depende do seu estilo de vida, da região que você pretende morar. Mas, uma estimativa é de que um casal sem filhos pode manter um padrão de vida razoável na Alemanha com despesas mensais aproximadas em 2.000€ a 3.500€, incluindo aluguel.

Sites como o Numbeo ajudam a ter uma boa estimativa dos custos fixos. No entanto, vale lembrar que os dados são fornecidos pelos próprios usuários, podendo haver uma certa distorção de algumas informações.

Mas, em geral, morar na Alemanha não é tão caro quanto se imagina – tirando os aluguéis. É possível ter uma vida confortável, aliando lazer e necessidades básicas sem passar muito perrengue.

Custos de moradia na Alemanha

Apesar de o aluguel na Alemanha ser bastante alto, tomando uma fatia de quase 40% do salário mensal (incluindo os gastos com energia), é bastante viável uma pessoa viver em um bom apartamento ganhando um salário mínimo alemão, sem se preocupar com os boletos no final do mês.

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Segundo o site Numbeo, a estimativa de gastos mensais para uma pessoa solteira fica em torno de 949,60€, mas sem o valor do aluguel.

Outros sites já trazem valores um pouco superiores, que variam de 1.200€ a 2.000€, considerando o valor do aluguel. É claro que custos com roupas, lazer e cultura podem ajudar a inflar esses números, portanto, tudo depende do estilo de vida de cada pessoa.

Custos de aluguel

Trouxemos os valores médios de diferentes tipos de aluguéis na Alemanha para você ter uma ideia do que caberia no seu orçamento:

Tipo de imóvel Valor mensal
Apartamento de 1 dormitório no centro 933,99€
Apartamento de 1 dormitório fora do centro 702,62€
Apartamento de 3 dormitórios no centro 1.709,37€
Apartamento de 3 dormitórios fora do centro 1.315,83€

Você também pode se aventurar em um site de compra de imóveis na Alemanha ou aluguel, como o Immobilienscout24, e pesquisar em diferentes cidades com filtros personalizados.

Vale lembrar que a contagem de cômodos na Alemanha é um pouco diferente da brasileira. Portanto, quando um anúncio diz que o apartamento possui 3 Zimmer (3 quartos), na verdade, são dois dormitórios e a sala. Ou seja, a sala de estar conta como um “Zimmer”.

Aluguel nas áreas periféricas das grandes cidades

Há uma alternativa para quem busca pagar preços mais baixos no aluguel e consequentemente ter um custo de vida na Alemanha mais baixo. O ideal é optar por morar em áreas mais distantes do centro ou mesmo em cidades nos arredores das capitais.

Os aluguéis costumam ser mais baratos e, além disso, é mais fácil encontrar imóveis maiores e melhores. Assim, como o sistema de transporte no país é bastante eficiente, muitas pessoas, principalmente famílias que precisam de um imóvel mais amplo, acabam escolhendo essa opção.

Casas compartilhadas

Uma opção bastante popular na Alemanha – e que pode diminuir o seu custo de vida no país – é optar por moradias compartilhadas. Os WGs (sigla para Wohngemeinschaft), são bastante populares, principalmente entre estudantes, e variam entre 400€ e 600€ por mês, podendo ser um pouco mais caro em cidades maiores.

No entanto, com a crise de moradia no país, esse tem sido o tipo de aluguel mais difícil de conseguir. Mas, muitas vezes, vale a pena a espera: nos apartamentos compartilhados, é comum que os demais custos estejam incluídos no valor final, como aquecimento, lixo, gás, internet e taxa de rádio e tv.

Minha experiência em casa compartilhada

Quando morei na Alemanha em 2020, eu e meu marido (que na época fazia o doutorado sanduíche no KIT, em Karlsruhe), vivemos cerca de um ano em um WG, pela dificuldade em encontrar apartamentos acessíveis na época.

Em geral, você aluga um quarto privativo e o restante do espaço, banheiro, cozinha e sala, por exemplo, é compartilhado com os demais moradores. Gosto sempre de falar sobre essa possibilidade, pois ela nos permite criar laços, melhorar o idioma (seja inglês ou alemão) e, principalmente, economizar muito.

É claro que em alguns momentos pode ser estressante – pois nem sempre é fácil dividir uma cozinha ou banheiro com pessoas de diferentes culturas. Mas, de forma geral, a convivência costuma ser bastante tranquila.

Na época, pagávamos um valor que considero alto, mesmo nos dias atuais. Um quarto para nós dois custava 620€, com todos os custos básicos adicionais. Devido à urgência e necessidade de encontrar algo, acabamos aceitando. Porém, é possível encontrar locais mais baratos do que isso.

Valor médio das contas da casa

De qualquer forma, caso você não se sinta à vontade de morar em um apartamento compartilhado, os valores médios das contas da casa para uma pessoa solteira, segundo o site Expatistan, que também faz comparativos de custo de vida pelo mundo, são os seguintes:

Tipo de conta Custo
Custos fixos da casa (aquecimento, gás, eletricidade, água, lixo) 163€
Internet 37€

Quanto custa a alimentação na Alemanha?

Tudo vai depender do seu estilo de vida e de quais mercados você pode frequentar. Apesar de o país ter tido um aumento na inflação devido à guerra entre a Ucrânia e a Rússia, ainda é bastante acessível manter uma alimentação de qualidade no país.

Além da variedade de redes espalhadas, todas oferecem muitos descontos durante a semana. As feirinhas nas praças centrais, que ocorrem aos finais de semana, costumam oferecer frutas, legumes e outros produtos a granel com descontos que podem superar os 20%.

Redes como Lidl, Aldi e Penny são consideradas de médio/baixo custo, oferecendo produtos mais básicos para o dia a dia. Já Rewe e Edeka (ou Scheck-in Center), por exemplo, têm uma variedade maior de marcas e produtos, sendo um pouco mais caros que os anteriores, mas também apresentando um ótimo custo-benefício.

O custo de alimentação não variam muito entre as cidades, mas dependem do estilo de vida. Foto: Ana Carolina Lisboa.

Normalmente, eu e meu marido fazemos compras no Rewe e no Aldi, que são os mercados próximos da nossa casa. Quando compramos itens mais caros – como carne e frango – optamos pelo segundo, que costuma oferecer produtos de qualidade e bem mais em conta. Arroz, legumes e saladas para o dia a dia também são mais acessíveis.

Porém, quando precisamos de certos produtos de limpeza e queremos alguma marca mais conhecida ou de melhor qualidade, optamos pelo Rewe, que tem uma variedade de produtos muito maior.

Lá também é possível encontrar feijão e outros tipos de grãos. Porém, para esses produtos, há locais melhores, como as feirinhas de produtores locais que ocorrem todo sábado na cidade, ou no Alnatura, um mercado especializado em produtos bio/naturais, mas que costuma ser muito mais caro.

Custos de supermercado

Uma dica que vale a pena seguir na hora de ir às compras no supermecado na Alemanha é aproveitar o sistema Pfand, que está sinalizado em alguns produtos, principalmente bebidas (em recipientes de vidro, plástico ou alumínio). Em alemão, Pfand pode ser traduzido como “depósito”, e funciona da seguinte forma:

  • Você compra um produto que custa 75 centavos, por exemplo. Desse valor, 50 centavos é do produto (cerveja, refrigerante, etc), e 25 centavos é Pfand do recipiente;
  • Após consumir, você pode juntar o máximo de garrafas e embalagens com o selinho e retornar ao mercado (não precisa ser o mesmo em que o produto foi comprado) e devolver os recipientes em uma máquina – que está normalmente localizada na entrada do estabelecimento;
  • Assim que você terminar de depositar as embalagens – todas devem estar vazias – é gerado um cupom no valor referente à quantidade e tipo de embalagem que você inseriu, podendo ser usado no mercado para abater na sua próxima compra.

Quando uma embalagem é retornável, fica sinalizado próximo ao código de barras com o selinho de Pfand. Nesse caso, vale ficar atento para não descartá-la no lixo! Caso a embalagem não tenha Pfand, é comum aparecer a expressão Pfandfrei. Aí, sim, você pode encaminhar para a destinação correta – lixo seco ou nos contêineres de vidro que ficam espalhados pela cidade.

O fato é que o Pfand não é algo que vá trazer uma grande economia ao final do mês, mas o sistema é superinteressante, ajudando a reduzir a produção de resíduos e, de quebra, “recompensando” você por dar a destinação adequada ao material. Legal, né?

Custos básicos no supermercado alemão

A seguir, vamos aos custos básicos do mercado, segundo o site Numbeo.

Produto Preço
Leite 1,08€
Pão branco (500g) 1,92€
Arroz (1kg) 2,69€
Ovos (dúzia) 3,28€
Frango (1kg) 14,98€
Bife (1kg) 14,91€
Batata (1kg) 1,54€
Cebola (1kg) 1,81€
Tomate (1kg) 1,75€

É claro que a lista pode variar bastante conforme o seu gosto pessoal. Porém, a boa notícia é que existem opções para todos os bolsos. O valor médio gasto mensalmente para uma pessoa fica em torno de 250€, sem considerar os itens de higiene e beleza – que costumam ser mais caros e pesam um pouco mais no orçamento.

Custos de comida para um casal

Atualmente eu e meu marido gastamos aproximadamente 600€ por mês, comendo diariamente frango ou outras proteínas de origem não animal. Em 2020, quando moramos em Karlsruhe, nosso consumo mensal ficava em torno de 300€, mas a inflação aumentou bastante os preços e nossos hábitos mudaram bastante.

Vale lembrar que nessa conta os itens de higiene pessoal não estão inclusos, como shampoo e condicionador, lâmina de barbear dentre outros itens. Porém, o que é usado no dia a dia e encontramos no mercado com mais facilidade, como sabonete, pasta de dentes, absorvente e desodorante, acaba entrando na conta da comida.

Como já mencionei, nossas compras são feitas nos mercados Rewe e Aldi e itens de higiene normalmente compramos no DM, no Rossmann (que são as “drogarias), e até mesmo na Amazon, quando queremos algo de alguma marca profissional.

Frutas e legumes priorizamos comprar nas feirinhas de final de semana, que oferecem mais variedade e qualidade. E, para quem não abre mão de cortes nobres de carne, vale explorar os açougues da cidade (Metzgerei) ou os disponíveis em alguns mercados, como o Edeka.

Custos para comer fora

Já comer fora também pode variar bastante conforme a frequência e o tipo de comida escolhida. O Numbeo traz uma estimativa de 60€ para um casal em uma refeição em um restaurante mediano, sem contar com a bebida (que soma mais uns 10€ o casal).

De fato, esse é o valor que normalmente gastamos quando saímos para comer fora, incluindo a gorjeta! Os pratos variam de 15€ a 18€, as bebidas são relativamente baratas e não costumamos pedir sobremesa (pois as opções nem sempre nos agradam).

Um combo de fast food pode sair por cerca de 10€ e um Döner Kebab, prato típico na Alemanha e encontrado facilmente em todas as cidades, custa em torno de 6€. As bebidas variam e ficam entre 2,67€ a 4€.

É possível incluir no orçamento saídas em restaurantes sem que isso pese tanto no bolso. Foto: Ana Carolina Lisboa.

Portanto, é possível incluir no orçamento saídas em restaurantes sem que isso pese tanto no bolso. Por aqui, estabelecemos um teto de gastos para isso, que inclui delivery, cafés e restaurantes. Colocamos cerca de 150€ para o casal, mas dificilmente atingimos esse valor.

Uma dica importante: quando pedir refrigerante em um restaurante, certifique-se de que oferecem a lata ou garrafa da bebida fechada. Caso contrário, o que virá é um copo servido de uma garrafa de 2 litros que já foi aberta e provavelmente estará sem gás! Na dúvida, sempre peça uma cerveja.

Quanto custa o transporte na Alemanha?

Uma coisa é certa, a bicicleta é sempre a melhor opção. A primeira dica para você que está migrando para a Alemanha é chegar no país, se instalar e adquirir a sua.

De acordo com o Statista, em 2022 eram 82,8 milhões de bicicletas na Alemanha. Atualmente esse número já deve ter praticamente superado a população do país, que é de pouco mais de 83 milhões de pessoas.

Apesar de o número de automóveis ter aumentado em 2022, a quantidade de veículos na Alemanha ainda é bastante inferior a de bicicletas: são “apenas” 48,5 milhões de carros. Em cidades menores, normalmente a bicicleta é suficiente para se deslocar. Porém, nem sempre essa opção é viável, especialmente nos grandes centros ou no interior.

Outra opção são os patinetes. Existem diversas empresas espalhadas pelas cidades, sendo algumas delas Tier, Lime e Bird. A maioria cobra uma taxa de desbloqueio de 1€ e os valores variam de 0,15€ e 0,20€ por minuto. Já os aluguéis das bicicletas variam conforme a cidade, mas os valores costumam ser um pouco menores, cerca de 0,10€ por minuto.

Gastos com carro na Alemanha

O custo de possuir e usar um carro na Alemanha varia com base em vários fatores, como o modelo do carro, a frequência de uso e se você o comprou ou está alugando. Além do valor do carro em si, confira alguns custos que você deve considerar no orçamento mensal:

Gasto Valor médio
Gasolina 1,70€
Seguro, impostos e manutenção 50€ a 150€
Aluguel de carro na cidade 29,99€

As despesas com impostos podem variar de 100€ a 375€ por ano e o seguro depende do valor do veículo, da sua experiência como motorista dentre outros fatores, custando de 100€ a 1.000€ no ano.

Para quem prefere não comprar o carro, os custos podem diminuir consideravelmente. Existem diversas plataformas como a Share Now que oferecem taxas que começam em 0,09€ por minuto, diárias a partir de 19,98€ ou 29,99€ a assinatura mensal.

Já para carros elétricos, o custo da recarga pode variar entre 0,39€/kWh e 0,79€/kWh, dependendo do fornecedor de energia.

Transporte público

Eu considero o transporte público na Alemanha eficiente e barato, porém, o país tem enfrentado uma série de greves nos transportes, que têm colocado o serviço por aqui em xeque.

Para quem vem de fora, também pode ser confuso entender a dinâmica no início. Os “metrôs” são chamados de U-Bahn, que, em geral, são subterrâneos (mas isso não é uma regra), enquanto os trens são chamados de S-Bahn.

Além disso, também estão disponíveis ônibus (Bus) e os bondinhos, conhecidos como Tram ou Straßenbahn. Já os trens regionais são os RE ou RB (regional express e regional Bahn, respectivamente) e os trens interurbanos são os IRE ou ICE (interregio-express e intercity express).

Tanto trens como ônibus são relativamente acessíveis, custando em torno de 3€ o ticket. Para quem usufrui desse serviço diariamente, vale a pena considerar fazer um Deutschland Ticket, que tem valor fixo de 49€ e abrangência em todo o país para qualquer tipo de transporte público, com exceção dos trens interurbanos (IRE e ICE).

Para estudantes ou idosos as tarifas podem ser ainda menores. Ao manter a carteira de identificação sempre atualizada, é possível criar um BahnCard, que oferece uma série de descontos em diferentes modalidades.

Tipo de bilhete Preço (médio)
Bilhete local (só um trajeto) 3€
Bilhete mensal 49€

Custo com educação na Alemanha

A educação na Alemanha é conhecida por ser de alta qualidade e, na maioria das cidades, acessível.

As universidades públicas alemãs não cobram anuidade de estudantes da União Europeia, e muitas também oferecem bolsas para estudantes internacionais, embora possam ser cobradas algumas taxas administrativas semestrais, que variam de 150€ a 500€.

Ensino básico

O ensino básico na Alemanha em escolas públicas é gratuito, mas as escolas internacionais e privadas podem ter custos elevados. Os pais só precisam cobrir os custos dos materiais que as crianças irão utilizar, como livros, cadernos, refeições, etc.

No caso das creches (Kindertagesstätte ou Kita), a situação é mais complexa. Embora sejam subsidiadas pelo governo, as vagas são limitadas e geralmente é necessário entrar em uma lista de espera com um ano de antecedência.

O custo mensal varia conforme a renda da família, o número de horas reservadas, o número de crianças a serem matriculadas e o estado em que você mora. Creches “públicas” costumam cobrar entre 100€ e 150€ por mês por criança, enquanto as creches privadas podem cobrar até 1.000€ mensais.

Ensino superior

Nas universidades públicas de muitos estados alemães, o ensino é gratuito para todos os estudantes, inclusive estrangeiros. A única cobrança comum são as taxas administrativas, que variam de acordo com a instituição e localização.

Alguns estados, como Saxônia e Baviera estão seguindo o exemplo de Baden-Württemberg, que há algum tempo já cobra taxa de matrícula de 1.500€ por semestre de estudantes não pertencentes à UE, além das taxas administrativas.

Já as universidades particulares e os programas de MBA têm custos variáveis e geralmente mais altos. Além dessas taxas de ensino e administrativas, é importante levar em conta despesas adicionais com material didático.

Como são os custos de saúde na Alemanha?

Existem algumas particularidades quando se trata de plano de saúde na Alemanha, mas uma coisa é fato: todos no país precisam estar cobertos por algum plano, seja ele público ou privado.

Os custos com saúde na Alemanha podem variar de 80€ até 1.500€ por mês, conforme cada cobertura e plano de saúde escolhido. Existem duas opções de seguro saúde na Alemanha: a pública, chamada de GKV (Gesetzliche Krankenversicherung) e a privada, conhecida pela sigla PKV (Private Krankenversicherung).

Seguro de saúde público

O plano de saúde público, onde a maioria da população se enquadra, é dividido entre empregado e empregador. As contribuições dependem do salário bruto de cada pessoa, sendo aplicada uma taxa de 14,6%, dividida meio a meio entre segurado e empregador. Mas, nesse sistema, o governo também subsidia, garantindo que pessoas desempregadas possam receber esse auxílio.

No seguro de saúde estatal, cônjuges e filhos podem receber o benefício gratuitamente como dependentes. Para sair do sistema público, é preciso se encaixar em alguns critérios, como, por exemplo: ganhar mais de 69.300€ por ano, ser autônomo, aqueles que ganham menos de 538€ (minijobs) e os estudantes acima de 30 anos.

Porém, vale o alerta: uma vez que você sai do sistema público de saúde alemão, não é tão simples retornar a ele.

Seguro de saúde privado

Já o seguro de saúde privado é uma minoria da população que possui, cerca de 10%. O motivo para isso é que a maioria das pessoas se encaixam no modelo público e, uma vez nele, não vale a pena sair.

Apesar das vantagens em termos de atendimento e cobertura de certos procedimentos, não conheço ninguém em meu círculo social que tenha plano de saúde privado, exceto o dono da empresa onde meu marido trabalha.

Uma coisa interessante que distingue o seguro de saúde privado do público é a variação no custo, que, dentre tantos fatores, depende do estado de saúde do indivíduo no momento da adesão. Se sua saúde estiver debilitada no momento da inscrição – como também acontece no Brasil – o custo do plano será mais alto.

Por outro lado, no sistema de saúde público, o valor é o mesmo e não considera a presença de doenças preexistentes. O plano de saúde privado se torna vantajoso apenas para quem é jovem, ganha muito bem e é saudável, pois muitas seguradoras oferecem um “bônus” para os que não utilizam o seguro, reduzindo o custo. Contudo, se a pessoa adoece, o gasto aumenta consideravelmente.

Custo de um seguro privado

Os preços também variam de acordo com a seguradora e o nível de cobertura escolhido. Vale ressaltar que o empregador arca com metade do valor para os assalariados, enquanto os autônomos precisam pagar o valor integral por conta própria. Um indivíduo jovem e saudável pode pagar entre 175€ a 470€ por mês se não trabalhar por conta própria.

Mas, no final das contas, acredito que o principal motivo pelo qual a maioria dos alemães não escolhe o plano privado é o fato de ele não cobrir os familiares gratuitamente, como ocorre no sistema público. Neste caso, cada membro da família deve pagar uma quantia individual, o que pode impactar bastante no orçamento familiar.

Seguradoras privadas na Alemanha

Algumas seguradoras privadas populares na Alemanha são:

Quanto custa o lazer na Alemanha?

Cheia de festivais e rica em cultura, a Alemanha com certeza traz ótimas opções de lazer acessíveis, inclusive algumas gratuitas, tendo o custo apenas com a alimentação.

Uma pessoa solteira ou um casal consegue aproveitar os finais de semana, ou fugir da rotina eventualmente sem que isso pese tanto no orçamento. Veja alguns gastos comuns:

Tipo de atividade Preço
Dois ingressos de cinema 25€
Dois ingressos premium para o teatro 84€
Jantar para dois em restaurante do bairro 49€
Drink em bar no centro da cidade 10€

Resumo do custo de vida na Alemanha

Se você está em dúvida se a sua renda mensal é suficiente para viver confortavelmente no país, separamos uma média de custos para um casal sem filhos, incluindo despesas como alimentação, transporte, aluguel, lazer e saúde.

Tipo de despesa Custo
Aluguel no centro 933,99€
Custos fixos da casa (aquecimento, gás, eletricidade, água, lixo, internet) 163€
Seguro saúde (estatal) 170€
Alimentação 600€
Transporte (passe mensal) 98€
Lazer 150€
Total 2.114,99€

Você ainda pode incluir no cálculo academia ou a prática de algum esporte, que fica em torno de 30€ a 60€ por pessoa. Além disso, nem sempre você gastará o mesmo valor de lazer, por exemplo. E o passe mensal depende se você de fato utiliza o transporte público com frequência.

A Débora França do canal Vida na Alemanha fez um vídeo explicando um pouco dos custos de vida de um casal que mora no país em 2024, mas também traz as estimativas para uma pessoa solteira:

Portanto, o custo de vida varia de acordo com a cidade e seu estilo de vida, mas sempre temos maneiras de economizar.

O custo de vida na Alemanha é alto?

Como foi dito anteriormente, o custo de vida na Alemanha pode variar muito entre as cidades. Entre as cinco principais: Munique, Berlim, Colônia, Hamburgo e Frankfurt, a mais acessível é Colônia.

Munique é considerada a mais cara entre as cinco, se colocarmos na conta o custo de vida com aluguel. Na capital da Baviera, mesmo os apartamentos menores e mais afastados do centro dificilmente baixam dos 1.000€ por mês. Mas, se serve de consolo, os salários na região costumam ser mais altos e os demais custos apresentam pouca variação entre as cidades.

Como é o custo de vida alemão em relação a outros países europeus

O custo de vida na Alemanha é ligeiramente mais alto do que em países do leste europeu e do sul da Europa, mas geralmente mais baixo do que em países nórdicos como Noruega, Dinamarca e Suécia, ou, claro, Suíça.

Cidades como Munique e Frankfurt são listadas entre as mais caras da Alemanha e podem ter custos de vida comparáveis aos de outras cidades europeias, como Paris, Londres ou Zurique em algumas categorias.

Mas, na minha percepção, a Alemanha oferece um padrão de vida confortável, com custos relativamente acessíveis, especialmente se considerarmos a qualidade dos serviços públicos e infraestrutura disponíveis.

Custo de vida na Alemanha em comparação ao custo de vida no Brasil

O custo de vida na Alemanha é maior que o custo de vida no Brasil.

Uma comparação do Expatistan mostra que o custo de vida na Alemanha é 64% maior do que no Brasil. Por outro lado, o poder de compra do alemão são quase 240% maior que o do brasileiro, algo que deve ser considerado na hora de fazer a listinha de prós e contras para vir morar no país.

Confira um comparativo entre os países, com dados de março de 2024 do Numbeo.

Item Brasil Alemanha
Salário médio após taxas 411,25€ = R$2.233,08 2.828,66€ = R$15.359,62
Aluguel de apartamento (1 quarto no centro) 325,35€ 934,33€
Custos fixos da casa (aquecimento, gás, eletricidade, água, lixo) 68,93€ 296,67€
Internet 19,06€ 46,50€
Academia 22,64€ 33,85€
Refeição em restaurante para duas pessoas 27,51€ 60,00€
Total 463,49€ = R$4.146,61 1.371,35€ = R$7.446,43

Câmbio do dia: R$ 5,43 (em março de 2024 na plataforma Wise).

O custo de vida na Alemanha é compatível com os salários?

Sim, como você pode perceber na tabela acima, o custo de vida na Alemanha é completamente compatível com os salários praticados no país, mesmo que nesse caso não esteja incluso o valor com alimentação.

Uma pessoa solteira levando um estilo de vida mais simples, morando em um apartamento econômico ou compartilhado, e economizando em alguns itens no dia a dia, consegue viver com cerca de 1.000€ por mês.

O custo de vida na Alemanha pode ser alto, mas é possível viver bem com o salário mínimo. Foto: Ana Carolina Lisboa

Da mesma forma, um casal sem filhos pode viver de forma confortável gastando cerca de 2.500€ por mês ou até menos.

Poder de compra na Alemanha

Na Europa, a Alemanha destaca-se com um alto poder de compra, ficando em 4° lugar, perto do topo do ranking, abaixo de países como Luxemburgo e Suíça.

De acordo com dados de 2023 do Numbeo, a Alemanha tem um índice de 107,6, o que a posiciona como um dos países com maior poder aquisitivo no continente​

Já dentro da Alemanha, segundo o Statista, a Baviera registrou o maior poder de compra per capita, com 29.209€. Hamburgo e Baden-Württemberg, no sul, completaram os três primeiros.

Esses estados são conhecidos por terem um alto poder de compra devido a uma combinação de altos salários, forte presença de indústrias e serviços, e um desempenho econômico potente.

Perguntas frequentes sobre o custo de vida na Alemanha

Veja agora as respostas a algumas das perguntas mais comum sobre o assunto.

Quantos euros é preciso para viver na Alemanha?

Para viver como estudante na Alemanha é necessário, desde janeiro de 2024, cerca de 934€ por mês – ou 11.208€ por ano.

Já como trabalhador em tempo integral, 1.500€ líquido mensal é suficiente para pagar o aluguel e cobrir os demais custos fixos de uma pessoa.

É fácil encontrar cidades com baixo custo de vida na Alemanha?

Em geral, o custo de vida entre as cidades menores não varia muito. A diferença está entre os grandes centros. É claro que há exceções e nem toda cidade pequena será tão acessível. Exemplo disso é Heildeberg, que está entre as dez cidades mais caras da Alemanha e tem menos de 160 mil habitantes.

No Numbeo é possível conferir o ranking de custo de vida nas principais cidades da Alemanha, o que ajuda a ter um bom parâmetro de onde você deve iniciar sua busca por aluguel, por exemplo.

Se o seu trabalho é remoto e permite que você viva mais afastado das grandes cidades, aproveite para economizar no aluguel e reduzir o seu custo de vida. Essa é uma estratégia de muitos alemães, pois o transporte público normalmente é acessível e bastante eficiente até mesmo nas cidades pequenas.

E se você ainda tem dúvidas se vale a pena sair do Brasil e se aventurar em algum país da Europa, confira nosso Ebook O sonho de viver na Europa, com dicas exclusivas e o relato de quem vivenciou essa jornada.

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Ana Carolina Lisboa

Graduada em jornalismo e cursando MBA em Marketing, possui experiência produzindo conteúdos para sites, blogs e redes sociais. É apaixonada por explorar novos lugares e se encontrou na Alemanha, onde vive com o marido e o gato Leopoldo.

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