No dia 3 de julho, o governo de Boris Johnson anunciou que o Reino Unido desiste da quarentena obrigatória para 59 países: veja a lista que exclui Brasil, Estados Unidos e China, entre outros.
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Desde 8 de junho, quem chega ao Reino Unido, britânico ou estrangeiro, é obrigado a cumprir quarentena duas semanas de auto isolamento.
A pessoa deixa seus contatos na chegada ao aeroporto e está submetida à fiscalização do cumprimento da medida, sob pena de multa de mil libras – o equivalente a mais de mil dólares e mais de 6 mil reais.
Mas, a partir do dia 10 de julho, sexta-feira, os que chegarem de voos provenientes dos 59 países que compõe a lista anunciada pelo governo estarão livres desta exigência.
A medida visa minimizar os impactos no turismo gerados pela pandemia de coronavírus e pelas medidas de distanciamento social adotadas até então, entre elas a quarentena.
A quarentena obrigatória vinha levantando fortes críticas do setor, gerando até mesmo processos jurídicos contra o governo. A British Airways, por exemplo, alegava juridicamente que cientistas do próprio governo reconheceram que a quarentena teria pouco impacto na transmissão do vírus. Mas retirou o processo assim que a nova medida com a lista de 59 países autorizados foi publicada.
O auto isolamento desagradava também parte dos britânicos, impossibilitados de realizar qualquer viagem a turismo – já que deveriam se auto isolar por 14 dias em retorno de viagem.
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Segundo a resolução publicada pelo governo na última sexta-feira (3), o viajante não precisará de auto isolamento na chegada à Inglaterra se os países da lista forem os únicos lugares em que a pessoa esteve ou parou nos últimos 14 dias.
O documento afirma que:
“O governo está convencido de que agora é seguro introduziu estes ‘corredores de viagens’ com alguns países e territórios”.
No entanto, a medida valerá, a princípio, para a Inglaterra. Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte têm autonomia para decidir se acompanham ou não a resolução, o que ainda não foi confirmado.
De acordo com o governo britânico, a decisão dos países que integram a lista foi tomada tomando como base estudos epidemiológicos. E foram excluídos os países onde a situação ainda é crítica em relação às contaminações por Covid-19.
O fato de Brasil e Portugal, além de outros países, como os EUA, ficarem de fora da lista não significa apenas a limitação de entrada no Reino Unido para quem vem destes países. Mas também que estas nações ficam impossibilitadas de se beneficiarem economicamente com o turismo praticado pelos britânicos.
Para Portugal, especialmente, isto significa um impacto relevante. Segundo o Eurostat, o escritório de estatística europeu, os turistas britânicos representaram 11,4% das hospedagens no continente em 2018.
Nesta semana, o Brasil também ficou de fora da lista dos 27 países da União Europeia que reabriram suas fronteiras.
O bloco irá rever a lista de 15 em 15 dias, mas, de acordo com as exigências epidemiológicas, o Brasil ainda deve ficar de fora por um bom tempo. Atualmente, a taxa de novas contaminações no Brasil é de 120 por 100 mil habitantes e a União Europeia exige no máximo 16 novos casos por 100 mil habitantes.
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Cotar Agora →O governo ressalta ainda que não hesitará em impor novas restrições, caso o número de infectados por Covid-19 aumente muito tanto no Reino Unido quanto nos 59 países da lista.
Atualmente, o Reino Unido tem 285,787 mil casos confirmados de coronavírus e 44,216 mil mortes, segundo a Universidade Johns Hopkins (dados colhidos no dia 3 de julho). E figura entre os quatro países com mais casos fatais, ficando atrás apenas de Estados Unidos e Brasil.
O governo começou a levantar os bloqueios de isolamento social apenas em junho, bem depois do restante da Europa. E no dia 4, reabre museus, cinemas, bares e restaurantes.
Em entrevista à rádio LBC, o primeiro-ministro Boris Johnson recomendou aos britânicos aproveitar o verão europeu de maneira sensata. “A minha mensagem é: aproveitem o verão de maneira sensata, para garantir que tudo funcione. Não vamos estragar tudo agora. Precisamos entender que existe sempre um risco”, alertou, temendo a segunda onda de contaminações.
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