Pular para o conteúdo

Portugal

Descubra o segredo para uma nova vida em Portugal
Conheça nosso e-book Como Morar em Portugal
Saiba tudo que precisa para uma mudança sem estresse: dicas de moradia, burocracia simplificada e muito mais.
Dê o primeiro passo rumo ao seu sonho agora mesmo!
Quero mudar para Portugal

Mais recentes

Alunos de mestrado em Portugal estudando.
Portugal Estudar em Portugal

Como fazer mestrado em Portugal? Veja o guia passo a passo

Tem vontade de fazer um mestrado em Portugal? As universidades portuguesas estão de portas abertas para receber alunos internacionais, sobretudo brasileiros. Mas, para que esse sonho se torne uma realidade, é preciso reunir uma série de documentos, ficar atento às datas de candidatura e preparar-se financeiramente. Quer saber como fazer o mestrado no país luso? Então, continue a leitura, pois preparamos um guia completo para te ajudar a conquistar a sua vaga. Mas antes de começar, confira as respostas a três perguntas comuns sobre o assunto: PerguntaRespostaQuanto custa o mestrado em Portugal?Depende do curso e da universidade, geralmente entre 1.250€ a 10.000€ anual para estudantes internacionais.Como fazer o mestrado de graça em Portugal?É difícil, pois as bolsas de estudo para o nível de mestrado são bem limitadas, mas elas existem.Onde fazer mestrado em Portugal?Bem como no Brasil, existem diversas opções de universidades públicas e privadas. Por isso, vale saber quais são as melhores para a sua área de estudo. Como fazer mestrado em Portugal? Em primeiro lugar, o que você precisa ter em mente é que só é possível fazer o mestrado em Portugal se você estiver mesmo interessado. Isso quer dizer que você precisa ter disposição para correr atrás dele e não ficar apenas sonhando acordado. De maneira geral, não é difícil conquistar uma vaga, mas precisa ter um pouco de fôlego e perseverança para seguir esses passos: 1. Planeje-se financeiramente O conceito da palavra “público” em Portugal não significa gratuidade. Por isso, você terá que pagar para estudar em Portugal seja em uma universidade pública ou privada. Assim, comece pelo planejamento financeiro para fazer o mestrado em Portugal e não passar dificuldade. Além dos custos com as propinas (mensalidades/anuidades), você ainda precisa considerar o custo de vida em Portugal, que vem aumentando consideravelmente nos últimos anos. 2. Encontre o mestrado do seu interesse em Portugal Entre no site de cada uma das universidades portuguesas para verificar quais os mestrados disponíveis na sua área. Leia com atenção todas as informações sobre os cursos de interesse, currículo dos professores, saídas profissionais, valor da propina (no caso, ela é apresentada em forma de anuidade), assim como outras informações que julgar necessárias. O André Dallálio, 35 anos, está finalizando seu mestrado em Contextos, Práticas e Políticas Culturais, pela Universidade do Porto, em 2024, e seguiu à risca esses passos. "Desde a grade curricular, as áreas de pesquisa e a atuação dos professores. Tudo para ver o que eu poderia aproveitar e o que poderiam me proporcionar, tanto em termos de ensino, como na minha carreira. Pesquisei, inclusive um curso técnico de Recursos Humanos. Mas dentro da Sociologia, uma área bem flexível, eu percebi que a grade era meu foco e um mestrado foi a melhor decisão." André, que planeja reingressar na área de Recursos Humanos, já morava no Porto quando decidiu fazer o curso. Por isso, já conhecia a estrutura do ensino em Portugal. Da mesma maneira, entendia que um mestrado lhe abriria mais portas no mercado de trabalho e, consequentemente, a oportunidade de melhores salários no país. André buscou o mestrado visando mais conhecimento na área e satisfação financeira. Foto: André Dallálio. Antes do mestrado, André fez a licenciatura em Sociologia, também na Universidade do Porto e, desde o começo, a prioridade foi se informar sobre os cursos “para saber onde estava pisando, afinal é um investimento alto para quem vem do Brasil”, conta. 3. Prepare-se para a candidatura do mestrado Encontrou o mestrado em Portugal do seu interesse? Então, é hora de pesquisar o calendário da universidade para verificar o período de candidatura. Geralmente, elas são divididas por fases conforme o número de vagas disponíveis. A primeira fase de candidatura costuma abrir em janeiro/fevereiro e é quando estão disponíveis o maior número de vagas. Enquanto a segunda fase, costuma acontecer em março/abril e ainda conta com algumas boas ofertas. No entanto, já na terceira fase (geralmente em junho/julho), o número de vagas é bem reduzido. Dessa forma, anote na agenda, coloque um lembrete no celular, faça o que for possível para não perder o prazo! Um ponto importante: não deixe para a terceira fase. Afinal, você ainda precisa considerar o tempo para solicitar o visto para Portugal, que pode demorar até 90 dias para ser aprovado (vamos falar dele mais adiante). Além do período, é necessário ler o edital do curso de interesse para saber quais os documentos precisa providenciar para submeter a candidatura. Isso porque existe a documentação básica, comum para todos os cursos, assim como a documentação específica, que varia de curso para curso. 4. Envie a sua candidatura Ao abrir o período para as candidaturas, entre no site da universidade e faça a sua inscrição. Preencha todos os formulários corretamente e, em seguida, anexe todos os documentos solicitados no edital. Lembre-se de colocar tudo em formato PDF, pois geralmente é o formato mais aceito. Depois, pague a taxa de inscrição da sua candidatura, que pode variar de 50€ a 150€ (depende da universidade). Geralmente é possível pagar com cartão de crédito internacional e, em alguns casos, com transferência bancária internacional. 5. Fase de avaliação das candidaturas Após finalizar e pagar a taxa de candidatura, aguarde o processo de seleção. Se prepare para uma possível entrevista por videoconferência, pois algumas universidades podem solicitá-la para critérios de desempate. Eu, Lívia, recomendo ver alguns vídeos no YouTube para ir acostumando com o sotaque português e não se perder na entrevista. Por mais que a língua seja a mesma, no início pode ser difícil entendê-los. Ainda sobre esse assunto, eu, Ane, tenho uma amiga que acabou sendo pega desprevenida e acabou confundindo o curso que pretendia fazer, tudo porque interpretou uma palavra errada. Ela queria fazer um mestrado voltado à produção de cinema, mas acabou se inscrevendo para um curso de “realizador”, na mesma área. A confusão veio porque aqui em Portugal a palavra realizador se refere a diretor. Ou seja, ela aplicou sua candidatura para um curso de direção, que não era exatamente o que imaginou, mas que, no fim, deu tudo certo. Além disso, controle a ansiedade e aguarde o resultado sair. A data de divulgação dos resultados consta no calendário da universidade. 6. Resultado: aceite Comemore bastante, mas prepare-se que lá vem mais documentos para providenciar. Isso porque, para fazer o mestrado no país luso, precisa solicitar o visto de estudante para Portugal ainda no Brasil, através da VFS Global, empresa terceirizada pela Embaixada Portuguesa para desafogar os postos consulares. Por isso, assim que o resultado do mestrado em Portugal sair, não perca tempo e vá logo providenciá-lo. O visto pode demorar até 90 dias para ser aprovado. Em contrapartida, caso tenha cidadania europeia, comece a procurar as passagens e defina a melhor data para a mudança. Se o resultado foi negativo, você pode submeter a candidatura novamente quando abrir a fase seguinte. Pode acontecer de você ser aceito, portanto, não desista! 7. Visto de estudante em mãos É hora de comprar a passagem para Portugal, comunicar a viagem para a família, amigos, despedir-se de todos. Enfim, se preparar para a mudança e para o início dessa experiência incrível! Para quem prefere o acompanhamento de um profissional especializado para fazer os trâmites do visto, recomendamos que entre em contato com a Madeira da Costa. A equipe do escritório tem muita experiência na solicitação de vistos para Portugal, o que certamente facilita o processo para você. 8. Como escolher o mestrado em Portugal? A melhor maneira de escolher o mestrado em Portugal é acessar os sites das universidades para verificar a oferta de cursos oferecidos para a sua área de interesse. Depois, ler com muita atenção a grade curricular e a ementa do curso para saber se realmente é o que está buscando. Mestrado em Portugal para brasileiros: CPLP e alunos internacionais Para quem não possui cidadania europeia, existem duas categorias para candidatar-se ao mestrado em Portugal. Para nós brasileiros, a boa notícia é que em algumas universidades é possível a candidatura como alunos CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Isso significa que alunos brasileiros pagam um valor de propina (anuidade) mais alto do que alunos nacionais e europeus, porém, mais baixo do que alunos internacionais. Para exemplificar, veja o quadro de propinas de mestrado em tempo integral da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP). CategoriaValor da propina* (anuidade)Alunos nacionais ou membros da comunidade europeia1.250€Alunos CPLP2.200€Alunos internacionais4.000€ *Valores anuais 2024/2025 dos mestrados da FLUP, na Universidade do Porto. Atenção: Não são todas as universidades portuguesas que fazem essa distinção nos valores das propinas entre alunos CPLP e internacionais. Para algumas, independentemente da nacionalidade, todos os alunos que não fazem parte da União Europeia são enquadrados como estudantes internacionais. Como se inscrever para o mestrado em Portugal? Para se inscrever para o mestrado em Portugal é necessário ler com muita atenção o edital de candidatura. Nele, você vai encontrar a relação de todos os documentos necessários para se candidatar. A pesquisa é um ponto fundamental para escolher o mestrado em Portugal e se candidatar a uma vaga. Os documentos variam de acordo com cada mestrado e universidade, porém, alguns são comuns e merecem muita atenção, pois serão muito bem analisados pelos avaliadores: Documentos da graduação: diploma, histórico de notas e média acadêmica; Currículo profissional: aqui posso dizer que temos uma vantagem em relação aos portugueses, uma vez que no Brasil somos incentivados a fazer estágios desde o início da graduação ou até mesmo trabalhamos durante ela; Currículo acadêmico: reúna certificados de cursos extras, palestras, seminários, participação em congressos e tudo que achar relevante para os avaliadores poderem te conhecer no ambiente acadêmico; Carta de motivação: redija uma carta de motivação explicando o que deseja ao se candidatar para o mestrado em Portugal e como pode contribuir para o desenvolvimento da área. Capricha nessa carta; Carta de recomendação: peça para que algum professor da sua graduação escreva uma carta de recomendação, explicando e ressaltando a sua dedicação ao longo do curso e do seu potencial como aluno. Pode ser algum professor que você tenha mais afinidade e/ou aquele que foi o orientador do seu TCC. Uma dica importante é não focar tanto no currículo acadêmico, mas principalmente no currículo profissional. O André também acredita que ter saído do Brasil já com experiência na área foi decisivo na sua classificação. "Eu tinha uma idade superior à maioria dos meus colegas e um currículo com mais experiência. Isso acabou facilitando, principalmente na minha nota de análise. Eu acredito que tenha sido um dos pesos maiores na candidatura. Então, em outras palavras, aqui em Portugal a candidatura de um mestrado leva muito mais em conta o currículo do mercado de trabalho do que propriamente em artigos científicos publicados." Além desses documentos super importantes e indispensáveis para os avaliadores, você precisa também do passaporte e outros documentos que podem estar indicados no edital de candidatura. Quem deseja fazer faculdade de Arquitetura em Portugal, por exemplo, costuma ter que enviar um portfólio criativo na submissão da candidatura. Quanto custa o mestrado em Portugal? O custo para fazer um mestrado em Portugal depende da universidade, curso escolhido e se tempo integral ou parcial. Para ter uma ideia, veja alguns valores do ano letivo de 2024/2025 para tempo integral: Mestrado em Engenharia UniversidadeEstudante NacionalEstudante CPLPEstudante InternacionalUniversidade do Porto697€ a 2.500€2.200€ a 3.300€4.000€ a 6.000€Universidade de Coimbra697€não há distinção7.000€Universidade de Lisboa697€ a 1.250€não há distinção3.000€ a 7.000€Universidade de Algarve1.100€ a 4.500€não há distinção2.000€ a 9.000€ Mestrado Comunicação UniversidadeEstudante NacionalEstudantes CPLPEstudantes InternacionalUniversidade do Porto1.250€2.200€4.000€Universidade de Coimbra697€não há distinção7.000€Universidade de Lisboa2.300€ (no primeiro ano) e 1.300€ (restantes)não há distinção2.300€ (no primeiro ano) e 1.300€ (restantes)Universidade do Algarve1.100€não há distinção2.000€ Mestrado Economia UniversidadeEstudante NacionalEstudantes CPLPEstudantes InternacionalUniversidade do Porto 1.500€2.750€5.000€Universidade de Coimbra697€não há distinção7.000€Universidade de Lisboa3.750€ (no primeiro ano) e 2.000€ (restantes)não há distinção4.500€ (no primeiro ano) e 2.500€ (restantes)Universidade do Algarve 1.100€ a 2.250€não há distinção2.250 a 2.500€ Mestrado Belas Artes UniversidadeEstudante NacionalEstudantes CPLPEstudantes InternacionalUniversidade do Porto1.250€1.925€3.500€Universidade de Coimbra697€não há distinção7.000€Universidade de Lisboa1.400€ a 1.700€ (no primeiro ano) e 1.250€ (restante)não há distinção4.000€ (no primeiro ano) e 2.000€ (restante)Universidade do Algarve1.100€ a 1.2oo€não há distinção1.100€ a 2.000€ Observação: para quem não tem costume de navegar pelos sites das universidades portuguesas, encontrar o valor da propina pode ser uma tarefa difícil. Caso não encontre os valores, não hesite em contatar a universidade por e-mail. Diferença entre mensalidade e propina Apesar de parecer muito estranho para nós brasileiros, os portugueses usam o termo propina para se referir ao valor pago para estudar em uma universidade. Os valores apresentados nos respectivos sites para o mestrado em Portugal, referem-se ao valor anual. No entanto, em muitas instituições, você tem a opção de dividir o valor total em 10 parcelas mensais para não pesar no bolso. Como fazer mestrado em Portugal de graça? Para fazer um mestrado de graça é preciso encontrar uma bolsa de estudo em Portugal que esteja com edital aberto e se candidatar para a mesma, caso esteja habilitado para concorrer. É mais comum encontrar bolsas de estudo para alunos que já estejam inscritos e cursando o mestrado, pois elas costumam ser divididas em três categorias: Mérito: bolsa dedicada aos alunos excepcionais em níveis acadêmicos; Social: considera-se a situação socioeconômica do aluno; Perfil: algumas universidades desejam aumentar o número de alunos de um determinado perfil, por exemplo, melhorar a atuação de mulheres em cursos de Tecnologia da Informação e engenharias. Mestrado em Portugal com bolsa As bolsas de mestrado em Portugal são oferecidas pela própria universidade ou por instituições específicas, tais como: Fundação de Ciência e Tecnologia (FCT); Fundação Luso-Americana; Instituto Camões; Fundação Calouste Gulbenkian. É importante ressaltar que cada instituição possui regras específicas para os interessados poderem se candidatar. Portanto, é aconselhável verificar os critérios fazendo uma leitura completa dos editais abertos. Como concorrer a uma bolsa de mestrado em Portugal? O primeiro passo para concorrer a uma bolsa de mestrado em Portugal é verificar se existe algum edital aberto, seja na própria universidade (através dos no núcleo Serviços Sociais) ou nas instituições promotoras de bolsa. Depois disso, é preciso ler o edital para conferir se você cumpre com os pré-requisitos para participar do processo de seleção. Dessa forma, caso esteja apto para participar, deverá submeter a candidatura seguindo o edital e enviando os documentos presentes nele. Quanto tempo dura o mestrado em Portugal? Em geral, o mestrado em Portugal tem duração de dois anos. No primeiro ano letivo, o aluno deve cumprir a grade curricular frequentando aulas, entregando trabalhos e realizando provas. No final desse período, deve ainda apresentar um projeto de pesquisa. Já o segundo ano é dedicado à pesquisa, a qual deve ser orientada por um professor docente. No final do segundo ano, o aluno faz a defesa da dissertação para obter o grau de mestre. O mestrado em Portugal tem a duração de quatro semestres e primeiro ano é dedicado às aulas, trabalhos e provas. Para aqueles que não desejam seguir pela pesquisa, podem optar por fazer um estágio curricular e ao final do segundo ano devem apresentar um relatório de estágio. Dica importante: para nós brasileiros, o melhor caminho é a pesquisa. Isso, porque o mestrado em Portugal deve ser validado no Brasil. Se optar pelo estágio em Portugal, pode ser bem difícil fazer a validação do grau de mestre caso queira seguir a carreira no Brasil. Como funciona o mestrado em Portugal? De forma geral, funciona de maneira diferente ao mestrado no Brasil e há algumas particularidades. Se você vai estudar em Portugal, é interessante familiarizar-se com alguns termos diferentes dos nossos e entender como eles são usados na prática. Sistema europeu de créditos O sistema de créditos ECTS, por exemplo, corresponde ao trabalho de um ano curricular do aluno. O trabalho de um ano curricular corresponde a 60 ECTS e de um semestre a 30 ECTS. Para se ter uma ideia, 1 ECTS corresponde a 27 horas de trabalho total do estudante. Dessa forma, o mestrado exige o total de 120 ECTS aprovados nas disciplinas realizadas. Cadeiras Outro termo que é importante você saber é “cadeiras”, as quais são as disciplinas. Você terá que escolher um determinado número de cadeiras por semestre, dependendo das regras da universidade e curso que estiver realizando. Além disso, cada cadeira corresponde a uma quantidade de créditos. Ou seja, você só pode se inscrever nas disciplinas até atingir o máximo de ECTS do semestre. Recurso E, por último, é essencial saber o que significa “recurso”, a qual é a nossa DP (ficar de dependência) ou recuperação. Diferentemente do Brasil, a nota das universidades portuguesas é de 0 a 20 e não de 0 a 10 ou 100. Dessa forma, se você não tiver uma média de ao menos 10, que equivale a 50% de média, terá que fazer o recurso (que é pago). Mas não se assuste com as notas baixas. Diferente dos brasileiros, é quase impossível que um professor te dê a nota total em uma cadeira. Se você tirar uma nota 17, considere que o seu desempenho foi excelente. Não é voltado para a carreira acadêmica Essa é a principal diferença entre o mestrado em Portugal com o mestrado no Brasil. Em Portugal, o mestrado tem um caráter de pós/MBA com foco no mercado de trabalho e não para a carreira acadêmica. Isso significa que você vai fazer muitos trabalhos individuais ou em grupo e fazer muitas provas. A parte da pesquisa acadêmica em si, ou seja, produção e publicação de artigos científicos vai ser escassa ou inexistente. Eu, Lívia, no mestrado de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto, não cheguei a escrever nem um paper, o que dirá um artigo científico. Porém, tenho amigas que fizeram o Mestrado de Educação, que disseram que há uma produção mais acadêmica, mas nada que seja muito intenso, como a visão que temos do mestrado no Brasil. Em resumo, na maioria das vezes, o trabalho científico vai se resumir apenas à sua dissertação para conclusão do ciclo de estudo (e caso não opte pelo estágio). Mestrado integrado em Portugal O Mestrado integrado é um ciclo de estudos que combina a licenciatura com o mestrado, em um único curso. Por esse motivo, ele tem a duração maior, no geral, de cinco anos, conforme exigência do Tratado de Bolonha, responsável pela unificação da educação europeia. Em resumo, isso significa que serão três anos de licenciatura, seguidos por dois anos de mestrado. Ao final, o estudante obtém o grau de mestre. Além disso, esse formato visa a preparar os estudantes com competências técnicas e científicas, tornando-os mais competitivos no mercado de trabalho. 10 melhores universidades de Portugal Conheça as 10 melhores universidades de Portugal, conforme o University Ranking 2024 do portal AD Scientific Index. Universidade de Lisboa; Universidade do Minho; Universidade Nova de Lisboa; Universidade do Porto; Universidade da Beira Interior; Universidade de Coimbra; Universidade de Aveiro; Instituto Português do Mar e da Atmosfera - IPMA; Instituto Politécnico do Porto; Universidade Católica Portuguesa. Em resumo, o ranking avalia a distribuição de cientistas em cada instituição, tanto pública quanto privada, indo além das áreas de excelência e foco, refletindo nos resultados científicos e nas políticas de recrutamento adotadas pelas instituições. Precisa validar diploma para fazer mestrado em Portugal? Depende do curso e da universidade. Na maioria das instituições não precisa validar o diploma em Portugal para fazer o mestrado. Porém, tendo uma graduação no Brasil, possivelmente vai querer procurar um emprego na área ao chegar no país luso. Nesse caso, a validação de diploma pode ser necessária para algumas profissões, principalmente as da área de saúde. E o diploma de mestrado em Portugal é válido no Brasil? Não. É preciso validar o diploma de mestrado de Portugal no Brasil. O processo é relativamente simples e rápido. Segundo o Ministério da Educação, em 2016 uma portaria passou a autorizar o reconhecimento dos diplomas de mestrado ou doutorado stricto sensu em universidades públicas, ou particulares no prazo máximo de 180 dias. Anteriormente, a validação podia levar até três anos. A validação do diploma estrangeiro no Brasil é realizada através da plataforma Carolina Bori lançada pelo MEC. Mestrado em Direito em Portugal Diversas universidades públicas e privadas oferecem o mestrado em Direito em Portugal e áreas afins. As três melhores são: Universidade Nova de Lisboa; Universidade de Coimbra; Universidade de Lisboa. Precisa validar diploma? Depende da universidade. Muitas delas não exigem a validação do diploma, mas para outras, precisa, sim, fazer o reconhecimento do grau acadêmico de Direito. É preciso conferir no edital da universidade pretendida. Segundo a informação no site da Universidade de Coimbra, o objetivo do reconhecimento é satisfazer os objetivos do grau de licenciado pelo Conselho Científico da Faculdade de Direito. O processo de reconhecimento do diploma é realizado pela DGES - Direção Geral de Ensino Superior. Quanto custa em média? O valor do mestrado em Direito em Portugal varia conforme a universidade escolhida e da área de especialização. É possível encontrar propinas anuais de 1.600€, como na Universidade de Lisboa e 7.000€, como na Universidade de Coimbra. Perguntas frequentes sobre mestrado em Portugal Também reunimos quatro perguntas bem frequentes dos nossos leitores sobre o mestrado em Portugal para respondê-las aqui. Vale a pena fazer mestrado em Portugal? Na minha opinião (Lívia), vale muito a pena. Adorei a experiência de frequentar por dois anos a Faculdade de Letras da Universidade do Porto enquanto fazia o Mestrado em Ciências da Comunicação, mas o ensino em si, não atendeu as minhas expectativas. Como expliquei, o mestrado em Portugal é voltado para o mercado de trabalho e não para a carreira acadêmica. Todos chegamos sem essa informação e acabamos por nos frustrar um pouquinho quando nos deparamos com trabalhos e provas, enquanto poderíamos estar realizando pesquisas e escrevendo artigos, tal como acontece no Brasil. Porém, essa foi uma vivência em um curso específico e que, provavelmente, pode variar conforme a área escolhida. A dica é buscar por pessoas que já fizeram o curso de mestrado em Portugal que você deseja. Dessa forma, pode conversar com elas, bem como entender se o curso vai atender as suas expectativas. Dicas de alunos de mestrado em Portugal De acordo com André, há trabalhos seríssimos de pesquisa na área da Sociologia, por exemplo, com oportunidades de sequência para doutorado e pós-doutorado. No entanto, ressalta que é o aluno quem precisa “correr atrás e fazer valer a pena porque tudo sai do próprio bolso” e para isso, precisa vir organizado. Outro ponto de destaque para André é que em Portugal o aluno acaba tendo mais contato com professores com trabalhos publicados nas maiores universidades do mundo e, dependendo do lugar do Brasil, isso é muito difícil. "O Brasil é muito grande, tem mais universidades e professores excelentes, mas eu acredito que muita gente que vive no interior não tem essa chance tão próxima aos pesquisadores." Confira, também o vídeo da Maria Carolina, em que ela conta sua experiência no mestrado em Educação Especial na Universidade do Minho. Em resumo, ao decidir fazer um mestrado em Portugal é preciso entender que ele é bem diferente do Brasil: Primeiro, porque a faculdade em Portugal (graduação) tem duração de três anos e não quatro ou cinco anos, então, os portugueses acabam chegando ao mestrado muito novos e muitas vezes, sem nenhuma experiência profissional, dificultando (para nós brasileiros) debates e tarefas mais densas; Segundo, porque o mestrado acaba sendo como uma extensão da graduação para melhores oportunidades de trabalho, ou seja, lembra a pós-graduação no Brasil, tanto que podemos escolher a pesquisa ou o estágio profissional; Lembre-se que alguns cursos ainda oferecem o mestrado integrado com a graduação. Portanto, tenha em mente essa diferença entre os mestrados do Brasil e Portugal. Se optar por fazê-lo, eu, Lívia, tenho certeza que vai amar a experiência e curtir bastante a vida universitária portuguesa que é agitadíssima. Além disso, a experiência é muito válida para abrir portas para ingressar no mercado de trabalho português e europeu. Quer ajuda para fazer o mestrado no país luso? Então, recomendamos o ebook Estudar em Portugal, que conta com todo o passo a passo e informações necessárias para você se preparar para essa jornada. Desde o planejamento no Brasil até os primeiros meses em Portugal. Vale super a pena!

Morar em Portugal ou Irlanda
Portugal Irlanda

Portugal ou Irlanda? Descubra qual o melhor país para você viver

Portugal ou Irlanda? Ambos países são destinos populares para brasileiros que desejam viver na Europa. Portugal atrai pelo idioma e qualidade de vida, enquanto a Irlanda é preferida por intercambistas e quem busca emprego. Para ajudar na sua escolha, confira este artigo compara os dois países em vários aspectos essenciais que vão ajudar na sua escolha. Confira! Qual o melhor lugar para morar: Irlanda ou Portugal? Morar em Portugal é viver em um país calmo, seguro e com muita qualidade de vida. É desfrutar de comidas deliciosas e praias deslumbrantes. É ter uma história interligada com a nossa, falar o mesmo idioma e achar divertidas as diferenças com as palavras. É achar lindo o sotaque e se surpreender ou se assustar com a maneira literal dos portugueses. É quebrar grandes barreiras com o jeitinho desconfiado e reservado dos portugueses e constatar que eles são maravilhosos! Morar na Irlanda é viver em um país super aberto para imigrantes. É desfrutar da curiosidade dos irlandeses para fazer amizades. É se deslumbrar com as paisagens e belezas naturais que o país oferece. É viver sem sol e se apaixonar (ou detestar) o tempo nublado. É passar aperto com o inglês, mas ter um aprendizado que nenhum cursinho vai te proporcionar. É curtir o dia de São Patrício como se não houvesse o amanhã e se encantar por uma cultura completamente diferente. Se você está considerando uma mudança para a Europa e está em dúvida entre Portugal e Irlanda como seu próximo destino, é fundamental examinar alguns pontos importantes antes de tomar uma decisão. Trabalhar em Portugal ou Irlanda? Ambos os países oferecem oportunidades de trabalho, porém, entre Portugal e Irlanda, a Ilha da Esmeralda se destaca mais nesse aspecto. Os irlandeses são muito receptivos com estrangeiros e há oportunidades de trabalho para diferentes faixas etárias. Sem contar que é um excelente país para estudar inglês e dominar o idioma. Há trabalhos disponíveis para todos os níveis de inglês, mas é claro que se está começando a aprender, vai conseguir vagas em pubs, cafés, limpeza, etc. Por outro lado, em Portugal existe a facilidade com o idioma e isso acaba fazendo com que muitos brasileiros optem pelo país para trabalhar. O que ninguém te conta é que apesar do idioma nativo, os portugueses falam inglês muito bem e a maioria das vagas faz a exigência do idioma, sejam empregos qualificados ou não. Portanto, em Portugal o inglês é o básico e ter uma terceira língua (espanhol, francês, italiano ou alemão) será o diferencial. Diferenças no mercado de trabalho O mercado de trabalho em Portugal e na Irlanda apresenta diferenças significativas. Em Portugal, a taxa de desemprego tem historicamente sido mais elevada do que na Irlanda, embora tenha diminuído nos últimos anos. No entanto, a Irlanda possui uma economia em crescimento e uma demanda crescente por profissionais qualificados em setores como tecnologia, finanças e saúde. Experiência de uma brasileira na Irlanda e em Portugal Viviane Okubo, brasileira de Bauru (SP), foi fazer intercâmbio em Dublin para aperfeiçoar o inglês e atualmente é estudante de pós-graduação na Porto Business School. Viviane lembra que é muito comum estrangeiros em Portugal conseguirem empregos em restaurantes, em lar de idosos ou call center. Na Irlanda já é mais fácil conseguir empregos em pubs, baladas, coffee shops ou trabalhar como cleaner ou childminder. Viviane Okubo em Dublin, na Irlanda, onde foi fazer intercâmbio para aprimorar o inglês. Foto: Viviane Okubo Ela enfatiza que o nível de inglês pode influenciar para conseguir um emprego (e o tipo de emprego) na Irlanda e também em Portugal. “Sempre tive vontade de fazer um intercâmbio para aprimorar o meu inglês. Ao pesquisar as possibilidades de intercâmbio, percebi que a opção de estudo e trabalho seria a ideal para mim. Portanto, após pesquisar quais países oferecem essa modalidade, optei pela Irlanda, por estar na Europa e possibilitar conhecer outros países enquanto estivesse por lá." Encontrar emprego na Europa não é fácil, mas para saber quais são as suas oportunidades reais, aconselhamos a verificar os sites de emprego em Portugal e dar uma olhada nos empregos na Irlanda. É fundamental manter o currículo constantemente atualizado e iniciar o processo de candidatura para vagas, pois as oportunidades de emprego não se apresentam espontaneamente. É preciso estar proativo na busca por essas oportunidades, utilizando também plataformas online e redes de contatos profissionais. Área de tecnologia Enquanto Portugal está emergindo como um destino atraente para empresas de tecnologia, especialmente em cidades como Lisboa e Porto, a Irlanda é conhecida como um dos principais centros de tecnologia da Europa, com grandes empresas de tecnologia estabelecendo sua sede europeia no país. Portugal é um país que ainda está em fase de desenvolvimento tecnológico e tem se mostrado bastante aberto para profissionais de alta qualificação como os profissionais de Tecnologia da Informação e Marketing Digital. Por outro lado, a Irlanda já é considerada um verdadeiro polo tecnológico - o Vale do Silício Europeu - abrigando a sede de muitas empresas importantes no ramo como Google, Facebook, Twitter, LinkedIn, Dropbox, entre tantas outras. Dessa forma, há uma possibilidade bem maior de trabalhar em uma empresa de grande porte e mundialmente conhecida. Os dois países oferecem oportunidades de emprego em tecnologia, mas a Irlanda é frequentemente preferida devido à sua infraestrutura tecnológica avançada e ao seu ecossistema empresarial mais desenvolvido nesta área. WebSummit une Portugal e Irlanda Ambas têm em comum a WebSummit - a maior feira de tecnologia da Europa. O evento nasceu em Dublin, mas com o passar dos anos e seu enorme crescimento, a cidade não conseguiu suportar toda a infraestrutura necessária - transportes públicos, Wi-Fi, hotéis, etc. Hoje, Lisboa é a sede do evento, que acontece anualmente e recebe milhares de pessoas. Índice de desemprego Em Portugal, a taxa de desemprego em 2024 está em 6,8%, segundo o Pordata. O país possui a 12ª taxa de desemprego mais elevada na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Ainda, segundo o Diário de Notícias, o desemprego atingiu seu pior momento em Portugal desde o início da pandemia, refletindo também na oferta de emprego. Porto, em Portugal, passa por grande crescimento econômico, atraindo empresas multinacionais e startups. Já na Irlanda, o índice de desemprego em 2024 está em 4%, segundo a Central Statistics Office (CSO). De acordo com a entidade, a Irlanda registrou em 2023 uma taxa recorde de emprego. Durante o quarto trimestre de 2023, o país contou com 2,7 milhões de pessoas empregadas, o que representa um aumento de 3,4% em comparação com o mesmo período de 2022. Ao falar das oportunidades de trabalho, é essencial considerar o índice de desemprego. Embora essa informação não deva desencorajar, é importante analisar esses dados com atenção. Salários Quando se trata de salários, há uma disparidade notável entre Portugal e Irlanda. Enquanto Portugal tem uma média salarial consideravelmente mais baixa em comparação com outros países europeus, a Irlanda se destaca por oferecer salários mais elevados, posicionando-se entre os mais altos da região. Portugal tem um salário mínimo mensal que é de 820€ (2024). Já na Irlanda ganha-se por hora trabalhada e o valor mínimo pago por hora é 12,70€ (2024). O salário mínimo irlandês foi ajustado em 12% em 2024, o que ultrapassou a taxa de inflação estimada para o ano anterior, prevista em 5,25%. Conforme dados da Comissão Europeia, o salário médio anual na Irlanda é de 44.202€, o que equivale a aproximadamente 3.683€ por mês. A Irlanda possui o segundo maior salário médio da Europa, ficando atrás apenas de Luxemburgo. Em Portugal, o valor médio mensal é de 1.505€, segundo o Instituto Nacional de Estatística, ou seja, um montante médio anual de 21.070€, considerando o 14º salário do país. Portugal ocupa o 5º lugar na União Europeia em termos de salário médio mais baixo. Veja a comparação: PaísSalário mensal*Valor/hora trabalhadaSalário médio anualHora trabalhada/ano**Portugal820€5,12€21.070€10,12€Irlanda3.683€12,70€44.202€23,53€ * Valor estimado por 40 horas semanais. ** De acordo com o salário médio (40 horas semanais). Luisa Moraes e Fernando Casanova, casal de Belo Horizonte, Minas Gerais, que possui cidadania europeia, decidiu morar inicialmente em Dublin para adquirir experiência no mercado europeu. Atualmente, eles residem e trabalham no Porto. Luisa e Fernando saíram do Brasil já com alguns anos de carreira, mas devido ao alto custo de vida da Irlanda, não ganhavam o suficiente para ter uma vida confortável. “O país abriga a sede europeia da maioria das empresas multinacionais, principalmente de tecnologia, e isso atrai jovens profissionais do mundo inteiro, e gera demanda por mais empregos em serviços e infraestrutura. Também há cada vez mais investimento em turismo. Eles reforçam que Portugal tem potencial para atrair investimento e mão de obra estrangeira, mas em uma escala mais reduzida e “ainda pouco explorada.” Luisa Moraes e Fernando Casanova em pleno verão de Galway, na Irlanda. Foto: Luisa e Fernando Hoje, também graças a essa experiência de ter morado em outros países da Europa, o casal tem uma vida mais confortável em Portugal. Mesmo com salários mais baixos, a redução dos custos fixos compensou para eles. Melhor país para juntar dinheiro Portugal dificilmente vai ser o país ideal para juntar dinheiro. De acordo com uma pesquisa recente, quase metade da população que consegue economizar dinheiro no país tem a capacidade de reservar apenas até 100€ ao final do mês. A maioria desses poupadores guarda entre 50€ e 100€ mensalmente. Já a Irlanda possui um salário muito mais alto e apesar de o custo de vida também ser alto no país, é possível economizar e juntar dinheiro mensalmente. Estudar em Portugal ou Irlanda? Ambos oferecem uma ótima educação, seja para imigrantes ou nativos. A principal diferença entre os dois está nos custos do ensino superior, uma vez que ambos oferecem um ensino básico gratuito. As melhores universidades de Portugal cobram para a licenciatura um valor entre 3 mil a 7 mil euros anuais dependendo do curso. Agora, fazer faculdade na Irlanda custa bem caro, os valores anuais variam entre 20 a 50 mil euros. Outra diferença para definir qual é o melhor para estudar é com relação ao idioma. Para estudar na Irlanda, o inglês precisa estar muito bom, pois aulas são todas ministradas no idioma nativo. Portanto, se você não domina o inglês, sem dúvida alguma, a melhor opção vai ser estudar em Portugal. Custo de vida de Portugal e Irlanda Portugal tem o custo de vida baixo se comparado a Irlanda, principalmente no que diz respeito a aluguel de casa ou quarto. Montamos uma tabela comparativa com os principais gastos mensais, de acordo com o Numbeo, considerando às duas capitais - Lisboa e Dublin. A pesquisa, realizada em 11 de junho de 2024, incluiu a consulta aos preços dos quartos na Uniplaces no mesmo dia. Moradia Veja os preços médios ecnontrados: AluguelLisboaDublinApartamento (1 quarto) no centro da cidade1.330€2.030€Apartamento (1 quarto) Fora do Centro920€1.760€Apartamento (3 quartos) no centro da cidade2.540€3.410€Apartamento (3 quartos) Fora do Centro1.630€2.843€Quarto compartilhado450€700€Quarto individual600€950€ - 1.100€ Em ambos os países, a procura por imóveis supera a oferta disponível, principalmente nas grandes cidades como Lisboa e Dublin, elevando os preços dos imóveis, tanto para venda quanto aluguel. Com isso, nota-se um crescimento na procura por aluguel em cidades menores. Os custos das despesas domésticas variam significativamente entre as capitais. Em Lisboa, o valor médio das contas de água, energia e gás é de 133€, enquanto em Dublin esse valor chega a cerca de 275€. Além disso, o custo da internet também difere consideravelmente entre as duas cidades, com uma média de aproximadamente 52€ por mês em Dublin e 39€ em Lisboa. Veja mais custos mensais a seguir: Alimentação Veja os custos de alguns itens de alimentação: ItemLisboaDublinLeite (1 litro)0,96€1,29€Arroz (1kg)1,41€1,65€Ovos (dúzia)2,84€3,75€Filé de Frango (1kg)6,96€9,34€Carne de Boi (1 kg)12,55€10,92€Batata (1kg)1,83€1,77€Água (garrafa de 1,5 litros)0,79€1,60€Refeição, restaurante barato13€20€Refeição para 2 pessoas49€90€McMeal no McDonald’s8,90€10€ Transporte Custos com itens essenciais de transporte: ServiçoLisboaDublinBilhete só de ida (transporte local)2€3€Passe mensal (preço normal)40€150€Gasolina (1 litro)1,83€1,87€ Lazer Confira alguns valores: ItemLisboaDublinAcademia40€48€Cinema - lançamento internacional8€12,50€Cerveja doméstica (500ml)3€6,50€Capuccino (normal)2,27€4,00€ Portugal ou Irlanda: diferença percentual do custo de vida O custo de vida da Irlanda é muito mais alto se olharmos o percentual. Porém, também vale considerar que o salário da Irlanda também é muito mais alto e isso reflete no poder de compra dos cidadãos. Confira os dados pesquisados no dia 11 de junho de 2024 no Numbeo. Preços ao consumidorEm Lisboa é 29% menor do que em DublinPreços ao consumidor incluindo aluguelEm Lisboa é 32% menor do que em DublinPreços do aluguelEm Lisboa são 36% mais baixos do que em DublinPreços dos restaurantesEm Lisboa são 38% mais baixos do que em DublinPreços de supermercadoEm Lisboa são 24% mais baixos do que em DublinPoder de compra localEm Lisboa é 46% menor do que em Dublin Clima em Portugal e Irlanda Nesse quesito, Portugal vence facilmente. O país luso tem um clima ótimo. Um verão maravilhoso com muito sol e calor para curtir as praias, rios e cachoeiras. Os festivais de verão pipocam por várias cidades e a “vibe” é incrível. Já o inverno, digamos que tem para todos os gostos. Na região norte, o frio e a chuva são intensos. A região central é marcada por uma mistura entre frio e dias ensolarados. E no Algarve, a região sul de Portugal, o inverno tem um clima super ameno e com muito sol durante o dia, mas a noite a temperatura pode cair bastante. O clima da Ilha da Esmeralda é bastante característico. A presença do sol é rara, independentemente da estação do ano - primavera, verão, outono ou inverno. A chuva é frequente e os habitantes precisam se acostumar com ela, sendo que o país é constantemente afetado pelas condições climáticas. Para a brasileira Viviane Okubo, o clima da Irlanda foi um obstáculo: “Morei 2 anos em Dublin e, por mais que eu tenha adorado esta experiência, não me adaptei muito com o clima. Morando lá, percebi que eu gosto muito de dias ensolarados e quentinhos, o que não acontece com muita frequência. Eu também queria focar mais na minha carreira profissional e percebi que lá eu teria mais dificuldades para isso." Durante o verão, é raro que a Irlanda registre temperaturas acima de 20ºC, enquanto no inverno as temperaturas variam entre 3ºC e 7ºC. Embora a ocorrência de neve seja incomum, ainda existe essa possibilidade, sendo a última nevasca registrada em 2017. Segurança De modo geral, tanto em Portugal quanto na Irlanda, a segurança é grande - embora existam situações de violência como em qualquer lugar do mundo. Ambos os países são tranquilos nesse aspecto, especialmente se comparados ao Brasil. É comum sentir-se seguro ao utilizar caixas eletrônicos nas ruas, sem preocupações. Saúde No país luso existe saúde pública. Desde 2020, o governo de Portugal trabalha para eliminar as taxas de acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS). Em 2022, quase todas as taxas foram extintas. Agora, as taxas moderadoras são cobradas apenas quando o paciente procura atendimento de emergência hospitalar sem prévio encaminhamento médico ou pelo atendimento telefônico na Linha SNS 24. Mesmo nesses casos, há exceções onde as taxas não são cobradas. Mesmo assim, a taxa é bem pequena e até simbólica se comparada a saúde privada no país. O Hospital Santa Maria, em Lisboa, é o maior hospital público do país e funciona desde 1953. Já a saúde na Irlanda é completamente diferente. Basicamente não existe saúde pública, a não ser em casos extremamente específicos ou para os cidadãos europeus que possuem o Medical Card (um plano da União Europeia para quem não pode arcar com os custos). Sem saúde pública, sempre que você precisar de alguma consulta, procedimento médico ou exames terá que arcar com os custos. Por isso, o seguro saúde é exigido no país para todos os estrangeiros. Considerando essas diferenças na área da saúde, pode-se argumentar que Portugal tem vantagens nesse aspecto. Burocracia É impossível fugir de burocracia, a não ser que tenha cidadania europeia. Mesmo assim, você não vai fugir completamente dela. Ambos os países fazem a exigência do visto para residir legalmente. Além disso, cada visto possui uma especificidade. Visto para Portugal Existem vários tipos de visto para Portugal para atender de estudantes a aposentados e as exigências de cada um não são tão grandes. Por exemplo, existe um tipo de visto chamado Visto D7, que é especificamente destinado a aposentados ou pessoas com rendimentos próprios. Este visto permite que o titular resida em Portugal com base em rendimentos provenientes de fontes externas. Visto para Irlanda Já os tipos de visto para a Irlanda são mais limitados, sendo os mais atrativos, os vistos de estudante e/ou trabalho. Há um visto de trabalho conhecido como Stamp 1, que permite ao trabalhar em tempo integral. Legalização e aquisição de nacionalidade Seja para Portugal ou Irlanda, o correto é reunir todos os documentos necessários e realizar a mudança com muito planejamento e dentro da lei. Dessa forma não nenhum problema. Portugal permite a aquisição da nacionalidade após cinco anos vivendo legalmente no país. Já a cidadania irlandesa pode ser solicitada por pessoas que viverem no país por cinco anos e nos últimos nove anos anteriores ao pedido. Além disso, o último ano (o quinto) precisa ser uma vivência contínua, ou seja, 365 dias sem sair do país. Mais facilidade com cidadania europeia Para morar na Irlanda com cidadania europeia, basta registrar-se junto às autoridades locais após a chegada. Como cidadão da União Europeia, não é necessário visto ou permissão de residência, e você terá direito a trabalhar, estudar e acessar serviços públicos no país. O mesmo vale para Portugal. Idioma Portugal fala português, apesar da diferença com o português brasileiro. Ainda assim, a facilidade de comunicação é grande e acaba por se sentir bastante confortável ao morar no país. A Irlanda, por sua vez, tem o inglês como idioma nativo e pode ser um grande aprendizado para os imigrantes brasileiros. Não é à toa que é um dos países mais procurados por intercambistas. A experiência de morar na Irlanda para aprender ou aperfeiçoar o inglês é altamente recomendada, pois o idioma pode abrir muitas portas na Europa, inclusive em Portugal. O domínio do inglês é uma habilidade valorizada no mercado de trabalho português, com muitas vagas exigindo proficiência no idioma. A imersão na Irlanda, por sua vez, oferece uma oportunidade eficaz para aprimorar essas habilidades linguísticas, tornando-se um diferencial competitivo em diversas áreas profissionais. Gastronomia A culinária irlandesa é marcada por pratos tradicionais que refletem a herança cultural do país. Entre os mais conhecidos, estão o Irish stew, um ensopado de carne, batatas e vegetais; o boxty, uma espécie de panqueca de batata; e o colcannon, uma mistura de batatas com repolho ou couve. A cozinha irlandesa valoriza ingredientes frescos e locais, como peixes, frutos do mar e laticínios de alta qualidade. A gastronomia de Portugal é extraordinariamente rica e deliciosa. Os pratos típicos, como o bacalhau, a francesinha, a sardinha grelhada, o arroz de pato e o cozido, destacam-se pela sua diversidade e sabor. Além disso, os doces portugueses são irresistíveis e deixam qualquer um com água na boca só de pensar. Bebidas também se destacam em ambos A Irlanda se destaca na produção de bebidas alcoólicas, sendo o lar da Guinness, uma das cervejas mais apreciadas mundialmente. Além disso, o país é conhecido por seu excelente whisky e pelo famoso licor de café, o Irish Cream Liqueur. Por outro lado, Portugal é renomado por seus vinhos de alta qualidade, que são tanto saborosos quanto acessíveis. Ainda em dúvida? Entenda se Portugal é o melhor país para você. Ou veja uma lista de coisas que podem surpreender ao morar na Irlanda. Cultura e acolhimento do povo Ambos os países acolhem imigrantes e têm uma política de abertura em relação a eles. No entanto, a Irlanda destaca-se pelo seu acolhimento, com uma população mais receptiva e uma abordagem facilitada para a integração dos imigrantes. Por outro lado, Portugal, que historicamente recebia poucos imigrantes, experimentou uma mudança significativa nos últimos anos. Embora os portugueses possam inicialmente parecer reservados ou desconfiados, uma vez superada essa barreira, revelam-se pessoas incríveis e grandes amigos. O casal Luisa e Fernando, de forma geral, não sofreu grandes dificuldades em se adaptar em nenhum dos dois países. Para eles, a cultura da Irlanda é muito interessante e o país é muito bonito. Na opinião do casal, portugueses e irlandeses possuem algumas similaridades, talvez porque ambos têm uma relação forte com o mar, mas os irlandeses são mais abertos, comunicativos e festeiros, já os portugueses são um povo um pouco mais fechado. Já Viviane conta que sempre fui muito consciente de que estava morando num país com uma cultura diferente e que era preciso manter a mente aberta. Como é do interior de São Paulo, diz que muitas coisas foram "novas" para ela, até os pubs. Algo que Viviane adorou foi que no verão os parques lotam, pois, todos vão para aproveitar o sol e os dias mais longos da temporada. Em Portugal, o mais difícil no começo foi se acostumar com o sotaque português ou com algumas palavras que são bem diferentes do nosso português. Onde é melhor, Portugal ou Irlanda? Escolher entre Portugal e Irlanda pode ser desafiador. Somos suspeitos para opinar, pois vivemos em Portugal e temos um grande amor por esta terra que chamamos de casa. No entanto, ainda não tivemos a oportunidade de morar na Irlanda para fazer uma comparação justa. Viviane Okubo diz que não tem preferência: “Ambos possuem prós e contras na minha lista. Sou feliz aqui em Portugal e fui feliz enquanto morei na Irlanda. Não sinto que me mudaria para a Irlanda novamente, assim como não sinto que vou morar para sempre aqui em Portugal. Portanto, não tenho um preferido, mas ambos têm muito a oferecer e super recomendo que as pessoas conheçam os dois lugares.” O casal Luisa e Fernando concorda com Viviane: “Pode ser os dois? Portugal e Irlanda são maravilhosos, por motivos bem diferentes. Ambos são países pequenos e muito bonitos, com ótima qualidade de vida e muito seguros. A Irlanda tem um povo acolhedor e historicamente resistente, com um senso forte de comunidade. Portugal tem o clima a seu favor e é geograficamente mais próximo do Brasil. O que para nós, tem peso em dobro.” Como mencionado no artigo, cada país tem seus pontos fortes. Conhecer as vivências de diferentes pessoas pode oferecer uma visão mais abrangente e ajudar na tomada de decisão. Perguntas frequentes A seguir, apresentamos algumas questões comuns frequentemente enfrentadas por aqueles que desejam residir em Portugal ou na Irlanda. Fazer faculdade na Irlanda ou Portugal? A Irlanda oferece ensino em inglês, facilitando o acesso ao mercado global. Portugal possui qualidade acadêmica semelhante, com a vantagem do idioma português e menor custo de vida. Ambas têm boas universidades, mas a escolha depende do idioma e das oportunidades desejadas. Qual melhor país para migrar: Irlanda ou Portugal? Portugal é ideal para quem prefere facilidade com o idioma e uma comunidade brasileira estabelecida. Irlanda é atraente para quem busca empregos em empresas multinacionais e deseja aprender inglês. A escolha depende dos objetivos pessoais e profissionais de cada indivíduo. Qual país é mais frio: Portugal ou Irlanda? A Irlanda é mais fria que Portugal. O clima irlandês é caracterizado por temperaturas mais baixas e maior umidade, enquanto Portugal tem um clima mais ameno e ensolarado, especialmente nas regiões do sul. E aí, conseguiu decidir entre Portugal ou Irlanda para morar? Se optar pelo país luso, recomendamos o Programa Morar em Portugal, que conta com 22 videoaulas e um ebook com mais de 300 páginas para te ajudar em todas as fases de planejamento da mudança, desde o Brasil até a adaptação em terras lusitanas.

Ter um fiador em Portugal facilita o aluguel de imóveis.
Portugal

Fiador em Portugal: como conseguir um para alugar apartamento

Encontrar um fiador em Portugal é uma das maiores dificuldades dos brasileiros que desejam alugar um apartamento para viver no país. Como suprir essa exigência de muitas imobiliárias e proprietários? Nesse artigo eu vou mostrar alternativas e te ensinar tudo que você precisa saber a figura do fiador em Portugal. Vamos lá? Perguntas Respostas O que é um fiador em Portugal? É como no Brasil, ou seja, uma pessoa que se responsabiliza pelo pagamento do aluguel de um terceiro, caso este não possa pagar. O que pode substituir o fiador? Alguns proprietários permitem a substituição pelo pagamento de alguns meses de aluguel adiantados. Quais são os requisitos para ser um fiador? Ter estabilidade profissional, patrimônio de imóveis ou móveis e fonte de rendimento estável são os principais requisitos. Precisa de fiador em Portugal para alugar apartamento? Depende. Alguns senhorios (proprietários/locadores) exigem um fiador em Portugal e muitos ainda fazem a exigência de que essa pessoa seja um português nativo. Por outro lado, existem outros senhorios que exigem apenas o valor da caução e rendas adiantadas para o imóvel ser alugado. Uma documentação comumente exigida pelos proprietários de imóveis é a apresentação de um comprovante de renda ou contrato de trabalho em Portugal que mostre que você recebe o suficiente para arcar com o aluguel mensalmente. Quem pode ser fiador em Portugal? Segundo o Código Civil português (Decreto-Lei nº 47344 - artigo 627º), o fiador é aquele que vai garantir a satisfação do direito de crédito ficando pessoalmente obrigado perante o credor, ou seja, caso o locatário fique inadimplente com o locador, o fiador deverá arcar as obrigações financeiras. Seguindo a lei, qualquer pessoa pode se tornar um fiador em Portugal, desde que tenha meios financeiros ou bens móveis e/ou imóveis para garantir que possíveis dívidas do devedor sejam pagas. No caso de um contrato de aluguel de apartamento, o fiador deve pagar as rendas em atraso para o proprietário do imóvel. Apesar de muitos proprietários exigirem que o fiador seja um português nativo, no Código Civil não existe nenhuma especificação sobre isso. Condições para ser fiador O fiador em Portugal precisa dispor de rendimentos para cumprir com as obrigações em caso de inadimplência da pessoa devedora. Portanto, para se tornar um fiador serão avaliadas as seguintes condições: Se tem uma renda fixa: seja ela de trabalho, pensão ou aposentadoria; Se tem bens móveis ou imóveis; Se está negativado (tem nome sujo) perante ao Banco de Portugal. Documentos para ser fiador em Portugal Geralmente, os documentos exigidos para ser fiador em Portugal são: Documento de identificação, como Cartão Cidadão ou Autorização de Residência; Declaração de IRS (imposto de renda português); Comprovante de rendimentos ou de bens móveis e/ou imóveis em nome do fiador. Quais as responsabilidades do fiador As responsabilidades do fiador estão em torno do pagamento das dívidas no caso do incumprimento do devedor. Ou seja, se você é fiador de uma pessoa e esta, por sua vez, não tem como arcar com o aluguel ou crédito (no caso de financiamentos) — seja porque perdeu o emprego ou por pura irresponsabilidade — é o fiador que será cobrado a pagar esta dívida. E no caso do fiador não ter o dinheiro em mãos para pagar a dívida, mas sim, o bem imóvel ou imóvel, pode haver consequências de perda o bem — a depender, claro, do valor da dívida. Como conseguir fiador em Portugal? Não há uma receita para conseguir um fiador em Portugal. Como mencionado, um fiador carrega muitas responsabilidades e por isso, muitas vezes é limitado a familiar ou parente próximo. No caso de brasileiros que vêm morar em Portugal e não tem família portuguesa que possa servir de fiador, o caminho é tentar uma negociação direta com o proprietário do imóvel para pedir que ele aceite a troca da figura do fiador por aluguéis adiantados. Aliás, é por esse motivo estamos sempre recomendando que faça um bom planejamento financeiro antes de qualquer mudança. Documentos e provas necessárias Como mencionado acima, um fiador precisa cumprir alguns requisitos e reunir os documentos que demonstre que ele poderá arcar com a dívida em caso de inadimplência do devedor. Para tal, precisa apresentar: Contrato de trabalho para demonstrar que estabilidade profissional; Recibos de bancos e declaração de IRS que demonstre a sua vida financeira; Documentos que comprove a propriedade de bens móveis e/ou imóveis para demonstrar o seu patrimônio. Tem como alugar apartamento sem fiador? Sim, alguns proprietários não exigem o fiador em Portugal para alugar um imóvel. Durante as suas pesquisas, fique atento as “condições de arrendamento” descritas pelo proprietário ou imobiliária. Nos sites para alugar casa em Portugal, essas condições costumam ficar logo abaixo das fotografias do imóvel. No caso de alugar com a ajuda de um consultor imobiliário, ele será o responsável por te dizer quais as condições exigidas. [caption id="attachment_171832" align="alignnone" width="750"] Seja com ou sem fiador, leia com atenção o contrato de aluguel e exija o registro nas Finanças.[/caption] Já os proprietários que exigem o fiador em Portugal, podem não estar abertos a negociação. Tente conversar com ele pessoalmente para tentar tirar esta condição para alugar o imóvel. Seguro de proteção de rendas Uma alternativa para quem não conseguir um fiador em Portugal é o seguro de proteção a renda. Esse seguro funciona como um fiador, ou seja, ele garante para os senhorios (proprietários) o pagamento do aluguel entre 4 a 6 meses (a depender do seguro), quando o inquilino não pode pagar - geralmente em decorrência de falecimento de um familiar agregado, incapacidade no trabalho ou desemprego. Fiador ou Seguro de Renda: qual é a melhor em Portugal? Depende. Se você conhece alguém que possa ser o seu fiador em Portugal, o melhor é optar por ele. Afinal, o seguro de renda, assim como qualquer outro tipo de seguro, terá um custo mensal no seu orçamento, podendo, inclusive, tornar o seu custo de vida em Portugal mais alto. Prós e contras do fiador Os prós de ter um fiador em Portugal são: Facilidade no aluguel de um imóvel; Não há custos associados; Boa relação pessoal, já que o fiador deve ser alguém de confiança. Quanto as desvantagens de ter um fiador são: Dificuldade para encontrar uma pessoa que se disponha a ser o fiador; Alguns proprietários exigem que seja um fiador nativo de Portugal (mesmo que isso não conste em lei); Má relação pessoal, no contraponto dos prós, uma vez que você não consiga arcar com o pagamento, o fiador será cobrado e isso pode gerar conflitos entre vocês. Prós e contras do seguro de renda Os prós de ter um seguro de renda são: Não terá que se preocupar em caso de não ter como arcar com o aluguel; Não gera possíveis atritos e má relação com um familiar ou amigos que poderia se dispor a ser o seu fiador; O seguro oferece uma segurança a mais para o proprietário do imóvel. Quanto as desvantagens de ter um seguro de renda são: O custo envolvido na contratação do seguro, o qual terá que pagar mensal ou anualmente — a depender do plano contratado; As seguradoras têm critérios para que o seguro de renda possa ser contratado e, talvez, você não cumpra todos eles. Ter um fiador facilita o aluguel de um imóvel em Portugal? Se você encontrar uma casa onde realmente gostou e deseja morar, ter um fiador pode fazer com que o contrato aconteça de forma mais rápida, uma vez que o proprietário terá mais confiança no cumprimento das responsabilidades do aluguel. Além disso, ao ter um fiador em Portugal, o valor que terá que desembolsar inicialmente para alugar uma casa costuma ser bem menor se comparado a quem não tem. Com o fiador é bem provável que tenha que pagar uma caução ou uma caução + um aluguel adiantado ao assinar o contrato. Sem o fiador, essa conta inicial pode aumentar bastante. Conforme o Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU), os proprietários podem cobrar até 3 rendas adiantadas + caução, desde que esse acordo entre o locador e o locatário seja registrado por escrito. Porém, nem sempre a legislação é cumprida. Ao visitar sites imóveis para alugar você poderá encontrar anúncios que exigem o adiantamento superior a três meses caso não apresente o fiador. Aqui no Euro Dicas já vimos anúncios de aluguel em Portugal com pedido de pagamento inicial de 6 meses adiantados + a caução. Exija o registro do seu contrato nas Finanças Se o pagamento de rendas adiantadas for o seu caso, tenha tudo muito bem formalizado em contrato e solicite que o contrato seja registrado no portal das Finanças. Tenha em mente que caução serve para possíveis reparos no apartamento no caso da sua saída (podendo ou não ser devolvida, a depender do estado do imóvel após o término do contrato). Já os aluguéis adiantados deverão ser abatidos. Por exemplo, se fechou um contrato por 12 meses e no início pagou 2 aluguéis adiantados, poderá permanecer no imóvel nos 2 últimos meses sem pagar o aluguel, uma vez que já adiantou esse pagamento no momento do contrato. [caption id="attachment_171834" align="alignnone" width="750"] O mercado de aluguel de casa em Portugal está cada vez mais exigente e caro. Prepare-se financeiramente![/caption] Lembre-se que o planejamento financeiro é essencial. Portanto, antes de realizar a mudança tenha em mente que terá que desembolsar um valor inicial elevado para alugar um apartamento, independentemente de ter ou não um fiador. Dicas e cuidados para alugar imóvel em Portugal Aqui vão algumas dicas e cuidados a ter na hora de alugar imóvel em Portugal: Negocie com o senhorio Lembre-se, o “não” você já tem. É hora de batalhar pelo “sim” ou ao menos um meio-termo que seja bom para você e para o senhorio. Mostre o seu interesse na casa, apresente-se como uma pessoa séria e responsável. Conte um pouco da sua história e tente a negociação. Eu, por exemplo, quando aluguei meu apartamento, até sentei no sofá com a minha senhoria para conversar e no meio do papo, descobrimos várias coisas em comum — de estilos musicais e a viagens. Isso contribuiu para que ela me desse preferência, já que outra menina também estava olhando o apartamento e queria fechar o contrato. No fim, tive que pagar apenas uma caução e uma renda adiantada. Reserva financeira Uma das perguntas que mais recebo é sobre a quantia que precisa ter para morar em Portugal. A verdade é que essa pergunta é bem difícil de responder, por ter inúmeras respostas. O que sempre recomendo é calcular a média do custo de vida na cidade que pretende morar, incluindo o aluguel, seja ele de apartamento ou de quarto. E além do aluguel em si, considerar também os meses de aluguel adiantados e caução que poderão ser exigidos, pois dificilmente vai se livrar disso caso não tenha um fiador. Depois, recomendo somar o valor mensal de gastos que envolvem o seu próprio custo de vida e ainda multiplicar por 6 para ter uma reserva financeira eficiente e ficar tranquilo para recomeçar a vida em Portugal. Seja transparente com seu fiador Mesmo que seja um familiar e de confiança, é bom manter tudo registrado e em pratos limpos para evitar problemas futuros que estraguem a relação. Por isso, em uma conversa entre vocês: Seja transparente sobre as suas expectativas e riscos que podem acontecer; Demonstre para ele que mesmo em caso de dificuldades financeiras, você fará de tudo para arcar com suas responsabilidades e/ou dar um jeito de pagá-lo em algum momento, caso o fiador em Portugal tenha que arcar com a dívida; Apresente o contrato de aluguel para o fiador poder ler com atenção para que ele fique ciente das cláusulas. E cuidado com golpes! Além disso, lembre-se que“quando a esmola é demais, o santo desconfia”. Existem muitos anúncios de casa com preços muito abaixo do mercado e esse é um dos golpes mais comuns em Portugal. Muitas vezes são anúncios falsos de pessoas que querem apenas roubar esse depósito inicial de estrangeiros desavisados. Tenha bastante cuidado! Se pensa mesmo em se mudar para o país luso, já deu para ver que planejamento é a chave do sucesso. Por isso, recomendamos o Programa Morar em Portugal, que conta com uma série de videoaulas com todos os passos burocráticos e necessários que você deve percorrer para fazer uma mudança com responsabilidade. Ele ainda é acompanhado por um ebook com mais de 300 páginas, onde encontra informações detalhadas para auxiliar a cada passo.

Calcule quanto dinheiro precisa levar para morar em Portugal
Portugal

Quanto dinheiro levar para morar em Portugal? Dicas para calcular

A decisão de morar fora implica um excelente planejamento financeiro. Além de saber o custo de morar no outro país, é essencial ter conhecimento de quanto dinheiro levar para morar em Portugal. Pensando nisso, neste artigo fizemos uma análise dos custos iniciais e custos fixos de morar em terras lusitanas. Veja só: Como saber quanto dinheiro levar para morar em Portugal? A primeira dúvida que surge quando planejamos uma viagem é quanto gastaremos. Para morar em Portugal, você irá ter uma média de custo de 11.139€ durante 6 meses. Vamos mostrar neste artigo os detalhes do custo de vida em Portugal para que você entenda porque indicamos ter essa reserva financeira. Por que o planejamento financeiro é importante? Planejar-se financeiramente para mudar de país é essencial. São muitos fatores que tem de se levar em conta, desde a passagem até os custos emergenciais como medicamentos, por exemplo. Durante o meu processo de organização financeira, eu analisei todos os gastos possíveis, incluindo custos extras que poderiam vir a aparecer. Após muitas pesquisas, e conversas com especialistas, eu coloquei tudo em uma planilha e, com a soma final, comecei a me planejar para vir morar em Portugal. Se você tem o sonho de imigrar e construir sua vida em Portugal, o primeiro passo é planejar sua reserva financeira para evitar dores de cabeça com aluguel, para conseguir um contrato de trabalho fixo, abrir uma conta bancária, ter acesso à saúde, etc. Como calcular quanto dinheiro levar para morar em Portugal? Vamos ver quais os custos iniciais (documentação, passagem, alimentação, alojamento temporário e outros) e os custos fixos (aluguel e caução, transporte, alimentação, contas de casa, chip de celular, internet e contas de emergência). Ao final, vamos fazer a soma dos valores. Observação: todos os valores convertidos de real para euro e euro para real foram calculados com a Wise na data de 09 de julho de 2024. A seguir, vamos olhar para os tópicos um de cada vez. Prepare-se para anotar tudo! Analisando os custos iniciais O primeiro passo é a tirar a documentação (passaporte e visto), depois comprar as passagens aéreas e malas de mudança. Com isso feito, indicamos em seguida procurar um alojamento temporário e tirar o NIF (Número de Identificação Fiscal). Documentação e visto para morar em Portugal O primeiro gasto é a documentação necessária para residir em Portugal: passaporte e visto. Para esse cálculo, vamos te dar como exemplo uma pessoa jovem, solteira e que planeja ir a Portugal para cursar um mestrado. A taxa do passaporte, segundo o site do Governo Federal, é de R$ 257,25. De acordo com o site oficial da VFS Global, o visto para morar em Portugal varia segundo o tipo, como intercâmbio estudantil, atividade profissional, nômade digital, etc. Tem o custo de R$ 654,56. Deve-se somar ainda o gasto com a Apostila de Haia (151,05 em um cartório de São Paulo), em um total de R$ 805,61. Portanto, o custo aproximado de emitir o passaporte mais o visto é de R$1.063,86 (181,49€). Passagens aéreas e malas da mudança Chegou o grande momento de comprar as suas passagens e organizar as suas malas. Uma vez que tem o visto, você já pode investigar os valores das passagens. Fizemos uma cotação para passagem de ida com o Vai de Promo para São Paulo e para o Rio de Janeiro. As simulações foram feitas 31 de maio de 2024 para uma viagem de ida partindo de São Paulo no dia 01 de março de 2025 e partindo do Rio de Janeiro para uma viagem de ida no dia 01 de outubro de 2024. Local de partida Companhia aérea Mala despachada Valor Rio de Janeiro TAP Sim R$ 3.355 São Paulo GOL Sim R$ 4.791,89 Os preços das malas de viagem são muito variados, e dependem da quantidade de coisas que você precisa levar. Uma mala de bordo, mais duas malas de 23 kg podem lhe custar uma média de R$ 600. Para pesquisa preços de malas para a sua mudança, recomendamos pesquisar em sites que têm muita variedade, como o Portal das Malas e a loja Allbags. Em média, entre custo de (passagem e malas de mudança, você pode gastar R$ 4.673 (cerca de 797,19€). Qual o melhor mês para viajar para Portugal? Mas, qual o melhor mês para imigrar? Para saber qual é a data mais favorável, precisamos considerar fatores como os valores dos aluguéis, as ofertas de trabalho e os preços das passagens. Nos meses de verão (21 de junho a 23 de setembro), os aluguéis costumam ser mais caros porque é a época de maio fluxo de turistas vindos de países como Estados Unidos, Reino Unido, França, ou Alemanha, o que causa desequilíbrio na balança dos preços, como têm mostrado dados de dezembro de 2023 do site Idealista. [caption id="attachment_171217" align="alignnone" width="750"] Os preços das passagens aéreas variam muito. Por isso, é indicado comprá-las com alguns meses de antecedência.[/caption] Nesses meses há mais ofertas de trabalho temporário. Porém, vale ter atenção ao fato de que, apesar de haver maior demanda de trabalhos pode não compensar se você procura uma oportunidade fixa. Portanto, os meses de outono e inverno (especificamente, fevereiro, março, outubro e novembro) são o período mais favorável para a mudança, já que além de haver mais vagas de trabalhos fixos, os aluguéis são mais baratos. Alojamento temporário É normal que, inicialmente, os imigrantes aluguem uma estadia temporária, que pode ser um apartamento pelo Booking, um quarto de hotel ou um Airbnb. Em uma pesquisa no site da Uniplaces em maio de 2024, encontramos um quarto, localizado numa região central de Lisboa que custa por volta de 390€ (com todas as despesas inclusas). A Uniplaces é uma plataforma online para o aluguel de diversos tipos de acomodações em diversas cidades do mundo. A plataforma serve tanto para estudantes (na Uniresidences), como trabalhadores, nômades digitais ou famílias. Ela oferece facilidade e rapidez para alugar, já que tudo é feito online e, além disso, cumpre alguns pontos importantes de segurança entre o proprietário e o inquilino. Além disso, a maioria dos apartamentos disponíveis no site é verificada pela empresa, que conta com um serviço especial para isso. [caption id="attachment_171149" align="alignnone" width="750"] Quarto privado, em Saldanha, perto do Museu Calouste Gulbekian, divulgado no site Uniplaces.[/caption] No entanto, vale lembrar que essa é uma grande mudança e, para isso, você irá precisar se organizar financeiramente. Para não arriscar ficar sem moradia após o primeiro mês, recomendamos que faça uma reserva mais longa de alojamento temporário, desde quando você chega para morar no país. Tendo como exemplo o quarto acima, em um período de 3 meses, você irá gastar o seguinte: Cálculo base: um mês de aluguel (390€) x 3 meses + 1 mês de caução (390€) + taxa única de serviço do site (312€); Valor total = 1.872€ (R$ 11.24,04) para 3 meses. Lembrando que a caução é uma garantia, devolvida no final (se não houver nenhuma avaria), o que significa que você irá receber os 390€ no fim do contrato. NIF O NIF , também chamado de Número de Contribuinte, é composto por um Código de 9 números. Em Portugal, ele cumpre a mesma função que o CPF no Brasil. Todos os cidadãos residentes e não residentes sujeitos às obrigações fiscais no país devem ter esse número. Depois do passaporte e do visto, o NIF é o documento principal que quem quer morar em Portugal deve ter, pois é através dele que as suas atividades fiscais são registradas e recolhidos os devidos impostos que devem ser declarados anualmente no IRS – Imposto de Rendimento de Pessoas Singulares (Imposto de Renda português). Para quem não tem residência fiscal em Portugal, como a maioria dos brasileiros que vêm morar no país, tirar o NIF vai exigir contratar um representante fiscal. Entretanto, vale ressaltar que a residência fiscal é comprovada por um contrato de aluguel registrado nas Finanças ou um comprovativo de endereço de morada emitido pela Junta de Freguesia (o órgão executivo do seu bairro). O representante fiscal deve ser alguém residente em Portugal legalmente e será a pessoa responsável por te representar perante a Autoridade Tributária (AT). Se você não tem nenhum contato em Portugal que possa ser seu representante, o melhor caminho é contratar um profissional, como a e-residence. Cautela ao contratar um profissional Aqui cabe um alerta: há muitas pessoas ou sites enganosos emitem documentos falsos, ou seja, que não são solicitados no órgão oficial do país. O NIF deve ser emitido pelas Finanças de Portugal, portanto, procure profissionais confiáveis, de preferência pessoas que tenham licença para o trabalho, como advogados. E, afinal quanto isso vai me custar? Temos como base a empresa e-residence, que cobra 89€ e a Bordr, que cobra em torno de 150 dólares. Com base nessas duas referências, você irá gastar em média uma taxa única de 120€ (R$706,67). Outras despesas que podem ser necessárias Alguns outros custos podem ainda ser necessários acrescentar à soma para saber quanto dinheiro levar para Portugal, como transporte de pets e gastos com a Apostila de Haia. O transporte de pets também depende de fatores como o peso do seu pet, se irá na cabine ou no porão, entre outros. A viagem de pets de até 8 kg na cabine pela TAP custa 150€, segundo o site oficial da empresa. Outro custo que pode ser relevante colocar na sua lista é o apostilamento de documentos (Apostila de Haia) como o histórico escolar, que varia segundo o seu estado. Em São Paulo, o serviço custa por volta de R$151,05. Analisando os custos fixos Agora que você já sabe quanto irá gastar só para chegar no país, vamos para dicas de quanto dinheiro você irá precisar desembolsar para morar em Portugal. Aluguel e caução Após o período de alojamento temporário, muitos procuram uma residência fixa em Portugal. Segundo o site Numbeo, em um cálculo realizado no dia 01 de maio de 2024, apartamentos fora e no centro de Lisboa vão lhe custar o seguinte: Aluguel mensal Média de preço Apartamento (1 quarto) no centro da cidade 1.328,81€ Apartamento (1 quarto) fora do centro da cidade 916,77€ Apartamento (3 quartos) no centro da cidade 2.544,44€ Apartamento (3 quartos) fora do centro da cidade 1.630,77€ Lembrando que, para evitar qualquer tipo de dificuldade no futuro, é ideal ter uma reserva financeira de pelo menos 6 meses. Fizemos uma cotação do custo do aluguel de um T1 (apartamento com um quarto) no centro da cidade de Lisboa: Cotação: 1 mês de aluguel (1.328,81 €) x 6 meses + 1 caução de 2 meses (2.657,62 €) = cerca de 10.612,48€ (cerca de R$ 62.784) para 6 meses. Contas de casa As contas de consumo são água, eletricidade e internet fixa. Nesta soma, vamos ter como base de referência os meses entre abril e setembro, já que os meses restantes são de inverno e com o uso do aquecedor, o valor aumenta entre 30% e 40% acima da média. De acordo com o site Numbeo, a média (calculada no dia 01 de maio de 2024) é a seguinte: Item Valor médio Eletricidade, água e gás (apartamento de 85m2) 115,94 € Internet fixa 37,47€ Vamos recordar que esses valores não são para o aluguel de um quarto, e sim para um apartamento inteiro. Portanto, a média mensal de contas de consumo é de 70€ a 80€ se você alugar só um quarto, e de 154€ se alugar um apartamento inteiro. Portanto, para 6 meses, considerando que você irá passar 3 meses em um alojamento temporário e os 3 meses seguintes em um apartamento fixo, temos uma média de 687€ (R$ 4.045,68). Transporte Para correr atrás de tudo no início: documentação, emprego e casa, qual a melhor maneira de se deslocar? Até para comprar um carro, você irá precisar utilizar o transporte público em Portugal. O transporte é diferente em cada cidade. Lisboa e Porto, por exemplo, são os únicos municípios com metrô. Veja os valores na tabela com a três principais cidades de Portugal: Lisboa, Porto e Coimbra. Tipo de mensalidade Lisboa Porto Coimbra Municipal 30€ 30€ 30€ Região metropolitana 40€ 40€ 35€* Custo do cartão 7€ 6€ 6€ *Válido para toda a rede exceto no sistema ECOVIA. No entanto, para quem busca mais comodidade, mora fora dos grandes centros ou ainda quer viajar pelo país com rapidez, comprar um carro pode ser uma ótima opção. Em pesquisa feita no mês de junho de 2024, temos a seguinte média: Um carro novo da marcas como Citroën, Fiat e Volkswagen pode custar entre 15.000€ e 90.000€; Um carro usado entre 500€ e 2.000€ com base no Standvirtual. Você pode encontrar outras possibilidades em sites como OLX e Auto Sapo, onde é possível se comunicar direto com o vendedor. Já para adiantar, para os brasileiros que querem comprar carro em Portugal, é preciso ter residência fixa no país e ter em mãos documentos como passaporte válido ou autorização de residência, NIF e comprovante de residência. Para fins de cálculo, vamos contar que no início você irá se deslocar de transporte público. Logo, por 6 meses, temos uma média de 40€ x 6 = 240€ (R$ 1.413,34). Alimentação Quando falamos de quanto dinheiro reservar para morar em Portugal, a alimentação é uma das principais preocupações para o bolso da pessoa imigrante. Comparado ao Brasil, os preços dos alimentos nos supermercados de Portugal, no geral, são mais baratos. Uma comparação feita entre 31 de maio de 2023 e 31 de maio de 2024 pela DecoProteste mostrou que houve um aumento na cesta básica de 14,18€ (6,51%) devido à inflação causada pela Guerra da Ucrânia, que impactou em alimentos como o salmão (um aumento de 24%), o atum posta em azeite (16%) e o peixe dourada (14%). Em 2022, a taxa de inflação em Portugal aumentou em níveis históricos. Para conter essa taxa, que diminuiu ao final de 2023, mas voltou a aumentar em janeiro de 2024, o Governo isentou o IVA numa cesta alimentar com 41 alimentos, o que fez com que esta reduzisse seu preço em somente 2,21€ (menos 1,56%), ainda pouca diferença para o bolso do consumidor. Resumidamente, dos alimentos mais consumidos no país, temos a seguinte média de preços calculada no dia 01 de maio de 2024, com o site Numbeo: Alimento Preço médio Leite (1 L) 0.93 € Arroz (1 kg) 1.36 € Ovo (12 un) 2.74€ Filetes de frango (1 kg) 6.85 € Queijo local (1 kg) 10.00 € Carne vermelha (perna traseira) (1 kg) 11.90 € Banana (1 kg) 1.27 € Laranja (1 kg) 1.60 € Tomate (1 kg) 2.21 € Batata (1 kg) 1.47 € Uma alimentação sem muito luxo, o que significa não experimentar tudo o que encontrar pela frente e também não comer muito fora, irá lhe custar em média de 150€ e 200€ mensais por pessoas. Os preços variam entre as regiões, e para pesquisar qual a opção mais barata na sua região, você pode utilizar o simulador online. Algumas dicas para economizar nas suas compras são: Escolher os produtos de marca branca (produtos das próprias redes de supermercados); Adquirir os cartões de fidelização das redes como do Pingo Doce, do Continente e do Minipreço, pois eles costumam acumular ou te dar descontos automáticos. Em 6 meses, a alimentação irá lhe custa uma média de 175€ (R$ 1.030,56). Chip de celular e internet Assim que você pisar os pés em território luso, é imprescindível obter o seu número de celular português. Um plano de celular custa entre 10€ e 25€. Há as empresas low cost, que você pode encontrar normalmente em quiosques pela cidade, ou as empresas mais famosas e um pouco mais caras. Em 6 meses, a conta soma 105€ (R$ 618,34) no total. Uma dica: ter cuidado ao saber o tempo de contrato do seu plano de celular e levar em conta os valores de multa caso haja cancelamento, por exemplo. Muitas empresa têm planos com fidelidade contratual de 24 meses. Outras despesas que podem ser necessárias Além de todos os gastos que já falamos, é essencial ter uma reserva adicional para despesas extras, como mobílias e utensílios para casa, as quais você pode achar em sites como IKEA , ou usados como na OLX. Em relação à saúde, aqui no país temos acesso ao SNS (Sistema Nacional de Saúde), o sistema público de saúde de Portugal. Mas há algumas pessoas que optam por contratar planos de saúde, que oferecem descontos em consultas e exames. As mensalidades dos planos de saúde costumam variar entre 11€ e 44,90€. Para 6 meses, essa conta fecha com 167,70€ (R$ 987,57). Orçamento para emergências Outros custos importantes para adicionar no seu orçamento são os medicamentos. Se você já faz uso de algum remédio regular, é fundamental verificar sua disponibilidade nas farmácias de Portugal e, caso queira trazer do Brasil para cá, consultar a necessidade de pedir um relatório do seu médico a fim de validar a utilização do medicamento. Eu, por exemplo, já fazia uso no Brasil de remédios controlados e, por isso, verifiquei a disponibilidade do produto aqui no país. Em seguida, conversei com o meu médico, que fez um relatório para a permissão de transporte dos medicamentos. Felizmente, o meu medicamento aqui custa ainda mais barato do que no Brasil. Mas, e quanto aos medicamentos sem receita? Nas Farmácias Portuguesas, uma caixa de paracetamol (aqui não há dipirona) de 500 mg com 20 comprimidos custa 1,70€, uma caixa de 400 mg com 20 comprimidos de ibuprofeno (anti-inflamatório) custa 5,66€. A reserva para orçamento com remédios varia muito de pessoa para pessoa. No meu caso eu gasto em média 60€ porque uso medicamento controlado. Há outros meses em que o custo é ainda maior, se preciso comprar outros remédios devido a uma gripe, por exemplo. Tendo em conta que você não toma remédio controlado ou de uso contínuo, temos uma média (1,70€ + 5,66€ = 7,36€ x 3 =22,08€) de gastos de 22,08€ (R$ 130,03) para 6 meses. Se for preciso, adicione o custo da sua medicação recorrente a essa conta para ter o seu orçamento ajustado. Afinal, quanto preciso levar em dinheiro para morar em Portugal? Depois de todas essas contas, afinal, quanto dinheiro levar para morar em Portugal? Fizemos um resumo do quanto juntar de dinheiro para pelo menos 6 meses. Tipo de despesa Custo Passaporte + visto 181,49€ Passagem + malas de mudança 797,19€ Alojamento temporário 1.872€ Emissão do NIF + representação fiscal 120€ Outros custos que podem ser necessários 128,12€ Aluguel e caução 6.644,05€ Contas de casa 687€ Transporte 240€ Alimentação 175€ Chip de celular e internet 105€ Outras despesas que podem ser necessárias 167,70€ Orçamento para emergências 22,08€ Total para 6 meses 11.139€ (valor arredondado) Quanto dinheiro levar para morar em Portugal em reais? Convertemos a total do custo em euros para reais com a Wise no dia 09 de julho de 2024. R$ 65.322,55 (valor arredondado) para 6 meses. Se você também gosta de conteúdo em vídeo, assista as dicas da Milla Britock para fazer o seu planejamento financeiro para morar em Portugal: E para turismo, quanto dinheiro levar para Portugal? Afinal, quanto custa viajar para Portugal? Se você quer fazer uma viagem para Portugal de 7 dias, você irá gastar em média de R$6.000 a R$10.000, considerando gastos com passagem, acomodação, passeios, transporte e alimentação. Qual a melhor forma de levar dinheiro para Portugal? A Wise é uma empresa global, que conta com mais de 16 milhões de usuários. A conta oferece facilidade, rapidez e segurança nas transferências internacionais online em mais de 50 moedas. Eu, particularmente sempre utilizo o cartão Wise. Em minha opinião, a Wise é muito intuitiva, rápida e fácil de utilizar. Você consegue gastar em mais de 40 países, não paga anuidade, e tem 100% das conversões feitas com o câmbio comercial, segundo experiências de clientes relatadas no site. Outra opção também de conta para converter do real para o euro e vice-versa é a Remessa Online. A empresa permite realizar operações em até 9 moedas internacionais. Portanto, ter uma conta internacional é imprescindível antes de viajar, pois além de guardar o dinheiro que você irá precisar para morar em Portugal, esta é um dos comprovativos exigidos na imigração para o país. Dicas para organizar a sua reserva financeira para morar em Portugal Recomendo, em uma planilha (no Excel ou nas planilhas do Google), fazer um planejamento financeiro com: Custos iniciais: documentação e visto para morar em Portugal, passagens aéreas e malas de mudança, alojamento temporário, NIF e outros custos; Custos fixos: aluguel e caução, contas de casa, transporte, alimentação, chip de celular e internet, outras despesas; Orçamento para emergências. Depois de ter a sua planilha feita, criar uma conta internacional online (Wise, Remessa Online ou outras). O tempo de organização pode variar muito dependendo das suas condições financeiras. Eu, por exemplo, precisei de 2 anos para ter tudo que eu precisava, e deu certo! A fim de conseguir juntar o dinheiro que seria necessário para a mudança, além da planilha de reserva, eu criei uma planilha dos meus gastos mensais no Brasil e, assim, foi possível visualizar os custos variáveis que eu podia diminuir para guardar o dinheiro na minha conta internacional.S Se você está na fase de planejamento para se mudar para Portugal, indico que conheça o ebook Como Morar em Portugal. Atualizado em 2024, o ebook foi editado inteiramente pela equipe do Euro Dicas tem todas as informações necessárias para orientar você na sua organização da mudança de país, desde a fase de planejamento no Brasil até os seus primeiros passos em terras lusas. Vale a pena ler!

O custo de vida em Porto Portugal é alto
Portugal

Custo de vida em Porto, Portugal: principais gastos e como calcular

Se o Porto é o destino escolhido para viver no país luso, então você precisa conhecer o custo de vida na cidade para se preparar. Por se tratar de uma das maiores cidades do país e segunda maior área metropolitana, o custo de vida em Porto Portugal é mais elevado do que no interior do país. Apresentamos em detalhes os custos, de alimentação até moradia, passando por gastos com saúde, transporte e lazer. Confira! Pergunta Resposta Quanto custa morar no Porto? O valor depende muito do seu estilo de vida e de onde você escolhe morar. Mas já adiantamos que para morar no centro é preciso pelo menos 1.800€. Qual a média do preço do aluguel em Porto? A média é de 17,1€/m² na cidade e 15,1€/m² no distrito. O valor varia conforme a região, sendo muito difícil o aluguel de um apartamento de um quarto no centro do Porto por menos de 800€. Como calcular o custo de vida no Porto?‌ Somamos as médias dos gastos mais básicos como aluguel, alimentação, contas da casa, transporte, saúde e lazer. Consideramos também um valor para emergências. Como é o custo de vida em Porto, Portugal? Morar no Porto significa morar em uma das cidades com custos de vida mais elevados de Portugal, ficando atrás apenas de Lisboa. Porém, a cidade oferece de tudo aos moradores: qualidade de vida, boas opções de lazer e um clima agradável para se viver. Entre os itens que mais pesam no custo de vida em Portugal, e em especial nas grandes cidades, está o aluguel. Dessa forma, com a pressão imobiliária, especialmente em decorrência do turismo, os aluguéis nos centros das cidades se tornaram mais escassos e os valores mais elevados. Em Porto ou no Porto? No Porto. Esse é um dos erros mais comuns cometidos pelos brasileiros que acabaram de chegar na cidade. Mas com pouco tempo é possível perceber que o correto é no Porto e não em Porto. Também é importante destacar que existe a cidade do Porto e o distrito do Porto — o que teria uma equivalência ao nosso Estado federativo. Falando nisso, descubra como é a vida dos brasileiros no Porto. Custo de vida na cidade do Porto é mais barato que o de Lisboa? Sim. O custo de vida no Porto, na maioria dos itens, é mais barato que o custo de vida em Lisboa. Entretanto, um dos itens que mais pesa nessa conta, sem dúvida, é a moradia. Se no Porto consideram os aluguéis caros, em Lisboa eles são, em média, 43,8% mais caros, segundo o comparativo do site Numbeo. Além disso, comer fora no Porto também é mais barato que em Lisboa, cerca de 32,1%. O único item que tem o mesmo valor é o transporte público, mas apenas com relação ao passe mensal. Assim como acontece no Porto, em Lisboa existem duas categorias de passes: o de 30€, apenas para a zona municipal e o de 40€ que abrange a área metropolitana. Aumento do custo de vida no Porto O aumento do custo de vida em Portugal pode ser sentido especialmente em cidades como o Porto. Inegavelmente, os preços de aluguel tiverem crescimento constante nos últimos anos. Se em 2014 era possível alugar um T3 (apartamento de 3 quartos) no centro do Porto por 600€, em 2024 com esse valor já não é mais possível alugar sequer um apartamento de 1 quarto. Pelo menos não no centro. Outros custos também tiveram aumento, mas, por outro lado, o transporte barateou, com o estabelecimento dos novos modelos de passe de transporte. Com a pandemia de coronavírus em 2020, sofreu uma estabilização. Os aluguéis, apesar de não terem tido uma queda significativa no Porto, pararam de subir substancialmente durante algum tempo e passou a ser possível encontrar algumas boas ofertas para viver na zona central da cidade. [caption id="attachment_167551" align="alignnone" width="750"] Calcular o seu próprio custo de vida é essencial para fazer um planejamento financeiro eficiente para a mudança de país.[/caption] Entretanto, em 2022 os preços voltaram a subir e continuam a escalar ano após ano. Para se ter uma ideia, segundo o relatório da evolução de preços das casas do Idealista, nos últimos 5 anos, o valor do metro quadrado para aluguel no Porto (cidade) saltou de 10,4€/m² em 2019 para 17,10€/m² em 2024. Em 2022, a inflação atingiu 10,1%, o que teve impacto no bolso dos portugueses e estrangeiros residentes. A população sentiu a conta do supermercado ficar mais cara. Nos meses seguintes, a taxa foi diminuindo, ainda que tenha sentido um forte impacto da Guerra da Ucrânia, fechando o ano de 2023 com a taxa de 1,4%. Segundo os dados do INE referentes a março de 2024, voltou a subir e o Índice de Preços do Consumidor (IPC) aumentou em 2,3%. Principais despesas do custo de vida em Porto Para calcular o custo de vida em Porto Portugal, é preciso considerar alguns itens separadamente. Por isso, apresentamos os valores médios da vida na cidade. Eles foram extraídos, em sua maioria, do site Numbeo, em abril de 2024 e também contam com a nossa experiência pessoal como residentes da cidade. Custo de vida no Porto com aluguel Não é novidade que o aluguel consome uma boa parcela do orçamento mensal. No Porto não é diferente, já que os valores de aluguel aumentaram consideravelmente nos últimos anos, se estabilizaram na pandemia e voltaram a subir a partir de 2022. A verdade é que viver no centro do Porto pode ser bem caro e comprometer boa parte do custo de vida, mas tem uma série de comodidades que devem ser consideradas. Apresentamos os valores médios de aluguel, confira: Tipo de imóvel No centro do Porto Fora do centro do Porto Apartamento de 1 quarto 966€ 742€ Apartamento de 3 quartos 1.544€ 1.201€ Contas fixas mensais As contas têm valores bem lineares, sendo a maior diferença entre os meses de verão e inverno. Isso porque, é comum que no inverno as pessoas consumam mais água quente, usem os aquecedores, entre outros fatores. De modo geral, as contas de casa são: Item Custo Energia, gás e água 105,43€ Internet e TV 35,08€ TV, internet e celular No meu caso (Carolina), os valores de energia e água giram em torno de 85€ a 105€ por mês, já que na minha casa todos os itens são elétricos e não tenho conta de gás. Já na internet e TV optei por um plano completo, no qual incluo dois chips de celular, nesse caso, pago cerca de 60€. Por outro lado, se quiser optar por um plano apenas de TV e internet, o custo pode ficar mais baixo, entre 30€ e 40€, como os pacotes oferecidos pelas principais operadoras: Vodafone, NOS, MEO, ou NOWO. A inclusão do celular pode parecer um gasto extra, mas no fim faz mais sentido, funciona como um plano pré-pago, no qual você pode optar ou não por ter gastos extras na conta. Além disso, é mais cômodo, já que o plano renova automaticamente e não preciso me preocupar com mais uma conta. No meu caso (Lívia) que moro sozinha e trabalho fora, pago cerca de 70€ por mês de contas fixas que inclui a internet, água e energia. Energia Uma dica para a energia, caso o aquecimento da água seja elétrico, o ideal é regular a temperatura da água, especialmente na mudança de estação. Isso porque o cilindro é um dos itens que mais consome energia em casa, e manter uma temperatura mais baixa pode ter um impacto significativo na conta. Outra opção é comprar um temporizador para cilindro. Neste caso, o aparelho custa de 10€ a 20€ e você pode configurá-lo para o cilindro só funcionar em alguns momentos do dia, evitando um gasto desnecessário com o aquecimento da água. Outro ponto a ser considerado é o aquecimento. No Porto faz muito frio no inverno e a maioria das casas não são preparadas para ele — exceto os apartamentos mais novos que costumam contar com aquecimento central. No caso de não ter essa comodidade na sua casa, deve considerar um gasto com um aquecedor, seja ele elétrico, a óleo ou gás. Eu (Lívia) optei por comprar um aquecedor a gás ao invés do elétrico, com isso, nos meses de inverno, tenho um aumento no meu custo de vida no Porto. O gasto varia conforme o meu consumo e necessidade de me aquecer, mas em média, um botijão de gás dura cerca de 20 dias. O valor que pago na botijão é de 36,40€. Custo de vida com alimentação no Porto Portugal A alimentação em Portugal tem valores bem semelhantes em todo o país, assim os custos com supermercado pouco variam de uma cidade para outra. Como já foi mencionado anteriormente, a inflação andou castigando o bolso dos portugueses e estrangeiros em 2022, mas ainda que já esteja bem mais baixa, ainda sentimos os preços altos dos alimentos. Todavia, com um pouco de empenho é possível encontrar promoções e supermercados em Portugal que praticam preços mais honestos, contribuindo para o seu custo de vida em Porto. A seguir apresentamos alguns valores médios de alimentos no supermercado: Item Preço Leite (L) 0,90€ Arroz (kg) 1,41€ Ovos (dúzia) 2,69€ Queijo nacional (kg) 9,71€ Filé de frango (kg) 6,83€ Bife de carne vermelha (kg) 12,17€ Batata (kg) 1,39€ Cebola (kg) 1,70€ Tomate (kg) 2,22€ Podemos estimar que um casal gasta, em média, 350€ de supermercado por mês. No entanto, esse valor pode variar entre 250€ e 400€, dependendo especialmente do tipo de produto que consomem, se optam por marca do supermercado ou marcas conhecidas, quanto aproveitam as promoções, entre outros aspectos. Para ter uma ideia, eu (Lívia) morando sozinha, gasto uma média de 50€ por semana de supermercado, incluindo ali um vinho, umas cervejinhas e um docinho. Contudo, tenho amigos que gastam cerca de 20€ a 30€ por semana, mas em uma alimentação baseada em macarrão, arroz e feijão enlatado. [caption id="attachment_173790" align="alignnone" width="750"] O custo de alimentação é muito variável, por depender do que tem costume de consumir no dia a dia. Foto: Lívia Tostes[/caption] Uma boa forma de estimar estes gastos é realizando uma compra online. Faça uma lista com os itens regulares da sua semana e simule a compra. O ideal é realizar pelo menos 3 simulações, em períodos diferentes do mês, para entender as promoções, como elas podem impactar no valor das compras e, consequentemente, no custo de vida em Porto Portugal. Custos para comer fora no Porto Gastos para comer fora também devem ser considerados. Seja porque você não gosta ou não tem tempo de cozinhar, seja por uma questão de lazer. Eu (Lívia), almoço fora ao menos 2 vezes por semana e janto fora ao menos 1 vez por semana. No meu caso, é uma mistura da falta de tempo com o lazer. Confira a média de gastos para comer fora no Porto, segundo os dados do Numbeo e a minha experiência: Item Preço Refeição em restaurante simples 6,50€ a 9€ Refeição para 2 pessoas em restaurante médio 40€ McMeal no McDonald's 7,50€ Cerveja nacional (500 ml) 2,50€ Cerveja importada (330 ml) 3€ Cappuccino 1,58€ Refrigerante 1,50€ Água (330 ml) 1€ Gastos com transporte no Porto O transporte público no Porto conta com o passe único, o qual é um bilhete mensal que permite ao usuário circular por 3 zonas ou por todas as zonas da área metropolitana. Além disso, o passe permite andar de ônibus, nos elétricos (bondinhos) e no metrô do Porto. Para o caso de viagens esporádicas, existe a possibilidade de comprar um cartão recarregável. Pode-se carregar de 1 a 30 viagens do mesmo tipo e ao se comprar 10 iguais de uma vez, ganha-se 1 grátis. O valor depende de quantas zonas do transporte público vai cruzar. [caption id="attachment_167546" align="alignnone" width="750"] Com o Andante pode ser utilizado em todos os transportes públicos do Porto. Foto: Lívia Tostes[/caption] Para deslocações mais curtas, os bilhetes unitários Z2, Z3 e Z4 custam 1,40€, 1,80€ e 2,25€ e permitem passar por entre 2, 3 e 4 zonas, respectivamente. Do Z5 ao Z9, os valores variam entre 2,75€ a 4,55€ e permitem viajar por entre 5 a 9 zonas. Há também opções de passes mensais familiares, na versão municipal e na metropolitana. De modo geral, os valores não são absurdos, o que não impacta tanto no custo de vida em Porto Portugal. Confira os valores: Abrangência Valor 3 zonas limítrofes a escolha do usuário (Andante 3Z) 30€ Todas as zonas da zona metropolitana 40€ Andante família municipal (3 zonas) 60€ Andante família metropolitano 80€ Custo de vida com saúde e bem-estar Outros pontos a considerar no seu custo de vida em Porto Portugal são relacionados a sua saúde e bem-estar. Começando pelo seu bem-estar pode estar ligado a várias atividades, desde um passeio ou piquenique no parque, até academias de ginástica. Por isso, separamos algumas opções para promover o seu bem-estar e o custo médio. Item Preço médio Academia de ginástica 35€ Aluguel de quadra de tênis (1 hora) 15€ Aluguel quadra de padel (1 hora) 15€ Aluguel campo de futebol (1 hora) 70€ Academia de escalada (mensalidade com horário livre) 55€ Yoga (2 x semana) 60€ Pilates (aula) 40€ Passeio ou piquenique no parque Gratuito Praias de rio e mar Gratuito (dependendo de onde morar, terá o gasto com transporte público) Já a saúde pública em Portugal é de qualidade e atende à população de forma eficiente. Porém, diferente do Brasil, o atendimento pode ter custos para a população. As consultas primárias, com médico de família (clínico geral), e os exames solicitados por esses profissionais são gratuitos. Da mesma forma, as consultas de especialidade também são gratuitas, desde seja encaminhado pelo seu médico de família. O atendimento de urgência também não é cobrado em alguns casos, como quando o paciente é encaminhado ao hospital pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS). [caption id="attachment_167548" align="alignnone" width="750"] Cada região da cidade tem um centro de saúde para atender a população gratuitamente. Foto: Lívia Tostes[/caption] Por outro lado, o atendimento de urgência será cobrado se o paciente for diretamente ao hospital, ou seja, sem passar pela triagem (presencial ou telefônica) do SNS. Nessas situações, faz-se necessário o pagamento de taxas moderadoras, cujos valores são 14€ para urgência básica e 18€ para emergência polivalente. Mas, se o utente precisar ser internado, não pagará as taxas. Coparticipação na compra de medicamentos Outro fator interessante é o custo com remédios, caso sejam prescritos pelo médico do SNS, os custos são consideravelmente mais baixos. Assim, basta apresentar a receita e ter os descontos (taxa de coparticipação). No próprio receituário há a indicação do custo máximo do remédio, sendo esta mais uma forma de diminuir o custo de vida no Porto. Custos com saúde privada no Porto, Portugal Apesar da saúde pública ser eficiente, há muitas pessoas que optam pela saúde privada. Nesse caso, você não precisa passar por um médico de família para conseguir uma consulta com um especialista, por exemplo. Contudo, os custos serão altos — uma consulta médica com especialista custa entre 80€ a 100€, sem contar os exames que poderão ser solicitados. Uma boa forma de acessar o sistema privado é contratar um seguro de saúde em Portugal. Ele é semelhante ao plano de saúde no Brasil, tem um custo relativamente baixo — a partir de 25€ por mês é possível contratar um plano satisfatório. Porém, a maioria dos seguros funciona de forma coparticipativa, ou seja, ao fazer uma consulta com o plano, você paga um determinado valor e a seguradora paga o restante. Por exemplo, se uma consulta com especialista custa 80€, você terá que pagar em média 15€, dependendo do plano. Eu (Lívia), pago 32,50€ por mês no meu seguro saúde. Quando preciso ir ao médico, pago entre 15€ a 18,50€, a depender da especialidade médica. Quando rompi o ligamento do tornozelo, precisei fazer uma ressonância magnética e paguei 50€ (o valor sem o plano era acima de 120€). Recentemente, em março de 2024, fiz um hemograma simples e paguei 4,75€ com o meu plano. Isso acontece porque em Portugal não existem planos semelhantes aos do Brasil, em que o usuário paga um valor mais alto que cobre todos os custos de saúde. Dessa forma, optar pelo sistema privado de saúde é mais caro, mas pode ter alguns benefícios, entre eles a possibilidade de buscar um especialista sem ter que passar pelo clínico geral. Gastos com lazer e entretenimento Os custos de lazer são os mais variáveis desta lista, pois eles vão depender especialmente do seu estilo de vida e do que gosta de fazer no tempo livre. Todavia, existem alguns aspectos que podem ser considerados nessa conta, por isso, destacamos alguns itens que podem fazer parte do seu lazer, confira: Item Custo Ingresso para o cinema 7€ Ingresso para o teatro 9€ a 15€ Cerveja nacional nos bares (500 ml) 2,50€ Cappuccino 1,62€ Festival Primavera Sound Porto (em junho e pista geral para 3 dias) 175€ Queima das Firas do Porto (em maio e por dia) 13€ Almoçar fora em restaurante simples 9,25€ Jantar fora em restaurante médio (refeição completa) 40€ Custo de vida no Porto com educação O custo de vida no Porto, no tocante à educação, tem valores muito distintos para creches, escolas ou universidades. Pesquisamos os sites das principais instituições em abril de 2024 e fizemos a média dos valores encontrados. Quartos e residências universitárias Outro gasto que pode impactar com o custo de vida no Porto e também está relacionado à educação é o aluguel de quarto ou residências universitárias. O valor é mais em conta do que um apartamento completo, partindo dos 250€, no caso de quartos individuais, e variando entre 180€ e 850€, no caso de residências universitárias — estas podendo ser públicas (da própria universidade) ou privadas. Resumo do custo de vida em Porto A partir do que foi apresentado, fizemos um resumo do custo de vida no Porto. Portanto, os valores consideram os preços apresentados no Numbeo e alguns dados de experiência própria na cidade, em abril de 2024. Os valores consideram um casal sem filhos vivendo no centro do Porto: Item Especificação  Custo Aluguel Apartamento de 1 quarto no centro do Porto 966€ Alimentação Compras de supermercado 350€ Contas da casa Água, gás, energia e internet com celular 140€ Transporte Passe mensal para 3 zonas 60€ Saúde Seguro saúde 60€ Lazer Almoços, jantares, saídas, cinema, teatro, etc. 250€ Total 1.826€ Certamente, outros custos poderiam ser adicionados a essa lista, como educação, academia, viagens, etc. Porém, apresentamos apenas os itens gerais que se refletem nas contas mensais básicas de um casal. Custo de vida de estudante em Porto, Portugal Para analisar quanto custa estudar em Portugal é preciso considerar os gastos básicos listados acima e ainda acrescentar os valores com relação ao estudo em si, por exemplo, o valor da mensalidade da universidade. Contudo, os estudantes acabam tento um custo de vida mais baixo, uma vez que alugam quartos para viver, podem economizar com a alimentação no bom e velho “bandejão”, e, pela nossa experiência própria enquanto estudantes no país, dá para economizar até no lazer — com bares e festas universitárias. Desse modo, apresentamos uma média do custo de vida em Porto Portugal para um estudante: Item Especificação Custo Aluguel Aluguel de quarto 350€ Alimentação Compras de supermercado 250€ Contas da casa Água, gás, energia e internet com celular A maioria dos quartos inclui as contas no valor do aluguel Transporte Passe mensal para 3 zonas 30€ (estudantes até 23 anos tem acesso gratuito) Saúde Saúde pública Gratuita Lazer Saídas noturnas, bares e festas universitárias 150€ Total   780€ Custo de vida no Porto vs Salário O salário mínimo em Portugal em 2024 é 820€. Para um casal, na hipótese de cada um ganhar apenas o mínimo, será certamente uma vida com muito mais controle e restrições. Nesse sentido, talvez morar no interior de Portugal seja outra opção. Inclusive, com incentivos para morar no interior sendo fornecidos pelo governo. Já o salário médio, segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística, o último trimestre de 2023, fechou com um salário médio de 1.670€. Dessa maneira, um casal que entre nessa média, consegue viver de forma confortável, ganhando o suficiente para cobrir o custo de vida no Porto. Em pesquisa recente, o Eurostat mediu o nível dos salários mínimos de 2024 em 27 países europeus e dividiu os países em três grupos: Países com salário superior a 1.500€; Países com salário superior a 1.000€ e 1.500€; Países com salário inferior a 1.000€ — Portugal está nesse grupo. Dentre os países analisados, considerando os salários dos mais altos para os mais baixos, Portugal se encontra na 11ª posição, enquanto Luxemburgo, Irlanda e Holanda ocupam as primeiras posições com salários que ultrapassam os 2.000€ mensais. Custo de vida: Porto versus Lisboa Se tem dúvida entre morar em Lisboa ou Porto, analisar o custo de vida de cada cidade pode ajudar na decisão. Conforme explicamos no início do artigo, a capital portuguesa apresenta preços mais elevados, sobretudo no que diz respeito ao aluguel. Mas de quanto estamos falando? Confira os indicadores segundo os dados do Numbeo, em abril de 2024. Indicador Variação Preço do consumidor sem aluguel Porto é 10,7% mais baixo que Lisboa Preço do consumidor com o aluguel Porto é 18,3% mais baixo que Lisboa Preço do aluguel Porto é 30,4% mais baixo que Lisboa Preço dos restaurantes Porto é 24,3% mais baixo que Lisboa Preço de supermercado Porto é 4,9% mais baixo que Lisboa Poder de compra local Porto é 37,5% maior que Lisboa Custo de vida no Porto versus interior Já comparando o custo de vida em Porto Portugal, com outras cidades do interior do país, os gastos dos portuenses são mais altos, sobretudo no aluguel, por outro lado, o poder de compra é superior. Confira os indicadores, segundo o Numbeo em abril de 2024: Indicador no Porto Braga Aveiro Coimbra Preço do consumidor sem aluguel Porto é 4% mais alto que Braga Porto é 4,7% mais baixo que Aveiro Porto é o mesmo que Coimbra Preço do consumidor com o aluguel Porto é 9,8% mais alto que Braga Porto é 4,2% mais alto que Aveiro Porto é 8,2% mais alto que Coimbra Preço do aluguel Porto é 23,9% mais alto que Braga Porto é 28,4% mais alto que Aveiro Porto é 29,5% mais alto que Coimbra Preço dos restaurantes Porto é 2,3% mais baixo que Braga Porto é 2,5% mais baixo que Aveiro Porto é 0,3% mais alto que Coimbra Preço de supermercado Porto é 11,5% mais alto que Braga Porto é 6,9% mais baixo que Aveiro Porto é 1,4% mais alto que Coimbra Poder de compra local Porto é 21,7% mais alto que Braga Porto é 38,3% mais alto que Aveiro Porto é 21,2% mais alto que Coimbra Dicas para economizar no custo de vida no Porto O custo de vida no Porto, a princípio, parece bem elevado, considerando especialmente o salário mínimo em Portugal. Por isso, a dica principal é organização financeira, vale a pena ter uma planilha mensal na qual contabilize todos os gastos. Esse controle é essencial para entender os custos da cidade e também definir os orçamentos. Do mesmo modo, outra dica importante é quanto à escolha do local para viver. Muita gente opta por viver nos arredores do Porto, isso porque os custos de aluguel são mais baixos e, em alguns casos, é possível encontrar apartamentos maiores. No entanto, vale a pena colocar no papel os custos antes de decidir onde viver. [caption id="attachment_167552" align="alignnone" width="750"] Buscar moradia fora da zona central do Porto ou na região metropolitana é a melhor maneira de economizar.[/caption] Apesar de parecer uma certa economia, em muitos casos pode ser um custo a mais. Por exemplo, eu (Carolina) vivo no centro do Porto e praticamente não tenho gasto com transporte. Assim, quando se vive mais afastado da cidade, além do passe mais caro de transporte, é preciso incluir nessa conta, alguns transportes privados para voltar para casa à noite, após uma saída, por exemplo. De maneira idêntica, outra dica é explorar os restaurantes e bares mais locais, especialmente nas zonas residenciais mais próximas do centro, onde é possível encontrar ótimos restaurantes com preços bem mais baixos em comparação à Baixa do Porto. Já eu (Lívia), vivo afastada do centro, mas em um bairro do Porto que tem uma excelente infraestrutura: lojas de comércio local, farmácias, supermercados, cafés, açougues, academias e até hospital. Então, no dia a dia, a minha vida acontece ali mesmo e raramente preciso ir ao centro. No entanto, quando chega final de semana e quero dar uma volta pela Baixa, acabo tendo que recorrer ao transporte público ou, na maioria das vezes, aos aplicativos de carro. Sem dúvida, nas zonas mais turísticas os preços são mais elevados, especialmente porque são destinados aos turistas. Por isso, explore a culinária portuguesa nos pequenos restaurantes. A brasileira Luiza Mouzinho, compartilha a experiência do custo de vida pessoal morando no Porto. Guia para planejar sua mudança Planejar a mudança para Portugal é essencial para se estabelecer de forma tranquila e sem problemas. Por isso, recomendamos que você comece esse planejamento com uma boa antecedência e se prepare financeiramente para a mudança. Para ajudar nesse processo, preparamos o Programa Morar em Portugal, um guia completo com videoaulas, e-book e fóruns especiais para esclarecer dúvidas sobre documentos, adaptação e outras questões pertinentes à mudança. Aproveite e boa sorte! Perguntas frequentes sobre o custo de vida em Porto Portugal Reunimos ainda algumas dúvidas frequentes dos nossos leitores para respondê-las aqui no artigo, confira! Diante do custo de vida em Porto, vale a pena morar na cidade? Na minha opinião (Lívia), sim! Apesar do alto custo de vida do Porto Portugal, eu amo viver na cidade. Acredito que ela traz um misto de cidade grande com cidade pequena, ou seja, ela não é tão grande e nem tem um ritmo mais frenético como Lisboa, mas também não é tão pequena e pacata quanto muitas cidades do interior. Por experiência própria, a melhor forma de buscar um equilíbrio financeiro é se abrir para viver fora da região central. Outro dia escutei portugueses conversando em um café e eles diziam que a Baixa (o centro) já não é dos portugueses, mas sim dos turistas. E infelizmente tenho que concordar. Inclusive, já tive a péssima experiência de viver na Ribeira (não é no centro, mas é turística) por 6 meses e foi um verdadeiro inferno na minha vida. Apesar de ter uma vista para o Rio Douro e a Ponte Dom Luís, o prédio inteiro era Airbnb e a bateção de mala na escada todo santo dia era insuportável. Sem falar da portaria que estava sempre aberta. Então, mesmo que o custo de vida seja alto, ainda é possível buscar alternativas para diminuir o gasto que mais pesa: o aluguel. Contudo, planejamento é fundamental para quem deseja viver no Porto ou em qualquer outra cidade do país. Então, reforço o Programa Morar em Portugal. Ele será um excelente guia para organizar o planejamento financeiro e as questões burocráticas que envolvem a mudança de país. Boa sorte com a mudança e nos vemos pelas ruas do Porto!

Be Belle é o sucesso dos cosméticos brasileiros em Portugal.
Investir em Portugal Portugal

Be Belle: case de sucesso em Portugal dos cosméticos brasileiros

Sustentabilidade, beleza e mercado pet. Estes são três segmentos que devem estar no seu radar quando o assunto é empreender no país luso. Neste artigo, apresento a você mais detalhes como você pode aproveitar a onda nestes mercados e te conto sobre a Be Belle, o sucesso em Portugal dos cosméticos brasileiros. Sucesso requer planejamento e conhecimento Construir um posicionamento fora do Brasil é como sempre digo: uma maratona. Temos muitas vezes a visão de que basta ter sucesso no Brasil que será uma consequência natural ter uma empresa bem sucedida fora do nosso país. Empreender no Brasil é um mega desafio. Assim como eu, você sabe como temos que remar contra uma centena de marés contrárias. Em muitos momentos chego a pensar que ser empresário no Brasil é quase um castigo. Somos punidos por todos os lados. Impostos, processos trabalhistas, logística desafiadora e mais um emaranhado de complexidades que um estrangeiro nunca entende quando tento explicar. Construir uma empresa sólida em nosso país é realmente um grande desafio e os aprendizados para quem tem sucesso não são poucos. Eu gostaria realmente de dizer a você que com tanto aprendizado percorrido, isso já bastaria para que a vitória em Portugal fosse certeiro. Mas, como a vida tem muitos poréns, não posso enganá-lo. Não há sucesso garantido O sucesso no Brasil não é certeza de sucesso em Portugal e justamente por isso, criamos a Atlantic Hub. Nos podemos ajudá-lo em todas as fases deste processo. Digo sempre que quando o assunto é internacionalizar sua empresa para o mundo por meio do país luso, você não está sozinho. Conte com nossa expertise do início ao fim. Ludmila Bonelli Cruz, empresária por trás da marca Be Belle contou conosco quando desejou internacionalizar a sua empresa, que hoje é um case de sucesso em Portugal. Nesta coluna compartilho os caminhos que percorremos juntos e que levou a sua magia do Brasil para a Europa! Uma empresária de coragem Eu poderia descrever a empresária Ludmila como você mesmo poderá pesquisar nos canais onde a Be Belle está presente, afinal a história dela como criadora de uma linha muito mais que especial de cosméticos é famosa em diversos círculos do Brasil. Ludmila Bonelli, proprietária da clínica Belle Bonelli, é cosmetóloga e bacharel em fisioterapia pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, possui mais de 20 anos de experiência em tratamentos estéticos. Sua trajetória tem revelado seu marcante espírito científico, empreendedor e pioneiro em tratamentos para recuperação da saúde da pele, introduzindo este conceito de atuação desde 2002. Membro de sociedades científicas conceituadas na comunidade, autora de artigos e de trabalhos científicos em Congressos e Jornadas. Hoje, reconhecida nacional e internacionalmente, tem se dedicado a estudar, buscar o crescimento profissional e o resultado real que os recursos terapêuticos da estética podem realizar em seus clientes. Criação da Be Belle Nasce deste ímpeto e coragem em pesquisar novos tratamentos para a pele, tornando a Be Belle única. Conhecida por muitos clientes como muito mais do que um tratamento estético, mas sim um aliado contra diversos males da pele e um importante ativo contra o envelhecimento, as fórmulas desenvolvidas pela Be Belle tem uma única origem: a mente inovadora e criativa da Ludmila. Eu, Benício, tenho a oportunidade de conviver com a Ludmila no projeto de internacionalização da sua empresa. Pude estar em diversas reuniões de trabalho e em momentos informais conhecendo a pessoa por trás da empresa. Ludmilla faz o que mais acredita, sua empresa e sua linha de tratamentos são a sua energia vital. Nossa história começa em Portugal. Ludmila conheceu a Atlantic Hub como milhares de brasileiros nos conhecem pelas redes digitais e por meus vídeos — tenho orgulho de dizer que já escrevi mais de 400 artigos sobre como empreender em Portugal e tenho mais que 500 vídeos publicados sobre este mesmo tema. Um passo para trás e dois para frente Quando conheci a história da Ludmila, iniciei um estudo de mercado com ela sobre a oportunidade existente em Portugal e Europa para os produtos da sua linha de tratamentos da pele. Nosso maior desafio, logo no início do projeto, foi justamente que ela já havia, individualmente, feito uma tentativa de internacionalizar em Portugal. Sua tentativa foi bastante complicada e custosa. Eu sempre ressalto os desafios de internacionalizar quando ele é feito emocionalmente e sem os cuidados necessários. A Be Belle sabe bem o que digo. Elas passaram por enormes desafios, tendo colocado muitos recursos financeiros em um projeto que não devolvia em vendas. Quando cheguei ao projeto, infelizmente tive que dizer que precisávamos reiniciar. Esta não é uma boa notícia para quem está tendo custos em euros e com um estoque enorme. Ludmila é sábia e compreendeu que deveríamos dar um passo para trás, entender o mercado de fato, fazer uma análise de concorrência e um estudo detalhado para só depois, traçarmos uma estratégia correta rumo às vendas. [caption id="attachment_172590" align="alignnone" width="750"] Equipe da Atlantic Hub com Ludmila e sua irmã Lessandra, as essências da Be Belle. Foto: Atlantic Hub[/caption] Um “não” é melhor que um “sim” mentiroso. Aprenda isso quando você estiver pensando em internacionalizar. Quero sempre deixar claro que nós da Atlantic Hub apenas apoiamos projetos de empresas com produtos e serviços que realmente fazem sentido fora do Brasil. Desta maneira, ao fecharmos o ciclo dos estudos com a Be Belle, entendemos que estávamos diante de uma boa oportunidade de reverter seus prejuízos e iniciar uma nova fase. Alinhamento de rota e um novo recomeço Foram dois meses entre o estudo de mercado e o alinhamento de rota para uma nova estratégia comercial do seu segmento de negócio em Portugal. Este é um processo que não é simples. Portugal tem suas complexidades e uma das maiores é a dificuldade em abrir reuniões. Os portugueses parecem mais preocupados em questionar se o seu produto é só mais um tentando entrar no mercado ou se, de fato, é mesmo uma empresa que deseja fincar raízes no continente. Nosso trabalho tem desdobramentos em diversas etapas. Em alguns casos, alinhamos os estudos de viabilidade, porém em outros criamos uma estratégia de abertura de mercado para o cliente executar sempre tendo como ponto de partida a viabilidade do negócio. Em casos específicos, esta não é a regra, atuamos diretamente como a frente de vendas. A Be Belle é um exemplo disso, construímos uma estratégia comercial, criamos uma visão dos principais players do mercado e atuamos com nosso networking criando agendas comerciais. Construindo uma autoridade de marca em Portugal A Ludmilla esteve cinco vezes em Portugal (entre setembro de 2023 a maio de 2024), atuando diretamente em frentes comerciais, gerando conteúdo, exposição no mercado e em palestras com especialistas da área. Ela é uma autoridade neste meio, já escreveu dezenas de artigos sobre o tema e palestrou para especialistas do segmento estético em inúmeras cidades de Portugal. Este ativo pessoal é importante uma vez que a venda dos produtos da Be Belle, na sua maioria, ocorre no que chamamos de vendas B2B. Portais e marketplaces são exemplos de empresas que atuam como distribuidores dos produtos da marca. Mas assim como no Brasil, as farmácias são importantes canais de vendas, além de salões de cabeleireiros, profissionais e médicos do setor. [caption id="attachment_172592" align="alignnone" width="750"] Equipe da Atlantic Hub em reunião comercial com uma empresa de distribuição do segmento. Foto: Atlantic Hub[/caption] Duas, três, quatro ou mais reuniões são necessárias para as vendas começarem a acontecer. Importante destacar que além das vendas em pontos de vendas ou em portais, a presença da marca é fundamental. De ações nas mídias digitais a anúncios off-line tudo precisa ser pensado e neste quesito a atuação com uma empresa local é essencial. Em nossa estratégia de internacionalização ter os parceiros ideias também é um dos passos para a redução dos riscos. Cabe salientar que no processo de internacionalização da Be Belle muitos recursos financeiros foram envolvidos. Imagine você que apenas o estoque que existe em Portugal de quatro produtos da linha de tratamento facial já colocam um montante bem expressivo de investimentos. Se internacionalizar é prioridade dentro da sua empresa, saiba que não é apenas a sua boa energia pessoal que será o decisor para o sucesso, mas também, os recursos financeiros até que as primeiras vendas ocorram — e isso não pode ser minimizado. Lições e aprendizados da Be Belle Os aprendizados do processo de internacionalização da Be Belle dariam com certeza um livro. Mas quero colocar para vocês apenas os mais essenciais. Não acredite em uma única opinião para levar seu produto ou serviço para Portugal. Esteja acompanhado de especialistas neste processo; Atue como influenciador dos seus produtos e serviços. Sua história no Brasil deve ser contada em Portugal, mas ela precisará estar no canal correto para ser compreendida. Respeitar a cultura local é essencial; Jamais comece querendo que as vendas alimentem seu processo e paguem os custos da internacionalização. Você precisará investir neste projeto recursos financeiros seus; Apesar de existir recursos dos governos europeus assim como o Portugal 2030 eles não são realidade para quem não tem empresa aberta há pelo menos dois anos e com faturamento. Não se iluda com a promessa de dinheiro fácil em Portugal; Abrir empresa em Portugal é simples, mas registrar produtos como os da Be Belle não é fácil. A Be Belle registrou seus produtos fora de Portugal, estando registrado na União Europeia acaba valendo para todos os países. Portugal, apesar de ser a porta de entrada, é em muitas ações lento e burocrático; Enviar produtos sem desenvolver uma estratégia de entrada e comercial é muito arriscado. A quantidade de produtos que a Be Belle enviou poderia ter sido toda comprometida caso as ações comerciais não decolassem Comece pelo começo, o estudo de mercado e de comportamento dos consumidores são sempre os primeiros passos. Como disse, o “não” no começo é melhor que um “sim” mentiroso. Internacionalizar não é simples. Conte com o apoio de quem sabe como é o mercado. Confira o vídeo com mais informações sobre o projeto e o caso de estudo da Be Belle: Hoje, lideramos a linha de frente das ações da Be Belle. Desenvolvemos um time comercial e estamos, semana após semana, abrindo novas portas comerciais e estratégicas para a Be Belle. As vendas começaram a decolar, porém, a jornada de consolidação no mercado ainda é longa. Estamos perto de atingir o equilíbrio da operação, mas queremos superá-los com ainda mais vendas. Por isso, trabalhamos dia após dia para atingir os objetivos. Deseja internacionalizar? Marque um momento conosco da Atlantic Hub e vamos juntos construir a sua história de sucesso e vamos iniciar uma análise do seu caso. Forte abraço!

Conheça nossas Trilhas

Morar na Europa oferece uma qualidade de vida excepcional, com sistemas de saúde eficientes, educação de alta qualidade e uma rica diversidade cultural.

Notícias recentes

Brasil e Portugal assinaram um acordo de combate ao racismo e à xenofobia
Notícias Portugal

Brasil e Portugal assim acordo de combate ao racismo e à xenofobia – saiba detalhes

O governo brasileiro e o recém-criado Observatório do Racismo e Xenofobia, da NOVA School of Law, em Portugal, fecham acordo de combate ao racismo e à xenofobia e vão atuar em parceria para identificar ações mais efetivas para lutar contra a discriminação por questões raciais e de nacionalidade. A cooperação entre os dois países foi confirmada pela ministra brasileira da Igualdade Racial, Anielle Franco, que esteve em Portugal e visitou a universidade, em Lisboa. Acordo garante produção de informação No encontro, foram assumidos compromissos relacionados à produção de dados sobre a população negra em Portugal, considerando o contingente de imigrantes brasileiros e africanos. Além disso, os países pretendem unir esforços para pedir a inclusão da contabilidade da raça e etnia nos censos, cumprindo as boas práticas internacionais e fomentando políticas de integração. Portugal quer fazer uma reparação histórica Em recente jantar do presidente Marcelo Rebelo de Sousa com jornalistas estrangeiros, durante a celebração do 25 de abril, o tema que mais ganhou destaque foi o da necessidade de Portugal “pagar os custos” dos erros cometidos no período colonial. O assunto ganhou destaque na mídia por muitos dias e entre diferentes públicos. Agora, mais uma vez, a ministra brasileira retomou o assunto em entrevista para a Agência Lusa. Segundo ela, o Brasil estaria à disposição para apoiar Portugal na criação de ações concretas sobre este assunto. “A reparação é uma questão muito extensa e muito séria e o Brasil tem vários exemplos de reparações em curso, como a lei de cotas. É importante analisar o que mais pode ser feito”, declarou Anielle Franco. “Eu sou muito crítica quando se fala de reparações concretas, porque muita coisa que para o povo negro é concreto, para outras pessoas não é”, referiu a ministra. Combate ao racismo e a xenofobia esteve na pauta de outros ministérios A agenda da ministra incluiu encontros com outras autoridades portuguesas, sempre para abordar o tema da xenofobia e do racismo. Um destes encontros foi com a ministra de Juventude e Modernização de Portugal, Margarida Balseiro Lopes. A pasta da ministra é responsável pelo programa Tens Futuro em Portugal, com foco na juventude portuguesa e lançado em maio deste ano, que tem grandes similaridades com o Plano Juventude Negra Viva, do governo brasileiro. Os números aumentam e o medidas para combater o racismo e a xenofobia em Portugal se tornam cada vez mais necessários. A ministra esteve também com o Embaixador do Brasil em Portugal, Raimundo Carreiro, tratando igualmente dos assuntos ligados à questão racial no país. Xenofobia e racismo aumentam em Portugal Os números podem variar conforme a fonte e nem sempre refletem a realidade (acredita-se que há muitos casos não notificados), mas os episódios de racismo e xenofobia têm crescido em Portugal. Dados de uma das poucas fontes disponíveis — as estatísticas da Comissão para a Igualdade e Discriminação Racial (CCIDR) — trazem 409 queixas em 2022, contra 408 do ano anterior. No geral, a diferença é pequena, mas quando se separa por nacionalidade, os casos contra brasileiros pularam de 108 para 168, dentro deste mesmo intervalo de tempo. De acordo com outra fonte, a GNR (Guarda Nacional Republicana), foram 347 crimes de discriminação em 2023, um acréscimo de 38% frente ao ano anterior, divulgou a Agência Lusa. No início deste ano, um documento assinado por diversas entidades, entre associações de imigrantes, comitês e núcleos partidários, foi entregue na embaixada brasileira em Lisboa. A carta, que já havia sido enviada ao presidente do Brasil, reforça a preocupação dos imigrantes brasileiros com a discriminação. Trecho do documento é direto ao abordar a violência. “É importante que o Governo brasileiro tome conhecimento dos casos de discriminação e violência que estão ocorrendo contra brasileiras e brasileiros em Portugal e que nosso presidente e nossos ministros expressem repúdio a esses ataques”. O embaixador brasileiro Raimundo Carreiro se mostrou solidário, mas lamentou que só sabe dos casos por meio da imprensa. “As pessoas precisam efetuar denúncias, para também termos dados e estatísticas, porque neste momento não chega a nós”. O embaixador falou da importância das vítimas procurarem a polícia e outras autoridades para apresentar queixa. No documento entregue ao governo brasileiro, as entidades signatárias afirmam que houve um aumento de mais de 500% nos casos de violência e racismo, entre os anos de 2017 e 2021. Brasil também planeja criar um Observatório Ainda como parte da parceria entre os dois países, foi acordado o desenvolvimento de um protocolo de cooperação com universidades portuguesas e brasileiras, para ser criado um observatório semelhante no Brasil. “Este acordo é um potente instrumento na luta contra o racismo, xenofobia e outras discriminações. Com esta assinatura, oficializamos a troca de conhecimentos e o desenvolvimento de ações conjuntas que irão beneficiar a população brasileira, principalmente aqueles que residem em Portugal”, afirmou a ministra brasileira. Segundo informação do jornal Público, a cooperação institucional anunciada prevê também a criação do Prêmio Marielle Franco, que irá reconhecer o trabalho de pesquisadores que tratem do racismo e xenofobia.

Homem acessando documento do programa econômico
Notícias Portugal

Governo português lança pacote com 60 medidas para acelerar a economia – conheça as principais

O governo de Portugal anunciou na primeira semana de julho um pacote de medidas para dar um novo fôlego à economia local. Trata-se do programa “Acelerar a Economia - Crescimento, Competitividade, Internacionalização, Inovação e Sustentabilidade”, com medidas fiscais e econômicas voltadas a 20 desafios para acelerar o crescimento da economia. A maioria das medidas ainda precisa passar pela aprovação da Assembleia da República, o que gera ainda muita imprevisibilidade sobre o que será aprovado e quando as iniciativas entrarão em vigor. Pacotão da economia é focado em cinco áreas O Programa, resultado da articulação com diversos ministérios, está alicerçado nestes 5 grandes vetores: Escala, consolidação e capitalização; Financiamento; Empreendedorismo, inovação e talento; Sustentabilidade; Clusterização. O “Acelerar a Economia” é fruto do trabalho inicial de três meses do novo governo, período em que foram ouvidas entidades públicas e privadas — empresas, instituições e organizações — além de pessoas físicas representativas das suas áreas de atuação. Em linhas gerais, o programa do governo pretende: Promover o aumento da Escala das empresas portuguesas, a sua Consolidação e Capitalização; Desenvolver novos mecanismos de Financiamento e dinamizar os existentes; Fomentar o Empreendedorismo, potencializar a Inovação e o Talento; Garantir a Sustentabilidade e circularidade da Economia. Reduzir as alíquotas do Imposto de Renda das empresas Entre as 60 medidas, algumas trarão maior impacto (direta ou indiretamente) para a maioria da população portuguesa. É o caso das mudanças no IRC, Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, aplicado no lucro das empresas em Portugal que tenham atividade principal comercial, industrial ou agrícola. A proposta do governo com esta medida, incluída no pilar da “escala, consolidação e capitalização”, é reduzir gradualmente a taxa de IRC em 2 pontos percentuais por ano até 15% no final da legislatura, visando impulsionar o crescimento econômico e o investimento, estimular a capacidade de investimento das empresas e melhorar salários. No caso das pequenas ou médias empresas, a redução gradual da taxa em três anos será de 17% para 12,5%. “O objetivo é facilitar a vida das empresas para que elas possam criar mais riqueza e, por via disso, pagar melhores salários”, declarou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, para a imprensa portuguesa. Novo regime para atrair talentos e investir em inovação No campo do apoio à atração de talentos, outra das medidas é a regulamentação do IFICI, um incentivo fiscal voltado para a pesquisa e inovação. O Incentivo Fiscal à Investigação Científica, Inovação e Capital Humano deverá abranger um conjunto mais amplo de profissões qualificadas e empresas. Será aplicada uma taxa reduzida de 20% sobre os rendimentos do trabalho, o que irá potencializar o crescimento das empresas portuguesas e a captação e retenção de talentos. Além disso, está previsto o reforço de programas de incentivo à integração de doutorados nas empresas, com a abertura de linha para cofinanciamento e incentivos financeiros específicos para o recrutamento de profissionais com títulos de doutor para as empresas. Fundos de investimento Ainda na área de pesquisa e inovação, o governo anunciou o lançamento de um fundo para investimento em startups construídas com base em descobertas científicas tangíveis e com capacidade disruptiva em vários mercados. O foco serão aquelas empresas que se caracterizam por um modelo de negócios baseado em inovações de alta tecnologia e/ou avanços científicos, que implica ciclos de desenvolvimento longos, dificultando, portanto, a captação de investimento pelos meios tradicionais. Será dada especial atenção às tecnologias inovadoras sustentáveis que contribuam para a descarbonização da economia de Portugal. Benefícios substituem o Regime de Residente Não Habitual A decisão do governo de apoiar a atração dos talentos serve, também, como maneira de estabelecer algo como um novo RNH, o benefício fiscal dado a residentes não habituais. O RNH, no modelo estabelecido pelo governo anterior, teve seu fim anunciado sob a alegação de que não fazia mais sentido, para a economia do país, manter essa redução na alíquota do IRS. Agora, o novo governo, propõe a volta do benefício, mas com menor abrangência. Ou seja, o governo definiu a regulamentação de um novo regime inspirado no RNH, mas voltado para os trabalhadores qualificados que vêm do exterior e poderão se valer de uma taxa de 20% de imposto de renda sobre os seus rendimentos. Os demais rendimentos, como dos aposentados em Portugal, por exemplo, não poderão se beneficiar deste regime fiscal, como noticiou o portal Eco. Foco na industrialização sustentável Dentro do programa, o governo definiu também como objetivo de criar uma visão estratégica e um plano de ação da política industrial nacional para os próximos 20 anos, que posicione o país como um importante ator no movimento global de reorganização das cadeias de valor. Com isso, espera-se que Portugal passe a ter um papel ativo na política industrial da União Europeia. Segundo o programa do governo, a reindustrialização permitirá: “Consolidar a espinha dorsal da economia portuguesa, tornando-a mais competitiva e ativa no esforço de autonomia estratégica da Europa, substituindo importações e acoplando ainda uma série de serviços agregados de alto valor acrescentado”. E o foco não será apenas nas grandes empresas ou indústrias, mas também nas PMEs (pequenas e médias empresas), para as quais serão criados mecanismos fomentar a inovação em áreas estratégicas, como planejamento, gestão estratégica, liderança, inovação e internacionalização, tendo como pano de fundo as competências ao novo perfil de negócios sustentáveis. Uma das formas de estímulo, por exemplo, será a inclusão de critérios ESG (do inglês Environmental, Social, and Corporate Governance) no acesso a incentivos e contratos públicos. Ou seja, empresas com boas práticas e conjunto de padrões que a definam como socialmente consciente, sustentável e corretamente gerenciada, terão avaliação mais positiva por parte do governo. Investimento na promoção do turismo sustentável Outra importante frente do programa é a criação de um plano de ação para a “marca Portugal”, um conjunto de iniciativas e políticas que posicionem o país como um nome forte e uma referência em diversas frentes. O conceito deve englobar todos os setores econômicos do país, de maneira a afirmar os seus produtos e serviços com maior valor acrescentado nas cadeias globais. O plano irá considerar as dimensões do conhecimento, da inovação, da segurança, da criatividade, da qualidade e da sustentabilidade. Na esteira do investimento em Portugal como uma “marca”, não poderia deixar de ser considerado o foco no turismo. Serão criadas linhas de crédito para apoiar o desenvolvimento do turismo sustentável dos territórios e gerar maiores níveis de atratividade turística, além de promover a dinamização social e econômica das diversas regiões portuguesas. O pacote de medidas também vai apoiar iniciativas que beneficiem o turismo no interior do país. Umas das formas consideradas para demonstrar o impacto positivo nas comunidades locais, será o apoio ao desenvolvimento de campanhas de promoção do pequeno comércio tradicional e de proximidade; bem como da sua relevância turística, promovendo a autenticidade e história do comércio local, dirigida às populações locais e aos turistas. O governo planeja construir um novo referencial estratégico para o turismo (Turismo 2035), que considere os desafios que o setor enfrenta. Em especial ao que se refere ao envolvimento e proximidade com as comunidades locais, com a escassez de recursos humanos, com a introdução de novas tecnologias, como a inteligência artificial, ou com a maior relevância global do tema da sustentabilidade e do seu impacto na atividade turística. Governo quer envolver e integrar imigrantes e refugiados no setor do turismo O programa prevê ainda iniciativas para a maior integração e formação de imigrantes e refugiados no setor do turismo, proposta alinhada com o objetivo do governo de ter as empresas como fator integrador de tal público. A ideia é acolher profissionais ou não profissionais, para um projeto de formação, visando contribuir para a melhoria das condições de integração dos refugiados e dos imigrantes em Portugal e prepará-los para atuação no setor do turismo. Pretende-se estabelecer políticas de cooperação para a capacitação de pessoas e empresas de todo o mundo, através da criação de um campus de formação em turismo que permita posicionar Portugal como líder na formação e nas melhoras práticas em turismo internacionalmente. Qualificar mão de obra para atender o setor do turismo é uma das medidas para atender imigrantes e refugiados. Atenção especial será dada para os países da CPLP, apoiando localmente os países da comunidade na qualificação dos seus jovens, com o estabelecimento de parcerias estratégicas e a definição de padrões que passariam a ser reconhecidos pelo Turismo de Portugal. Desta forma, o país estaria apoiando a melhoria das condições de vida das populações da CPLP por meio da integração no mercado de trabalho. Críticas ao programa de governo O anúncio do programa para acelerar a economia chegou com críticas vindas de todos os setores da sociedade. Em diversas entrevistas para a imprensa portuguesa, empresários e representantes de ONGs e outras instituições não deixaram de apontar o dedo para o que consideram falhas nos planos. A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) avaliou o programa como muito positivo, mesmo entusiasmo declarado pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP), que considera que a iniciativa “traduz um esforço evidente no sentido de colocar Portugal na rota do crescimento sustentado”. Por outro lado, a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) afirmou que o projeto “constitui uma grande desilusão e é praticamente omisso com um setor que é grande empregador em Portugal”. O executivo à frente da Confederação das Micro, Pequenas e Médias Empresas também se manifestou. Para ele, o programa não beneficia a maioria do parque empresarial português, não traz nenhuma novidade. “O governo anunciou, por exemplo, que planeja reduzir o prazo de pagamento dos seus contratos para até 30 dias, mas o mais importante seria, por exemplo, quitar todas as grandes dívidas que ainda tem com a maior parte das nossas empresas”, finalizou.

Prorrogação de documentos em Portugal mantém imigrantes regulares no país.
Portugal Notícias

Governo português confirma prorrogação documentos de imigrantes que venceriam em 2024

O governo de Portugal anunciou a prorrogação da validade dos documentos dos imigrantes que iriam caducar até 30 de junho deste ano, dando um ano a mais de validade. A expectativa é que neste período seja possível regularizar todas as pendências e que ninguém saia prejudicado pela dificuldade que as autoridades enfrentam para analisar os milhares de pedidos de emissão ou renovação dos títulos de residência. Prorrogação já está valendo O Decreto-Lei n.º 41-A/2024 foi publicado no Diário da República e entrou em vigor no dia 29 de junho. De acordo com esta norma: “Os documentos e vistos relativos à permanência em território nacional, incluindo as autorizações de residência CPLP, estão válidos e são aceitos até 30 de junho de 2025, nos termos do art.º 16.º, nos 1 e 8, do Decreto-Lei n.º 10-A/2020, de 13 de março, na sua redação atual”. Importante lembrar que há um número de pendências que chega a superar os 400 mil casos, dos quais, grande parte está relacionado com a figura da Manifestação de Interesse, que foi cancelada após o anúncio do Plano de Imigração criado pelo governo. Prazo pode ser maior se comprovado pedido de agendamento Segundo o texto oficial do decreto, “os documentos e vistos relativos à permanência em território nacional, cuja validade expire a partir da data de entrada em vigor do presente decreto-lei ou nos 15 dias imediatamente anteriores, são aceites, nos mesmos termos, até 30 de junho de 2025”. Mas há uma importante ressalva: “Os documentos referidos continuam a ser aceites, nos mesmos termos, após 30 de junho de 2025, desde que o seu titular faça prova de que já procedeu ao agendamento da respectiva renovação”. Ou seja, o governo dá a indicação de que, se as dificuldades administrativas na tramitação dos processos de autorização de residência continuarem, todos os que estão dependendo apenas de uma data das autoridades portuguesas poderão ter seus documentos válidos mesmo após esse prazo inicial de um ano. Decreto também tem efeito para os vistos CPLP Os portadores dos vistos CPLP também terão seus documentos com a validade prorrogada, segundo o novo decreto. Inicialmente, a data limite de vencimento de tal modalidade de autorização de residência era 30 de junho, o que vinha causando problemas para os imigrantes. Estes, temiam ficar irregulares no país e já chegaram mesmo a sentir dificuldades como demissões, não renovação de contratos de trabalho, perda do abono família e perda de inscrição no sistema de saúde pública de Portugal. Com a validade estendida por mais um ano, o governo planeja ter mais tempo para tornar o modelo do documento igual aos demais títulos de residência e garantir os mesmos direitos. A discussão que, neste caso, também envolve a Comissão Europeia. [caption id="attachment_174395" align="alignnone" width="750"] A prorrogação da validade dos documentos, serve apenas como uma medida provisória.[/caption] No formato atual, as autorizações de residência para cidadãos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa não permitem que o imigrante circule por outros países da União Europeia, uma vez que até mesmo as características físicas do documento (apenas uma folha de papel oficial) difere dos padrões aceitos na região. Estima-se que mais de 160 mil pessoas morem em Portugal com a autorização de residência CPLP. AIMA terá novas competências O texto do novo decreto também amplia as competências da AIMA (Agência para a Integração, Migrações e Asilo), “tendo em conta o programa do Governo, bem como as medidas preconizadas para a área das migrações”. O objetivo é que o órgão passe a ser mais atuante na captação e retenção de funcionários qualificados, conforme fica explícito na nova redação: “Promover a captação e retenção de imigrantes, atraindo fluxos migratórios de capital humano qualificado, em articulação com as entidades empregadoras e respetivos representantes, bem como com as entidades do Estado responsáveis pela área do emprego e formação profissional” E continua: “Promover Portugal enquanto destino, de acordo com a definição de política migratória, desempenhando um papel proativo de captação de talento e de capital humano qualificado, designadamente em articulação e cooperação com as autoridades consulares”. Esta nova dimensão da AIMA dá pistas de qual será o perfil de imigrante que o país quer receber daqui em diante. Observatório das Migrações é reestruturado Outra importante alteração determinada pelo novo decreto do governo é a mudança no enquadramento do Observatório das Migrações (OM), movimento que já suscitou algumas críticas de entidades ligadas aos movimentos migratórios. Isso porque, no entendimento dessas instituições, o vínculo direto com a AIMA marcaria um retrocesso. Em recente entrevista ao jornal Público, a diretora do OM afirmou que “não faz sentido e é impossível juntar na mesma instituição (a AIMA) as respostas para imigrantes e emigrantes”. Ela finaliza explicado: “Os problemas e desafios são distintos (promover o regresso de portugueses a Portugal versus promover a integração de estrangeiros chegados a Portugal), sendo que os serviços da AIMA não têm atuação fora do território português”.

Colunas

Morar na Europa oferece uma qualidade de vida excepcional, com sistemas de saúde eficientes, educação de alta qualidade e uma rica diversidade cultural.

Saiba mais sobre os Brasileiros na Europa

Guias e dicas sobre a Europa

Mais dicas sobre

Portugal

Mais dicas sobre

Espanha

Mais dicas sobre

Itália

Mais dicas sobre

França

Mais dicas sobre

Inglaterra

Mais dicas sobre

Alemanha

Mais dicas sobre

Irlanda

Mais dicas sobre

Outros países
Conteúdo exclusivo da Europa no seu email!
Receba na sua caixa de entrada os artigos, notícias e colunas da sua preferência para mergulhar no mundo europeu e preparar sua mudança!
Assine já nossa Newsletter