No último sábado (27 de junho), a União Europeia publicou sua “lista de boas-vindas” depois de ter as fronteiras fechadas para estrangeiros de fora do bloco por mais de três meses devido às medidas de contenção ao coronavírus. A Europa reabre fronteiras para 15 países em julho: mas muitos países ficaram de fora, incluindo o Brasil. Saiba a razão e quem pode ir para o velho continente.

Europa reabre fronteiras para 15 países em julho: entenda por que o Brasil ficou de fora

Depois de semanas de discussões entre os 27 países integrantes da União Europeia mais o Reino Unido (que apesar do Brexit ainda participou da decisão), ficou decidido que, a partir de 1 de julho, voos vindos de 15 países de fora do bloco poderão entrar nos países da União Europeia, sem necessidade de cumprimento de quarentena.
Os representantes concordaram em excluir países em que a situação da pandemia é considerada preocupante.
Em resumo, poderão entrar nos países do bloco os cidadãos vindos de regiões em que as condições da pandemia estejam semelhantes ou melhores do que na União Europa.
A definição para diferenciar os países com situação crítica daqueles em que a pandemia já pode ser considerada controlada levou em conta os seguintes critérios:

  • Curva de contágio;
  • Número de novas contaminações;
  • Capacidade de testes e as regras de prevenção em vigor.

Países liberados

Desta forma, a partir de 1 de julho, estão liberados para turismo na União Europeia voos vindos dos seguintes países:

  • Argélia;
  • Austrália;
  • Canadá;
  • Coreia do Sul;
  • Geórgia;
  • Japão;
  • Marrocos;
  • Montenegro;
  • Nova Zelândia;
  • Ruanda;
  • Sérvia;
  • Tailândia;
  • Tunísia;
  • Uruguai.

Países considerados em situação preocupante

Pelas mesmas razões citadas acima, foram classificados como em situação preocupante:

  • Brasil;
  • Estados Unidos;
  • Rússia;
  • Arábia Saudita;
  • Turquia.

Novas contaminações é uma questão crítica no Brasil

A União Europeia considera como aceitável um número de novos casos de Covid-19 por 100 mil habitantes em duas semanas que seja inferior a 16.
Isto porque este é o número médio de novas infecções nos países do bloco, calculado no período de duas semanas que se encerrou em 15 de junho.
O Brasil, na análise feita pelo Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças, que é a autoridade de saúde da União Europeia, apresenta atualmente uma taxa de 120 novas infecções por 100 mil habitantes no período de duas semanas. Ou seja, muito superior ao parâmetro aceitável pelo bloco.
Veja como será viajar para Europa pós coronavírus.

Países que fazem parte do acordo

Vale lembrar que a decisão da União Europeia libera ou impede voos para os seguintes destinos:

  • Alemanha;
  • Áustria;
  • Bélgica;
  • Bulgária;
  • República Checa;
  • Chipre;
  • Croácia;
  • Dinamarca;
  • Eslováquia;
  • Eslovênia;
  • Espanha;
  • Estônia;
  • Finlândia;
  • França;
  • Grécia;
  • Hungria;
  • Irlanda;
  • Itália;
  • Letônia;
  • Lituânia;
  • Luxemburgo;
  • Malta;
  • Países Baixos;
  • Polônia;
  • Portugal;
  • Romênia;
  • Suécia;
  • Reino Unido.

 Decisão pode ser revista pelos países

Apesar desta definição preliminar, os representantes dos países europeus afirmam que podem alterar as listas, de acordo com as conversas individuais de cada governo e conforme o controle da pandemia avance em cada nação.
A decisão, apesar de ser tomada em bloco, permite que cada país defina individualmente as exceções que julgar necessárias.
Os países que dependem mais do setor turístico, como Portugal e Grécia, por exemplo, pedem que a lista de autorizações seja estendida. Já nações como a Dinamarca defendem regras rígidas.

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Situação da China

Os voos vindos da China ficarão pendentes da reciprocidade do país asiático. Ou seja: aqueles países autorizados a aterrissar em território chinês estarão abertos aos visitantes chineses. Caso contrário, terão os voos bloqueados.
Apesar da China afirmar ter controlado o Covid-19, a União Europeia questiona as metodologias de controle da pandemia no país asiático e a clareza dos dados divulgados.

Recomendação da Comissão Europeia

Para estimular a economia, a Comissão Europeia recomendou que os países da União Europeia reabrissem suas fronteiras entre os membros do bloco no dia 15 de junho, o que foi feito pela maioria dos países.
A Comissão também recomendou aos governos uma abertura gradual e conjunta das fronteiras a partir de 1 de julho. Apesar de cada país poder definir por si só sua lista de entrada, a Comissão recomenda uma ação conjunta, visando minimizar os efeitos da livre-circulação de pessoas dentro do bloco.
Cada país também fica livre para estabelecer controles nos aeroportos como medição de temperatura dos passageiros e recomendação de quarentena a quem achar necessário.
As restrições de viagens na União Europeia estavam em voga desde meados de março.

Panorama da pandemia no cenário mundial

Na segunda-feira (29), o total de casos de Covid-19 em todo o mundo já havia ultrapassado os 10 milhões de casos, sendo 500 mil fatais.
Os Estados Unidos, país mais afetado pela pandemia, tem mais de 2,5 milhões de casos e 125 mil mortes.
O Brasil aparece em segundo lugar, com 1,344 milhão de casos e 57,6 mil mortes.
Em terceiro lugar vem a Rússia, com 640,246 mil casos. No entanto, o país tem menos mortes do que o Reino Unido, por exemplo – 9,317 mil mortes, contra 43,634 mil do país europeu.
Vale ressaltar que a comparação dos dados entre países é parcialmente questionável, pelas diferenças de metodologia adotada.
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