Entre 2022 e 2023, a população espanhola tem enfrentado subidas de preços repentinas nos supermercados, aluguéis e até mesmo no lazer, o que resulta num aumento significativo do custo de vida. Para entender mais sobre o tema, investigamos o panorama geral da economia da Espanha. Confira!

Como está a economia da Espanha atualmente?

Alguns indicadores numéricos podem não ser tão gritantes, mas a economia da Espanha tem passado por uma longa recuperação oriunda da crise provocada pela pandemia da Covid-19.

Do ponto de vista dos cidadãos, de acordo com a pesquisa “What Worries the World” realizada pela consultora Ipsos, a maior preocupação é o desemprego, que em janeiro de 2023 beirou os 13%. Já da perspectiva mundial, a taxa de inflação de 6,1% é o que mais deixa as pessoas mais inquietas.

Ainda segundo o relatório, a subida do preço da energia, das matérias-primas e dos alimentos tem pesado no bolso tanto da população, quanto das empresas. Aponta-se que tais aumentos se deram devido à guerra na Ucrânia, sobre a qual falaremos mais adiante.

Enrique Palacios, economista e Chief Compliance Officer da Onyze, adverte:

A taxa de inflação preocupa muito, assim como o aumento dos juros de 3,5%, o que provocará um endividamento da população e o aumento da taxa de inadimplência.

Por outro lado, ainda segundo o economista, existem áreas que têm demonstrado respostas positivas à recuperação ou apresentam uma boa previsão de crescimento em 2023. Estas áreas são o turismo, a exportação de bens, o setor imobiliário e o setor automobilístico, sendo que o último deve passar por um aumento de 15% das vendas em comparação a 2022.

Em contrapartida, o cenário de incerteza paira sobre o país. “Ainda não há consenso sobre se haverá um abrandamento ou uma recessão. E isto dependerá da rapidez com que as políticas monetárias nos Estados Unidos e na Europa continuarem a drenar liquidez da economia e, assim, aumentar as taxas de juros”, adverte.

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Principais indicadores da economia da Espanha

Como qualquer outro país, os principais indicadores econômicos permitem avaliar os resultados da economia nacional e fazer previsões. Diante disso, vamos olhar os dados da economia da Espanha.

PIB

Nos últimos anos, a Espanha tem apresentado um crescimento moderado do seu Produto Interno Bruto (PIB), que aumentou de 5,5% em 2022, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Contudo, este crescimento vai desacelerar em 2023, já que a previsão é de 1,2%, segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Para que possamos entender o histórico de crescimento, vejamos os dados do INE.

Ano Taxa Anual de crescimento
2022 +5,5%
2021 +5,5%
2020 -11,3%
2019 +2,1%
2018 +2,3%
2017 +3,0%
2016 +3,0%
2015 +3,8%
2014 +1,4%
2013 -1,4%
2012 -3%

Mas o que estes números dizem sobre a economia da Espanha?

Palacios explica que o PIB é a criação de valor de um país e beneficia todos os agentes da economia.

“Historicamente, diz-se que o emprego é gerado a partir de 2% do PIB. Entretanto, é necessário analisar qual dos componentes deste dado tem mais peso, seja o consumo, o investimento, a exportação… E, dependendo da resposta, podemos dizer que um cidadão ou empresa o percebe mais diretamente”, explica.

Ele ainda aponta que os indicadores mais palpáveis para o cidadão são o desemprego, a inflação e a taxa de juros, já que estes afetam diretamente a cesta de compras e a hipoteca.

“Após anos da expansão monetária pelos bancos centrais, que beneficiou a todos, será um desafio para os governos nos próximos anos administrar o ajuste às políticas mais ortodoxas. Isso faria que aqueles indicadores ‘menos visíveis’, como o déficit público ou a dívida externa, afetem o mínimo possível os cidadãos, evitando aumentos de impostos que atrasem a atividade econômica”, detalha.

Dívida pública

Como Palacios explica, a dívida pública pode ser um dos fatores menos vísiveis para o cidadão. Contudo, é um dado primordial já que afeta a capacidade do governo de investir e implementar políticas econômicas.

Em 2022, a Espanha fechou o ano com uma dívida pública de 113,1% do PIB, o que faz com que o país seja o quarto mais endividado da Europa. Por outro lado, a recuperação econômica recente permitiu que este valor ficasse 2,1% abaixo do previsto, devido a uma redução de 5%.

Segundo o site do governo La Moncloa, foi a maior redução da dívida pública na história recente da Espanha, o que ajudará que o país alcance os seus objetivos em 2023. Ainda mais, o site credita esta conquista ao apoio contínuo às famílias e empresas por parte do governo durante a pandemia e à adoção de medidas para reduzir a inflação.

Inflação na Espanha

Também chamada de Índice de Preços ao Consumidor (IPC), a inflação alcançou 6,1%, o que é considerado um valor elevado em relação aos padrões históricos do país.

“Há um consenso de que o aumento do IPC na Espanha e na Europa se deve principalmente à subida do preço das matérias-primas e da energia, causada pelos impasses no transporte mundial após a pandemia e o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, com o fechamento dos gasodutos”, aponta o economista.

“Por outro lado, anos de políticas monetárias e de liquidez expansionistas levaram a excessos inflacionários, que vieram à tona muito rapidamente, forçando as taxas de juros a subir de forma acentuada para esfriar as economias”, explica.

Taxa de juros de empréstimos

Para os que necessitam recorrer a crédito bancário, as notícias não são tão positivas. Em fevereiro de 2023, a taxa de juros foi de cerca de 3,5%, um valor que vem subindo continuamente desde janeiro de 2022.

Segundo o relatório “EY European Bank Lending Economic Forecast“, da empresa de cosultoria EY, a alta deste indicador fará com que o volume dos financiamentos bancários caia 2% em média, enquanto os créditos ao consumo diminuam 1,1% e as hipotecas 0,6% em 2023.

Outra consequência é o aumento da taxa de inadimplência, que será de 4,5% – o que representa um aumento de 0,6% em relação a 2022.

A alta da taxa de juros, portanto, afeta tanto quem vai comprar um imóvel e necessita uma hipoteca, quanto para quem está alugando.

Mulher fazendo cálculos financeiros
A economia da Espanha ainda não se recuperou da crise da COVID-19 e já enfrenta adversidades causadas pela Guerra da Ucrânia

Segundo Palacios, o preço crescente dos aluguéis, especialmente nas grandes cidades, é um efeito do excesso inflacionário e da subida da taxa de juros.

“As altas taxas de juros são um desestímulo para comprar uma casa com uma hipoteca.  Juntamente com a precariedade do emprego entre os jovens, que faz com que opte-se por alugar em vez de comprar. Sem mencionar o efeito de que, em cidades como Barcelona, Madrid ou Málaga, há um excesso de demanda de aluguel devido à chegada de pessoas que querem viver e trabalhar ali”, detalha.

Taxa de desemprego

O IPC, os juros e o desemprego parecem funcionar como uma espécie de efeito dominó.

Por isso, com os dados que acabamos de apresentar, já é de se esperar que haja uma falta de trabalho no país. De fato, segundo o INE, a taxa de desemprego é de 12,87%, sendo a mais alta da Europa. Mas o país já viu dias piores. Veja os dados o históricos também publicados pelo INE:

Ano Taxa de desemprego
2022 12,87%
2021 13,33%
2020 16,13%
2019 13,78%
2018 14,45%
2017 16,55%
2016 18,63%
2015 20,90%
2014 23,70%
2013 25,73%
2012 25,77%

Palacios menciona que o desemprego é o calcanhar de Aquiles da Espanha.

“Naturalizamos o desemprego estrutural de 12% e o assumimos como aceitável, o que é intolerável.”

Segundo o economista, “as causas são diversas e têm suas raízes nas negociações de acordos coletivos, a rigidez das leis no mercado de trabalho sobre demissões e novas contratações, a porcentagem entre emprego público e privado e a economia ilegal, que em muitos setores e comunidades autônomas ainda está mais enraizada do que em outros países da OCDE”, expõe.

Onde acompanhar os indicadores da economia espanhola?

Na Espanha, diários tradicionais e outros tipos de mídia fazem uma boa cobertura sobre o tema.  Os jornais tradicionais que têm a economia da Espanha como tema principal são elEconomista e Cinco Días. Para quem prefere informar-se em portais financeiros, o Bolsamanía é o mais conhecido.

Ainda mais, algumas organizações bancárias contam com blogs ou site de notícias, como o Bankinter e o BBVA Research. Ambos tendem a ser mais explicativos e educativos e, por isso, podem ser uma boa opção para quem não tem muita familiaridade com o tema.

Já as instituições nacionais e internacionais, como o site do INE e do Fundo Monetário Internacional (FMI) podem oferecer dados, notícias e comunicados à imprensa esclarecedores.

O impacto dos imigrantes na economia da Espanha

O país é considerado muito aberto a imigrantes, com diferentes opções de visto para Espanha, até mesmo visto para aposentados, empreendedores e, o mais recente de todos, para visto nômades digitais na Espanha.

Para além de abrigar estrangeiros, todas estas oportunidades também são uma forma de atrair investimento, consumo e mão de obra. “Para a economia de um país, a chegada da imigração preenche esta lacuna e fornece valor. Isto é importante para equilibrar as contas da previdência social, embora haja o risco de aumentar o déficit público se a chegada de imigrantes não for feita de forma equilibrada”, alega o economista.

Previsões para a economia da Espanha em 2023

Para que possamos ter uma visão geral, consultamos o painel de previsões da Funcas, um centro de análise espanhol dedicado à investigação econômica e social.

Com a Guerra da Ucrânia, a Espanha passa por um cenário de incertezas. E tudo aponta que o crescimento vai desacelerar. Entre as estimativas de diferentes organizações, o crescimento do PIB deve ser de 1,1% a 1,3% neste ano.

Mas este aumento não será uniforme durante 2023. O primeiro trimestre registará um valor nulo, enquanto os avanços para os próximos três meses deve ser de 0,5% a 0,6%. Este freio deve ser percebido pelo consumo privado, o setor de investimentos e o comércio exterior, enquanto o consumo público deve voltar a apresentar taxas positivas.

Segundo as estimativas da Confederação Espanhola de Organizações Empresariais (CEOE), a inflação deve cair para 4% até dezembro de 2023, o valor mais baixo desde 2021. Quanto aos empregos, deve haver um crescimento de 1% na oferta.

O maior crescimento da zona do euro

Devemos destacar que esta desaceleração em todos os indicadores não é um fenômeno registrado apenas na Espanha. O FMI aponta que o país liderará o crescimento econômico na zona do euro até 2024, chegando a ter uma dívida pública menor do que a da França. Ainda mais, a previsão do aumento do PIB espanhol é mais alto do que a média da previsão europeia, que é de 0,7%.

O economista Enrique Palacios afirma que o governo possui planos de diferentes graus de profundidade, com foco na criação de empregos públicos ou com ajuda para a contratação de desempregados de longa duração e combate ao desemprego juvenil.

Enrique Palacios
Palacios é especializado em digitalização de bancos, acumulando experiência na Espanha, Irlanda e Portugal.

“Na minha opinião, mais apoio e incentivos deveriam ser dados à inovação e ao empreendedorismo, e uma lei para startups acaba de ser publicada neste sentido. Estamos em um ano de reeleição governamental e veremos propostas em uma ou outra direção, dependendo da ideologia dos diferentes partidos que optarem por governar”, considera.

Pensando nos desafios enfrentados atualmente, o Relatório da Economia Espanhola de 2022, publicado pelo governo, assume como riscos o agravamento das tensões dos preços energéticos, possíveis subidas das taxas de juros e as intensidades das restrições de exportações da China.

Com o atual cenário da economia da Espanha, vale a pena investir no país?

Depende do setor.

É certo que a Espanha é um país que tem grandes pilares da sua economia no turismo, no setor imobiliário e na hospitalidade, de forma que os três podem ser opções tradicionais e menos arriscadas. Por outro lado, o país tem aberto as portas para o investimento empresarial.

Além da Lei das Startups, mencionada por Palacios, o ICEX (Instituto de Comércio Exterior) tem incentivado áreas mais inovadoras, como energia renovável, tecnologia da informação e da comunicação, farmacêutica e biotecnologia.

A instituição também lança a mão de serviços de assessoria gratuitos para investidores estrangeiros e processos de expansão internacional. Ainda mais, outros tipos de ajuda são apoio regional a estabelecimentos, assessoria ao investidor, identificação de sócios e procura de subsídios.

Quais os melhores setores para investimento?

Segundo Enrique Palacios, esta não é uma pergunta fácil de responder, já que depende do risco a assumir e da duração do investimento. “Tradicionalmente, os investimentos imobiliários nas grandes cidades e no setor de turismo e hospitalidade têm sido as opções preferidas pelos investidores. Existem outros setores, como as energias renováveis, nos quais a Espanha tem grande potencial, embora as incertezas legais precisem ser removidas”, revela.

Ele também aponta que o setor da tecnologia também pode ser promissor. “Cidades inteligentes estão sendo promovidas, e municípios como Málaga estão se tornando uma referência na Europa para atrair talentos e empresas de tecnologia”.

Para latino-americanos, Palacios destaca que a Espanha pode ser a porta de entrada para a Europa. “Há muitas oportunidades no setor de serviços, com talentos altamente qualificados, que viajaram ao exterior e que têm muita experiência em setores tecnológicos”.

Quais as principais atividades econômicas da Espanha

O setor de serviços é o que gera mais valor ao país. Segundo o Guia de Negócios na Espanha 2022, publicado pela ICEX, o ranking de 2021 era:

Classificação Setor  % PIB
1 Serviços  74,28%
2 Indústria 17,00%
3 Construção 5,76%
4 Agricultura e Pesca 2,96%

Por setor de serviços entende-se tudo o que abrange o comércio de varejo e atacado, hospitalidade, transporte e logística, intermediação financeira, atividades imobiliárias, administração pública, educação, atividades sanitárias e venterinárias e outras serviços sociais prestados à comunidade.

Produção e exportação espanhola

As vendas ao exterior representaram 29,92% do PIB espanhol em 2022, o valor mais alto da história. O principais destinos estão dentro da Europa, sendo eles França, Alemanha e Itália. Ainda mais, em 2022, houve um crescimento na exportação de 23,71%.

Entre os principais produtos exportados estão bens de capital ou maquinária, alimentos, automóveis, semimanufaturas não químicas, manufaturas de consumo e produtos energéticos. Já entre os serviços intercambiados, podemos encontrar os empresariais, de viagens, transporte, informáticos, financeiros.

Histórico da economia da Espanha

Em termos de crises e recuperações, a Espanha parece não ter uma brecha. De 2008 para 2023, já somamos três crises financeiras, as quais vamos olhar mais a fundo a seguir.

Crise de 2008 na Espanha

Para contextualizar, a Grande Recessão teve o seu estopim em 2008, tendo como principais atores o mercado imobiliário e o Lehman Brothers, que era a quarta maior instiuição bancária dos Estados Unidos e declarou falência.

Na Espanha, por sua vez, pode-se dizer que o setor imobiliário já não ia tão bem. Entre 1997 e 2007, o país já enfrentava a sua maior bolha imobiliária e o fato de ter um consumo mais elevado que a produção.

Com a ecomonia encarecida e a dívida pública nas alturas, uma das saídas para desaguar a crise foi um corte nos empregos. Apenas em 2012, já sem poder realizar qualquer tipo de autofinanciamento, a Espanha pediu fundos à União Europeia para financiar o resgate dos bancos.

Em 2013, o índice de desemprego chegou a quase 27%, o que corresponde a mais de 6,2 milhões de desempregados, o auge do século 21.

Muitos atribuem a alta do desemprego contínua a esta crise. E, de fato, desde então o menor índice se deu no segundo trimestre de 2022 (12,48%). Antes disso, o país tinha visto dias melhores, como no segundo semestre de 2007 (7,93%). Os dados são do INE.

Crise da Covid-19 na Espanha

E adivinha um dos indicadores que a crise da Covid-19 afetou profundamente? O desemprego. Em 2020, houve uma alta de 16,26%.

Mas não foi só isso. Neste ano, a economia da Espanha estava paralisada e o seu PIB contraiu 11%. Por um lado, as recuperações de 2021 e 2022 deram uma boa ajuda. Mas, ainda assim, três anos após a pandemia, a Espanha é o único país da zona do euro que ainda não recuperou este indicador.

Precisamos lembrar que o turismo é um dos setores que mais impulsiona a economia espanhola e, em 2020, o fechamento total das atrações e aeroportos praticamente conteve a indústria. Segundo os dados da Confederação Sindical de Comissões Obreiras (CCOO), mais de 578 mil trabalhadores do setor de hospitalidade perderam o emprego devido à pandemia.

Guerra da Ucrânia e o impacto na Espanha

O principal efeito da guerra da Ucrânia na economia espanhola é o preço da energia e do combustível, que afeta todas as indústiras e setores de alguma maneira. Isso porque a Rússia detém grande parte da reserva mundial de gás e ostenta o segundo lugar no ranking de exportação do petróleo.

Ainda mais, o aumento da inflação também está relacionado à guerra, já que o conflito causa perturbações na oferta. Somado ao alto preço do combustível, tanto a Rússia, como a Ucrânia são grandes exportadores de trigo, fertilizantes e algumas matérias-primas utilizadas na indústria, principalmente automotiva.

Na Espanha, algumas medidas foram tomadas e podem ser percebidas pelo cidadão, dentre elas estão o aumento do preço de eletricidade e incentivos para a utilização de transporte público.

Vale a pena morar na Espanha na atual situação econômica?

Sim, mas com algumas ressalvas.

Precisamos considerar muitas variáveis para decidir se vale a pena viver em um país.

Por um lado, a Espanha tem oferecido facilidades para a imigração e para a criação de empresas, o que pode trazer investimentos e, ao mesmo tempo, gerar empregos. Ainda mais, mesmo que haja uma previsão de estagnação do crescimento, a Espanha pode demonstrar melhores resultados que os países vizinhos.

Por outro lado, o índice de desemprego não tem demonstrado grandes melhorias, o que pode significar um grande risco para quem quer deixar tudo no Brasil e vir tentar a vida por aqui. Quem sabe não seja melhor esperar até o final de 2023 para decidir?

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