Europa

Como está a vacinação contra Covid-19 na Europa e protestos antivacina

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Vacinas contra a propagação do Coronavírus estão sendo aplicadas na Europa, e a Comissão Europeia tem o objetivo de trabalhar na contenção da propagação do Coronavírus, apoiar os sistemas de saúde nacionais e fazer face às consequências socioeconômicas da pandemia. No entanto, uma parcela da população parece decidida a não se vacinar, o que tem sido um entrave para os governos.

E, para que você esteja por dentro do andamento da vacinação contra Covid-19 na Europa e das medidas que os governos têm adotado para convencer a população a se imunizar, escrevemos este conteúdo.

Parcela da população europeia está decidida a não se vacinar: entrave para os governos

Mesmo com muitos países tendo avançado em níveis percentuais na imunização de sua população, há, ainda, uma parcela de pessoas que não pretende se vacinar. Por isso, a Europa tem passado por uma nova fase “de luta” contra o Coronavírus. Se antes havia escassez de vacinas; hoje, há um crescente número de pessoas que não querem se imunizar.

Em muitos países, apesar de o percentual de casos não estar próximo ao seu pico, o número de novos infectados vem subindo ultimamente, fato que tem preocupado os governos europeus, que consideram, ainda, a disseminação da variante delta.

Medidas dos governos geram protestos

Conforme consta na reportagem da CNN Brasil, a Europa tentou aumentar a adesão à vacina contra Covid-19 com incentivos, como, por exemplo, pagamento em dinheiro para quem se vacinasse, passeios gratuitos, ou gratuidade em estádios de futebol.

Mas, vendo sinais de desaceleração da vacinação no continente, os governos testam, agora, restrições, com o objetivo de as pessoas se vacinarem e, assim, reduzir os novos casos diários de infecções. Tais medidas geraram protestos de uma parcela da população.

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Em diversos países, discutiu-se novamente sobre a necessidade ou não de restrições para as pessoas que não se vacinaram, ou, mesmo, se a imunidade em grupo almejada deve ser alcançada por meio da vacinação obrigatória.

A Alemanha, por exemplo, ainda está debatendo o assunto. Mas governos de outros países têm suas conclusões. Particularmente, a vacinação obrigatória para determinadas profissões não foi bem recebida em todas as regiões, e, por isso, houve muitos protestos em diversos países.

Os governos francês e italiano, por exemplo, adotaram algumas medidas que geraram protestos. A seguir, veja um resumo do que aconteceu nesses países, de acordo com o publicado no Deutsche Welle.

França

No final de semana do dia 24 de julho, mais de 160 mil manifestantes na França protestaram contra os planos governamentais para medidas rígidas contra a Covid-19, principalmente no que diz respeito à vacinação obrigatória para certos grupos de profissionais.

A partir do meio de setembro, equipes de saúde e enfermagem, bem como equipes de segurança e de resgate, precisarão comprovar que estão imunizadas para terem direito a exercerem a profissão. Aqueles que não se vacinarem correm o risco de serem penalizados com uma suspensão não remunerada. As pessoas que são contra a medida a veem como “uma interferência inadmissível na autodeterminação das pessoas”.

Os protestos também foram feitos para reivindicar contra a obrigatoriedade de apresentar o passe sanitário da União Europeia para o acesso a locais públicos, como museus, shopping, bares, restaurantes, bem como para fazerem viagens para locais distantes.

O chamado “Green Pass” (passaporte verde, ou passaporte Covid) comprova se uma pessoa foi vacinada, se ela se recuperou ou se testou negativo para a Covid-19. As manifestações, que foram, em sua maioria, pacíficas, foram ofuscadas por confrontos individuais com a polícia. Além disso, houve resistência da oposição às medidas.

Por fim, o Parlamento aprovou uma versão revisada da lei com uma maioria clara. Nas sondagens, grande parte da população também se declara a favor da expansão da exigência do passaporte Covid.

É válido dizer, ainda, que, de acordo com dados divulgados na sexta-feira, dia 30 de julho, não vacinados representam 85% dos internados na França e 78% das mortes causadas pelo Coronavírus.

Itália

Desde o final de março, a Itália exige a vacinação para que profissionais da saúde possam exercer a profissão no país. Mas os protestos feitos no sábado, dia 25 de julho, foram direcionados ao endurecimento de outras medidas.

Havia milhares de manifestantes em diversas grandes cidades italianas, que protestavam contra a decisão do governo de Roma de tornar vários espaços públicos na Itália acessíveis apenas a portadores de passaporte sanitário a partir do dia 6 de agosto.

As pessoas que quiserem acessar locais, como academias de ginástica, museus ou restaurantes, devem comprovar que foram vacinadas, se recuperaram da Covid-19 ou testaram negativo para o vírus. Nas áreas externas, no entanto, os donos de restaurantes podem decidir se servirão os clientes sem exigirem o passaporte Covid.

Justificativas dos manifestantes para não se vacinarem

De acordo com uma parcela da população, o passaporte sanitário, que estabelece vacinação obrigatória para diversos setores profissionais na Europa, não deveria ser obrigatório para acessar alguns lugares e fazer viagens de longa duração de trem ou de avião. E existem algumas justificativas que os manifestantes europeus dão para não se vacinarem. As principais são:

  • Credibilidade da vacina da AstraZeneca: isso ocorre porque foram detectados raros casos de tromboses e embolias e que levaram 12 países da União Europeia a suspender temporariamente a aplicação dessa imunização, em meados de março, assim como houve alguns casos de morte de pessoas que tomaram a vacina e tiveram coágulos sanguíneos, inclusive cerebrais, na França;
  • Não existem muitas pesquisas sobre os efeitos colaterais a longo prazo das vacinas: muitos reconhecem ter medo de se vacinar, mas também de estarem mal-informados, conforme mostra a reportagem da Rádio França Internacional;

É válido dizer que, como bem explica a reportagem da Carta Capital, do ponto de vista jurídico, a vacinação obrigatória e o passaporte sanitário não ferem a liberdade individual.

E quais são as consequências dessa atitude para a imunidade de grupo?

As pessoas que não querem se vacinar podem prejudicar o atingimento da imunidade de grupo (ou imunidade de rebanho) na Europa – sabendo-se que a melhor forma de atingir a imunidade é por meio da vacinação.

Assim, se uma parcela significativa da população europeia não se vacinar, a Covid-19 pode ficar circulando mais tempo e mais pessoas serem infectadas.

A imunidade de grupo ocorre quando grande parcela da população está imune ao vírus e contribui para que a doença não se dissemine. Sem falar de uma doença especificamente, de acordo com a Fiocruz, imunidade de grupo é o efeito obtido quando algumas pessoas são indiretamente protegidas pela vacinação de outras, beneficiando, dessa forma, a saúde de toda a comunidade.

Segundo a Fundação, as pessoas vacinadas não transmitirão o vírus para outros que não estão imunizados por motivos, como:

  • São muito novos para tomar alguma vacina;
  • Possuem algum problema que impede a vacinação;
  • Foram vacinados antes, mas não produziram níveis ideais de anticorpos, logo, não estão devidamente imunizados.

Ainda de acordo com a Fiocruz, a proporção de uma população que precisa ser vacinada para que seja mantida a imunidade de grupo depende da doença – normalmente, a partir de 75% da população.

Como está o andamento da vacinação nos principais países

De acordo com o site da Comissão Europeia, a foram autorizadas na União Europeia as seguintes vacinas:

  • BioNTech-Pfizer;
  • Moderna;
  • AstraZeneca;
  • Johnson & Johnson.

A seguir, apresentamos dados oficiais do Our World in Data, de sites oficiais dos governos e de outras fontes confiáveis sobre o andamento da vacinação nos seguintes países: Portugal, Espanha, Itália, França e Alemanha. A pesquisa foi feita no dia 30 de julho de 2021, com base na última atualização disponível de cada país nesta data.

Vacinação em Portugal

De acordo com o Relatório de Vacinação, da Direção-Geral da Saúde de Portugal e com informações presentes no Our World in Data, a situação de vacinação em Portugal é a seguinte:

  • Doses recebidas: 12.886.770;
  • População vacinada com uma dose: 6.946.679 (68,1%);
  • População vacinada com vacina completa: 5.567.578 (54,6%);
  • Casos ativos: 50.811;
  • Recuperados: 897.886;
  • Óbitos: 17.344.

Mais da metade dos portugueses (54,6% da população) tem a vacinação completa contra a Covid-19. Além disso, quase 70% dos portugueses tem, pelo menos, uma dose da imunização. Essas informações significam que é preciso vacinar mais 15,40% dos cidadãos para que seja atingida a “imunidade de rebanho” no país (quando 70% da população portuguesa estiver com a vacinação completa).

Neste momento, Portugal se encontra na terceira fase de vacinação (o país está vacinando a população que mora em Portugal e que ainda não foi vacinada) e é o 17º país com a maior taxa de doses administradas a cada 100 habitantes do mundo, conforme publicação feita pelo jornal Público.

Dessa forma, ao compararmos dados mais atuais, Portugal está 9,36 pontos percentuais acima da taxa de vacinação da União Europeia quando se trata da porcentagem populacional com, pelo menos, uma dose administrada.

Mesmo assim, de acordo com o Reuters, Portugal está relatando, em média, 2.973 novas infecções por dia, 23% do pico – a maior média diária relatada foi no dia 27 de janeiro.

De acordo com a fonte, desde o início da pandemia ocorreram 960.437 infecções e foram registradas 17.320 mortes relacionadas ao Coronavírus no país.

Vacinação na Espanha

Na Espanha, o percentual de pessoas totalmente vacinadas contra a Covid-19 é 57,1% e a parcela da população que está parcialmente imunizada é 10,47%. Os dados são de 28 de julho de 2021, última atualização do Our World in Data na data de nossa pesquisa. Nesta data, foram administradas 119,16 por 100 habitantes.

É válido dizermos, aqui, que na segunda-feira, dia 26 de julho de 2021, a Espanha iniciou o processo de doação de vacinas para cinco países: Paraguai, Guatemala, Equador, Peru e Nicarágua.

A doação de 750 mil doses da AstraZeneca, por meio do consórcio Covax, criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi feita base no acordo firmado entre a AstraZeneca, a Covax e a Espanha. Este compromisso já havia sido anunciado pelo presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez.

Mas, apesar de a vacinação já estar avançada na Espanha e de o país ter doado doses da imunização, a Espanha apresenta, em média, 24.719 novas infecções por dia, 68% do pico – a maior média diária relatada em 25 de janeiro, conforme mostra o Reuters. Segundo a fonte, ocorreram 4.422.291 infecções e 81.442 mortes relacionadas ao Coronavírus registradas no país desde o início da pandemia.

Vacinação na Itália

Um dos países mais afetados pela Covid-19 foi a Itália. Atualmente, de acordo com o Reuters, o país registra o maior número de novas infecções desde maio – em média, 4.930 novas infecções relatadas por dia. Isso é 14% do pico e o número vem subindo.

Desde o início da pandemia, ocorreram 4.336.906 infecções e foram registradas 128.029 mortes relacionadas ao Coronavírus no país.

No dia 29 de julho (última atualização do Our World in Data na Itália), a Itália apresentava 51,01% da população imunizados com a vacinação completa e 11,92% das pessoas somente com a primeira dose.

Vacinação na França

A Covid-19 também fez muitas vítimas na França (111.795 mortes relacionadas ao Coronavírus registradas no país desde o início da pandemia). Agora, de acordo com o Reuters, o país está 40% do pico e o número de novas infecções vem crescendo em mais de 17.700 nas últimas três semanas. Desde o início da pandemia, 6.079.239 foram infectadas com o Coronavírus.

De acordo com o Our World in Data, no dia 28 de julho de 2021 (última atualização do site antes da postagem deste artigo), 46,7% da população francesa havia sido vacinada completamente e 14,25% das pessoas parcialmente.

Vacinação na Alemanha

Apesar de o número de infecções com o Coronavírus na Alemanha não estar subindo na mesma proporção do que os países apresentados acima, a doença está aumentando no país, de acordo com o Reuters. Segundo a fonte, o número médio de novas infecções registradas na Alemanha tem subido por sete dias seguidos, com, em média, 2.115 de novas pessoas infectadas relatadas a cada dia. Isso é 8% do pico – a maior média diária relatada em 20 de dezembro.

Ainda segundo o Reuters, desde o início da pandemia, 3.764.992 pessoas foram infectadas e 91.610 morreram devido a complicações Coronavírus na Alemanha.

De acordo com dados do Our World in Data, 51,11% da população alemã já recebeu a imunização completa contra a propagação da Covid-19 e 9,92%, parcial.

Países mais vacinados

Com base nos últimos dados apresentados pelo Our World in Data, da Universidade de Oxford, que está monitorizando os dados de vacinação divulgados por cada país, Malta é o país com a maior percentagem de pessoas vacinada, com mais de 85% da população completamente imunizada. Em segundo lugar, vem a Islândia, com 74,33% da população totalmente vacinada, seguida pelos Emirados Árabes Unidos, com 69,9% da população completamente vacinada.

O jornal Público tem um gráfico interessante que mostra o ranking dos países em relação ao andamento da vacinação contra Covid-19.

Conclusão

A vacinação é uma medida de proteção coletiva, e não individual. Segundo informações da Fiocruz, além de proteger as pessoas, a vacina é importante no ponto de vista populacional, pois quando grande parte da população é imunizada, a circulação do vírus diminui e isso, consequentemente, acaba protegendo também quem não está vacinado.

Por isso, de acordo com a Fundação, é preciso conscientizar a população para se vacinar e pensar na coletividade. Quando a imunização atingir um determinado índice, começa a diminuir a transmissão para quem não se vacinou, e isso é uma das consequências da vacinação em massa.

Apresentamos, aqui, como está o andamento da vacinação em alguns dos principais países europeus, falamos sobre a desaceleração da vacinação e sobre o consequente aumento de novos casos de Covid-19.

Além disso, citamos a justificativa que uma parcela da população europeia dá para não se imunizar e também comentamos sobre a importância da vacinação para o atingimento da imunidade de rebanho, tudo com base em dados e reportagens de fontes confiáveis. Em momento algum, neste artigo, emitimos a opinião do Euro Dicas sobre o que vem acontecendo na Europa, apenas relatamos fatos.

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Carolina Carvalho

Carolina é luso-brasileira, jornalista e especializada em Comunicação Empresarial. Desenvolve e revisa conteúdos para diversas mídias. Adora viajar o mundo, conhecer novas culturas e escrever sobre suas experiências. Tem prazer em dar dicas de restaurantes, hotéis e também em ajudar brasileiros que desejem morar em outro país.

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