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Estudantes de mestrado na Itália
Itália

Mestrado na Itália: como é, custos e bolsas de estudo

Fazer um mestrado na Itália pode ser a opção ideal para quem já acabou a graduação e busca um diferencial para o próprio currículo. Mas, para fazer a pós no país, é preciso passar por um processo de seleção com algumas peculiaridades. Neste artigo, vamos te explicar como funciona o processo seletivo do mestrado no país da bota, o que é necessário para poder se inscrever e os melhores cursos oferecidos pelas instituições italianas. Buona lettura! PerguntasRespostasO que precisa para fazer mestrado na Itália?Será necessário fazer a inscrição, pagar a eventual taxa de inscrição e enviar toda a documentação online.Quanto custa um mestrado na Itália?Entre 2.600€ e 4.000€ nas universidades públicas e conforme o curso escolhido.Existe bolsa de mestrado na Itália?Sim, existem muitos programas de bolsa de mestrado na Itália que cobrem os custos da pós. Como fazer mestrado na Itália? Para fazer mestrado na Itália, você precisará: Procurar o curso e a universidade italiana que mais lhe agradam; Conferir os valores da anuidade e custo de vida na cidade; Ficar atento ao processo seletivo e se inscrever; Pagar eventual taxa de inscrição; Participar da entrevista com a banca examinadora (caso previsto pelo seu curso); Tirar o visto de estudante (caso seja cidadão europeu: não é necessário!); Embarcar! Como se organizar, considerando a diferença de calendário, burocracia e mudança? A melhor estratégia é buscar um curso e universidade, além de providenciar a tradução juramentada para italiano e a Apostila de Haia de toda a documentação com pelo menos 3 meses de antecedência. Desta forma, você não atrasa a sua ida e nem se desespera com a burocracia! Para as traduções juramentadas, indicamos o serviço da Yellowling, uma excelente plataforma de traduções que provê o serviço mais adequado às suas necessidades, com rapidez e facilidade, já que todo processo é realizado de forma online. Eu, Giovanna, usei a Yellowling recentemente para traduzir os meus documentos para me candidatar a um programa de pós-graduação e posso confirmar que o custo-benefício é excelente e os prazos de entrega são rápidos. Entendi. Mas, e agora? Confira o passo a passo que preparamos para você! Tipos de mestrado na Itália Na Itália, existem dois tipos de mestrado: laurea magistrale e master universitario. Normalmente, as universidades italianas oferecem os dois tipos de programa. Apesar de serem semelhantes em alguns pontos, os dois tipos de curso possuem diferenças importantes. Se compararmos com o sistema universitário brasileiro, podemos dizer que a laurea magistrale seria equivalente ao Mestrado acadêmico e o master universitario aos demais cursos de pós-graduação, como o MBA. Laurea magistrale O mestrado tradicional na Itália é a laurea magistrale (LM), cuja duração é de 2 anos. São necessários 120 CFU (credito formativo universitário) para completar o curso, dos quais cerca de 24 CFU são destinados à pesquisa e à dissertação final e 9 CFU ao estágio obrigatório. A laurea magistrale dá ao estudante o título de “Dottore/Dottoressa magistrale”, com o qual é possível se inscrever no programa de Dottorato di ricerca, o doutorado na Itália. Eu, Bruna, optei por cursar uma Laurea magistrale, ao invés de um Master universitario, porque eu gostaria de ter um título de pós-graduação que tivesse validade também na União Europeia. O Master universitario não é um título acadêmico reconhecido na Europa, mas si, um curso de pós-graduação inerente ao contexto italiano. Master universitario O master é um curso de pós-graduação na Itália voltado ao mercado de trabalho. Esses cursos são oferecidos em duas categorias, Master di I livello e Master di II livello, e equivalem aos cursos lato sensu do Brasil. Para se matricular no Master di I livello, é necessário possuir o diploma de Laurea triennale (Graduação). Para o Master di II livello, por sua vez, é obrigatório possuir a Laurea Magistrale. Além disso, o master universitario possui duração de 1 ano e a sua anuidade costuma ser mais cara do que aquela dos cursos de laurea magistrale. O número de créditos para completar o curso pode variar, mas o mínimo de créditos é 60 CFU anuais. Saiba que o MAECI — Ministero degli Affari Esteri (Ministério de Relações Exteriores da Itália), através de uma FAQ, tira as dúvidas mais frequentes dos candidatos interessados em cursar um mestrado na Itália. Calendário acadêmico do mestrado O ano acadêmico do sistema italiano começa em setembro/outubro e vai até julho, sendo que o primeiro semestre termina em janeiro. O segundo semestre, por outro lado, começa no final de fevereiro/início de março. A maioria dos cursos de mestrado na Itália têm as matrículas abertas durante todo o primeiro semestre do ano acadêmico, sendo possível, desta forma, começar o curso tanto no primeiro semestre como no segundo semestre. Porém, fique atento às datas-limite para candidaturas. Na Universidade de Pádua, por exemplo, as candidaturas para os cursos de mestrado acontecem em dois momentos distintos. O primeiro deles se inicia em novembro e termina em fevereiro. O segundo, por sua vez, se inicia em março e termina no mês de junho. Quanto dura um mestrado na Itália? A maioria dos cursos de Laurea magistrale na Itália possui uma duração total de 2 anos. Porém, os estudantes podem se formar antes ou depois desse período, uma vez que a formatura no programa de mestrado depende das provas e da tese. Dessa maneira, assim que você acabar todas as provas previstas pelo seu curso e submeter a tese, você já pode se formar, independentemente da quantidade de tempo cursado. O caso contrário também é muito frequente: como os cursos de mestrado na Itália são bem rigorosos, muitos estudantes não conseguem fazer todas as provas no tempo previsto de 2 anos e acabam se formando depois desse período, cursando 3 ou 4 anos na universidade. E como escolher um curso? No portal Universitaly, administrado e organizado pelo MIUR, Ministero dell’Istruzione, Università e Ricerca, você poderá encontrar todos os cursos de mestrado na Itália reconhecidos pelo ministério em questão. Lá, você poderá conferir quais são os cursos de mestrado que exigem exames de admissão, quais são ministrados em inglês, entre outras informações. Também existem outros pontos que devem ser considerados no momento da escolha, uma das principais etapas de todo o processo. Critérios de escolha Na Itália, existem centenas de cursos de mestrado de norte a sul do país. Dessa forma, para conseguir tomar a decisão correta e coerente com os seus objetivos, você deve considerar uma série de critérios. Um mesmo curso pode ser oferecido de forma completamente diferente em duas ou mais universidades. Assim, procure informações sobre o mestrado em questão: descubra quem são os professores, qual a qualidade do corpo docente, como são as aulas, quais os métodos de avaliação, etc. Além de escolher o mestrado na Itália, deve verificar se a universidade tem excelência. Foto: Giovanna Mauro. Eu, Bruna, me formei em Letras na USP, mas gostaria de fazer um mestrado na Itália que aliasse Linguística, Comunicação Digital e Política. Por isso, optei pela Laurea magistrale in Comunicazione pubblica, digitale e d’impresa. Esse programa possui dois currículos: Media digitali e Comunicazione d’impresa. Optei pelo primeiro. O curso alia teoria e prática, oferece laboratórios profissionalizantes, além de promover viagens para festivais de comunicação e jornalismo pela Itália. Vale ressaltar que as características da cidade universitária também são importantes. Na Itália, existem universidades em cidades dos mais variados tipos: de pequenas cidades com pouco mais de sete mil habitantes, como Camerino, à grandes metrópoles, como Roma e Milão. Reconhecimento e credenciamento de instituições O reconhecimento do curso escolhido e da instituição italiana em que você planeja estudar é tão importante quanto a qualidade do mestrado em si. Lembre-se de que os cursos de mestrado na Itália devem ser reconhecidos pelo MIUR, Ministero dell'Istruzione e del Merito. A minha dica é sempre buscar o curso no Universitaly, que mencionamos, pois a plataforma inclui somente cursos reconhecidos. Busque informações sobre qual o reconhecimento do curso, qual o título que poderá ser conseguido ao final do mestrado e a situação do credenciamento da universidade em questão. É fundamental ficar atento a essas questões, principalmente devido à enorme variedade de tipos de instituições e cursos na Itália. Além disso, não deixe de pesquisar também se o mestrado e a universidade que você está considerando podem te fornecer a qualificação de que você precisa: se o seu objetivo é seguir para o doutorado, por exemplo, você precisa optar pela laurea magistrale em uma universidade reconhecida. Importância da graduação na hora de se matricular no mestrado Os cursos de mestrado na Itália consideram o seu percurso acadêmico durante a graduação. Em outras palavras, para que você possa dar continuidade aos estudos e se inscrever em um mestrado, é necessário comprovar a validade e a pertinência do seu curso de graduação. Alguns mestrados exigem, por exemplo, que o candidato tenha cursado um determinado número de créditos em disciplinas específicas para se matricular na pós-graduação. Por esse motivo, o departamento universitário precisa emitir um documento chamado nulla osta (literalmente “nenhum impedimento”). Essa autorização será encaminhada para à secretaria geral, que dará prosseguimento ao processo de matrícula. Caso o nulla osta seja negado, o aluno não poderá se inscrever naquele específico programa de pós-graduação. Frequentar em prédios belíssimos como esse da Universidade de Pádua é um privilégio. Foto: Giovanna Mauro Além disso, cursos mais concorridos e com um número limitado de vagas, por exemplo, podem selecionar os candidatos com base no desempenho obtido ao longo da graduação. Conselho: não hesite em perguntar para a secretaria do departamento escolhido se o seu percurso de graduação é reconhecido ou não como percurso de estudos pelo programa de mestrado escolhido por você! Antes de se mudar para o país, leia a respeito do curso desejado, veja quais são os pré-requisitos e contate a secretaria. Melhor não arriscar a sua chance de morar na Itália, não é mesmo? Como se candidatar ao mestrado na Itália? Para se candidatar ao mestrado na Itália você deve ter atenção aos editais que as universidades abrem. Depois que você escolher a universidade, o curso e juntar todos os documentos necessários, você deve enviar a candidatura através do site da universidade. A maioria das universidades italianas permitem que a candidatura seja enviada pelo site, de forma totalmente virtual. Mas, se esse não for o caso, você poderá fazer a candidatura em um consulado italiano no Brasil. Documentos necessários O aluno brasileiro que tenha a intenção de cursar um mestrado na Itália deverá traduzir e apostilar os seguintes documentos: Diploma da Graduação; Histórico escolar da Graduação com notas e número de créditos de cada disciplina cursada; Certificado de conclusão do Ensino Médio; Histórico escolar do Ensino Médio. Além destes documentos, é imprescindível ter em mãos: Passaporte brasileiro válido; Certificado de proficiência de língua italiana nível B2 (caso o curso seja ministrado em italiano); Exame de proficiência em inglês nível B2 (caso o curso seja ministrado em inglês); Seguro saúde ou CDAM/IB2; Carta de motivação escrita em inglês ou em italiano; Currículo. Todos os documentos devem ser, normalmente, inseridos na própria plataforma de candidaturas da universidade, juntamente com o resto da sua application. Vale ressaltar que algumas universidades podem exigir outros documentos, como a Universidade de Bolonha, que pede o certificado do ETS para alguns cursos. Por esse motivo, é importante conferir o site de cada universidade. Dica: aconselho sempre entrar em contato com a secretaria do departamento que oferece o curso desejado e tirar todas as dúvidas, como: O departamento aceita o meu curso de graduação brasileiro? Tenho o número mínimo de CFU (180 CFU)? Existem vagas destinadas exclusivamente aos alunos internacionais? Pré-inscrição Uma vez que você tiver em mãos toda a documentação, chegou a hora de escolher o curso desejado de mestrado na Itália desejado e se pré-inscrever no portal Universitaly (caso você não seja um cidadão europeu). Se tiver a cidadania italiana (ou qualquer outra cidadania europeia), a pré-inscrição não é necessária e você poderá se inscrever diretamente na universidade escolhida. Processo seletivo O processo seletivo para fazer o mestrado na Itália varia de programa a programa. Isso porque cada departamento decide como será o processo de seleção. Na maioria das vezes, não é necessário ter um projeto de pesquisa pronto, uma vez que a seleção dos candidatos é feita através da análise do histórico escolar e currículo. O lado positivo é que, na maior parte das vezes, o exame de admissão não existe. Ou seja, o aluno pode se inscrever no curso desejado sem passar por processos de pré-seleção: são os chamados “corsi a numero aperto” ou “corsi di accesso libero”. Porém, alguns cursos de mestrado possuem vagas limitadas. Assim, para a seleção dos candidatos, uma banca de professores da instituição irá avaliar as competências acadêmicas, as notas e o currículo dos mesmos e selecioná-los. Além disso, a banca pode propor também uma entrevista com você (em inglês ou em italiano, dependendo do curso da sua escolha). Ao mesmo tempo, muitos cursos são acessíveis sem “vestibulares”. O vestibular na Itália engloba os cursos concorridos ou mais técnicos. Esses cursos são chamados “corsi di laurea magistrale a ciclo unico” e não são previstos cursos de mestrado nessas áreas, uma vez que o curso em si já dura 5 anos. Dentre esses cursos, podemos citar Medicina, Arquitetura e Direito. Quanto custa fazer um mestrado na Itália? As anuidades das universidades italianas não costumam ser muito salgadas, se mantendo em torno dos 2.600€ anuais (com exceção das universidades particulares). As taxas dependem do curso escolhido, mas são sempre calculadas com base na renda de cada família. Para isso, você deverá apresentar para a universidade o ISEE, um documento que pode ser obtido a partir da tradução e da legalização de documentos financeiros do seu núcleo familiar, como o imposto de renda brasileiro. Com o cálculo das taxas, os valores acabam sendo muito justos, uma vez que cada estudante paga aquilo que “pode” conforme a renda familiar. O único problema para os estudantes brasileiros é que devemos preparar o ISEE com bastante antecedência, já que o processo para consegui-lo pode ser um pouco chatinho. As famílias de baixa renda pagam somente uma taxa anual para estudar nas universidades italianas. Em primeiro lugar, você precisará traduzir e apostilar todas as páginas do imposto de renda do seu núcleo familiar e, uma vez na Itália, deverá levar os documentos no CAF (Centro di Assistenza Fiscale) para que eles os convertam para o ISEE. Em média, o CAF pode levar de 15 dias a um mês para preparar o ISEE e o prazo irá depender da demanda. Os valores das taxas das universidades públicas italianas (as quais são a maioria no país) são os mesmos para cidadãos europeus e para cidadãos não europeus. Porém, eles podem variar em algumas universidades particulares. Abaixo, você pode conferir alguns exemplos de anuidade do mestrado na Itália para o ano acadêmico 2024/25: UniversidadeAnuidadeUniversidade de Pádua2.642€Universidade de Bolonha2.707,04€Università Bocconi (particular)18.000€Universidade de Florença2.900€Universidade de Roma "Tor Vergata"2.426€Politécnico de Milão3.891,59€ Todos esses valores são as “taxas máximas” dos cursos de mestrado. Assim, eles podem sofrer reduções conforme o valor do ISEE apresentado pelo estudante. Custo de vida durante o mestrado na Itália Além da anuidade, outros gastos devem ser incluídos nos cálculos de quanto custa fazer um mestrado. Afinal, o custo de vida na Itália não é baixo e precisa ser calculado no orçamento. Para que você tenha uma estimativa de qual é o custo de vida de um estudante de mestrado na Itália, separamos os valores dos principais gastos mensais a seguir. Os dados foram coletados no site Numbeo em 26 de junho de 2024. ItemPreçoAluguel de um quarto individual400€Aluguel de apartamento de um quarto no centro da cidade760€Alimentação150€Transporte35€Lazer80€ Tenha em mente que os gastos mensais de um estudante no país são variáveis por dependerem do estilo de vida pessoal e também da cidade em que se estuda e vive. Eu, Giovanna, moro em Pádua, uma cidade universitária conhecida e popular entre os estudantes. Dessa maneira, o custo de vida aqui é alto, principalmente em relação aos gastos com aluguel e alimentação. Vale ressaltar que, em 2024, o governo italiano está oferecendo um apoio para aluguel para os estudantes de baixa renda, italianos ou estrangeiros. O benefício deve ser solicitado com o ISEE. Como conseguir uma bolsa de estudo de mestrado na Itália? Trabalhar na Itália e fazer mestrado é possível, mas bastante desafiador. Primeiramente, porque é um país estrangeiro: pensar e estudar o tempo todo em outra língua é bastante cansativo. Em segundo lugar, porque quanto mais você demora para se formar, mais taxas você irá pagar. Em algumas instituições, inclusive, o valor das taxas também pode ser maior para estudantes que demoram para se formar. Ainda, você deve também saber que as condições para obtenção do visto de estudante italiano preveem que o universitário brasileiro na Itália pode possuir um contrato de trabalho que não supere 20 horas semanais. Por isso, é interessante procurar bolsas de estudo na Itália. Diritto allo Studio Universitario (DSU) O direito à educação, na Itália, é garantido através do Diritto allo studio universitario (DSU). Cada agência regional fica responsável pela promoção e distribuição das bolsas de estudo a partir da situação financeira dos alunos. Tais agências são financiadas por meio de verbas municipais, estatais e regionais. Em média, a bolsa de estudos é de cerca 250€ a 300€ por mês e dá direito ao uso gratuito do restaurante universitário. Caso o aluno opte por uma vaga na moradia estudantil, o valor da bolsa tende a ser menor. O valor das bolsas de estudo do DSU varia muito conforme a região da universidade no qual o candidato quer estudar na Itália. De uma forma geral, as bolsas seguem o custo de vida da Itália e, assim, são mais altas nas regiões norte e menores nas regiões do sul. Em Pádua, é possível concorrer às bolsas regionais e aos incentivos da universidade. Foto: Giovanna Mauro Os editais do DSU costumam sair em junho ou em julho e as inscrições vão até final de agosto/começo de setembro. Fique atento: para se candidatar, a sua renda familiar não deve superar um determinado valor, que varia de acordo com cada uma das regiões da Itália. Leia os editais com atenção para descobrir todos os requisitos. Para se inscrever, você precisará comprovar a posse do ISEE, documento que pode ser obtido por meio da apresentação dos seguintes documentos ao CAF: Declaração detalhada de renda familiar, traduzida e com Apostila de Haia; Extrato de todos os membros do núcleo familiar, traduzido e apostilado; Comprovante de renda de todos os membros do núcleo familiar, traduzido e apostilado; Registro de patrimônios no país de origem (escrituras de imóveis ou registros de empresas), traduzido e apostilado; Holerite de todos os membros do núcleo familiar, traduzido e apostilado. Universidades particulares As universidades particulares, como a Università Cattolica del Sacro Cuore, com sede em Milão, a LUISS, que possui sede em Roma e Milão, e a Università Luigi Bocconi, em Milão, também oferecem bolsas de estudo para mestrado na Itália. As bolsas podem incluir a isenção parcial ou total das taxas, ou até mesmo, valores em dinheiro. Vale a pena consultar mais informações sobre as bolsas de estudo disponíveis no site de cada uma dessas universidades. MAECI O Ministero degli Affari Esteri, órgão do governo italiano conhecido como MAECI, oferece bolsas de estudo para quem quer cursar um mestrado na Itália. Elas duram de 6 a 9 meses, no valor de 900€ por mês. Porém, fique atento: a bolsa do MAECI não cobre o período inteiro do curso (uma vez que os cursos de mestrado duram dois anos), deixando a responsabilidade total ao aluno de se manter durante os outros meses do mestrado na Itália. Por outro lado, nada impede ao aluno consiga também a bolsa de estudos na agência DSU local ou outro tipo de bolsa. O edital para a bolsa oferecida pelo MAECI é publicado anualmente, e as inscrições devem ser feitas no site do Study in Italy, respeitando as datas previstas. Bolsas das próprias universidades Algumas universidades italianas oferecem bolsas de mérito para estudantes internacionais que querem cursar um mestrado na instituição. É o caso da Universidade de Pádua, por exemplo, que oferece diversos tipos de bolsas de estudo. O mais conhecido deles é a Padua International Excellence Scholarship, que oferece aos alunos vencedores 8.000€ anuais e mais a isenção total das taxas da universidade. Porém, as bolsas são válidas somente para os cursos de mestrado oferecidos em inglês. A Universidade de Bolonha também oferece bolsas para estudantes de mestrado. O programa recebe o nome de International Talents @Unibo e os candidatos são selecionados com base em critérios econômicos e com base na pontuação que obtiveram na prova do GRE (Graduate Record Examination). Os candidatos selecionados recebem 4.500€ por ano e a isenção total das taxas. Outra universidade que oferece bolsas para estudantes de mestrado é a Universidade de Milão — La Statale. O programa é conhecido como “Excellence Scholarships” e oferece 55 bolsas de 6.000€ anuais e 100 bolsas de isenção do pagamento das taxas universitárias. Precisa de visto para estudar na Itália? Se você não possui nenhuma cidadania europeia, o visto de estudante é imprescindível para poder fazer o mestrado na Itália. Sem ele, você não conseguirá se matricular no curso desejado, pedir o Permesso di soggiorno e nem ficar no país legalmente por mais de 3 meses. O visto para estudar na Itália deverá ser solicitado através do Consulado italiano mais próximo da sua residência. Para solicitá-lo, é obrigatório se pré-inscrever no Universitaly no curso desejado. Caso contrário, o Consulado não poderá aceitar o pedido, uma vez que você não estará comprovando uma motivação de mudança para o país. Os documentos exigidos para o visto de estudante são: Formulário de pedido de visto preenchido; Foto segundo as normativas do ICAO; Passaporte com validade superior a 3 meses a partir da data final pedida no visto; Comprovativo de alojamento na Itália; Comprovativo de meios de sustento; Comprovante de reserva de passagem aérea ida e volta; Seguro saúde ou IB2; Demonstração de renda para mostrar que é capaz de se manter no país (cerca de 450€ a 500€ por mês, dependendo de cada Consulado da Itália no Brasil). Inscrição ou pré-inscrição no curso na universidade da Itália. O visto costuma ficar pronto em cerca de 2 meses, sendo o prazo máximo de 3 meses. Melhores mestrados na Itália Existem cursos de mestrado na Itália em praticamente todas as áreas. Os rankings com os melhores cursos são realizados a partir da avaliação de vários critérios, como nível de empregabilidade, nível profissional e acadêmico dos docentes, nota média dos alunos, etc. No momento de pesquisar o melhor curso de mestrado, é ideal que você descubra as instituições que possuem departamentos de excelência na área do curso que você aspira fazer. Para te ajudar nessa difícil escolha, confira o ranking de 2024 publicado pela Gazzetta com os departamentos de excelência de algumas universidades italianas: Estudos Clássicos: Universidade de Roma “La Sapienza”; História Antiga: Scuola Normale Superiore di Pisa; Arte e Design: Politécnico de Milão; Arquitetura: Politécnico de Milão; Economia e Marketing: Universidade Bocconi; Engenharia: Politécnico de Turim. Tem que falar italiano para fazer mestrado na Itália? Não necessariamente. A maioria dos cursos de mestrado na Itália são ministrados em língua italiana, mas a oferta de cursos em inglês está crescendo exponencialmente como parte do projeto de internacionalização das universidades do país. Você pode conferir todos os cursos ministrados em língua inglesa no portal Universitaly, divididos por universidades e elencados em ordem alfabética. A sigla do curso deve conter LM seguida por um código numérico. Alguns cursos de mestrado na Itália oferecem ao aluno a possibilidade de escolher um percurso de aulas em inglês. Em 2024, estão sendo oferecidos 819 cursos de mestrado em inglês em toda a Itália. É possível também observar os cursos de mestrado cuja inscrição é livre, sem necessidade de teste de admissão. No site de cada universidade, da mesma forma, é possível verificar os cursos ministrados em língua inglesa. A Universidade de Pádua, por exemplo, oferece 47 cursos de mestrado ministrados exclusivamente em inglês. Como são as aulas? Depende. É necessário ver a grade do curso antes de se candidatar. A maioria das universidades italianas não exige a presença obrigatória dos alunos nas aulas e, por isso, os universitários frequentam “quando querem” ou, até mesmo, não frequentam. Porém, os professores podem fazer um cronograma diferente para os alunos que não frequentam as aulas e, normalmente, a quantidade de livros que eles devem ler para fazer as provas é maior. Além disso, quando as aulas são dadas para diversos cursos em simultâneo (quando é uma disciplina em comum) elas acontecem em anfiteatros ou, até mesmo, em salas de cinema. As disciplinas que são específicas do curso têm aulas em salas de aulas comuns ou em laboratórios, dependendo das necessidades. As aulas dos cursos de mestrado na Itália costumam ser muito teóricas e baseadas nos conteúdos e livros que serão cobrados nas provas (quase sempre orais). Cheguei na Itália, e agora? Documentação legalizada e apostilada em mãos, pré-inscrição feita, visto expedido, passagem para Itália comprada. Chegou a hora de embarcar! Mas, vale ressaltar que o processo ainda não terminou: existem alguns procedimentos importantes que deverão ser realizados após a sua chegada no país. Procedimentos iniciais Ao chegar à Itália, você deverá finalizar o pedido de matrícula na universidade. No meu caso (Giovanna), era necessário agendar uma data para comparecer à universidade e realizar a entrega presencial dos documentos que apresentei na minha candidatura virtual. Além disso, também será preciso realizar o pedido de nulla osta (autorização) para a validação da sua graduação realizada no Brasil, na secretaria da universidade que se ocupa de alunos estrangeiros (é importante entrar em contato com a universidade antes de se mudar para a Itália!) Pedir o Permesso di Soggiorno para estudo Uma vez na Itália, você terá um prazo de oito dias para solicitar o Permesso di soggiorno per motivi di studi. O permesso di soggiorno é o documento que autoriza a residência de estrangeiros no país e, neste caso específico, permite a estadia legal dos estudantes. Para solicitar o documento, você deverá retirar o kit a banda gialla na Questura ou na Poste Italiane da sua cidade. Depois, será preciso devolver o kit com todos os documentos preenchidos no local em que ele foi retirado. Atenção: não confunda o visto de estudos com o Permesso di Soggiorno: todos os brasileiros que solicitam algum tipo de visto no Brasil deverão também solicitar o permesso assim que chegarem à Itália. Como é fazer mestrado na Itália? Minha experiência Por se tratar de um curso de pós-graduação, algumas diferenças ficam bastante evidentes. Idade A primeira coisa que notei foi a idade média dos alunos: é mais baixa na Itália. Isso porque os italianos se formam na faculdade mais cedo. Diferentemente do Brasil, a graduação italiana dura somente 3 anos. Não posso ser jubilado Na Itália, se por um lado não existe o processo de jubilação; por outro, existe o chamado “studente fuori corso”, cujo significado seria um aluno que não conseguiu fazer as provas no ano/semestre ideal, ou seja, previsto pela universidade. Muitas possibilidades por ano para passar em uma prova O calendário das provas não é organizado por semestre, como no Brasil. Existem quatro possibilidades de “sessão de provas”: são os chamados “appelli di esame”. Em linha de máxima, dividem-se conforme as estações do ano na Itália: appello invernale (janeiro – março), appello primaverile (abril – junho), appello estivo (julho – setembro) e appello autunnale (outubro – dezembro). Se você não se organizar bem, fica muito fácil se “perder” com as provas na Itália. Porém, um ponto muito positivo do sistema de ensino italiano é que o aluno pode fazer a prova mais de uma vez, até conseguir uma nota que considerar “suficiente”. Na Universidade de Pádua, por exemplo, os alunos podem fazer cada uma das provas seis vezes. Notas As notas na Itália vão de 18 a 30. Porém, o aluno não tem necessariamente a obrigação de aceitar a nota que o professor lhe der: existe a possibilidade de recusar uma nota e, deste modo, o aluno pode refazer a prova no “appello” seguinte. Caso o aluno tenha ido muito bem na prova, o professor pode propor a “lode” (louvor). Outra curiosidade: a maioria das provas é feita oralmente, porém existem exceções. Tesi di laurea A dissertação final (tesi di laurea, em italiano) é julgada por uma banca de professores (“Commissione di laurea”), que avalia a pesquisa, os resultados e a metodologia, e claro, a defesa da tese. A nota mínima para ser aprovado é 66 e a máxima é 110. Caso o trabalho final seja digno de louvor, a “commissione” (comissão) pode adicionar a lode à nota final. Vale a pena fazer mestrado na Itália? Depende do que você espera do seu mestrado. Você quer continuar morando na Itália após o curso? Ou você está buscando um up no seu currículo? Tenha em mente que estudar em outro país é uma oportunidade única. Aproveitar essa oportunidade para desenvolver as suas habilidades em um ambiente acadêmico, focado na produção de conhecimento é imperdível. Além disso, a excelência dos cursos de mestrado na Itália é reconhecida internacionalmente. Na minha opinião (Giovanna), estudar em uma instituição italiana é ter a oportunidade de crescer imensamente como estudante, principalmente devido à qualidade do corpo docente, das aulas e do ensino. Eu (Bruna), acho que a oportunidade de cursar um mestrado na Itália também foi enriquecedora. A minha experiência foi bastante positiva, além de ter me preparado para o contexto acadêmico italiano, também me preparou para o mercado de trabalho italiano (apesar de todas as dificuldades da economia da Itália). Terminei o meu mestrado em junho, durante a pandemia, e fui aprovada com “110 e lode”. Se você quer ouvir a experiência de mais uma brasileira que decidiu fazer o mestrado na Itália, você pode assistir ao vídeo da Bia Costi, que está cursando o mestrado em Arqueologia na Universidade de Pádua. Considere bem todas as suas opções. Se achar que o mestrado na Itália é para você, então boa sorte no seu processo! Perguntas frequentes sobre o mestrado na Itália Se você ainda tem alguma dúvida sobre o mestrado na Itália, então está no lugar certo. Separamos algumas perguntas frequentes dos nossos leitores para serem respondidas aqui. Agora que você já sabe como o mestrado na Itália funciona, o próximo passo é começar a planejar a sua candidatura. Buona fortuna!

Homem sentado na frente do Coliseu, Roma
Itália

Quantos euros tenho que levar para Itália: dicas para fazer um bom planejamento

Imaginar-se vivendo na Itália é como abrir as páginas de um romance emocionante, cheio de sabores, cultura e novas experiências. Mas, antes de começar essa jornada, surge a pergunta: "Quantos euros tenho que levar para Itália?" Neste artigo, vamos apresentar a média de valores de todos os gastos que você deve considerar tanto se for morar quanto para viajar pelo país da bota. Como saber quantos euros tenho que levar para Itália? A resposta depende do seu objetivo. Vai a turismo ou se mudar? Se for viajar para Itália a turismo, você vai querer aproveitar cada momento, provar todas as comidas e visitar todas as atrações. Portanto, um bom planejamento no seu roteiro é essencial. Por outro lado, se for morar na Itália, a história muda um pouco. Isso porque você precisa pensar em aluguel, contas, transporte e até aquele jantarzinho especial de domingo. Nesse caso, um planejamento detalhado é a chave para não passar aperto. Em ambos os casos, lembre-se que existem opções para todos os bolsos. Dessa forma, planeje-se bem com muita pesquisa e aproveite o seu tempo na Itália com segurança e tranquilidade! Para ilustrar, a seguir, vamos especificar cada ponto. Desde o planejamento à reserva financeira. Assim, ficará mais fácil entender quantos euros tem que levar para Itália, conforme sua necessidade. Quantos euros tenho que levar para Itália para morar? Ao calcular todos os custos e gastos essenciais, recomendamos reservar aproximadamente 2.100€ por mês por pessoa. Além disso, é recomendável ter uma reserva para os primeiros seis meses, ou seja, 12.600€ por pessoa. Este valor não apenas cobrirá os custos básicos, mas também garantirá uma transição tranquila para a vida na Itália, proporcionando um período razoável para se adaptar à nova rotina. Embora as necessidades individuais possam variar, essa estimativa oferece uma visão abrangente dos principais itens que impactam o orçamento. Abaixo, apresentaremos os valores médios mensais e a reserva sugerida para seis meses. Assim, você estará mais preparado e seguro ao iniciar sua aventura italiana. Passagens aéreas e malas da mudança É possível encontrar passagens no site Vai de Promo por uma média de R$ 3.500. Nesse caso, considerando uma passagem só de ida, na classe econômica, com uma bagagem de mão e uma mala de até 23kg. Para ilustrar, usamos o dia 20 de setembro de 2024 para ter como base: Partindo de Chegando em Valor  Rio de Janeiro Roma R$ 3.746,69 São Paulo Milão R$ 3.137,96 Recife Roma R$ 3.320,40 Porto Alegre Veneza R$ 3.674,20 Alojamento temporário Este primeiro alojamento temporário custará em média 700€. Ainda no Brasil, você precisará reservar uma estadia em algum lugar provisório, seja hotel, Uniplaces, Airbnb ou até mesmo um quarto em uma casa compartilhada (na Itália isto é muito comum e disputado). Reserve para os primeiros dias - eu diria até mesmo para o primeiro mês - até encontrar um lugar mais definitivo para alugar. Segundo a cotação da Uniplaces, aqui estão os valores de alguns quartos em algumas cidades grandes e médias da Itália: Cidade Tipo de acomodação Valor de 1 mês Milão (Lombardia) Quarto com cama de solteiro em apartamento com 3 quartos 700€ Bréscia (Lombardia) Quarto com cama de solteiro em apartamento com 6 quartos 550€ Roma (Lácio) Estúdio com área exterior 1000€ Pádua (Vêneto) Quarto duplo perto da Capella degli Scrovegni 450 Aluguel e caução Em média, de 800€ a 1.200€ por mês. Isso porque os valores de aluguéis variam muito de acordo com a localização e tamanho do imóvel (dentro do centro ou mais afastado). Além disso, também variam dependendo da região do país. Para você ter uma ideia, veja abaixo a pesquisa no Numbeo, site que faz comparações sobre custo de vida no mundo todo. Usamos como exemplo as cidades de Milão e Pádua: Aluguel por Mês Milão Pádua Apartamento (1 quarto) no centro 1.407,61€ 871,82€ Apartamento (1 quarto) fora do centro 954,76€ 646,67€ Apartamento (3 quartos) no centro 2.989,44€ 1.950€ Apartamento (3 quartos) fora do centro 1.895,35€ 1,087,50€ Para alugar um imóvel na Itália os proprietários exigem que você tenha um contrato com tempo indeterminado de trabalho, e muitas vezes, em uma empresa na Itália. Se você não tem como comprovar renda no país, eles torcem o nariz, infelizmente. Mas você pode propor adiantar alguns meses de aluguel. Também terá que pagar adiantado a caução, que seria a garantia, o papel do fiador no Brasil, que geralmente é de 3 vezes o valor do aluguel. Desse modo, se você encontrou um apartamento que custa 800€ por mês, terá que adicionar aos custos: 6 meses de aluguel: 6 x 800€ = 4.800€; Caução: 3 x 800€ = 2.400€; Total: 7.200€ para 6 meses de aluguel. A caução é devolvida no término do contrato, se não houver débitos de contas em atraso ou danos no imóvel. Contas de casa De 100€ a 150€ por mês. As despesas aqui compreendem eletricidade, água, água aquecida e gás e variam muito dependendo da classificação energética do imóvel. Além disso, no geral, aumentam nos meses mais frios do ano. A classificação energética é um índice que demonstra se a casa tem vidros duplos, paredes com proteção térmica, telhado com bom isolamento, tudo para aumentar a eficiência de isolamento térmico e economizar energia. Um imóvel com classificação energética A (a melhor) gasta muito pouco de eletricidade e gás para aquecer água, por exemplo. Mas, infelizmente, esta não é a realidade na maioria das casas. Os apartamentos geralmente são em edifícios bem antigos e mesmo que reformados, têm em média classificação energética mais baixa. Abaixo, veja dois exemplos de gastos: um apartamento em Pádua com três pessoas e um apartamento em Milão com dois adultos. Ambas as cidades ficam no norte da Itália, ou seja, uma região que faz bastante frio no outono e inverno. Observe que os valores variam pouco. Cidade Luz Água/ Água Aquecida Gás Apartamento Milão 42€ 40€ 30€ Apartamento Pádua 32€ 43€ 29€ Transporte Para usar o transporte público todo dia, você gastará de 42€ a 90€ por mês. Para quem usa o sistema de transporte público com muita frequência existem os “abonamentos”, um tipo de assinatura que pode ser semanal, mensal, trimestral e até anual. Em uma grande cidade como Milão, por exemplo, o valor do ticket de metrô custa 2,20€ para 90 minutos. Nesse caso, você valida na hora que entra no metrô e pode usá-lo por uma hora e meia. Também posso dar o exemplo aqui de Pádua: O bilhete único vale por 90 minutos e custa 1,70€. Tem também o bilhete que vale para o dia todo (para aqueles dias que você sabe que vai se deslocar muito). Ele custa 4,70€ e vale por 12 horas; Se você optar por pagar o abonamento mensal, por exemplo, custará 42,90€ e para estudante <28,60€ (valores da cidade de Pádua, para circulação dentro da cidade); Para viagens intermunicipais os valores variam de 2,60€ a 11,40€, dependendo da distância. Vale a pena ter um carro na Itália? Ter um carro em uma grande cidade pode não ser uma escolha muito acertada em termos de economia e praticidade. Isso porque, geralmente, as cidades têm muitas áreas fechadas para trânsito. Por exemplo, você não consegue transitar com o carro no centro, se mora fora da área de tráfego limitado. Nesse caso, você consegue ir de carro até uma determinada área próxima, mas muitas vezes, terá que complementar seu percurso a pé ou de transporte público. Os estacionamentos nestas áreas também costumam ser bem caros e, em muitos casos, são poucos. [caption id="attachment_173117" align="alignnone" width="750"] Metrô e bicicletas são opções de transportes bem populares entre as pessoas que moram ou viajam para a Itália.[/caption] Por outro lado, se for morar em uma cidade menor, afastada de um grande centro, pode fazer sentido comprar um carro. Se pretende usá-lo todo dia, pode valer o custo-benefício comparado aos gastos com o transporte intermunicipal. Eu, Érika, moro em Pádua e escolhi comprar uma bicicleta, pois a cidade é plana e conta com muitas ciclovias. Além disso, moro perto do centro e aqui conto com o sistema de TRAM (trem elétrico urbano) e ônibus bem acessíveis. Por isso, no dia a dia, não sinto falta de carro, mesmo em dias de chuva e no inverno pesado. No entanto, o carro faz falta para mim apenas aos finais de semana, quando quero ir para alguma cidadezinha mais afastada. Isso porque, geralmente, estes lugares têm menos transportes públicos e de domingo são pouquíssimos! Mas, às vezes, resolvo isso alugando um carro. Afinal, é bem prático e fácil alugar um carro na Itália. Alimentação Mais uma vez, é bem difícil definir um valor genérico para um hábito que varia tanto de família para família. Mas digamos que com 400€ por mês duas pessoas conseguem comprar muita coisa no supermercado. O supermercado na Itália, mamma mia!!! É uma delícia para quem vem de fora. A variedade de produtos, as bebidas, principalmente os vinhos, se comparados aos preços do Brasil são bem mais baratos. Assim, não tem como, a gente se empolga mesmo e acaba enchendo o carrinho nas primeiras compras! Abaixo confira alguns supermercados bacanas e suas peculiaridades. Uma dica é entrar nos links e simular uma compra. Dessa forma, você analisa os preços de acordo com sua própria lista de preferências e já vai se planejando: A Coop é uma das maiores redes de supermercados na Itália, presente em todo o país. Prioriza produtos locais e sustentáveis, promovendo práticas comerciais responsáveis e oferecendo uma ampla variedade de produtos alimentícios e não alimentícios, além de serviços como bancos, postos de gasolina e eletrodomésticos; Com uma extensa rede de lojas próprias e franquias, o Conad é outra das principais redes de supermercados na Itália, conhecida por sua variedade de produtos, promoções e inovação em suas operações; Embora seja uma rede de origem alemã, o Lidl tem uma presença substancial na Itália, com lojas em todo o país. Conhecido por suas ofertas econômicas e marcas próprias, o Lidl é popular entre os consumidores italianos. Chip de celular e internet Você gastará em média 10€ para comprar o chip e entre 5,99€ a 14,99€ por mês para ligações e internet no celular. Além disso, para ter internet em casa você gastará em média 30€ por mês para ter o serviço de Wi-fi, já com o aparelho incluso. Ninguém mais vive sem celular e internet, especialmente quando você está em um lugar novo. Por isso, é importante ter um número italiano tanto para colocar no seu currículo e conseguir se comunicar facilmente, como também é essencial para alugar uma casa e outras necessidades. Portanto, é crucial comprar um chip de celular e internet na Itália assim que chegar ao país. Outras despesas que podem ser necessárias É natural que uma mudança de país exija uma adaptação tanto na rotina quanto na casa nova. Você com certeza precisará de alguns objetos e utensílios domésticos para a sua nova rotina, por exemplo. Dessa forma, deixo algumas sugestões de lojas que "salvam" a minha vida aqui e facilitam o dia a dia: Kasanova: aqui você encontra utensílios para casa, desde talheres, copos, toalhas e até lençóis (é possível encontrar por 22,90€) e edredons de boa qualidade, por 45€; IKEA: a megastore com móveis e utensílios de design escandinavo que tanto amamos ver no Pinterest. A loja é um sonho e sempre tem várias promoções interessantes para decorar a casa. Você encontra desde cadeiras por 29€ até camas completas com colchão por 600€. (Já comprei taças de vinho por 1€ cada)! Gastos com documentos A burocracia é grande aqui no país da bota e quando você vem para morar precisa apresentar e requerer uma série de documentos. Por exemplo, gastos com o pedido de visto para morar na Itália (que já devem ser emitidos antes de sair do Brasil) e documentos básicos como a carta de identidade podem chegar a até 200€. Portanto, é recomendável considerar este valor no primeiro ano vivendo aqui. Orçamento para emergências Um item importante a considerar para saber quantos euros levar para a Itália é a saúde. Reserve pelo menos 200€ por mês para eventualidades ou para exames e remédios. Apesar de existir o serviço de saúde pública na Itália, que você poderá usar para internação e atendimentos de emergência, você ainda terá despesas. Em outras palavras, você terá um médico de família e todo atendimento será feito por ele. Além disso, não pagará nada na consulta. E, se for necessário, você será encaminhado para especialistas. No entanto, como disse, você terá custos com exames e ainda medicamentos. Para se ter uma ideia, um exame de sangue completo, por exemplo, me custou 25€. É possível ainda usar o sistema privado. Desse modo, consultas particulares variam de 90€ a 200€ dependendo da especialidade. Outra opção é contratar um plano de saúde na Itália. Usei meu plano de saúde do Brasil Minha experiência: cheguei na Itália em junho de 2022. Nessa época o sistema de saúde estava sobrecarregado pela pandemia do COVID. Por isso, decidi manter meu plano de saúde do Brasil por um ano, já que ele oferecia a possibilidade de consultas emergenciais à distância, até me organizar melhor com a inscrição no sistema de saúde daqui. Acabei usando-o duas vezes para uma crise de sinusite e dor de garganta. Fiz a consulta online com uma médica no Brasil, ela me enviou a receita por e-mail e consegui comprar os remédios na farmácia aqui na Itália, sem nenhuma dificuldade. Hoje já tenho a médica de família do sistema de saúde público e meus gastos mensais com medicamentos não passam de 30€. Quantos euros tenho que levar para Itália para turismo? A seguir, confira uma média de quanto você tem que levar para Itália em uma viagem de turismo, considerando dez dias de estadia no país. Passagens aéreas Em média R$ 6.700, para uma passagem de ida e volta, com embarque em setembro de 2024, considerando uma viagem de dez dias. A passagem inclui uma bagagem de mão e uma mala despachada de 23 kg. Veja abaixo algumas cotações feitas no site Vai de Promo. Partindo de Chegando em Valores  São Paulo Roma R$ 7.377,89 Belo Horizonte Roma R$ 6.637,13 Rio de Janeiro Milão R$ 6.596,91 São Paulo Veneza R$ 6.018,55 Hospedagem na Itália Você pode considerar um valor médio de 100€ por noite. O que não falta na Itália é oferta de hotéis e diferentes tipos de acomodação para turistas. Os valores variam de acordo com a classificação e localização do hotel. Veja algumas cotações no Booking para uma diária, de uma pessoa, em setembro de 2024: Verona Existem várias opções de hospedagem na cidade de Romeu e Julieta: Local Preço diária  B&B Mariclà (bed and breakfast) 138€ 3 Amici Suites (apartamento inteiro) 220€ Hotel Maxim 151€ Veneza Algumas opções entre os maravilhosos canais de Veneza: Local Preço diária Ca´Fontanea (bed and breakfast) 230€ Hotel Nazionale 140€ Hotel Canal & Walter 98€ Milão Agora veja os preços para se hospedar na capital mundial da moda, Milão: Local Preço diária Hotel Rafael 131€ B&B Milano San Siro 114€ Ostello Bello (hostel) 97€ O importante é pesquisar bastante e considerar uma localização estratégica para visitar todos os pontos turísticos que você deseja. Atrações turísticas e passeios Museus são imperdíveis na Itália e custam entre 10€ a 70€. Existem muitos lugares maravilhosos e gratuitos para se ver. Os centros históricos de cada cidade guardam belezas que podem ser vistas com um simples passeio ao ar livre, por exemplo. Porém não perca a oportunidade de conhecer alguns ícones da história como: A Arena de Verona, construção chamada de "Piccolo Coliseo" que é mais antiga que o próprio Coliseu de Roma; Passeio de Gôndola em Veneza, afinal, conhecer a cidade de um ponto de vista diferente, é encantador; Apreciar o afresco (mural) pintado por Leonardo Da Vinci, a famosa Santa Ceia, em Milão. Abaixo, confira os valores de cada uma das atrações: Cidade Atração Turística Valor Verona Visita à Arena 17€ Veneza Passeio de gôndola 30€ Milão Santa Ceia 15€ Sugiro comprar os tickets antecipadamente na Get Your Guide para os passeios, museus mais famosos e fazer reservas nos restaurantes com pelo menos um mês de antecedência. Também é muito importante conferir horários e dias de funcionamento dos estabelecimentos porque na Itália é bem diferente. Alguns lugares não abrem no final de semana, outros fecham ao meio do dia e abrem só mais tarde. Chip de internet Calcule gastar a partir de 40€ para adquirir um bom plano com chip internacional. Este é um custo que vale a pena ser pago, pois te ajudará com localizações, comunicação com as pessoas que estão viajando com você, com seus familiares no Brasil, informações em tempo real e também a postar vídeos e fotos nas redes sociais. Alimentação Em média, estima-se que um turista gaste entre 30€ a 60€ por dia em refeições, considerando variar entre refeições em restaurantes, lanches rápidos e compras em supermercados. Esta faixa de preço inclui uma refeição em um restaurante local, como um almoço com prato principal e bebida, além de cafés e gelatos (sorvetes) durante o dia. Item Preço Refeição em restaurante barato 20€ Refeição com 3 pratos para duas pessoas em restaurante médio 80€ Cerveja da casa 6€ Cappuccino 2€ Refrigerante 2,88€ Água 1,50€ Você pode entrar no site Numbeo e ver as opções de custo de vida na cidade que escolher. Assim, você tem uma noção mais detalhada de quantos euros levar para a Itália para cobrir as despesas com alimentação. Por outro lado, esses custos podem ser reduzidos optando por refeições mais simples, como panini (sanduíches) ou pizza de rua. Além disso, pode aproveitar os mercados locais para comprar produtos frescos. Transporte na Itália Em média, um turista pode esperar gastar cerca de 150€ a 250€ em transporte durante esse período. Isso inclui passes de transporte público para explorar as cidades, como metrô, ônibus e bondes, bem como bilhetes de trem ou ônibus para viagens entre cidades, se houver. Vale ressaltar que os custos podem variar dependendo da extensão das viagens e do tipo de transporte escolhido. Optar por trens de alta velocidade entre cidades principais pode ser mais caro do que viajar de ônibus ou trens regionais. Além disso, a compra antecipada de passes ou bilhetes individuais pode ajudar a economizar dinheiro, especialmente em destinos populares e em horários de pico. Dessa forma, vale a pena pesquisar o aluguel de carros para o período de dez dias e comparar com o transporte público se o seu passeio for, por exemplo, na região da Toscana ou em um roteiro que envolva muitas cidadezinhas e estradas sem muito acesso a transportes públicos. Compras Para um turista com um orçamento mais moderado, gastar entre 200€ a 500€ para levar lembrancinhas, peças de roupa, vinhos e azeite ao longo de uma viagem de dez dias na Itália é razoável. Por outro lado, há os turistas que se empolgam com uma lista prévia de desejos. E aí o céu é o limite! Afinal, estamos falando do país da moda, do design e da boa mesa. No entanto, se você é um mero mortal, é importante definir prioridades e limites para suas compras, explorando mercados locais, lojas de produtores artesanais, principalmente em pontos menos turísticos. Assim, você pode aproveitar ao máximo sua experiência de compras sem ultrapassar seu orçamento planejado. Afinal, quanto dinheiro levar para Itália? Agora, confira um balanço de quantos euros levar para Itália, conforme a sua condição de viagem. Para morar na Itália Resumindo tudo o que listamos até agora, aqui estão os valores que uma pessoa deve levar para morar na Itália, considerando uma reserva para os seis primeiros meses no país: Serviço Valor Mensal* Valor 6 meses Estadia provisória 700€ -- Aluguel 800€ 7.200€ (com caução) Contas de consumo 150€ 900€ Transporte 90€ 540€ Mercado 200€ 1.200€ Celular 10€ (chip) + 5,99€ 35,94€ Internet 30€ 180€ Utensílios casa 100€ 600€ Documentos 200€ -- Saúde 200€ 1.200€ Os valores da tabela somam um total de 12.565,94€. *Pesquisa feita em maio de 2024. Quanto dinheiro levar para gastar em viagem na Itália Para uma viagem de dez dias, veja quantos euros uma pessoa deve levar para Itália: Serviço Custo unitário* Custo 10 dias Hotel 100€ 1.000€ Atrações turísticas 20€ 200€ Chip celular 40€ -- Alimentação 50€ 500€ Transporte -- 250€ Compras -- 500€ Total para 10 dias: 2.490€. *Pesquisa feita em maio de 2024. Quanto dinheiro levar para a Itália em real Levando em conta todos os valores que citamos até agora, temos o total em reais que você deverá levar para a Itália, considerando os primeiros seis meses na opção morar, ou em caso de turismo, para uma viagem de 10 dias: Condição Valor em Euros Valor em Reais* Morar 12.565,94€ R$ 69.740,96 Turismo 2.500€ R$ 13.875 *Cotação do dia 14 de maio de 2024: 1€ = R$ 5,55. Estes valores não compreendem a passagem aérea, nem o seguro viagem para Itália que deverão ser comprados antecipadamente. Verifique e compare as melhores opções se seguro no site Seguros Promo. Qual a melhor forma de levar euros para Itália? Quando me mudei para a Itália, eu ainda tinha uma renda no Brasil, em reais, sempre usei a Wise para converter para euros mensalmente o dinheiro de uma maneira prática e econômica. A Wise é um serviço de transferência de dinheiro internacionalmente conhecido por suas taxas transparentes e competitivas. Ela permite que os usuários enviem dinheiro para o exterior de forma rápida e econômica, utilizando a taxa de câmbio real e com baixas taxas de conversão. Além disso, a Wise oferece conta bancária multimoeda, cartões de débito e transferências locais, sendo uma excelente opção para expatriados, viajantes e freelancers que lidam com transações internacionais frequentes. Ainda no Brasil, abri minha conta a tempo de receber o cartão Wise. Foi muito rápido, fácil e seguro, e tudo isso online. Eu também pesquisei outros serviços como: Banco N26 O Banco N26 oferece uma variedade de serviços bancários completamente online, com contas correntes gratuitas ou premium, cartões de débito e crédito, além de funcionalidades como orçamentação e acompanhamento de despesas em tempo real através de seu aplicativo móvel. O N26 também se destaca por sua facilidade de uso, processos simplificados e baixas ou ausências de taxas bancárias tradicionais; Nomad A Nomad é uma plataforma financeira que visa atender às necessidades de viajantes e expatriados globais. Ele oferece uma variedade de serviços, como contas bancárias multimoedas, cartões de débito internacionais e transferências de dinheiro internacionais com taxas competitivas. Além disso, o Nomad é conhecido por sua flexibilidade e conveniência, permitindo que os usuários gerenciem suas finanças de qualquer lugar do mundo através de um aplicativo móvel intuitivo. Por que o planejamento financeiro é importante? Antes de sair distribuindo "ciaos" por aí, é bom falar sobre uma coisinha básica: planejamento financeiro. Sim, eu sei, falar de dinheiro não é tão divertido quanto imaginar um passeio pelas ruínas romanas ou um gelato em Florença, mas é necessário. Afinal, sem um bom planejamento financeiro, a viagem dos seus sonhos pode virar um pesadelo estilo novela italiana – e sem o charme do sotaque. Em primeiro lugar, porque a realidade italiana pode ser bem diferente daquela que você vê no Instagram. Então, se você está pensando em morar lá, prepare-se para lidar com aluguel, contas, transporte e, claro, o custo de vida que varia de cidade para cidade. Sem contar a burocracia italiana, que, convenhamos, é um capítulo à parte. [caption id="attachment_169612" align="alignnone" width="750"] No planejamento financeiro para a Itália, inclua as taxas de conversão da moeda e verifique a cotação do euro.[/caption] Já para os viajantes, um planejamento financeiro bem feito evita que você acabe comendo em fast foods baratos ao invés de degustar uma autêntica pizza napolitana, por exemplo. Desse modo, antes de sair embalando sua bagagem ou se mudando de mala e cuia, dê uma olhada nas suas finanças. Seu bolso agradece, e suas aventuras na Itália vão ser muito mais dolce! Dicas para fazer uma reserva financeira e viajar para Itália A primeira dica de ouro é planejar seu roteiro turístico ou a cidade onde você quer morar com o máximo de detalhes possíveis. Dessa forma, você garante que vai levar a quantidade de euros suficiente para sua estadia na Itália. Quanto mais você souber sobre aonde quer ir, onde vai ficar e o que quer fazer, melhor. Pesquise sobre as cidades, o custo de vida, as opções de transporte e, claro, os pontos turísticos. Isso não só vai ajudar você a economizar, mas também a evitar surpresas desagradáveis. Afinal, ninguém quer gastar todas as economias em um café turístico em Veneza quando poderia ter aproveitado um autêntico jantar veneziano por muito menos. E, falando em economizar, é crucial ser assertivo e realista: Analise suas finanças e defina um orçamento claro, tanto para a viagem quanto para possíveis despesas de mudança; Faça uma reserva financeira sólida antes de partir, considerando não apenas os custos básicos, mas também um extra para emergências; Use aplicativos de finanças, planilhas ou até o bom e velho caderninho para anotar cada centavo; Lembre-se de que economizar um pouco todos os meses faz uma grande diferença no final. Com planejamento e uma abordagem prática, você vai transformar seu sonho italiano em realidade sem estourar o cartão de crédito. Buona fortuna!

Homem trabalhando na Itália
Itália

Como trabalhar na Itália: salários, visto e como conseguir vaga

Como trabalhar na Itália é, sem dúvidas, uma das nossas primeiras preocupações quando pensamos em mudar para o país. Afinal, “recomeçar” pressupõe “reinventar-se”, não é mesmo? Pensando nisso, preparamos um conteúdo completo para ajudar você com todas as informações sobre como realizar o seu sonho com calma e de forma segura. Pergunta Resposta Precisa de visto para trabalhar na Itália? Sim. É necessário pedir um visto de trabalho ainda no Brasil, ou então ter cidadania europeia. Quanto ganha um brasileiro na Itália? Depende da formação e da área de atuação. Você pode conferir os valores médios a seguir. Tem emprego na Itália para quem fala português? Tem, mas as vagas são limitadas. Quanto mais você dominar o italiano, maiores serão as suas chances de conseguir uma vaga de emprego. Como trabalhar na Itália? Trabalhar na Itália legalmente é um importante passo para realizar o seu sonho de morar no país da bota. Para isso, aconselhamos se informar bastante sobre a situação econômica, política e social do país. É inegável que a Itália sofreu bastante com a crise financeira de 2008 e, desde o início da pandemia em 2020, a economia da Itália vem lidando com as consequências que a Covid-19 provocou. A dívida pública italiana ultrapassa os 140% do PIB, e o mercado de trabalho ainda sofre tentando recuperar o fôlego de antes da pandemia. A economia, que depende fortemente dos setores de hotelaria, gastronomia e serviços, foi bastante afetada durante os dois anos de pandemia e, em 2023, sofreu um novo baque com a guerra entre Rússia e Ucrânia. Agora, em 2024, a Itália continua lutando para tentar recuperar todos os prejuízos. Apesar disso, a Itália é o 8º país mais rico e influente do mundo, faz parte do G8 e, gradualmente, está recuperando os danos sofridos durante esses anos. O mercado de trabalho está constantemente em busca de novos talentos e perfis de funcionários preparados e cada vez mais qualificados. Para poder trabalhar, é indispensável poder morar na Itália legalmente, através de cidadania europeia, italiana ou de visto de trabalho.  Caso você seja um estudante e possua o visto e o Permesso di soggiorno per motivi di studio, saiba que você pode trabalhar de forma legal e segura, precisando ficar atento à carga horária de no máximo 25 horas semanais. Mercado de trabalho para brasileiros na Itália O mercado de trabalho na Itália para brasileiros não é dos melhores. O país foi um dos mais afetados pelo coronavírus, assistindo ao fechamento de restaurantes, bares, cafés e comércio no geral. Mesmo com o fim da pandemia, a Itália ainda foi afetada pela guerra entre Rússia e Ucrânia e a crise econômica continua assolando o país. Com a crise atual, o mercado de trabalho para brasileiros é, no ano de 2024, muito menos receptivo como já havia sido em outros anos. Conseguir uma oportunidade hoje, em um cenário de crise, é mais difícil do que já foi um dia. Outro grande problema que faz com que o mercado seja muito hostil é que a Itália possui uma quantidade grande de trabalhadores qualificados, mas não oferece oportunidades para todos eles. Com isso, muitos profissionais acabam optando por trabalhar em áreas totalmente diferentes daquela de estudo e aceitam vagas muito mais humildes. [caption id="attachment_141157" align="alignnone" width="750"] A área da construção civil está sempre em busca de novos profissionais para trabalhar no país. Foto: Giovanna Mauro.[/caption] Em dezembro de 2022, por exemplo, ficou notório o caso de uma arqueóloga que aceitou o cargo de gari em Nápoles por falta de alternativas. Esse tipo de situação é ainda mais frequente com estrangeiros. Podemos dizer que a maior parte da oferta de empregos que busca mão de obra estrangeira, incluindo a brasileira, está relacionada com profissões que não precisam de nenhum tipo de qualificação: setores de hotelaria, construção civil e gastronomia são alguns exemplos. De acordo com a minha experiência pessoal no país, é difícil dizer que o mercado de trabalho para brasileiros aqui na Itália atualmente seja muito melhor do que o próprio mercado do Brasil. Como encontrar oportunidades para trabalhar na Itália? Uma das partes mais complicadas de se mudar para um país novo é aprender como procurar um emprego. É interessante buscar grupos no Facebook que anunciam vagas de trabalho. Normalmente, os anúncios são ligados ao setor do comércio e do turismo, como bartender, barista, garçom, etc. Aliás, uma das áreas que sempre recebeu muitos estrangeiros é o setor de limpeza e manutenção, e é possível encontrar vagas com frequência já que geralmente não exigem um nível alto de italiano. Melhores sites de emprego Os sites de emprego na Itália são uma das formas mais comuns de encontrar empregos nas mais diversas áreas de atuação. Alguns exemplos: Indeed; Monster; Info Jobs; Para quem procura posições mais qualificadas, o LinkedIn costuma oferecer vagas em multinacionais, que pedem fluência em inglês, espanhol, francês e até mesmo português. Infelizmente, a maior parte dessas vagas se concentram na região de Milão e Roma. Agências de emprego Outra maneira de se encontrar emprego na Itália é através de agências de emprego. Apesar de não serem muito comuns no Brasil, elas funcionam como um RH especializado, selecionando profissionais de acordo com o perfil exigido pela empresa para preencher as vagas. As mais conhecidas são: Adecco; Gigroup. Manpower; Randstad. A vantagem das agências é que, geralmente, basta cadastrar seu currículo apenas uma vez e os recrutadores entrarão em contato quando vagas que se assemelham ao seu perfil surgirem. Além disso, a presença de filiais dessas agências em todo o país é bem pulverizada e a maioria dos empregadores locais recorre a elas para anunciar e contratar mão de obra. Indicação também funciona Os italianos são muito adeptos a contratação através de indicação de profissionais, principalmente por pessoas de confiança como funcionários, colegas de trabalho e familiares. Por isso, contar com uma boa rede de contatos e um bom relacionamento com os locais pode ser um grande diferencial para quem busca emprego, seja ele qualificado ou não. O que precisa para trabalhar na Itália? Para além de qualificações, para trabalhar na Itália é necessário visto de trabalho. Se você já se encontra no país e possui um visto de estudo, por exemplo, saiba que é possível converter o seu Permesso di soggiorno per motivi di studio. No caso do visto de trabalho, existem três possibilidades: Subordinato, concedido por vínculo empregatício; Autonomo, destinado a sócios de empresas, profissionais autônomos ou liberais; Stagionale, específico para trabalho sazonal. Como conseguir visto para trabalhar na Itália? Para tirar o visto de trabalho na Itália, é necessário ter uma oferta de trabalho oficializada através de um contrato ou pré-contrato assinado e legalizado no país da bota. Infelizmente, o governo italiano não concede visto de trabalho para quem está pensando em se mudar para o país e está em busca de novas oportunidades. Como solicitar o visto de trabalho? Para solicitar seu visto de trabalho, você deverá primeiro se encaminhar ao consulado italiano mais próximo e apresentar o contrato de trabalho com a empresa na Itália. Será necessário reunir a documentação requisitada e pagar uma taxa para que o visto seja devidamente emitido e você possa, enfim, iniciar sua jornada profissional no país da bota. Documentos necessários Para solicitar o visto de trabalho na Itália, você deverá apresentar: Formulário de solicitação de visto; Passaporte com validade superior a três meses da estadia pretendida; Duas fotos 3,5×4,5cm (padrão oficial italiano); Autorização (nulla osta) concedida pelo Sportello Unico per l’Immigrazione, através do pedido feito pelo Consulado ou Embaixada. Vale lembrar que, como explicado acima, antes de sair do Brasil é obrigatório ter um contrato ou pré-contrato para trabalhar na Itália. Quanto custa o visto para trabalhar na Itália? O visto de trabalho custa 116€ (cerca de R$ 667,00 na cotação do dia 11 de junho de 2024) e deverá ser pago diretamente no Consulado onde você o solicitou. Como trabalhar na Itália com cidadania europeia? Trabalhar na Itália com cidadania italiana é bem mais fácil. Do ponto de vista burocrático, você não terá nenhum problema, dado que você é considerado equivalente a qualquer cidadão italiano. O mesmo vale para quem tem qualquer outra cidadania europeia: basta ter carteira de identidade ou passaporte válido, sem a necessidade de um visto ou permissão de trabalho. Portanto, contratar um estrangeiro com dupla cidadania italiana não é um obstáculo, nem para o empregador, nem para o empregado. Inclusive, os cidadãos que detêm a cidadania italiana, se tiverem um contrato regular, têm direito ao seguro-desemprego e à aposentadoria. Precisa falar italiano? Para quem quer trabalhar na Itália, falar italiano é essencial. Sendo a única língua oficial do país, a maior parte da sua comunicação no dia a dia, seja com colegas de trabalho ou clientes, será feita toda em italiano. Além disso, a Itália recebe anualmente centenas de novos imigrantes. Obviamente, aqueles que terão preferência na contratação serão os que têm algum domínio da língua, mesmo que em nível iniciante. Aliás, os italianos apreciam muito o esforço que fazemos para nos expressar em sua língua materna e simpatizam bastante com estrangeiros que se aprofundam na cultura local. Apenas em casos muito específicos, como contratações para cargos mais altos em empresas multinacionais, é possível que ter um nível básico de italiano não seja realmente importante e, nesse caso, será exigido pelo menos um bom nível de inglês. Como preparar o currículo para a Itália? Se você quer trabalhar na Itália, o ideal é que o seu currículo responda à oferta de cada vaga, portanto é interessante ler atentamente o anúncio e os requisitos de cada vaga com atenção. Não deixe de colocar no seu currículo as suas soft skills e experiências pertinentes. Ressalte também o domínio de mais de um idioma, caso você possua essa habilidade. O mercado de trabalho italiano vê o conhecimento em outras línguas (como inglês, alemão, francês e espanhol) como um grande diferencial. Adapte o currículo Algumas empresas solicitam o envio de currículos no modelo Europass, uma espécie de modelo europeu que ajuda a deixar as informações pessoais, acadêmicas e profissionais mais fáceis de serem compartilhadas em toda a União Europeia. Mas, se você está em busca de um emprego no mundo artístico ou criativo, o nosso conselho é utilizar um modelo mais pessoal, acompanhado do portfólio, de preferência em italiano ou em inglês. Como são as entrevistas de emprego? As entrevistas de emprego na Itália são bem semelhantes às do Brasil. Para vagas que não exigem qualificação, geralmente, o recrutador explicará detalhes da vaga e questionará sobre sua disponibilidade de horários e a possibilidade de trabalhos em turno (se for o caso). Nesse caso, a sua experiência anterior em outros trabalhos não terá tanta relevância. Elas também serão mais rápidas e a avaliação das suas habilidades na língua serão pouco consideradas durante a entrevista. Já para vagas qualificadas, as entrevistas serão mais longas. O recrutador pedirá que você fale mais da sua experiência prévia na área, os tipos de tarefas que você exercia na sua função anterior, habilidades desenvolvidas e até sobre preferências pessoais, como hobbies. Aqui, suas habilidades no idioma serão vistas com um olhar mais crítico. Além disso, de forma geral, as entrevistas de emprego são mais claras em relação a salários. Perguntar o valor da remuneração ao recrutador não é considerado rude ou grosseiro; pelo contrário, eles normalmente fazem questão de deixar claro o valor (ou faixa salarial média) da vaga e podem perguntar a pretensão salarial do candidato para alinhar expectativas já nas primeiras entrevistas. Tipos de contrato na Itália A contratação de trabalhadores na Itália é regida por contratos de trabalho e existem várias tipologias. As principais delas são: Esses contratos podem ser desenvolvidos em tempo integral ou em tempo parcial. Áreas com mais vagas na Itália De acordo com uma projeção para o ano de 2024, algumas das profissões com mais vagas na Itália, especialmente para jovens profissionais, serão as seguintes: Técnico eletromecânico e mecatrônico; Projetista de sistema elétrico; Gerente de controle de qualidade; Topógrafos para canteiros de obras; Agentes comerciais e imobiliários; Especialistas em E-commerce; Assistência a clientes; Profissionais de call center e recepcionistas; Contadores; Profissional de licitações. É claro que podemos pensar também que existem algumas profissões que sempre precisam de novas pessoas sempre, independentemente da projeção que acabamos de ver. Como a Itália é um dos países mais turísticos do mundo, novas vagas para garçons e baristas, por exemplo, são divulgadas praticamente todos os dias. [caption id="attachment_163222" align="alignnone" width="750"] Um dos trabalhos com mais vagas na Itália é o de contador, profissão que exige maior qualificação dos estrangeiros.[/caption] Além disso, com a popularização do uso de Inteligência Artificial e a necessidade de se atualizar, a Itália começa a adotar mais ferramentas que levam a uma lenta, mas perceptível transformação digital. Como trabalhar na Itália como autônomo? Trabalhar na Itália como autônomo é possível para quem quer começar seu próprio negócio vendendo produtos e serviços. Para isso, é preciso fazer a abertura da sua própria partita IVA, o equivalente ao CNPJ brasileiro, com base no tipo de atividade que será desenvolvida. Além disso, é preciso muita atenção com a situação fiscal da empresa e aos valores de entrada e saída de caixa para pagar os impostos devidos ao Estado a cada ano. Na Itália, existe uma maior exigência para as empresas estarem em dia com o pagamento de taxas e, muitas vezes, esses valores podem ser altos. Salário mínimo e médio na Itália Não existe um salário mínimo na Itália. O equivalente é um valor pago por hora, estipulado pelos sindicatos, que atinge uma média de 11,70€ (em 2024). Além disso, algumas empresas preferem negociar diretamente com os subordinados, estipulando contratos específicos com pagamentos variados. O salário médio bruto na Itália em 2024 é de cerca 2.100€. Esse valor pode variar de região a região, são eles: Região geográfica Valor Norte 2.900€ Centro 2.300€ Sul 1.500€ De uma forma geral, os salários são mais altos nas regiões da Itália que são mais ricas. É o caso, por exemplo, dos principais estados do norte do país. Confira os valores das maiores médias anuais de salário da Itália para o início de 2024, relativo ao ano de 2023: Região Maiores salários médios (anual) Lombardia 33.452€ Lazio 32.360€ Liguria 31.448€ Trentino-Alto Adige 31.706€ Piemonte 31.448€ Emília-Romanha 31.441€ Lembre-se, porém, de que todos os valores que apresentamos são brutos e, dessa forma, estão sujeitos às altas deduções de impostos do Estado, que na Itália podem alcançar até 40%. Profissões mais bem pagas na Itália Segundo uma pesquisa publicada pelo SkyTG24, algumas áreas específicas, tanto as "tradicionais" como aquelas que surgiram nas últimas décadas, costumam ter os melhores salários, podendo ganhar cerca de 3.500€ bruto mensal. Claro, tudo vai depender do seu histórico universitário e competências. As profissões mais bem pagas na Itália são: Engenheiro; Tabelião; Dentista; Médico; Informático; Setor farmacêutico. Profissões com os piores salários Segundo pesquisas de mercado do site ContoCorrente Online, a agricultura está entre os setores com os piores salários, junto a: Garçom; Empregada doméstica; Recepcionista; Barista; Cuidador de idosos. Além dos salários, que costumam ser mais baixos, os contratos para trabalhar na Itália nestas áreas também tendem a ser precários e irregulares. [caption id="attachment_163223" align="alignnone" width="750"] Um dos trabalhos mais comuns entre os estrangeiros na Itália que não tem qualificação é na área de limpeza.[/caption] Nessas áreas que não exigem qualificação, também nota-se que os horários de trabalho são frequentemente abusivos. Salário na Itália e custo de vida Como vimos, a economia da Itália foi impactada pela crise da Covid-19 e pela guerra entre Rússia e Ucrânia. Devido às mudanças no mercado, o governo instaurou uma série de medidas protecionistas, para garantir o sustento das famílias e desenvolvimento econômico da nação. A relação salário e custo de vida na Itália costumava ser bastante proporcional e a inflação afetava muito pouco o bolso dos italianos. Porém, podemos dizer que nos últimos meses, como consequência da crise econômica, os preços aumentaram muito. Você pode notar isso quando vai ao mercado, quando decide jantar fora ou quando busca os valores de casas para alugar. Não é mais tão simples viver com uma quantia limitada por mês e um salário baixo na Itália. Podemos dizer que 1.000€ é o mínimo que você precisaria ganhar para poder se manter em uma cidade pequena, dividindo aluguel ou morando em alojamentos universitários. É possível trabalhar na Itália e juntar dinheiro? Depende, mas na maioria das vezes será muito difícil trabalhar e guardar dinheiro. Como já dissemos, o custo de vida no país da bota continua a aumentar enquanto os salários não acompanham a mudança. Não é impossível juntar dinheiro, mas isso exigirá disciplina, controle sobre as despesas e optar por um estilo de vida com gastos mais reduzidos. Ter um trabalho qualificado (que costuma pagar salários mais altos) e morar em cidades mais econômicas são alguns dos fatores que podem colaborar para ter um valor a mais para poupar no final do mês. Melhores cidades para trabalhar na Itália As melhores cidades para trabalhar e encontrar oportunidades de emprego na Itália, segundo o site Idealista, são: Milão: a cidade mais cosmopolita de toda a Itália também é rica em quantidade de vagas e oportunidades de trabalho, tanto para quem já tem experiência quanto para quem quer iniciar um novo percurso profissional; Roma: a capital do país da bota pode ser o local perfeito para encontrar trabalho, principalmente se você é da área do turismo, arte e indústria cinematográfica; Turim: é uma capital ainda pouco explorada pelos brasileiros que vêm viver na Itália, mas a cidade é rica em desenvolvimento industrial e oferece muitas vagas na área. Além disso, é uma cidade que recebe muitos jovens e hospeda startups em franco crescimento; Bréscia: uma das cidades que mais tem crescido em desenvolvimento industrial e que também abre mais oportunidades na área de TI; Bologna: a cidade é uma capital universitária, oferecendo muitas oportunidades na indústria alimentar e também no setor automobilístico. Bérgamo: existem muitas oportunidades na cidade para quem procura trabalho em fábricas, manutenção e logística. Também está cheia de oportunidades para quem trabalha com Pesquisa e Desenvolvimento; Antes de escolher qualquer uma dessas cidades, lembre-se também que você deve avaliar o custo de vida nelas. Para cidades grandes, geralmente vale a pena optar por morar em cidades vizinhas menores para economizar com o aluguel e outras contas. Como é o ambiente de trabalho na Itália? Partindo de uma perspectiva pessoal e trazendo também a experiência de pessoas próximas, o ambiente de trabalho nos empregos não qualificados é relativamente tranquilo. Os italianos, como já dissemos antes, são muito receptivos com brasileiros, especialmente se estamos nos esforçando para nos comunicar no idioma. Além disso, os italianos são muito inclinados a um estilo de vida equilibrado entre trabalho e descanso. Por isso, o nível de cobranças geralmente é menor, fazendo o ambiente de trabalho ser mais leve. Isso não significa que os trabalhos não podem ser cansativos: quem já trabalhou um final de semana inteiro como garçom ou garçonete em um restaurante movimentado sabe que aqui também tem correria. Outro ponto interessante dos ambientes de trabalho é a diversidade cultural. A Itália recebe muitos imigrantes do Leste Europeu, então vai ser muito comum conhecer albaneses, romenos e ucranianos, por exemplo. Além disso, a quantidade de brasileiros no país só aumenta e é possível que você encontre vários deles em trabalhos, dos mais qualificados aos mais simples. Já tenho emprego e visto. E agora? Se você já possui um contrato de trabalho e está com o visto em mãos, você está pronto para partir para o seu novo destino: a Itália! Lembre-se que, assim que chegar no país, você deverá solicitar o Permesso di soggiorno. O permesso é o documento que dá direito à estadia legal no país, enquanto o visto garante o ingresso na Itália. Para solicitar o documento, é necessário ir até os Correios italianos (Poste italiane) e retirar o kit giallo (kit amarelo). A documentação exigida consiste em: Passaporte válido; Fotocópia do passaporte e da página que contém o carimbo de entrada no país e do visto; Recibo de pagamento de requerimento (80,46€); Fotocópia do comprovante de matrícula no curso desejado (em caso de visto de estudante); 4 fotos; Comprovante de endereço. O Permesso di soggiorno per motivi di lavoro (subordinato e indeterminato) tem duração variável, de 12 a 24 meses, e a sua emissão custa 80,46€. Os documentos deverão ser entregues na Posta. Depois, você receberá um documento com a data de entrevista na Questura da Polizia di Stato - espécie de Delegacia da Polícia civil estatal, que também é responsável pelo Ufficio immigrazione. Na Questura, o Oficial responsável registará a sua impressão digital e completará o processo de requerimento e devolverá o passaporte. Depois disso, você receberá o documento em casa. Perguntas frequentes sobre trabalhar na Itália Listamos s perguntas mais frequentes que recebemos dos nossos leitores. Vejas quais são e se também respondem as suas dúvidas. Dicas finais de como trabalhar na Itália Primeiramente, tenha paciência. O mercado de trabalho italiano, principalmente nas cidades menores, é baseado no networking. Caso você tenha se mudado há pouco para o país, procure fazer o máximo de experiência que puder, mesmo como trabalho voluntário. Muitas empresas possuem valores mais "tradicionais", e dão mais valor a experiências na Itália e mercado europeu em relação ao trabalho no Brasil. Procure melhorar a língua italiana: esse será um grande diferencial. Se puder, atualize-se, estude. Aproveite o tempo em casa para dar uma turbinada no seu currículo. Lembre-se de que a maior parte das oportunidades de emprego irá pedir o domínio da língua italiana como requisito. Existem vários vídeos no YouTube com relatos de brasileiros que vivem na Itália, que contam suas experiências e truques especiais na hora de encontrar um emprego. Curioso? Confira o vídeo do Vini Portieri das áreas com falta de profissionais qualificados na Itália e as principais oportunidades para o imigrante: Para inspirar você nesse processo, reunimos histórias de brasileiros que se mudaram para diferentes destinos europeus e recomeçaram. No ebook O Sonho de Viver na Europa você vai conhecer histórias, dicas do que deu certo e informações que podem ajudar você a tirar o sonho do papel.

Preencher o Imposto de renda na Itália
Itália Tributação para Expatriados

Imposto de Renda na Itália: como funciona e quem precisa declarar

O sistema tributário italiano pode parecer complicado à primeira vista, gerando muitas dúvidas entre os brasileiros que moram no país. Mas, entender como funciona a declaração de Imposto de Renda na Itália (IRPEF) não precisa ser um bicho de sete cabeças. Separamos um artigo com todos os detalhes sobre o IRPEF italiano para que você entenda como ele funciona, quem precisa declarar e quais são os prazos envolvidos. Vamos conferir! Como declarar Imposto de Renda na Itália Na Itália, a declaração de Imposto de Renda pode ser feita de duas formas: através do Modello 730, o mais comum, ou por meio do Modello Redditi Persone Fisiche. O Modello 730 mais é a forma mais simples e frequente de declarar os impostos, sendo usado por empregados e aposentados, enquanto o Modello Redditi Persone Fisiche é mais complexo e usado por trabalhadores autônomos ou por quem possui formas de renda variadas. Além disso, é possível fazer a declaração de Imposto de Renda sozinho ou com a ajuda de especialistas. Para entendermos mais sobre o IRPEF, conversamos com o Thiago Dalla e a Drielli Mancilha, especialistas no sistema tributário italiano e donos da Resolve Itália, uma empresa que oferece consultoria fiscal. Eles nos contaram que, para declarar o IRPEF sozinho, é preciso acessar o site da Agenzia delle Entrate, responsável pelo sistema tributário italiano, em que é possível encontrar o Modello 730 Semplificato, também conhecido como dichiariazione precompilata. O documento é uma versão simplificada do Modello 730, uma vez que já é pré-preenchida com algumas informações. [caption id="attachment_170161" align="alignnone" width="750"] Thiago e Drielli destacam a importância da ajuda profissional para esclarecer dúvidas sobre o IRPEF. Foto: arquivo pessoal[/caption] Porém, eles ressaltam que é altamente recomendável procurar a ajuda de um profissional para garantir que todas a declaração seja feita da forma correta e todas as deduções fiscais possíveis sejam aplicadas. Para isso, você pode buscar o auxílio em um CAF (Centro di Assistenza Fiscale), órgão presente em todas as cidades italianas, ou de um escritório especializado. Nós do Euro Dicas recomendamos a Personal Tax, uma empresa de consultoria fiscal e tributária com atendimento personalizado e focado em expatriados. Quem deve declarar Imposto de Renda na Itália? Na Itália, a obrigatoriedade de realizar a declaração do Imposto de Renda não está ligada à nacionalidade. Segundo a legislação italiana, precisam declarar o IRPEF todas as pessoas que: Residem na Itália e possuíram mais que de um contrato de trabalho ou empregador no ano; Possuem bens no exterior; Não trabalham atualmente, mas receberam seguro-desemprego (NASPI); Possuem algum tipo de rendimento sobre o qual é aplicado um imposto substituto, como juros, renda de aluguel ou dividendos; Receberam rendimentos de trabalho autônomo ocasional ou rendimentos empresariais; São trabalhadores e aposentados com rendimentos suplementares além do salário ou aposentadoria. Como regra geral, podemos dizer que todo cidadão, italiano ou não, que tenha residência fiscal no país, receba rendimentos e não se enquadre nas hipóteses de isenção previstas pela legislação, devem declarar Imposto de Renda na Itália. Brasileiro precisa declarar Imposto de Renda na Itália? Sim, os brasileiros residentes na Itália a mais de 183 dias precisam declarar o Imposto de Renda seguindo as mesmas regras aplicáveis aos cidadãos italianos. Precisamos destacar que o Brasil e a Itália adotam o sistema de tributação universal, que prevê a declaração de todos os rendimentos que uma pessoa possui, mesmo que em países diferentes. Assim, os brasileiros precisam declarar o IRPEF não somente sobre os rendimentos recebidos na Itália, mas também sobre os rendimentos auferidos em outros países. Para entendermos mais sobre a situação delicada dos brasileiros no exterior, conversamos também com a Carla Dalenogare advogada internacionalista com especialidade em Direito Tributário Internacional. “Quando feita a declaração de Imposto de Renda na Itália, é preciso declarar a renda recebida dentro do território italiano e também a renda produzida e recebida do exterior.”, diz a entrevistada. Porém, devido ao Acordo de Dupla Tributação assinado pelos dois países, os brasileiros na Itália são beneficiados pela repartição das receitas entre Brasil e Itália e, dessa forma, não precisam pagar os mesmos impostos duas vezes. [caption id="attachment_171329" align="alignnone" width="750"] Carla ressalta a importância do planejamento para evitar problemas com o imposto de renda. Foto: arquivo pessoal[/caption] A advogada ressalta, ainda, que a declaração da renda recebida na Itália e em qualquer outro país no exterior é fundamental para evitar ações ficais da Agenzia delle Entrate ou da Receita Federal, que podem incluir multas, sanções penais, bloqueio das suas contas bancárias e outras restrições. Precisa declarar o envio dinheiro do Brasil para Itália? Sim, é necessário declarar as remessas para o exterior no Imposto de Renda. O  Thiago e a Drielli ressaltam que transferências de dinheiro do Brasil para a Itália precisam ser declaradas, especialmente se as quantias forem significativas e influenciarem significativmente a situação financeira do contribuinte na Itália. “É muito comum encontrar brasileiros que vivem com rendas vindas do Brasil e, quando fazem o ISEE acabam sendo enquadrados na categoria de baixa renda. Essa situação pode gerar um sinal de alerta no governo italiano, que irá investigar os motivos dessa discrepância.”, ressaltam. Em relação à tributação cobrada sobre a transferência, Carla ressalta que, na maioria das vezes, as remessas recebem a tributação relacionada as operações financeiras como, o IOF e o ITCMD, um imposto estadual cuja alíquota é estipulada por cada estado brasileiro. E quem envia dinheiro da Itália para o Brasil? Sim, mas somente em alguns casos. É preciso declarar o envio de dinheiro da Itália para o Brasil para as transferências que superem o limite de 10 mil euros em 365 dias. Nesse caso, será preciso preencher o chamado “quadro RW” no Modello 730 e declarar o valor enviado. Aposentados brasileiros precisam declarar o IRPEF? Sim, os aposentados brasileiros na Itália precisam declarar o IRPEF, especialmente se receberem rendimentos do Brasil ou se possuírem outras fontes de renda. Embora todos os tipos de aposentadorias estrangeiras devam ser declaradas na Itália, o regime fiscal italiano prevê tributações diferentes para as rendas dos estrangeiros que decidiram morar na Itália como aposentado. As aposentadorias de uma fonte pública no exterior não são taxadas na Itália, enquanto as aposentadorias de origem privada devem ser declaradas no quadro RW e estarão sujeitas às tributações IVIE e IVAFE, calculadas segundo o valor da renda. A Carla Dalenogare destaca também que os aposentados brasileiros que entregaram a Declaração de Saída Definitiva do Brasil também serão tributados pela Receita Federal brasileira por meio da alíquota fixa de 25% da aposentadoria, cobrado por meio da retenção na própria fonte pagadora. Quem não precisa declarar? O regime tributário italiano também prevê a isenção da declaração do IRPEF em alguns casos. Não precisam declarar as pessoas que: Possuem rendimento anual de uma fonte de trabalho ou aposentadoria inferior a 7.500 euros; Possuem rendimento anual de outras fontes inferior a 8 mil euros e declarado por meio de CU (Certificazione Unica); Possuem uma única renda que é proveniente de salários de um único empregador ou aposentados que já tenha tido retido o imposto na fonte; As pessoas que se encaixam em uma das três categorias mencionadas acima e não possuem outros rendimentos ou bens não precisam declarar o Imposto de Renda na Itália. Eu, Giovanna, sou estudante na Itália não preciso declarar o IRPEF, enquanto a minha fonte de renda é uma bolsa de estudos declarada ao governo italiano pela própria universidade por meio de Certificazione Unica. Passo a passo para declarar Imposto de Renda na Itália O processo de declaração do Imposto de Renda na Itália envolve algumas etapas muito importantes que devem ser seguidas à risca para evitar qualquer tipo de irregularidade fiscal. Veja quais são elas: 1. Separar a documentação necessária Os documentos obrigatórios para apresentar a declaração são os seguintes: Documento de identidade (carta d’identità italiana); Codice fiscale do contribuinte e de todos os seus dependentes; CU (Certificazione Unica) de todos os rendimentos recebidos; Declaração do IRPEF do ano anterior, se for o caso. Em geral, a documentação para declarar o Imposto de Renda envolve o contribuinte e os seus dependentes. Na Itália, são considerados dependentes (familiari a carico) filhos de até 24 anos e familiares que vivem na mesma residência com renda anual inferior a 4 mil euros. Além disso, também será preciso separar os comprovantes de todos os tipos de despesas dedutíveis, como despesas médicas, recibos de aluguel, comprovante de pagamento de taxas escolares, etc. 2. Preencher o formulário correto Como mencionamos, existem diferentes versões do Modello 730 e o contribuinte deverá preencher a versão adequada para a própria situação fiscal. O formulário é dividido em várias seções e cada uma delas corresponde a um tipo específico de rendimentos e despesas. É preciso preencher as seções com as informações corretas para evitar qualquer tipo de problema. 3. Revisar o formulário É fundamental que você revise os dados inseridos no Modello 730 para evitar qualquer tipo de erro ou omissão que podem resultar em irregularidades fiscais. [caption id="attachment_170168" align="alignnone" width="750"] A revisão é uma etapa fundamental para evitar que os seus dados sejam enviados de forma correta[/caption] Lembre-se de que o formulário deve ser preenchido de forma exata segundo as informações e dados indicados nos seus documentos financeiros. 4. Enviar a declaração O Modello 730 deve ser apresentado pessoalmente ao próprio empregador, em um CAF, que será responsável por enviar a declaração à Agenzia delle Entrate, ou a um profissional qualificado, que fará o mesmo procedimento. Para quem optar pelo Modello 730 Semplificato, o envio da declaração também pode ser feito de forma online por meio do site da Agenzia delle Entrate. Fazer a declaração sozinho É possível realizar a declaração de Imposto de Renda na Itália sozinho, caso você opte pelo Modello 730 Semplificato. Veja o passo a passo a seguir: Acesse a página do IRPEF no site da Agenzie delle Entrate com os dados do seu documento de identidade; Selecione a opção “Dichiarazione precompilata - PDF” e preencha o formulário; Verifique se as informações estão corretas. Nesta etapa ainda é possível mudar os dados clicando em “Modifica la dichiarazione”; Para enviar a declaração, basta clicar em “Accetta dichiarazione". Após o envio da declaração, será possível visualizar no site da Agenzia delle Entrate o cálculo da restituição que será recebida pelo contribuinte e acrescida na folha de pagamento. Fazer a declaração com ajuda de especialista A declaração do IRPEF também pode ser feita com a ajuda de um especialista, que irá garantir que todas as despesas do ano fiscal sejam declaradas e que as informações estejam corretas. O auxílio de um especialista é recomendado principalmente nos casos em que não é possível optar pelo Modello 730 Semplificato, pois os demais formulários envolvem inúmeras etapas mais burocráticas que podem gerar dúvidas. A melhor maneira de buscar ajuda profissional é recorrendo a um escritório especializado, como a Personal Tax, que presta consultoria fiscal e tributária e pode esclarecer todas as suas dúvidas sobre a declaração de Imposto de Renda na Itália. Prazo para fazer a declaração Imposto de Renda Itália É importante ficar atento aos prazos para enviar a declaração de IRPEF na Itália. O Thiago e a Drielli nos informaram que o prazo para declarar o Imposto de Renda é até 30 de setembro para quem opta por usar o Modello 730 e até 30 de novembro para quem utiliza o Modello Redditi Persone Fisiche. Existe restituição de Imposto de Renda na Itália? Sim, a restituição pode acontecer em inúmeros casos. O Thiago e a Drielli nos contaram que a restituição pode acontecer quando despesas dedutíveis são declaradas, como despesas médicas, relacionadas à educação ou gastos com reformas na residência principal. Métodos de pagamento ou reembolso O pagamento da restituição do Imposto de Renda na Itália é feito por meio da soma da quantia restituída diretamente na folha de pagamento ou na parcela da aposentadoria. Para os trabalhadores empregados, o reembolso é feito um mês após a declaração do Imposto de Renda, enquanto os aposentados recebem a restituição em até dois meses após o envio da declaração. O que acontece se não entregar o IRPEF? A Itália possui o seu próprio sistema de responsabilização pela ausência da declaração de imposto de renda. Dessa maneira, a ausência da entrega da declaração pode resultar em multas e juros sobre o valor devido, além de possíveis complicações legais, como restrição aos direitos civis e políticos ou bloqueio de contas bancárias, impossibilidade de usar o passaporte e ações judiciais. “É preciso ficar atento, pois é muito comum encontrar brasileiros que tiveram diversas fontes e rendas no primeiro ano e esqueceram de suas obrigações fiscais no ano seguinte, o que pode gerar uma série de problemas.” alertam Thiago e Drielli. Carga tributária de Imposto de Renda em Itália Na Itália, a carga tributária do Imposto de Renda é composta por três tipos principais de impostos: federal, regional e municipal. A tributação federal é válida em todo o território nacional e pode variar de 23% a 43%, segundo a renda total declarada pelo contribuinte em um ano. Além disso, a Carla também alerta para a cobrança dos impostos regionais sobre a renda, que dependem da região em que se vivem e podem chegar até 3,3%, e para os impostos municipais, que podem chegar até 0,9% sobre propriedades ou vendas. Caso você receba a sua aposentadoria na Itália por meio do INPS, o equivalente ao INSS brasileiro, estará sujeito aos impostos de previdência social da Itália, que podem variar de 24% a 34% sobre o valor recebido. Tabela do Imposto de Renda na Itália Como mencionamos, a carga tributária federal na Itália é calculada conforme a renda declarada no IRPEF. Em 2024, as alíquotas aplicadas são as seguintes: Rendimento anual Alíquota 0-15.000€ 23% 15.001-28.000€ 25% 28.001-50.000€ 35% acima de 50.001€ 43% Porém, devemos mencionar que o regime fiscal italiano também prevê isenções em alguns casos, principalmente para os contribuintes que fazem parte da primeira faixa (de 0 a 15 mil euros). Como calcular Imposto de Renda Itália? O cálculo do Imposto de Renda na Itália segue um sistema progressivo, com alíquotas que aumentam à medida que a renda do contribuinte aumenta. Isso significa que quanto maior a renda, maior será a porcentagem de imposto a ser paga sobre essa renda. O Thiago e a Drielli prepararam um exemplo para que explicar de forma prática como o cálculo do IRPEF é feito no país. “Considerando (rendimento) anual de 29 mil euros, o cálculo do Imposto de Renda seria feito aplicando duas alíquotas diferentes, pois a renda ultrapassa ligeiramente a primeira faixa: Nos primeiros 28 mil euros, a alíquota é de 23%, resultando em 6.440€ de imposto. Nos 1 mil euros restantes (de 28.001€ a 29.000€), a alíquota é de 35%, resultando em 350€ de imposto. Dessa maneira, somando os dois valores, o total do Imposto de Renda devido seria 6.790€.” Porém, o cálculo não considera deduções ou créditos adicionais que podem ser aplicados conforme a região ou cidade de residência, por exemplo. Dicas para pagar menos imposto e aumentar o reembolso Agora que você já entendeu como a declaração de Imposto de Renda na Itália funciona, veja as dicas que separamos para pagar menos impostos e aumentar o reembolso da contribuição: Pesquise quais são todas as deduções permitidas no seu caso; Contribua para planos de previdência privada que oferecem benefícios fiscais; Você pode ter direito a deduções adicionais para os seus dependentes, como, por exemplo, despesas com educação e saúde de filhos ou outros familiares; Considere realizar algum tipo de atividade sustentável para ter direito a mais deduções: gastos com melhorias ecológicas na residência principal, como instalação de sistemas de energia solar ou melhorias para eficiência energética, podem ser dedutíveis; Busque o auxílio de um CAF ou escritório especializado para garantir que todas as deduções sejam aplicadas da forma correta. Além disso, caso os cônjuges tenham rendimentos que precisam ser declarados, é possível preencher o Modello 730 em conjunto por meio da dichiarazione conjunta. Além de ser mais prático, pode ser mais vantajoso também do ponto de vista tributário. Ficou curioso e quer descobrir ainda mais sobre as possibilidades de pagar menos impostos na Itália? Assista ao vídeo do Guilherme do canal Capital Global e veja mais detalhes sobre os regimes especiais de tributação no país. Despesas dedutíveis no IRPEF da Itália A boa notícia para os contribuintes é que o regime fiscal italiano prevê inúmeras despesas dedutíveis do Imposto de Renda. Elas incluem, por exemplo: Despesas médicas; Despesas veterinárias; Despesas escolares (taxas de creche ou universidade, por exemplo); Despesas com reformas na residência principal; Contribuições para previdência privada; Juros sobre hipotecas para a compra da primeira casa; Despesas com aluguel; Despesas funerárias. É recomendado que o contribuinte conserve todos os comprovantes de despesas ao longo do ano para solicitar a detração do IRPEF no ano seguinte. São aceitos comprovantes oficias, comprovantes de cartão de crédito, extrato de conta e pagamentos feitos pela plataforma PagoPA. Benefícios fiscais para quem faz o imposto de Renda na Itália Além das deduções mencionadas, existem outros benefícios fiscais para quem declara o Imposto de Renda na Itália, como para famílias com filhos, pessoas com deficiência, e contribuições para certos tipos de investimentos e seguros. A seguir, conheça alguns dos principais benefícios fiscais em vigor no país em 2024. Benefícios para famílias com filhos A legislação italiana prevê uma série de benefícios fiscais para famílias com filhos. Todos os contribuintes têm direito a receber uma restituição de até 950€ para cada filho de três anos ou mais e até 1.220€ para cada filho com menos de três anos. Mas, os valores a serem recebidos são variáveis, pois dependem da renda declarada no IRPEF. Regime dos aposentados Os aposentados na Itália podem evitar a dupla tributação por meio do “Regime dos Aposentados”, uma taxação diferenciada oferecida pelo governo italiano para os aposentados estrangeiros que decidem morar em uma cidade com menos de 20 mil habitantes em uma das oito regiões do sul da Itália: Sicília, Calábria, Sardenha, Campânia, Basilicata, Abruzos, Molise e Apúlia. Nesse caso específico, o aposentado estará isento de preencher o quadro RW e pagar o IVIE e IVAFE no Imposto de Renda italiano e estará sujeito a uma tributação de somente 7% sobre todas as rendas. “O "Regime dos Aposentados" é bastante vantajoso para brasileiros que moram na Itália e recebem aposentadoria do Brasil, porque eles poderão aplicar o Acordo de Dupla Tributação para pagar somente a tributação de 7% do governo italiano e evitar a alíquota fixa de 25% da Receita Federal.”, ressalta a advogada. Incentivos para profissionais da área da educação Profissionais que atuam na área de docência, pesquisa ou educação e transferiram o próprio domicílio fiscal para a Itália com o objetivo de atuar na área podem usufruir de um desconto fiscal de 90% independentemente da região de residência no país. O benefício pode ser prorrogável por até 13 anos em caso de aquisição de imóvel ou existência de filhos menores de idade. Isenção da declaração de rendimentos no exterior O regime fiscal dos “Neo Residenti” é um benefício que prevê a isenção da declaração no IRPEF de rendimentos auferidos no exterior. Ele prevê mecanismos diferenciados de tributação que podem isentar até 70% (em regiões do sul da Itália a isenção pode chegar a 90%) dos impostos cobrados por meio da declaração. “O desconto é concedido porque, ao aplicar esse benefício fiscal, o residente fiscal na Itália não sofre tributação de renda com base em 100% dos seus rendimentos, mas apenas sobre 30% deles.” explica Carla Dalenogare. Para usufruir do benefício, é preciso preencher alguns requisitos, como possuir um contrato de trabalho na Itália ou ser um profissional autônomo e não ter residido na Itália nos últimos dois anos anteriores ao pedido de concessão desse benefício. Cuidados ao fazer a declaração do imposto de renda Como vimos, a declaração do Imposto de Renda na Itália envolve muitos detalhes e etapas. Por isso, separamos alguns cuidados necessários para fazer o preenchimento correto, confira: Separe todos os documentos dos seus rendimentos anuais e comprovantes de despesas dedutíveis antes de iniciar a declaração; Verifique todos os tipos de deduções e isenções a que você e os seus dependentes podem ter direito; Preencha os campos do formulário com informações completas e exatas da forma como constam nos seus documentos. Não use abreviações e não arredonde valores; Revise o rascunho do formulário com muitíssima atenção antes de enviar a versão definitiva da declaração; Não deixe para enviar a declaração no último momento: o preenchimento deve ser feito com calma e tempo para evitar erros. Se ainda estiver com dúvidas sobre o IRPEF italiano ou sobre a sua situação fiscal no país, aconselhamos que você conheça a assessoria Personal Tax e conte com auxílio de uma equipe altamente especializada e preparada para te ajudar a enviar a declaração de Imposto de Renda na Itália. Esperamos que você tenha encontrado a resposta para todas as suas dúvidas e que esteja pronto para declarar o Imposto de Renda. Buona fortuna!

Morar na Itália aposentado sendo brasileiro
Itália

Morar na Itália aposentado: guia completo para brasileiros

Muitos brasileiros pensam em aproveitar a aposentadoria em um país com ótima qualidade de vida no exterior. Mas, morar na Itália aposentado é um processo burocrático e que envolve uma série de etapas e requisitos. Para te ajudar a realizar esse sonho, separamos um guia completo sobre o processo de mudança para o país na condição de aposentado. Descubra qual o visto necessário, quanto custa, quais os documentos obrigatórios e muito mais! Pergunta Resposta Aposentado brasileiro pode morar na Itália? Sim, qualquer aposentado no Brasil pode viver na Itália. Aposentado precisa de visto para morar na Itália? Sim, é necessário solicitar o visto de tipo D, chamado de Residenza elettiva. Como receber minha aposentadoria na Itália? A maneira mais fácil é transferindo o dinheiro do Brasil com a Remessa Online ou a Wise. Morar na Itália aposentado: o interesse de brasileiros pela Itália A Itália é uma das metas de viagem mais almejadas pelos brasileiros e, inclusive, é um dos países mais visitados no mundo. E claro, muitos turistas se apaixonam tanto pelo país que decidem se mudar para lá. Outro fator que pesa bastante na hora de escolher o país é, sem dúvidas, a segurança da Itália. Considerado um dos países mais seguros da Europa, a Itália registrou apenas 330 homicídios em 2023, uma das menores taxas entre os países europeus. Desta forma, a Itália fica em antepenúltimo lugar por casos de homicídios na Europa. Além disso, a Itália é um dos países europeus onde a qualidade de vida é muito alta: gastronomia, infraestrutura, escolas e outros fatores fazem da Itália um ótimo para se viver. De fato, a Itália está no ranking dos melhores países para aposentados em 2024, ocupando o 11º lugar. A seleção feita pela International Living considerou diversos fatores, como habitação, benefícios e descontos, vistos e residência, adaptação e entretenimento, saúde, clima, etc. Posso morar na Itália aposentado? A resposta é: sim! Desde a aprovação da Lei do Orçamento de 2019, que começou a valer em 2020, o governo italiano propôs uma taxação diferenciada aos estrangeiros que decidirem se mudar para o país, de somente 7% sobre todas as rendas, incluindo a aposentadoria, produzidas no exterior por dez anos. A ideia é diminuir os impostos para tentar concorrer com países como Portugal e Espanha, com o intuito de atrair os aposentados, sobretudo nas regiões do sul da Itália. A lei prevê que os aposentados priorizem regiões como Sicília, Calábria, Sardenha, Campânia, Basilicata, Abruzos, Molise e Apúlia e que escolham cidades com menos de 20 mil habitantes. Como faço para morar na Itália aposentado? Tudo pronto para a aposentadoria, mas como morar na Itália legalmente? A Itália não oferece nenhuma modalidade de visto exclusiva para aposentados estrangeiros. Porém, existe um visto ideal para quem não tem a cidadania italiana (ou europeia) e quer morar no país com a própria aposentadoria: o "Visto per residenza elettiva". Visto D: Residenza elettiva Para morar na Itália como aposentado, é preciso solicitar o visto de tipo D, chamado de Residenza elettiva. A tradução, "residência escolhida", alude ao fato de ser uma escolha "espontânea" de residência por parte do requerente estrangeiro. Esse visto é voltado para os cidadãos estrangeiros que optaram por estabelecer residência fixa no país, mas que não pretendem trabalhar na Itália e se manterão financeiramente por meio de rendas no exterior. [caption id="attachment_168096" align="alignnone" width="750"] O visto de aposentado deverá ser solicitado após a chegada na Itália. Foto: Giovanna Mauro[/caption] Por isso, uma das exigências, por parte do governo italiano, é apresentar um comprovante de renda detalhado e demonstrar, através do imposto de renda brasileiro, a capacidade de se manter no país. O visto é válido por um ano e pode ser renovado. Documentos necessários para o visto Residenza Elettiva Para morar na Itália como aposentado e com o visto de Residenza elletiva, você deverá reunir os seguintes documentos: Formulário de pedido de visto (formulário para o visto D); Foto (no formato italiano: 3,5x4,5cm); Passaporte brasileiro válido com validade superior a três meses da estadia pretendida; Comprovante de renda; Comprovante de aposentadoria; Documento comprovando moradia na Itália (possível moradia, como contrato promessa de aluguel, compra de imóvel, etc); Seguro viagem para a Itália ou IB2; Documento comprovando a parentalidade (em caso de pedido para a família inteira). Todos os documentos deverão ser apostilados e traduzidos para o italiano por meio de um tradutor juramentado. A Apostila de Haia deverá ser feita também nas traduções. A Yellowling é nossa recomendação para fazer a tradução de documentos para vistos. A empresa trabalha com profissionais altamente qualificados, e os serviços são de qualidade e tratados diretamente pelo site. É rápido, seguro e com ótimo custo-benefício. Custo do visto O custo do visto Residenza elettiva, obrigatório para morar na Itália como aposentado, é de 116€. Lembre-se que além do visto, o governo italiano exige ao estrangeiro que permanecer mais de 90 dias no país o Permesso di soggiorno. Neste caso, o Permesso di soggiorno necessário para se fixar no país é o Permesso di soggiorno per residenza elettiva, através do qual será garantida a estadia permanente no país sem a necessidade de trabalhar. A taxa total para o pedido deste documento em 2024 é 30,46€, o que equivale cerca de R$167,09 (conversão feita em abril de 2024). Renda necessária para solicitar o visto Para fazer a solicitação do visto e passar a aposentadoria na Itália, é necessário ter renda de, pelo menos, 31 mil euros anuais. Fizemos a conversão da moeda em abril de 2024 e o valor aproximado em reais é de R$170 mil. Porém, caso você pretenda morar na Itália como aposentado com outros membros da sua família, o valor a ser comprovado será maior. Se for requerer o visto também para o cônjuge, esse valor deverá ser 20% maior. E para cada filho deverá aumentar 5%. Onde requerer o visto Você pode solicitar o visto para aposentados na Itália no Consulado italiano da sua região. Veja os locais disponíveis: Para quem possui cidadania italiana é mais fácil Antes de mais nada, se você é cidadão italiano e mora no Brasil, você está inscrito no Anagrafe Italiani Residenti all'Estero, o AIRE, na Embaixada da Itália em Brasília ou no Consulado responsável pela sua jurisdição. O AIRE nada mais é do que o registro civil dos italianos residentes no exterior. Como cidadão italiano, o brasileiro que decidir morar na Itália como aposentado poderá, assim que chegar, procurar imóvel para morar sem nenhuma restrição legal. Algumas imobiliárias pedem um comprovante de renda, mas sendo aposentado, tudo fica mais fácil e seguro. Inscrição na Anagrafe Nazionale della Popolazione Residente Deverá também se inscrever na Anagrafe Nazionale della Popolazione Residente, em outras palavras, o Registro Civil da população residente no país, para poder obter a residência fixa no país e, desde modo, estar apto a utilizar os serviços como postos de saúde e hospitais. Para não prejudicar os cidadãos de ambos os países, os governos brasileiro e italiano estipularam um acordo de cooperação fiscal que a dupla tributação, seja aos italianos residentes no Brasil, seja aos brasileiros residentes na Itália. [caption id="attachment_168102" align="alignnone" width="750"] Os aposentados brasileiros na Itália podem aproveitar incentivos fiscais e benefícios especiais[/caption] O acordo de cooperação de aposentadoria entre os dois países funciona de forma idêntica. Assim, se um cidadão contribuiu com a previdência pública em um dos países, o mesmo consegue receber a aposentadoria no país de residência sem pagar um valor adicional ou ver descontados duplamente os impostos. Na fila para a cidadania Em contrapartida, se você não tem a cidadania italiana, porém tem direito e está pensando em tirá-la, saiba que, infelizmente, ainda não existe um caminho menos burocrático para morar definitivamente na Itália. As soluções para quem se encontra nesse caso podem ser duas: A primeira é se mudar como brasileiro, pedindo o Visto e Permesso di soggiorno per Residenza elettiva e, em um segundo momento, entrar com o processo de cidadania; A segunda é entrar com o pedido de cidadania durante os 90 dias disponíveis aos cidadãos brasileiros que visitam o Espaço Schengen e aguardar a documentação. Mas, não é possível pedir nenhum tipo de visto estando na Itália. Assim, caso você decida optar por essa opção, o conselho é sair do Brasil como tudo planejado nos mínimos detalhes. Brasileiros com cidadania europeia Por fim, caso você seja cidadão de outros país membro do Espaço Econômico Europeu – além dos países da União Europeia, a Suíça, Noruega, Islândia, Liechtenstein e República de San Marino –  saiba que você também pode morar na Itália aposentado. Você deverá se inscrever, como cidadão comunitário, na Anagrafe Nazionale della Popolazione Residente, indicando um endereço fixo de residência, sem a obrigação de solicitar o Permesso di soggiorno. Após 5 anos de residência consecutiva, o cidadão europeu tem direito à permanência permanente. Há benefícios fiscais para aposentados estrangeiros viverem na Itália? Na verdade, além do benefício fiscal previsto na Lei do Orçamento de 2019, não há nenhum outro tipo de incentivo promovido pelo governo italiano aos estrangeiros aposentados que queiram se mudar para a Itália. O que a Itália tem de positivo e atraente é, sem dúvidas, a qualidade de vida – e é exatamente isso que pesa na escolha de muitos aposentados. Declaração de saída definitiva do Brasil O cidadão brasileiro que reside no exterior de forma definitiva – ou seja, há mais de 12 meses consecutivos – deverá fazer a Declaração de saída definitiva do país, disponível no site da Receita Federal. Segundo o site do INSS, existe a possibilidade de solicitar a tributação diferenciada do Imposto de Renda Retido na Fonte do aposentado, caso resida no exterior, e seja titular de aposentadoria. Custo de vida na Itália Com o câmbio desfavorável e a inflação de 1,2% em abril de 2024, o custo de vida na Itália pode parecer relativamente alto para os brasileiros. Mas a verdade é que o país está repleto de cidades pequenas e médias com custo de vida reduzido! Para exemplificar o custo médio de vida dos aposentados no país, escolhemos uma cidade em cada região da Itália, que compartilham um estilo de vida parecido e têm quase o mesmo número de habitantes. São elas: Domodossola (Piemonte, norte), Rieti (Lácio, centro) e Trapani (Sicília, sul). Custos médios para duas pessoas O valor médio da aposentadoria na Itália é de 1.285€, mas pode variar de acordo com a região. Para que você tenha uma estimativa de quais serão os seus gastos, veja os custos médios que separamos a seguir. A nossa simulação foi feita no site Numbeo em abril de 2024 e pensada para duas pessoas que decidirem morar em um apartamento de 85m², localizado no centro destas três cidades. Na seção "contas" estão incluídos os boletos de gás, luz, internet, água e taxa do lixo. Cidade (e região) Aluguel Mercado Contas Domodossola (Piemonte, norte) 550€ 260€ 220€ Rieti (Lácio, centro) 500€ 220€ 206€ Trapani (Sicília, sul) 350€ 150€ 170€ Com a aprovação da Lei Orçamentária de 2024, os estrangeiros residentes na Itália com o visto per residenza elettiva não possuem mais o direito à inscrição gratuita no sistema de saúde italiano (SSN). Dessa maneira, os aposentados estrangeiros na Itália precisarão contratar um seguro-saúde privado ou pagar o valor atualizado para se inscrever no SSN: 2.000€/ano. Recomendo a inscrição no SSN, uma vez que ela garante vários benefícios, como a cobertura de diversos medicamentos. Melhores cidades para aposentados na Itália A seguir, vamos conhecer mais de perto as três cidades que mencionamos! Domodossola (Piemonte, norte) Sendo o centro econômico e industrial do país, o norte é uma das regiões mais caras da Itália. Nas grandes cidades, como Milão, Bolonha e Turim, o preço médio de aluguel de um apartamento de um quarto pode chegar a 900€ (em zonas periféricas). Porém, mesmo no norte, os preços são muito mais baixos em cidades menores, como é o caso de Domodossola, uma cidade calma e tranquila de pouco mais de 18 mil habitantes, cercada pela natureza. Se você quer morar na Itália aposentado e gosta do inverno, essa é a melhor opção para você. Afinal, Domodossola situa-se aos pés dos Alpes, conhecidos pela incrível paisagem invernal. Em Domodossola, o acesso aos serviços públicos é rápido e prático. Há hospitais, grande oferta de serviços (farmácias, supermercados, padarias, restaurantes, trens). Bônus geográfico: está a 1h10 do Lago Maggiore e de Locarno, cidade suíça protagonista do importante Festival de Cinema de Locarno! Rieti (Lácio, centro) O centro da Itália, igualmente grande e importante, engloba regiões como a Toscana, o Lácio, a Úmbria e as Marcas. Dessas, podemos dizer que o Lácio é o coração econômico e político do centro do país. As cidades ao redor da capital italiana são sedes de importantes empresas e indústrias, além de possuírem programas de incentivo financeiro para atrair novos habitantes. Uma dessas cidades é Rieti que, com quase 50 mil habitantes, possui um programa de auxílio financeiro para aqueles que alugarem um apartamento no local por ao menos três meses. [caption id="attachment_171196" align="alignnone" width="750"] Morando em Rieti, você pode chegar a Roma em apenas uma hora e meia de carro.[/caption] Mas, além do incentivo, morar em Rieti possui uma série de outras vantagens. A cidade oferece uma ótima qualidade de vida, boas escolas e segurança por um custo de vida relativamente baixo, principalmente para os padrões do centro da Itália. Rieti não está londe de Roma. Dessa forma, você poderá acessar todos os serviços e oportunidades da capital italiana enquanto vive em um lugar tranquilo e barato. Trapani (Sicília, sul) O sul do país e as ilhas (Sardenha e Sicília) são, de longe, as regiões mais baratas para se viver! Os preços no sul chegam a ser quase a metade dos preços do norte e a qualidade de vida também é alta por lá. Além disto, se você prefere temperaturas mais amenas, a região sul é a ideal para você. Além de ser uma das regiões mais bonitas da Itália, a Sicília recebeu inúmeros investimentos do governo italiano nos últimos anos. Assim, a região pôde se desenvolver economicamente e, hoje, é uma das metas dos italianos e estrangeiros que querem viver no país. Com quase 70 mil habitantes, a cidade de Trapani pode ser ideal para os aposentados que querem levar um estilo de vida tranquilo e aproveitar o melhor da dolce vita italiana. Se você pensa em comprar um imóvel na Sicília, Trapani é uma boa opção: existem diferentes tipos de propriedades à venda por um valor abaixo da média nacional. Além disso, a beleza natural da cidade é indescritível: o local é ensolarado o ano todo e concentra um grande número de praias paradisíacas para você aproveitar o melhor do Mar Mediterrâneo. Cidades mais baratas para viver a aposentadoria na Itália Uma boa opção para quem quer morar na Itália como aposentado é escolher uma das cidades mais baratas do país para viver. Essas pequenas cidades oferecem uma boa qualidade de vida e, ao mesmo tempo, baixos custos. Confira o nosso ranking de cidades mais baratas da Itália: Alessandria; Belluno; Ancona; Pescara; Cuneo; Ostia Antica; L'Aquila; Tivoli; Enna. Cidades pequenas para morar na Itália As cidades pequenas na Itália podem ser uma boa escolha para quem quer ter uma aposentadoria calma, tranquila e sem gastar muito. Veja a lista com algumas das opções para os aposentados: Aosta; Belluno; Campobasso; Orvieto; Rieti; Urbino; Vercelli; Cremona. Um elemento que deve ser considerado é que se a cidade for pequena demais (com mil habitantes, por exemplo) é provável que a sua estrutura (hospitais, farmácias, etc) não seja tão boa, o que pode não ser interessante para quem quer morar na Itália como aposentado. Assim, é importante escolher uma cidade com atenção. Como receber a sua aposentadoria na Itália Tendo decidido viver na Itália após se aposentar, é importante saber como você irá receber a sua aposentadoria na Itália. É possível receber o seu dinheiro diretamente em um banco da Itália, através de transferência bancária. Para tratar desse assunto, basta receber a sua aposentadoria no Banco do Brasil e pedir uma transferência programada para um banco na Itália. Outra alternativa, é fazer o envio do dinheiro do Brasil para a Itália. É possível receber a sua aposentadoria numa conta bancária no Brasil e transferi-la, mensalmente, para uma conta bancária na Itália. Para isso, existem inúmeros métodos como: Wise, Remessa Online, Paypal, MoneyGram, Western Union, etc. A dica aqui é sempre acompanhar a cotação do euro para garantir valores melhores. Contribuí com a previdência social italiana, tenho direito a aposentadoria na Itália? Sim, mas é preciso cumprir alguns requisitos. A aposentadoria na Itália é conhecida como Pensione di Vecchiaia, ou seja, pensão por velhice. Para se aposentar no País da Bota, o trabalhador deve cumprir os seguintes requisitos: Possuir 67 anos (homens ou mulheres) do setor público ou 62 anos para setor privado (mulheres); Ser residente na Itália; Possuir, no mínimo, 20 anos de contribuição (que podem ser somados aos anos trabalhados no Brasil, como explicaremos mais abaixo); Não ter um vínculo empregatício válido (não se aplica para trabalhadores autônomos). O órgão italiano responsável pela previdência social é o INPS. Acordo Bilateral de Previdência Social Brasil Itália A Itália é um dos países que possuem acordo bilateral de previdência social com o Brasil, ou seja, um brasileiro pode se aposentar na Itália somando o tempo de contribuição de ambos os países, e vice-versa. Então se você se mudar para a Itália e chegar na idade de se aposentar, poderá usar o tempo de contribuição para a previdência social no Brasil, para completar o tempo de contribuição na Itália. Para saber mais sobre o acordo bilateral de previdência social, consulte os sites do INSS e do INPS. Aposentadoria para brasileiros que contribuíram na Itália e retornaram para o Brasil Se você é brasileiro, contribuiu para a previdência italiana e decidiu retornar para o Brasil ao se aposentar, saiba que é possível receber a sua aposentadoria no Brasil. Para ter direito ao pagamento do benefício no país de origem, o indivíduo não pode ser italiano e é necessário ter 20 anos de contribuição para aqueles que começaram a contribuir antes de 1996. Para quem pagou a sua primeira contribuição após 1996, não há um tempo mínimo de contribuição, bastando cumprir os demais requisitos. Apesar de ser uma regra bastante controversa, justifica-se como um incentivo para que os estrangeiros que não são mais produtivos retornem aos seus países de origem e assim não sobrecarreguem os serviços públicos, como a saúde. O que é a Pensão Social (Assegno Sociale) A Pensão Social, ou Assegno Sociale, é uma proteção do governo italiano para amparar aquele indivíduo, sem outras fontes de renda que, ao completar a idade para se aposentar, não possui tempo de contribuição para a aposentadoria normal. É um dispositivo criado para o governo amparar o trabalhador na velhice e retribuir pelos anos trabalhados na Itália. O valor do Assegno Sociale, em 2024, é de 534,41€ ao mês, com direito à 13ª parcela. Requisitos para solicitar a pensão social Para solicitar a pensão social é necessário cumprir os seguintes requisitos: Possuir, no mínimo, 67 anos; Ser cidadão italiano ou europeu. Em caso de cidadão de estado terceiro, possuir uma Carta ou Permesso di Soggiorno de Longa Duração; Residir na Itália, legalmente e ininterruptamente, por pelo menos 10 anos; Não possuir outras rendas superiores ao valor do auxílio. Como solicitar a pensão italiana Para solicitar a aposentadoria na Itália ou mesmo a pensão social (assegno sociale) é preciso procurar o INPS da cidade onde você é residente na Itália. Para ajudar com o processo, que pode ser bastante burocrático, procure também o CAF ou um Patronato. Qualidade de vida dos aposentados na Itália A qualidade de vida dos aposentados é muito alta na Itália e isso se reflete no grande número de idosos que superaram os 100 anos: são mais de 17 mil os idosos que superaram o século de vida, segundo os últimos dados divulgados pelo Istat - Instituto Nacional de Estatística. [caption id="attachment_168101" align="alignnone" width="750"] Os aposentados na Itália podem usufruir de uma ótima qualidade de vida, atraindo inúmeros brasileiros para o país.[/caption] Em 2024, a expectativa de vida no país é de 83 anos e a idade média dos italianos é de 48,4 anos. Portanto, a Itália é um país preparado para receber e cuidar dos idosos, o que pode ser percebido especialmente no sistema de saúde italiano. Grande parte das políticas públicas de saúde são voltadas aos idosos, como o desconto no Imposto de Renda da Itália para quem contratar uma cuidadora. Vale notar que a região Norte concentra o maior número de centenários, mas o centro e o sul não ficam para trás. Portanto, a qualidade de vida para idosos é notável em todo o território italiano! Como encontrar imóveis para morar na Itália aposentado? Uma vez resolvida a parte burocrática, chegou a hora de encontrar um imóvel para viver país. Mas, por onde começar a procurar? Existem centenas de ofertas de imóveis em grupos de Facebook, sites de empresas para aluguéis de médio e longo período (Housing Anywhere, por exemplo), portais de imobiliárias, etc. Se você quer fazer a procura sozinho, é preciso ter cuidado para evitar golpes. Assim, o melhor jeito é procurar imóveis pessoalmente, com a ajuda de imobiliárias. Se você não falar a língua, consulte um tradutor antes de assinar o contrato de aluguel (o ideal seria visitar os imóveis com um intérprete!). Além disso, é importante que você também tenha alguém para te ajudar a entender como os contratos de aluguel e venda de imóveis funcionam na Itália, uma vez que eles possuem uma estrutura bem diferente daquela do Brasil. Documentos para quem tem cidadania europeia Para alugar um apartamento na Itália, você deverá apresentar algumas documentações obrigatórias, como: codice fiscale (equivalente ao CPF) e um documento italiano (passaporte italiano ou carta de identidade italiano). O mesmo vale para qualquer outra cidadania europeia. Documentos para cidadãos brasileiros Caso não você tenha cidadania italiana, e decidiu morar na Itália aposentado, optando pela Residenza elettiva, os documentos necessários são: passaporte brasileiro com o Visto di Residenza elettiva e Permesso di soggiorno per residenza elettiva. Viver a aposentadoria na Itália: sim ou não? Depende. Se tem todos os requisitos necessários para pedir o seu visto para morar na Itália, você deverá então considerar os pontos positivos e negativos. Faça uma pesquisa sobre o país, a cultura, a culinária italiana, a qualidade de vida. Só assim conseguirá ver se realmente quer morar lá. Além disso, se você tiver oportunidade, visite o país antes de tomar uma decisão. Afinal, uma mudança não é simples e deve ser bem pensada. Não se esqueça que não vale a pena se mudar para nenhum país sem estar com toda a documentação legalizada. Se quiser saber mais sobre o processo de mudança para a Europa, com relatos e experiências de quem fez esse caminho, confira o nosso livro digital "O Sonho de Viver na Europa". Não importa a cidade escolhida. A Itália é um país incrível e nada mais justo querer envelhecer no país do macarrão, do vinho e do azeite. Então, é hora de separar os documentos e fazer as malas. Buona fortuna!

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Morar na Europa oferece uma qualidade de vida excepcional, com sistemas de saúde eficientes, educação de alta qualidade e uma rica diversidade cultural.

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Computador no site do Projeto Italea
Itália Notícias

Projeto Italea – iniciativa promove turismo sustentável e cultural no Ano das Raízes Italianas

Turismo sustentável, atividades culturais únicas e roteiros de viagem personalizados. Esse é o tripé do Projeto Italea, uma iniciativa do Governo italiano após declarar 2024 como o Ano das Raízes Italianas no Mundo. Promoção do turismo no interior A proposta do Projeto Italea visa promover o turismo “lento” e sustentável pelos vilarejos e cidades pequenas italianas, tendo como público-alvo estrangeiros interessados em (re)descobrir suas origens na região dos antepassados italianos. Segundo Daniela Santanché, Ministra do Turismo da Itália: "[...] o turismo das raízes representa uma grande oportunidade para destacar lugares que ainda são pouco conhecidos, longe do mainstream - como pequenos vilarejos e áreas rurais - e fortalecer as relações com as comunidades italianas no exterior, que constituem uma importante base de referência para o projeto". O turismo é um setor econômico muito importante para o país. Para se ter uma ideia, 2023 foi o ano recorde com mais de 451 milhões de turistas, um aumento de mais de trinta e nove milhões (+9,5%) em comparação com 2022. Os dados são da Confederação Geral Italiana de Empresas, Atividades Profissionais e Trabalho Autônomo (ConfCommercio). Conhecer a Itália dos antepassados O Italea oferece uma série de opções de turismo para quem deseja mergulhar nos encantos dos territórios e das tradições da nonna ou do bisnonno italianos. Através de experiências, que envolvem Atividades e Eventos, e Roteiros, será possível conhecer a terra de próprios antepassados, aprendendo e vivenciando momentos únicos. Variedade de eventos e roteiros Para o ano corrente, o Projeto Italea organizou inúmeras atividades nas vinte regiões italianas, que vão desde roteiros ligados aos Museus da Imigração espalhados pelo país, aulas de culinária, visitas a vinícolas, residências artísticas, até participação em procissões medievais, degustação de produtos típicos e oficinas de artesanato. Italea regional A Italea Puglia, por exemplo, organizou aulas de culinária para aprender a preparar o famoso pasticciotto leccese (doce típico de Lecce), eventos com a famosa dança da pizzica e roteiros de três dias por Bari, Polignano a Mare, Trani e o Vale d'Itria, onde se encontram os pitorescos trulli. Até mesmo a Toscana, uma das regiões mais turísticas e famosas do mundo, organizou eventos para levar os viajantes a imergir no território, dando ênfase às cidades pequenas de onde partiram muitos imigrantes. São previstas trilhas pelo Casentino (vale no leste da região) e até mesmo pela Garfagnana (na província de Lucca), símbolos do turismo sustentável. Ou ainda, um mergulho pela Calábria, terra de origem de tantos brasileiros e ítalo-brasileiros, durante um festival gastronômico cujo protagonista é a 'nduja (iguaria típica de Spilinga, mas famosa em todo o país). [caption id="attachment_172861" align="alignnone" width="750"] O Projeto Italea visa incentivar o aumento do turismo em regiões menos visitadas do país.[/caption] Há também um passeio pela Sila, montanha da região onde é possível até esquiar, e de onde vêm as famosas batatas da Sila, e claro, pelas praias encantadoras da Costa degli aranci. Isso sem mencionar as visitas guiadas pelas fazendas que produzem azeite extravirgem de oliva na Úmbria, que combinam degustação de vinho Sagrantino de Montefalco DOCG e tartufo (trufa), produtos que moldam a identidade da região, e eventos como o Umbria Jazz. No Vêneto, é possível visitar e conhecer o processo de produção da grappa, destilado do bagaço da uva, em meio a paisagens das colinas na região. As iniciativas não param por aí São vários os programas pensados para quem pretende visitar o país da bota durante o período invernal. Por exemplo, Italea Basiliacata organizou um tour nas montanhas, em meio a neve e pastores locais. Em Salerno, Italea Campagnia leva os turistas pelo Museu dos sobrenomes, e por aulas de culinária da pizza napolitana. Aulas de italiano e dialetos Outro eixo da iniciativa Italea é dedicado ao aprendizado da língua italiana e dos dialetos locais, a língua que nossos antepassados falavam, e são faladas até hoje nesses territórios marcados por um grande fluxo migratório. Italea Sardegna preparou um laboratório linguístico exclusivamente em língua sarda, por exemplo. Já Italea Molise organiza uma oficina em dialeto molisano para exploradores do passado. Aulas de napolitano também estão disponíveis pelo Italea Campania. Se o turista for também aspirante a escritor, Italea Valle d'Aosta organiza oficinas de escrita criativa para contar as histórias dos próprios antepassados. Descubra sua árvore genealógica Além das atividades ligadas ao turismo, o Italea oferece também serviços de reconstrução da árvore genealógica da própria família, muito útil para quem está interessado em entender melhor suas próprias origens ou àqueles que pretendem entrar com o processo de reconhecimento da cidadania italiana. Os genealogistas são especializados em histórias de imigração, ajudando assim o turista das raízes a reaver os dados dos parentes de quem tanto ouviu falar, por meio de relatos orais em família ou fotografias. Benefícios com o Italea Card O Italea Card é um cartão-fidelidade do projeto Italea que oferece vantagens, descontos e outros benefícios para quem deseja embarcar na viagem das próprias raízes. Segundo o Consulado Italiano de São Paulo, a ideia do Italea Card é criar uma ponte entre os viajantes das raízes e as empresas que aderiram à iniciativa, como hotéis, restaurantes, adegas, locadoras de automóveis, entre outras. [caption id="attachment_172884" align="alignnone" width="750"] O Italea Card dá ao turista o acesso a vários benefícios do projeto.[/caption] Para se cadastrar, é simples: basta acessar o site – já em português! – e preencher o formulário. Mais informações sobre os parceiros e benefícios do Italea Card podem ser obtidas no site oficial do projeto ou no site Italea de cada região. Parceria multissetorial A iniciativa, promovida pelo Ministério do Turismo da Itália em parceria com a ENIT - Agência Nacional do Turismo e o Ministério das Relações Exteriores da Itália, visa levar as pessoas a descobrirem os vilarejos com fuga de habitantes. É uma forma de repovoar cidades que possuem grande tradição cultural, mas que, por motivos sociais ou econômicos, foram perdendo a centralidade na região. De fato, um relatório do Ministério do Turismo relatou que a revitalização desses vilarejos pode trazer um aumento significativo na economia local e na preservação do patrimônio cultural. O nome deste projeto vem de "talea" (corte), prática pela qual, ao cortar parte de uma planta e replantando-a em outro solo, ela pode criar novas raízes. Exatamente o que acontece com as histórias de migrações.

Nômade digital trabalhando no computador
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Novo visto para nômades digitais estrangeiros entra em vigor na Itália

Com a entrada em vigor de uma nova lei em abril de 2024, a Itália oficializou o visto para nômades digitais, ou seja, pessoas que trabalham remotamente (smartwork). O novo visto é o resultado de uma lei que já existia, mas que ainda não havia sido oficializada até então. Agora, estrangeiros que atenderem aos critérios do governo italiano poderão morar regularmente no país com uma permissão especial. O visto já pode ser solicitado Há dois anos, a lei n. 25 de 28 março de 2022 modificou a legislação relacionada à imigração na Itália, abrindo as portas para a criação do visto para nômades digitais. Com a mudança, os “nômades digitais e trabalhadores remotos, não pertencentes à União Europeia” foram incluídos entre os casos de “entrada para trabalho em casos particulares”. A permissão ainda não poderia ser solicitada pelos estrangeiros, pois dependia da aprovação do decreto relativo ao visto por parte de quatro ministérios italianos. Porém, em 04 de abril de 2024, o visto para nômades digitais entrou oficialmente em vigor: agora, os smartworkers estrangeiros já podem solicitar o visto e trabalhar de forma remota na Itália. Publicado na Gazeta Oficial do governo italiano, o decreto de 29 de fevereiro de 2024  considera “nômade digital” todos os: "Cidadãos de estados não pertencentes à União Europeia que exerçam uma atividade de trabalho altamente qualificada através da utilização de ferramentas tecnológicas que lhe permitam trabalhar remotamente”. O visto para nômades digitais será válido por um ano e poderá ser renovado após o período. Além disso, a família do requerente também poderá solicitar o documento. Requisitos de formação e financeiros A solicitação do visto de nômades digitais na Itália poderá ser um processo burocrático, pois os candidatos deverão atender a série de requisitos. Em primeiro lugar, os estrangeiros deverão comprovar que são “altamente qualificados” e, para isso, poderão apresentar diploma universitário, licença profissional ou experiência profissional na própria área de atuação. O decreto também estabelece critérios financeiros: os nômades digitais precisam comprovar renda mínima anual de 28 mil euros (cerca de 2.300€ por mês). Na cotação de maio de 2024, o valor equivale a cerca de R$ 12.500 por mês. Outros requisitos incluem comprovante de moradia e seguro saúde válido por toda a estadia, que pode ser privado ou do sistema de saúde da Itália (Servizio Sanitario Nazionale), que possui um custo anual de 2.000€. [caption id="attachment_167636" align="alignnone" width="750"] Os Consulados italianos no Brasil irão solicitar diversos tipos de comprovante para o visto de nômade digital.[/caption] Também será preciso comprovar experiência prévia com trabalho digital por ao menos seis meses ou como nômade digital pelo mesmo período de tempo em outro país. O pedido do visto poderá ser feito em qualquer um dos Consulados da Itália no Brasil já no primeiro semestre de 2024 e deverá ser enviado juntamente com uma declaração do empregador. Nômades digitais deverão solicitar permissão de residência Além dos critérios mencionados para a solicitação do visto, os nômades digitais deverão solicitar o permesso di soggiorno em um prazo de oito dias após a chegada no país. O documento é a permissão de residência para estrangeiros que vivem na Itália. Os smartworkers também precisarão solicitar a “partita IVA” (Imposto sobre Valor Agregado) na Agenzia delle Entrate, obrigatório para todos que exercem algum tipo de atividade autônoma no país. Visto prevê incentivos fiscais para nômades digitais Além dos critérios para a solicitação do visto, o governo italiano também definiu que os nômades digitais que solicitarem o visto especial serão contemplados por benefícios fiscais. Para essa categoria é prevista a redução de 50% nos impostos pagos na Itália e cobrados sobre os rendimentos do trabalho assalariado ou do trabalho autônomo produzido no país por um período de cinco anos. Incentivo do crescimento e revitalização do país O novo visto é uma das iniciativas mais recentes do governo italiano para estimular o desenvolvimento econômico do país por meio da atração de profissionais altamente qualificados. O visto para nômades digitais é, ainda, uma estratégia do governo italiano já idealizada há muitos anos para atrair talentos do exterior com um investimento relativamente baixo: “A Itália terá mais condições de atrair talentos de países estrangeiros e sem nenhum custo [...] É uma boa forma de abrir nosso país para conhecimentos do exterior”, ressalta Luca Carabetta, um dos defensores da medida. Com a população mais velha da Europa, a Itália enfrenta o desafio constante de buscar soluções para o repovoamento de cidades envelhecidas do país, que estão sendo praticamente abandonadas. Nesse sentido, acredita-se que o visto recém-aprovado poderá ser uma forma de atrair novos moradores mais jovens: "Podemos, sim, ter como objetivo trazê-los para a Itália como visitantes, mas também que eles possam estabelecer-se por aqui", argumenta Carabetta. Assim, ao lado do famoso projeto “Case a 1 euro”, que já atraiu centenas de estrangeiros, o incentivo à migração de nômades digitais será benefício para a economia italiana poderá auxiliar o processo de rejuvenescimento da população e de revitalização das pequenas vilas afetadas pela subpopulação. Outros países já oferecem visto para nômades digitais Com o novo decreto, a Itália se juntou a outros países da Europa que já oferecem vistos para nômades digitais, como Romênia, Portugal, Grécia, Croácia, Estônia, Espanha e Alemanha. A previsão é que a iniciativa cresça no continente e que outros países ofereçam a oportunidade para os trabalhadores remotos. Um estudo realizado recentemente pela Estônia mostrou que o nomadismo digital é uma tendência crescente: segundo a pesquisa, 57% das pessoas entrevistadas gostariam de trabalhar no exterior remotamente. Os principais motivos são o custo de vida mais baixo e as experiências culturais. Dentre os jovens de 18 a 34 anos, o percentual é ainda maior (63%). Além dos programas de incentivo de nômades digitais que já estão em vigor no continente, Andorra, Montenegro e Letônia possuem planejamentos para criar programas similares ao da Itália em breve. Nômades podem ser parte da solução queda de natalidade e falta de mão de obra na Europa O incentivo de governos europeus à vinda de smartworkers estrangeiros foi uma solução encontrada para diminuir os efeitos da queda do turismo durante a pandemia de Covid-19. Em 2024, os mais de 35 milhões de nômades digitais em todo o mundo são responsáveis por um volume financeiro de mais de 700 bilhões de euros. A crescente atenção dos governos europeus ao nomadismo digital nos últimos anos está diretamente relacionada ao fato de os smartworkers representarem uma força de trabalho flexível e altamente qualificada, capaz de contribuir para a economia local. Além disso, a oferta de vistos e condições especiais para os nômades digitais é uma forma de atrair novos imigrantes qualificados para possivelmente solucionar a constante diminuição das taxas de natalidade e a escassez de mão de obra que afetam muitos países da União Europeia. A aprovação do novo visto na Itália é uma consequência dos promissores benefícios do investimento no nomadismo digital testemunhado por países vizinhos. A perspectiva é que a oferta de condições especiais para os smartworkers atraia migrantes para o país da bota e cresça ainda mais nos próximos anos.

Apoio para aluguel de estudantes na Itália é uma resposta a crise imobiliária.
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Governo italiano irá beneficiar mais de 14 mil estudantes com apoio para aluguel

Em fevereiro de 2024, o governo da primeira-ministra Giorgia Meloni confirmou a renovação dos recursos para o apoio financeiro para estudantes universitários que enfrentam dificuldades geradas pelo aumento dos aluguéis no país. O benefício já havia auxiliado milhares de universitários em 2023, quando os problemas causados pela especulação imobiliária e a diminuição na oferta de imóveis para estudantes assumiram proporções alarmantes. Estudantes italianos poderão solicitar auxílio para o pagamento de aluguel Diante dos problemas relacionados ao aluguel de imóveis para estudantes, o Ministero dell'Università e della Ricerca (MIUR) comunicou a renovação, em 2024, do contributo affitti, um dos benefícios financeiros disponibilizados para universitários na Itália. Giorgia Meloni havia destinado um fundo de 4 milhões de euros para o benefício em 2023. Neste ano, o governo não somente confirmou a continuidade do auxílio, mas aumentou o investimento para 6 milhões de euros. Criado no governo de Mario Draghi por meio do art.1, comma 526 della Legge di Bilancio 2021, o contributo affitti visa auxiliar financeiramente os estudantes que frequentam cursos universitários de graduação (lauree triennali) ou mestrado (lauree magistrali) em cidade diferente daquela de residência. Mesmo que os fundos destinados por Meloni às universidades italianas sejam consideráveis, vale lembrar que, no ano de sua criação, o contributo affitti havia recebido um investimento de 15 milhões de euros do governo federal, mais do que o dobro do investimento de 2024. Benefício é resposta do governo aos protestos estudantis em toda a Itália A renovação dos fundos para o contributo affitti é a principal resposta do governo Meloni às dezenas de protestos estudantis em mais de 25 cidades italianas no segundo semestre de 2023. As manifestações foram organizadas pela ​​UDU (Unione degli Universitari), o sindicato dos estudantes italianos. Os protestos foram motivos pelo caro affitti, ou seja, a cobrança de valores de aluguéis excessivos para quem estuda na Itália. A grande onda de manifestações começou em setembro de 2023, na universidade “La Sapienza”, na capital italiana. [caption id="attachment_166313" align="alignnone" width="750"] Centenas de estudantes universitários protestaram contra a situação do mercado imobiliário. Foto: PadovaOggi.It[/caption] Na época, o governou respondeu aos protestos com um investimento adicional de 660 milhões de euros, inicialmente previsto para 2022, para alojamentos universitários e programas de benefícios e incentivos fiscais para estudantes. Incentivo de 279€ poderá contemplar estudantes italianos e estrangeiros Conforme determinado pelas normativas sobre o benefício, estudantes italianos e estrangeiros podem solicitar o contributo affitti. Além da inscrição em um curso de graduação ou mestrado na Itália, os estudantes também devem atender aos seguintes requisitos: Apresentar ISEE Università inferior a 20.000€, considerando todos os membros do núcleo familiar; Estudar em uma cidade diferente daquela de residência; Não ser beneficiário de outras formas de apoio ou subsídios para moradia, como bolsas de estudo. Um dos principais critérios é que o estudante deve ser considerado fuori sede, ou seja, deve morar e estudar em uma cidade diferente daquela de residência original, a pelo menos 100 km de distância. É válido destacar que os estudantes estrangeiros também são considerados fuori sede pelo governo italiano. Em 2024, o valor anual do benefício será de cerca 279,21€ para cada estudante. A previsão é que mais de 14 mil universitários atendam aos critérios mencionados e recebam o contributo affitti neste ano. O apoio é válido para mais de 60 universidades italianas Estudantes matriculados em qualquer uma das 61 universidades públicas italianas (atenei statali) poderão solicitar o benefício financeiro. As instituições estão presentes em todas as regiões do país, com exceção do Valle d'Aosta. Porém, é válido destacar que os fundos serão divididos entre as universidades italianas, segundo o número de estudantes de baixa renda e fuori sede em cada uma delas. Com 576 mil euros, a Universidade da Calábria é a instituição que recebeu o maior investimento para o auxílio, seguida do Politécnico de Turim (447 mil euros) e da Universidade de Catânia (210 mil euros). Estudantes precisam apresentar imposto de renda e comprovante de residência Como a medida irá contemplar estudantes de baixa renda, será preciso apresentar o ISEE Università para concorrer ao benefício. Semelhante ao imposto de renda brasileiro, o ISEE pode ser solicitado ao CAF e obtido a partir da tradução para italiano e da legalização de documentos financeiros do próprio núcleo familiar. Os estudantes deverão apresentar a candidatura no portal da própria instituição de ensino, uma vez que os fundos do MIUR serão distribuídas aos universitários pelas universidades públicas italianas. O processo seletivo deve acontecer entre os meses de agosto e setembro. [caption id="attachment_166339" align="alignnone" width="750"] Os estudantes deverão apresentar o ISEE referente ao ano anterior da solicitação do benefício.[/caption] Além do imposto de renda, os estudantes também deverão apresentar um comprovante de residência que comprove a situação de fuori sede (como contrato de aluguel de casa na Itália, por exemplo) e os gastos no período de referência, ou seja, entre os meses de janeiro e agosto. Investimentos são altos, mas não são suficientes para todos os estudantes Membros da oposição estão criticando o valor investido pelo governo Meloni no contributo affitti, uma vez que a cifra não será suficiente para auxiliar todos os estudantes que estão enfrentando problemas financeiros devido ao aumento dos preços dos aluguéis. Como os fundos serão divididos entre mais de 60 universidades, muitos estudantes não serão beneficiados pelo auxílio. Na Itália, existem mais de 830 mil estudantes fuori sede, mas o contributo affitti poderá beneficiar pouco mais de 14 mil universitários, cerca de 1,7% do total. Segundo os cálculos da UDU, o governo deveria investir ao menos 50 milhões de euros para que os mais de 800 mil estudantes fuori sede pudessem ser beneficiados. Universitários também podem solicitar dedução fiscal Além do contributo affitti, os estudantes universitários também podem solicitar o bonus affitti, uma dedução fiscal de 19% sobre o valor anual do aluguel, com um máximo de 2.633€. Para solicitar o benefício, os estudantes devem preencher o Modello 730 (declaração de imposto) com os dados sobre os gastos com aluguel em 2023 e apresentá-lo até o dia 30 de setembro de 2024. Além do formulário, também é necessário apresentar uma cópia do contrato de aluguel, que deve ser registrado segundo os termos da Lei 431/1998, e um comprovante dos pagamentos realizados. Os requisitos para solicitar o bonus affitti são os mesmos do contributo affitti. Mas, a principal diferença é que o bonus também pode ser solicitado por estudantes de universidades privadas. As universidades italianas não são caras, mas aluguéis podem ser um desafio Mesmo que as universidades não sejam gratuitas, estudar na Itália não é caro. As anuidades das instituições públicas possuem valores baixos, principalmente quando comparadas a outros países da Europa. Além disso, o valor a ser pago pela anuidade da universidade é calculado com base no ISEE de cada estudante: quanto maior a renda do seu núcleo familiar, mais alto será o valor da anuidade. Os custos oscilam entre 188€ (valor mínimo) e cerca de 2.900€ (valor máximo). Atualmente, o maior desafio enfrentado pelos estudantes na Itália é o valor dos aluguéis, uma vez que a média nacional dos aluguéis aumentou 16,2% em 2024, como consequência do aumento da procura (+220%). A tendência é que o aumento dos aluguéis persista em 2024. Mas, a expectativa é que os novos investimentos do governo nos auxílios estudantis gere consequências positivas e contribua para a melhora da situação dos estudantes universitários.

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