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Abrir Conta Agora →Ir morar em outro país, como na França, sempre deixa um frio na barriga. Por mais que você tenha decidido fazer essa mudança, sabe que estará inserido em uma cultura diferente e, dessa forma, é normal ter dúvidas sobre a sua adaptação. Além disso, se tiver filhos, também é possível que comece a pensar, principalmente, como é morar na França com filhos, não é mesmo?
Se esse é o seu caso, fique tranquilo: este texto traz um panorama geral sobre custo de vida, saúde, educação e cuidados, para que você se mude com tranquilidade e seus filhos também possam ficar bem no novo país.
Índice do artigo
Para se ter uma ideia, o Ministério das Relações Exteriores calcula que dos mais de dois milhões de brasileiros que atualmente moram no exterior, cerca de 60 mil vivem na França. Ou seja, um número realmente grande.
Sendo assim, para saber mais sobre como é morar na França com filhos, continue a leitura deste artigo.
Falar em custo de vida na França remete diretamente à alimentação, moradia, transporte e saúde. Sabendo o quanto em média você vai gastar nesses quatro quesitos, já pode ter uma noção sobre o custo que terá para morar na França com filhos.
Na França existem várias redes de supermercado. As mais baratas são: Aldi, Auchan, Leader Price e Lidl. A variedade de produtos não é ampla e eles vendem várias marcas próprias, em lojas mais distantes do centro.
Também existem outras opções como E-Leclerc, Intermarché e G-20. Esses estão por todas as cidades da França e oferecem mais opções. Além disso, não podemos esquecer das opções mais caras como Monoprix, Franprix, Carrefour e Les 5 Fermes, que empregam um preço maior por estarem em diversos lugares (próximos dos clientes) e pela extensa variedade de produtos oferecidos.
Se você prefere produtos orgânicos e naturais, conte com opções como Naturalia, Bio C’est Bon e BioCoop. Claro, também vale lembrar que o custo de vida depende muito do estilo de vida de cada pessoa.
Como acontece aqui no Brasil, você pode morar no centro e pagar mais ou morar distante e pagar menos. Na capital, você pode pagar 700€ por mês para morar em um apartamento kitnet de 20 m² em um prédio sem elevador.
Mas, se você escolher uma cidade como Champagne, em Reims, por exemplo, com 500€ por mês é possível alugar uma casa com 50 m²e até mesmo com quintal. Em cidades menores, você consegue alugar lindas casas com vários quartos e quintal por 400€ por mês.
É comum que as imobiliárias solicitem que você tenha um salário no mínimo três vezes maior do que o valor do aluguel.
Quando o assunto é transporte na França, um bilhete único para transporte público custa 1,60€ e o mensal 51,00€. Por sua vez, o litro da gasolina gira em torno de 1,45€ e um carro novo como um Volkswagen Golf 1.4 sai por 20 mil euros.
Em Paris, o metrô possui 16 linhas: da linha 1 até a 14 e as linhas 3bis e 7bis. Existe previsão de prolongamento da linha 14 e a construção das linhas 15, 16, 17 e 18, algumas delas planejadas para estarem prontas até 2024, antes dos Jogos Olímpicos de Paris.
O RER (Rede Ferroviária Urbana) tem cinco linhas: A, B, C, D e E. A linha E também deve ser ampliada nos próximos anos. O transilien possui as linhas H, J, K, L, N, P, R e U. O tramway conta com as linhas 1, 2, 3a, 3b, 5, 6, 7 e 8.
Você pode saber mais detalhes sobre o custo de vida na França no portal Numbeo.
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Cotar Agora →A França conta com um dos sistemas sociais mais completos do globo. Os franceses têm ao seu dispor um sistema de seguro nacional de saúde, chamado de Sécurité Sociale. A ideia desse sistema é cuidar dos pilares que são os considerados por eles a sustentação de um país com qualidade de vida: cuidado com doença, acidente, família e velhice.
Por esse motivo, todos devem ter acesso a médicos, hospitais e medicamentos (na maioria dos casos com custo baixo ou gratuitos), além de um atendimento de muita qualidade. Vale ressaltar que boa parte da saúde do país é financiada pelo governo.
Além da contribuição do governo, também é descontada mensalmente uma fração do salário de todos os trabalhadores. Esse valor é todo voltado para o financiamento da saúde no país. Portanto, todo trabalhador francês tem a obrigação de se filiar ao sistema e de apresentar a chamada Carte Vitale quando precisar ir ao médico, fazer exames ou comprar medicamentos com receita.
Para consultas com um médico generalista o preço de base é 23€.
Outros serviços ou consultas com médicos especialistas podem ter tarifas diferentes, que são estabelecidas pelos próprios médicos. Você paga pela consulta pessoalmente, por isso não se esqueça de perguntar o preço antes de agendar para evitar surpresas.
Importante: A obtenção do número Sécurité Sociale demora de um a três meses dependendo do local de registro. Se precisar de serviço médico no período sem o Sécurité Socieale, mesmo que não atenda a um ou mais dos critérios da AME citados, pode ser feita a tentativa, pois também são concedidos serviços médicos em casos excepcionais por razões humanitárias.
Se você quiser garantir para você e para os seus filhos um plano de saúde, sugerimos a leitura do nosso artigo sobre o sistema de saúde privado na França.
As escolas francesas oferecem três grandes etapas: école, que equivale ao nosso primário, collège, que é o que conhecemos como ensino fundamental, e lycée, nosso ensino médio.
Assim como no Brasil, essas etapas fazem parte do ensino obrigatório. Existe ainda o maternal, para crianças de três a cinco anos, uma opção bem interessante para os pais que trabalham.
Assim como a saúde, o ensino francês também é de qualidade. As escolas públicas são gratuitas, neutras e laicas. Entretanto, existem escolas particulares que podem estar fora desses padrões, como as católicas, por exemplo.
O foco do maternal na França é o aprimoramento da linguagem das crianças de três a cinco anos. No ensino francês é essencial que no final da école maternelle as crianças dominem a comunicação oral. É nesse período que ela aprende os primeiros números e letras.
Para ingressar no maternal é comum as escolas estabelecerem como condição que a criança não use mais fraldas. Algumas escolas oferecem a possibilidade de ficar com a criança na parte da manhã para que ela se adapte, caso ainda não tenha deixado as fraldas. Essa ação incentiva a criança a usar o banheiro, já que ela verá que as demais também estão usando.
O maternal não faz parte do ensino obrigatório das escolas na França, mas praticamente todas as crianças entre três e cinco anos frequentam a escola. Isso porque pagar uma babá por lá custa bem caro.
Au Pair na Europa: veja como ser babá na Europa e estudar no país ao mesmo tempo.
A école élémentaire é para crianças dos seis aos 11 anos e se assemelha ao ensino primário brasileiro. Nas escolas públicas, as classes são mistas e as aulas ocorrem das 8h30 às 16h30.
Depois desse horário, existem programas extras nos quais as crianças podem brincar, praticar atividades esportivas ou fazer o dever de casa, o que é ótimo para os pais que não têm como buscar as crianças no horário comum.
As crianças dessa faixa etária não têm aula às quartas-feiras.
A passagem para o equivalente ao nosso ensino fundamental é o collège. Não existe prova de aptidão para esta etapa e é quando o adolescente estuda francês, matemática, geografia, história, educação cívica, ciências da vida e da terra, tecnologia, físico-química, artes plásticas, música e educação física.
Nessa fase, as crianças estudam apenas meio período às quartas-feiras.
Ao entrar no lycée, os adolescentes podem decidir entre dois tipos diferentes de ensino: o lycée général et technologique ou lycée professionnel. A segunda opção permite que o estudante escolha entre continuar seus estudos ou entrar no mercado de trabalho no seu último ano. É equivalente ao ensino médio profissionalizante.
No último ano do lycée, os alunos passam por uma prova equivalente ao vestibular, o baccalauréat, que permite a entrada no ensino superior. As provas são divididas em áreas de estudo e cada um faz a prova relativa à área que deseja seguir estudando.
Saiba mais sobre como estudar na França neste artigo completo.
Na França, as famílias possuem um incentivo do governo que estimula os nascimentos de crianças, pois o país possui uma baixa taxa de natalidade. Existe uma preocupação com a elevação da expectativa de vida, que felizmente gera cada vez mais aposentados com qualidade de vida na França, mas que não ocupam mais o mercado de trabalho, que fica carente de mão de obra.
Para manter o equilíbrio financeiro a longo prazo, foi instituída a política de natalidade voluntária, com subsídios para os gastos provenientes da criação dos filhos. Esse benefício é chamado allocations familiales e não se restringe somente aos franceses.
Os estrangeiros que residem de forma legal no território francês também têm direito ao benefício, já que esses filhos crescerão na França e serão considerados franceses. Os valores variam conforme a renda da família, o número de filhos a idade das crianças.
Para o primeiro ou segundo filho, a mãe pode tirar licença-maternidade de 16 semanas: seis semanas antes da data do parto e 10 semanas depois. A partir do terceiro filho, se forem gêmeos ou alguma gravidez complicada, esse período é maior.
A licença-maternidade para o terceiro filho é de 26 semanas: oito semanas antes da data do parto e 18 semanas depois; para gêmeos, 34 semanas: 12 semanas antes e 22 semanas depois; para trigêmeos, 46 semanas: 24 semanas antes e 22 semanas depois.
O seguro maternidade cobre 100% dos exames relacionados à gravidez (consultas pré-natais obrigatórias, sessões de preparação para o parto, exames complementares laboratoriais). E do sexto mês de gravidez até ao 12° dia após o parto, todas as despesas médicas são também 100% ressarcidas, relacionadas ou não com a gravidez. Esses são alguns dos motivos que as pessoas pensam que vale a pena morar na França.
Os homens, por sua vez, têm direito a três dias de folga a partir do nascimento do bebê, mais 11 dias corridos que podem ser solicitados até o quarto mês de vida da criança a título de licença-paternidade. Outro benefício chamado licença-parental pode ser acumulado.
Até o terceiro ano de vida da criança, o pai também pode pedir à empresa para se afastar do trabalho por seis meses, com a garantia de que retomará seu emprego no final desse processo.
Porém, a remuneração prevista para isso é tão baixa que pouquíssimos homens franceses se afastam do trabalho para participar da criação dos filhos.
Por se tratar de uma mudança cultural, tanto para você quanto para os seus filhos, existem vantagens e desvantagens de se mudar para a França. Segurança, qualidade de vida, sistema de saúde público, ensino gratuito de qualidade, acesso à cultura e envolvimento com uma nova cultura, são vantagens que devem ser levadas em consideração.
Porém, lembre-se que você estará distante de amigos e família, precisará dominar a língua francesa, adaptar-se a uma nova cultura e começar do zero. Portanto, apenas fazendo um balanço entre os prós e os contras de morar na França com filhos é que você chegará à decisão certa para vocês.
Se você ficou interessado em morar na França, lembramos que para entrar no país, seja para morar ou visitar, é obrigatório ter um seguro viagem Europa. Esse documento pode ser requisitado na imigração ainda no aeroporto. Leia nosso artigo e veja como contratar o seu ao melhor preço.
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