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Viajar para Europa pós-coronavírus: tudo que você precisa saber

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O questionamento sobre quando e como será possível viajar para Europa pós-coronavírus tem sido cada vez mais comum, especialmente para quem já tem uma viagem marcada. O momento ainda é de incerteza, mas a União Europeia já começa a anunciar as datas de reabertura e de retomada do turismo, o que deixa muitos viajantes ansiosos para planejar a viagem ou mudança para o Velho Continente. Mas ainda há muitas restrições.
Buscamos fontes variadas sobre as perspectivas para o futuro e como será o mundo das viagens pós-coronavírus.

Quando será possível viajar para Europa pós-coronavírus?

A União Europeia lançou o site Re-open, com informações atualizadas em tempo real sobre a situação de viagens e as fronteiras internas da Europa. Antes de viajar consulte a situação e evite imprevistos.
As datas de abertura gradual das fronteiras dos países da União Europeia estão detalhadas abaixo de acordo com o site da UE, com a descrição da razão para controle e reabertura.
Isso não significa que as viagens serão retomadas em sua plenitude, mas uma coisa é certa, não será da mesma forma que antes.
As datas são:

  • Alemanha (16 de maio a 21 de junho de 2020) – COVID-19; fronteiras terrestres e aéreas com a Áustria, Suíça, França, Dinamarca, Itália e Espanha, fronteira marítima com a Dinamarca. De 12 de maio a 11 de novembro de 2020 – movimentos secundários, situação nas fronteiras externas; fronteira terrestre com a Áustria;
  • Espanha (10 de maio a 21 de junho de 2020) – COVID-19; todas as fronteiras internas;
  • Portugal (15 de maio a 30 de junho de 2020) – COVID-19; fronteira terrestre com a Espanha;
  • França (1 de maio a 31 de outubro de 2020) – COVID-19; ameaça terrorista contínua e risco de terroristas usarem a vulnerabilidade dos Estados devido a pandemias do COVID-19; apoio a medidas destinadas a conter a propagação do vírus; todas as fronteiras internas;
  • Islândia (24 de abril a 22 de junho de 2020) –  COVID-19; fronteiras internas;
  • Lituânia (14 de maio a 16 de julho de 2020) – COVID-19; fronteira terrestre com a Polônia, fronteiras marítimas, fronteiras aéreas;
  • Eslováquia (28 de maio a 26 de junho de 2020) – COVID-19; todas as fronteiras internas;
  • Estônia (18 de maio a 16 de junho de 2020) – COVID-19; fronteiras aéreas e marítimas internas;
  • Polônia (14 de março a 12 de junho de 2020) – COVID-19; fronteiras terrestres com a República Checa, Eslováquia, Alemanha, Lituânia, fronteiras marítimas, fronteiras aéreas;
  • Hungria (12 de maio a 11 de novembro de 2020) – COVID-19; todas as fronteiras terrestres e aéreas internas;
  • Finlândia (19 de março a 14 de julho de 2020) – COVID-19; todas as fronteiras internas;
  • República Tcheca (14 de maio a 30 de junho de 2020) – COVID-19; fronteiras terrestres com a Áustria e a Alemanha; fronteiras aéreas;
  • Áustria (12 de maio de 2020 a 11 de novembro de 2020) – movimentos secundários, riscos relacionados a terroristas e crime organizado, situação nas fronteiras externas; fronteiras terrestres com a Hungria e com a Eslovênia;/
  • Bélgica (19 de maio a 14 de junho de 2020) – COVID-19; todas as fronteiras internas;
  • Suíça (14 de maio a 15 de junho de 2020) – COVID-19; todas as fronteiras aéreas e terrestres internas, exceto as fronteiras com o Liechtenstein;
  • Suécia (12 de maio a 11 de novembro de 2020) – ameaças terroristas, deficiências nas fronteiras externas; a ser determinado, mas pode dizer respeito a todas as fronteiras internas;
  • Dinamarca (12 de maio a 12 de novembro de 2020) –  COVID-19 (na medida do necessário), ameaças terroristas, criminalidade organizada; todas as fronteiras internas;
  • Noruega (12 de maio a 11 de novembro de 2020) – ameaças terroristas, movimentos secundários; portos com conexões de balsa com a Dinamarca, Alemanha e Suécia; De 15 de maio a 13 de agosto de 2020 – COVID-19; todas as fronteiras internas.

Muita coisa vai mudar, desde a forma como enxergamos uma viagem, até a maneira como os passageiros são verificados antes de entrar no avião, ou como se faz check-in no hotel, até mesmo como entram e interagem em um museu.
A principal questão a se considerar sobre quando será possível viajar para Europa pós-coronavírus é o controle de fronteiras, seja ela interna ou externa.

Fechamento de fronteiras externas

Como dissemos acima, cada país europeu tem a liberdade de decisão da data de abertura de suas fronteiras. Mas a UE impôs sugeriu regras severas para a reabertura, veja abaixo.

União Europeia impõe regras para cidadãos de países terceiros entrarem na Europa

De acordo com o site Schengenvisainfo, a União Europeia impôs uma série de regras para permitir a entrada de cidadãos de países fora da UE. Depende de:
1- Da situação epidemiológica daquele país em particular. A situação deve estar em posição melhor ou semelhante à média na área da UE em relação ao número e à tendência de novas infecções.
Na avaliação de cada país será levado em consideração o número de testes feitos à população, vigilância, rastreamento de contatos, contenção, tratamento e relatórios oficiais feitos;
2- Das medidas adotadas por esse país, se o país garante medidas de contenção semelhantes ou melhores às adotadas nos países da UE de seus operadores de transporte.
Pelas medidas acima citadas, podemos perceber que a abertura completa para a vinda de cidadãos brasileiros poderá demorar para acontecer. Lembramos que cidadãos brasileiros que têm cidadania europeia, residência autorizada em algum país europeu ou vinda autorizada por urgência, emergência ou situação de estudo poderão entrar na UE.

As limitações em países não-europeus

Mas, a abertura das fronteiras externas não significa a retomada dos voos e circulação irrestrita de passageiros. Nos Estados Unidos, por exemplo, desde o dia 27 de maio viajantes oriundos do Brasil ou, que tenham estado no país nos 14 dias anteriores, estão proibidos de entrar.
O país não é o único a impor restrições aos viajantes, a maioria dos nossos vizinhos, como Uruguai, Argentina, Chile, Peru, Equador, Colômbia, mantêm a suspensão dos voos e proíbe a entrada de estrangeiros.
Dessa forma, é possível que até o final de 2020, ou até que haja uma vacina, o controle de fronteiras seja mais duro na Europa e no mundo. Pode haver restrições especiais aos países cujo número de casos seja alto ou as políticas públicas para controle da doença sejam ineficientes.
A abertura e fechamento de fronteiras pode se tornar uma realidade, sendo impostas restrições a qualquer momento. Planejar uma viagem nesse cenário significa que podem ocorrer mudanças de planos a qualquer momento, você pode comprar passagens e ser surpreendido na véspera do embarque com alguma restrição.

Como serão as viagens para brasileiros que vivem na Europa?

O verão 2020 na Europa certamente não será o mesmo de anos anteriores. Além da redução drástica do número de turistas de fora da União Europeia, é possível que seja consideravelmente menor a circulação de europeus entre os países.
Se você já vive no continente, tem visto a discussão constante sobre a reabertura de fronteiras e imposição de quarentena para determinados países. No início da epidemia em solo europeu, foram muitos os destinos que suspenderam os voos de e para a Itália. Por enquanto, o que se espera é que os turistas circulem o mínimo possível entre países.

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Viagens internas no verão

As entidades de turismo governamentais dos países europeus já direcionam as campanhas para viagens internas. As viagens de verão devem se restringir ao país de morada, uma vez que própria União Europeia desaconselhou as viagens no período. Algo frustrante para quem vive no continente e está acostumado a todas as facilidades de ir de um país para outro.
O verão europeu, que começa em 20 de junho, deve ser completamente diferente para quem pretende viajar. Conhecer destinos nacionais ou, até mesmo, explorar destinos em um raio de alguns quilômetros de onde se vive deve ser uma realidade.

Casas de veraneio

Se hospedar em hotéis ou em hostels certamente não em está em questão para grande parte dos viajantes na Europa. As ofertas de estâncias de veraneio, sejam elas no interior ou no litoral, começam a despertar em vários países, como é o caso de Portugal.
Alugar uma casa com tudo que é preciso para aproveitar o verão, como piscina e área de lazer, é uma tendência para o período. Aproveitar as férias evitando locais de aglomeração, como praias e parques naturais é o objetivo de muitos viajantes que procuram destinos isolados.

Transportes nas viagens internas

O setor de transporte, que está diretamente ligado ao turismo também passa por mudanças. A maioria dos viajantes deve optar por trajetos curtos de carro, o que pode ser feito com o aluguel de veículos. Mas as viagens de trem e ônibus aos poucos serão retomadas.
A FlixBus, por exemplo, uma das maiores companhias low cost de transporte de passageiros terrestres, que engloba ônibus e trens, havia suspendido as operações quando as fronteiras se fecharam. Agora, a companhia aposta principalmente em viagens nacionais para estimular os passageiros. Se você nunca utilizou a Flixbus, temos um cupom de desconto de 20% para a primeira reserva, basta acessar a página da Flixbus por aqui.
A empresa apresentou em comunicado as novas medidas de desinfecção dos ônibus, assim como a redução do número de passageiros para 2/3 da capacidade dos veículos. Outras medidas são os banheiros fechados e a suspensão da venda de lanches durante a viagem.

Como poderão ser as viagens de avião no mundo pós-pandemia?

Em 2001 o setor de aviação passou por algumas mudanças significativas. A motivação foi completamente diferente, os atentados terroristas de 11 de setembro impactaram algumas regras básicas de segurança para embarcar.
Se um atentado terrorista em um país impactou o setor aéreo em todo o mundo, uma pandemia, com propagação global de uma doença, certamente os impactos serão ainda maiores. Ainda é cedo para ter certeza para qual ou quais caminhos a pandemia vai levar o setor, mas algumas especulações começam a surgir.
Entenda o que pode mudar nos voos para viajar para Europa pós-coronavírus:

Testes rápidos

A primeira vista parasse irreal, se nem os países conseguem testar todos os casos suspeitos as companhias aéreas conseguiriam? A Emirates, em abril começou a testar seus passageiros com exames rápidos. Por enquanto, se trata de um caso isolado, apenas uma companhia aérea de luxo conseguiu colocar em prática, logo ter essa possibilidade para todas as companhias talvez não seja possível a curto prazo.
Mas é algo que pode sim vir a acontecer nas viagens, especialmente, internacionais.

Medição de temperatura

Se testar os passageiros é caro e fora de mão para muitas companhias, aferir a temperatura antes de embarcar pode sim se tornar um realidade. Em alguns países a medição de temperatura já está em prática, como a China. Na Europa espera-se que com a retomada dos voos a prática ocorra nos aeroportos.

Máscara e distanciamento nos aviões

Muito se tem falado sobre a retomada dos voos e a inviabilidade de distanciamento entre os passageiros na aeronave. O uso de máscara já é obrigatório, tanto para passageiros, quanto para a tripulação.
Por outro lado, o distanciamento dentro das aeronaves, com lugares vazios entre os passageiros, pode não se tornar realidade, especialmente pelos custos que acarretaria, uma vez que com aviões mais vazios as passagens aéreas encareceriam.
A interação entre passageiros e tripulação também deve ser mínima, mas vão ficar as refeições a bordo?

Alimentação dentro do avião

O serviço de bordo pode sofrer mudanças significativas. Especialmente em relação às refeições quentes que podem ser extintas ou trocadas por alimentos frios e pré-embalados. A água também não deve ser mais reposta nos copos, sendo distribuídas garrafas entre os passageiros.
Por fim, a implantação de máquinas automáticas de alimentos a bordo pode se tornar uma realidade, dando maior autonomia para os passageiros sobre o que e quando se alimentar dentro do avião. Levar o lanchinho na bolsa de mão também vale.

Fim das filas para entrar no avião?

O voo ainda nem iniciou o embarque e a fila já está gigante. É possível que essa cena demore para se repetir nos aeroportos pelo mundo. Para alcançar o distanciamento mínimo necessário entre as pessoas, as filas rondariam os 800 metros, o que poucos aeroportos comportariam.
São muitas as alternativas propostas, mas uma coisa é certa, a maneira como os passageiros embarcam vai mudar.

Desinfecção de passageiros e malas

Viajar só com mala de mão é cada vez mais comum, especialmente pela cobrança para despachar malas. Por isso, a desinfecção de passageiros e malas antes de entrarem no avião pode se tornar uma realidade. No Aeroporto Internacional de Hong Kong, por exemplo, já estão sendo instaladas cabines de desinfecção para os passageiros, o processo leva apenas 40 segundos.
Além das malas de mão que acompanham os viajantes, as malas despachadas também devem passar por processos próprios de desinfecção quando os voos retomarem a normalidade.

Comprovativos de imunidade para viajar para Europa pós-coronavírus

Sabe o Certificado Internacional de Vacina que muitos países exigem da febre-amarela? Esse comprovativo para o coronavírus pode se tornar uma realidade para viajar para Europa pós-coronavírus, especialmente quando houver uma vacina. Ou, ainda, um certificado de imunidade, conferido a quem já teve a doença e desenvolveu imunidade.

O novo normal nas atividades turísticas na Europa pós-pandemia

Dentro do setor de turismo são muitas as áreas afetadas e a retomada significa passar por mudanças significativas. Para permitir que seja possível viajar para Europa pós-coronavírus cada setor vai ter que se adaptar para promover a sensação de segurança que os turistas ainda não recuperaram completamente.

Hotéis e hospedagem pós-pandemia

Soluções de self check-in e café da manhã individualizados são algumas das previsões para a retomada das viagens pós-pandemia.
As recepções com atendentes e o contato direto com os funcionários podem ser substituídos por soluções digitais, especialmente as que possam ser acessadas direto do celular do viajante.
O buffet de café da manhã também não deve retornar tão cedo. É possível que a refeição seja substituída por soluções individualizas ou, ainda, removidas das facilidades da maioria dos hotéis.
As hospedagens em casas no período pós-pandemia também devem mudar. A higienização e desinfecção dos espaços passará a ser uma exigência em plataformas como o Airbnb. Os viajantes estarão mais preocupados em saber quais foram as medidas de limpeza do ambiente após a saída dos hóspedes anteriores.

Restaurantes e a alimentação

A curto prazo são muitas as medidas para o setor de alimentação retomar as atividades. Cuidados extras no atendimento, assim como o distanciamento dos clientes são alguns dos pontos a serem implementados.
É possível que os viajantes experimentem novos modelos de atendimento nos restaurantes, com menos interação com os garçons e mais autonomia nos pedidos e nos serviços.
Assim como no café da manhã de restaurantes, os serviços de buffet, nos quais o próprio cliente se serve, devem passar por mudanças consideráveis.

Visitação de museus e pontos turísticos

Um dos setores que sofreu grande impacto com a pandemia foram os museus e atrações turísticas. Coliseu vazio, a Torre Eiffel fechada e centenas de museus com atividades suspensas. Gradualmente elas começam a ser retomadas, entretanto com restrições, por isso, vai ser preciso se planejar para viajar para Europa pós-coronavírus e conseguir visitar o que você deseja.
Além de desenvolver circuitos alternativos para dispersar os visitantes dentro dos museus, o controle do número de entradas também será uma realidade. Se há pouco tempo observávamos novos recordes de lotação, certamente 2020 vai ser um ano atípico nesse cenário. Muitas das medidas devem se estender até 2021.
O Museu do Louvre, por exemplo, anunciou a reabertura para o dia 6 de julho. Porém, não significará normalidade, além do uso obrigatório de máscara pelos visitantes, será necessário reservar a visita com antecedência, o que vai requerer ainda mais planejamento para quem pretende viajar.

As viagens que podem ser repensadas pós-pandemia

Algumas modalidades de viagem podem ser mais afetadas que outras. Por exemplo, porque fazer uma viagem de negócios se a maioria das questões pode ser tratadas online em uma chamada de vídeo? A seguir apresentamos alguns exemplos, confira:

Intercâmbios

Programar um intercâmbio para 2021? Talvez ainda não seja a hora para isso. Muitas instituições de ensino pelo mundo, sejam acadêmicas ou de idiomas transferiram suas aulas presenciais para o ambiente online e não há previsão de que elas retornam as salas tradicionais.
Com isso, viajar para fazer intercâmbio na Europa talvez demore a fazer parte da realidade. Uma alternativa é planejar a atividade para longo prazo, assim, será possível ter uma experiência completa, vivenciando o dia a dia no país.

Viagens de negócios

Atravessar o Atlântico a trabalho não será uma atividade tão corriqueira no futuro próximo. Se antes as multinacionais e empresas com altos volumes de negócio de importação e exportação mantinham um tráfego constante de seus executivos com o exterior, isso não deve ocorrer até que seja completamente seguro viajar.
O home office e a possibilidade de fazer reuniões importantes de forma segura pela internet podem tornar as viagens não essenciais de trabalho algo do passado. Além do risco de expor os funcionários, a abertura para receber viajantes recém-chegados do exterior vai cair.

Cruzeiros

Sempre sonhou em fazer um cruzeiro? É possível que esse sonho demore para acontecer de novo. As companhias de cruzeiro do mundo inteiro podem perder cerca de 90% do faturamento. Isso porque, com os casos notórios de navios que se tornaram focos, como Diamond Princess, ou o Norwegian Jewl que foi recusado em vários portos do Pacífico, levaram medo a muitos viajantes.
Por se tratar de um ambiente confinado, um simples caso pode acabar gerando um surto no navio. Assim, até que seja seguro fazer um cruzeiro, o que pode acontecer apenas em 2021 ou quando uma vacina surgir, essas passeios vão ser mais evitados.

Fim do turismo de massa na Europa?

Ainda é cedo para dizer se é o fim, mas certamente é uma desaceleração na massificação do turismo. Ser levado pela corrente nos corredores do Museu do Vaticano ou se amontoar com centenas de pessoas para ver a Monalisa no Louvre, são situações impensáveis neste momento.
Muitas cidades pela Europa já se exauriam do turismo de massa e seus efeitos devastadores sobre as cidades e suas populações. Dois bons exemplos são Veneza e Barcelona, que foram impactadas duramente nos últimos anos.
É impossível não ligar a pandemia ao turismo de massa, é comprovado que as viagens entre países e continentes espalhou o vírus por cada canto do mundo. A necessidade de consumir o turismo como produto, promovido pela facilidade de voos, barateamento de estadias e outros facilitadores, levou muitos lugares a exaustão e a pandemia é um freio, pelo menos momentâneo para o crescimento do turismo.

Turismo sustentável na Europa pós-pandemia

Em meio as dúvidas e insegurança para viajar, ressurge um movimento que pretende estimular o turismo sustentável. Esse modelo busca promover ambientes de coexistência harmoniosa entre o turismo e a cidade, para que ambos possam se desenvolver de forma benéfica.
Quando falamos de benefícios, é preciso lembrar que apesar de trazer renda e sim, isso é bom, ela deve ser sustentável, sem gerar impactos negativos na cidade e seus habitantes.
Entre os principais benefícios da redução da velocidade e voracidade do turismo está a reocupação dos espaços urbanos pela população local. Em cidades como as já citadas, assim como no Porto, Lisboa, Madrid e vários outros destinos na Europa, a população local foi removida para os subúrbios das cidades, já que os mais centrais se tornaram em sua maioria alojamentos para turistas.
Assim, os ambientes urbanos se tornaram quase fantasmas, com índices de ocupação para moradias muito baixos. O turismo sustentável, em um primeiro momento, pode gerar prejuízo, mas os locatários terão que se reinventar, destinar as habitações a estudantes e pessoas que vivem na cidade.
Os turistas também ganham com o turismo sustentável. Não existe nada mais desagradável durante uma viagem do que ser privado do prazer de admirar um monumento, apreciar uma obra de arte ou uma vista bonita porque existem centenas de pessoas esperando que você dê lugar a ela.

Vamos ter medo de viajar para Europa pós-coronavírus?

No início sim, mas com o tempo as pessoas vão voltar a se sentir mais seguras e confortáveis para voltar a entrar em um avião. Especialmente a medida que forem desenvolvidos tratamentos comprovadamente eficientes, assim como com a chegada de uma possível vacina. Até lá, as pessoas vão sim ter medo de viajar.
Posso responder por mim: sim, tenho medo de viajar nos próximos meses. Sou apaixonada por viagens e já volto para casa pensando em qual será o próximo destino. Mas agora, não tenho planos de sair do país e vou aproveitar o verão europeu para conhecer destinos portugueses que ainda não visitei. Sobre entrar em um avião e enfrentar uma longa viagem? Só no final do ano para ver a família no Brasil.
E você, tem medo de viajar para Europa pós-coronavírus ou já está preparado para arrumar as malas?

Carolina Sanches

Carolina é mineira e vive no Porto, em Portugal, desde 2018. Conheceu a cidade em 2013, quando realizou um intercâmbio acadêmico, se apaixonou e voltou para estudar e aproveitar o que o país tem de melhor; a qualidade de vida. Ama organizar roteiros de viagens detalhados e compartilha um pouco das experiências de viagem no @ourvieworld. Mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade do Porto e graduada em Jornalismo pela Puc-Minas, se especializou em Marketing Digital, área na qual atua há 6 anos.

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