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Abrir Conta Agora →Mas afinal, o que dita se você vive em um país de Primeiro ou Terceiro Mundo, por exemplo? Entenda os fatores históricos que deram origem a essa divisão e se ainda é válida para aplicar num mundo moderno. Saiba tudo sobre o conceito de países de primeiro mundo abaixo.
Índice do artigo
Independentemente da época, da cultura ou da política em questão, a humanidade sempre foi tendenciosa a formação de grupos, com base em elementos comuns a cada um deles.
Seja para facilitar estudos, alianças ou desenvolver determinado grupo econômico e político durante a Guerra Fria, todas as nações passaram a ser divididas em países de Primeiro Mundo, de Segundo e Terceiro – nomenclatura que continua presente até os dias de hoje para designar desenvolvimento e exemplos a serem seguidos.
Após o término da Segunda Guerra Mundial, entretanto, uma das mais expressivas divisões foi lentamente implementada, e funciona até os dias atuais (ainda que de forma obsoleta) como parâmetro de desenvolvimento humano entre as nações – historicamente, intitulada a Teoria dos Mundos.
E não estamos falando em universos paralelos, apesar de Teoria dos Mundos parecer um termo da ficção em um primeiro momento.
Ganhou esse título a metodologia utilizada durante a Guerra Fria para designar as economias capitalistas mais poderosas do mundo, bem como as que ainda estavam se desenvolvendo e aquelas nações mais desfavorecidas de recursos.
Um conjunto de fatores foram levados em consideração para estabelecer quais seriam os países de Primeiro Mundo, bem como aqueles que os fariam cair para Segundo ou Terceiro Mundos.
Essa divisão foi fundamental para separar nações de acordo com suas importâncias econômicas e relações com países aliados.
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Cotar Agora →Sob o rótulo de Primeiro Mundo foram referidos os países com maiores índices de desenvolvimento em âmbito mundial, onde alguns elementos em comum seriam avaliados de acordo com:
Apesar de parecer uma determinação imediata, praticamente tomada do dia para a noite, o processo de divisão do mundo em 3 levou 46 anos, e tornou-se obsoleto somente no início da década de 90, com a extinção da União Soviética.
Diante do final do regime socialista na maior parte do mundo, a classificação tomou uma nova nomenclatura, com uma nova roupagem de avaliação.
O mundo agora passa a ser dividido em países Desenvolvidos (Primeiro Mundo), Emergentes ou Em Desenvolvimento (Segundo Mundo) e Subdesenvolvidos (Terceiro Mundo).
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Ao invés de abolir a Teoria dos Mundos ao final dos anos 80, uma nova referência estatística passou a ser utilizada para que esse conceito não fosse considerado subjetivo e, portanto, descartado.
Foi então que, com bases consistentes, foi implantado o IDH como forma de avaliar e determinar os níveis de prosperidade de determinada nação.
IDH é a sigla para Índice de Desenvolvimento Humano, e o método de avaliação foi iniciado no fim dos anos 80 por um grupo de economistas reunidos pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
Tais profissionais se dedicaram exclusivamente a traduzir, em números, o bem-estar social dos países antes divididos em 3 mundos.
O resultado dessa “tradução” foi apresentado em 1990 e surgiu como um contraponto ao Produto Interno Bruto (PIB), criado após a crise de 1930 e já consolidado como a melhor forma de medir o desenvolvimento de uma nação.
Embora criticado por muitos especialistas e chefes de governo, o IDH ainda é a melhor forma de orientar políticas públicas, uma vez que aponta deficiências em áreas como saúde, educação, segurança e desigualdade social – aspectos não considerados pelo PIB.
25 anos após a implantação do índice, o IDH hoje combina outros três indicadores para divulgar seus resultados.
São eles os de expectativa de vida, índice educacional e renda per capita. Os resultados dos cálculos são apresentados em notas que vão de 0 a 1, de modo que, quanto mais perto de 1, melhor.
Veja aqui a lista dos países da Europa com melhor qualidade de vida atualmente.
Dentre os países de Primeiro Mundo anteriormente predefinidos durante a Guerra Fria, a maioria permaneceu no grupo, agora denominado de “Desenvolvido”.
Apesar de o fator político e econômico continuar determinante para seus membros, outras características agora passam a fazer parte do grupo.
Se antigamente apenas o PIB e as questões políticas eram o suficiente para determinar o “poder” de um país, hoje é preciso muito mais para que os países de Primeiro Mundo mantenham seus postos.
Atualmente, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central, são considerados países de Primeiro Mundo as seguintes nações:
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Para chegar nesse resultado, são computadas mais de 1.500 variáveis dentro dos indicadores sobre desenvolvimento da:
Todos os indicadores podem ser conferidos no site The World Bank.
Já as Nações Unidas (ONU) trabalham com um sistema semelhante, ainda que mais voltado para o social – e, portanto, divulga resultados diferentes do Banco Mundial.
Como seu próprio nome sugere, a metodologia usada aqui é o IDH, que mede o desenvolvimento humano analisando critérios como educação, longevidade e renda.
Além desses, são avaliados pontos como a qualidade de vida, percepção de bem-estar e outras questões mais pessoais.
Os países são divididos em desenvolvimento humano “muito alto”, “alto”, “médio” e “baixo”. No Relatório de Desenvolvimento Humano de 2018, os 10 primeiros lugares ficaram para:
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Durante o período que compreendeu a Guerra Fria, os países de Segundo e Terceiro Mundo ganharam atribuições muito diferentes aos termos “equivalentes” de hoje em dia (emergentes/em desenvolvimento e subdesenvolvidos).
Com o avanço histórico, nações que buscam independência e civis que “conquistam” seus próprios territórios também ganharam seus respectivos espaços – nos Quarto e Quinto Mundos.
No Quarto, por exemplo, ficam as nações como o Tibete e a Palestina. Já o Quinto conta com territórios como as micronações, para muitos ainda encarados como uma desnecessária brincadeira.
Nações de Segundo Mundo, por exemplo, foram aquelas pertencentes ao bloco socialista, de economia planificada. Foram elas a União Soviética, a China, Coreia do Norte, Cuba, Polônia, Iugoslávia e Vietnã.
Hoje em dia, com um sistema socialista praticamente extinto, o segundo grupo de países é agora chamado de emergente ou, mais politicamente correto, “em desenvolvimento”. Estão no grupo os países de nações ricas e industrializadas, mas que ainda sofrem com problemas sociais e econômicos.
São, em sua maioria, povos democráticos.
Alguns dos países presentes nesse bloco atualmente são a Argentina, o Brasil, China, Índia e Rússia.
Ainda dentro dos países emergentes, existem dois subgrupos, onde ficam listados os países emergentes economicamente e os países emergentes socialmente. Nesses casos, temos os países que quase se equiparam aos desenvolvidos em determinados requisitos.
Um bom exemplo do grupo em emergência econômica é o do chamado BRICS, englobando Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Estes países estão no limite de ambas as definições e, apesar no grande peso econômico, falham na distribuição da renda, além de problemas estruturais.
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Os países de Terceiro Mundo até hoje são o grupo mais contraditório sobre as justificativas para estarem nessa classificação. A primeira e mais aceitável considera questões econômicas.
São considerados de Terceiro Mundo os países capitalistas, mas subdesenvolvidos e com atrasos sociais e econômicos, devido a uma desfavorável relação comercial com os países de Primeiro Mundo.
Eram também conhecidos por exportações de matérias-primas a baixo custo e importação de tecnologia e produtos industrializados a altos preços, agravando ainda mais situações de desigualdade social.
Outra explicação leva em consideração os países aliados de guerra. Segundo a teoria, os Estados Unidos teriam perto de si, no Primeiro Mundo, seus aliados.
No Segundo Mundo, estariam todos os aliados da União Soviética e, no Terceiro, automaticamente foram introduzidos os países que não se aliaram a ninguém e mantiveram-se neutros.
A teoria, entretanto, cai por terra quando se observa os ataques entre Japão e Estados Unidos, ambos países do Primeiro Mundo.
Durante a Guerra Fria, faziam parte desse grupo países da América Latina, África e Ásia em sua maioria. Bons exemplos estavam no Egito, Índia, Arábia Saudita, Argentina, Brasil e México.
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Nos dias de hoje, foram introduzidos ao grupo apenas as nações pobres, com um índice de desenvolvimento humano baixo, economia primária e uma enorme dependência de nações externas.
Outra característica desses países é a falta de um governo democrático. São exemplos Serra Leoa, Haiti, Albânia e Afeganistão.
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