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Mestrado na Inglaterra: quanto custa e como se candidatar

Fazer mestrado na Inglaterra é o objetivo de muitos brasileiros que buscam uma formação acadêmica e profissional de qualidade. No entanto, para fazer uma pós-graduação no país, é preciso muito planejamento. Neste artigo, explicamos como fazer mestrado na Inglaterra sendo brasileiro, como escolher o curso, quanto custa e se realmente vale a pena passar por essa experiência. Vamos lá? PerguntasRespostasComo fazer o mestrado na Inglaterra sendo brasileiro?É preciso fazer a inscrição online no programa de mestrado, enviar a documentação e passar pela entrevista com os avaliadores.Quanto custa o mestrado na Inglaterra para brasileiros?Existem mestrados com taxas de £10 a mais de £60 mil, dependendo da área escolhida e modelo de curso.Existe bolsa de mestrado na Inglaterra para brasileiros?Sim, existem universidades e programas que oferecem bolsa de mestrado na Inglaterra para brasileiros. Como fazer mestrado na Inglaterra? Para conseguir fazer mestrado na Inglaterra e estudar em uma das melhores universidades do mundo, você precisa passar por um processo seletivo anual, normalmente composto por duas etapas: Inscrição online e envio da documentação; Entrevista com avaliadores. Embora pareça simples, esse processo exige planejamento e organização. Portanto, comece quanto antes a pesquisar os programas de mestrado disponíveis na sua área e selecione as universidades onde deseja estudar na Inglaterra. Nesse momento, vale considerar também os custos de vida nas cidades onde as universidades estão localizadas. Assim, você poderá avaliar qual instituição é a melhor opção para o seu orçamento e objetivo acadêmico. Isso foi o que a brasileira Maria Fernanda Gregorio Morais, de 25 anos, que está cursando o MSc International Business and Management em Londres, fez. A brasileira Maria Fernanda recomenda fazer um bom planejamento para fazer mestrado na Inglaterra. Foto: Maria Fernanda Ela conta que sempre sonhou em morar na Inglaterra e quando surgiu a oportunidade de fazer o mestrado no país ela decidiu focar nas instituições de ensino da capital: Fiz uma pesquisa detalhada antes de escolher a universidade, levando em consideração o custo-benefício. A instituição que mais me encantou foi a University of Westminster, onde estou estudando atualmente. Ela se destacou por oferecer diversos benefícios e estar localizada bem no coração de Londres. Após a aprovação no mestrado, a universidade envia um documento chamado Confirmation of Acceptance of Studies (CAS), que comprova que você foi aceito na instituição. Também serve para solicitar o visto de estudante (Tier 4) e estudar legalmente na Inglaterra. Assessoria para fazer mestrado na Inglaterra Por ser um processo bastante burocrático, vale a pena contratar um serviço de consultoria/mentoria especializado para aumentar suas chances de ingressar em um curso de mestrado na Inglaterra. Para isso, recomendamos o Higher Education da Beeducation. Através dele, você tem acesso a especialistas que farão uma análise do seu perfil, interesses e orçamento disponível para indicar as melhores universidades e opções de planos. A equipe da Beeducation se responsabiliza por toda a parte burocrática do processo, inclusive: Aplicação para o curso de mestrado; Matrícula; Visto; Embarque; Hospedagem, entre outros. Assim, se você nunca estudou na Inglaterra ou em outro país, vale a pena contar com ajuda profissional para garantir sua tranquilidade e segurança nesse projeto. Precisa ter projeto pronto para se candidatar? Depende da universidade. Geralmente, os candidatos à vaga precisam apresentar uma carta de motivação como parte da inscrição no mestrado na Inglaterra para brasileiros, na qual devem explicar as motivações para estudar naquele curso de mestrado.  Também devem falar sobre suas habilidades, aspirações futuras e experiências profissionais ou acadêmicas relevantes. Documentos necessários Embora os requisitos específicos para se inscrever no mestrado na Inglaterra variem entre universidades e programas, é comum serem solicitados alguns documentos básicos, como: Certidão de nascimento; Passaporte ou documento de identificação; Referências; Teste de proficiência em inglês; Certificado de graduação; Currículo; Histórico acadêmico; Proposta de pesquisa. É importante lembrar que alguns documentos, como o diploma da graduação, devem ser validados antes de serem enviados para a instituição. Além disso, a documentação que não estiver em inglês terá que ser traduzida por um tradutor juramentado e devidamente apostilada conforme as orientações da universidade. Indicamos a Yellowling para fazer suas traduções, a empresa é de confiança, tem um ótimo custo-benefício nas traduções e faz todo o procedimento online. Para evitar atrasos ou perda de prazos, vale a pena conferir junto à instituição de ensino quais são os documentos necessários para a inscrição no mestrado e providenciá-los quanto antes. Como escolher um mestrado na Inglaterra? Para escolher um mestrado na Inglaterra, é importante avaliar diversos aspectos relacionados ao curso e à universidade que você planeja se inscrever. Falaremos mais sobre cada um deles nos próximos tópicos: Critérios de escolha Diante da grande variedade de cursos de mestrado na Inglaterra, pode ser difícil escolher aquele que melhor se alinha aos seus objetivos profissionais, acadêmicos e pessoais. Para facilitar essa decisão, sugerimos que você considere os seguintes critérios: Perspectiva de carreira: avalie os benefícios e o diferencial que o curso de mestrado da sua escolha pode proporcionar à sua carreira profissional no futuro; Reputação da universidade: analise a reputação da faculdade, a satisfação dos alunos, a qualificação dos professores e a qualidade de ensino; Conteúdo do curso: certifique-se de que os módulos do mestrado abordem temas relevantes e específicos; Localização: considere onde a universidade está localizada, assim como o custo de vida na região e as despesas que você terá ao morar na cidade; Flexibilidade de estudo: se a flexibilidade de horário é importante para você, então prefira as instituições que oferecem a opção de ensino à distância ou aulas de meio período; Taxas e financiamento: como as taxas de matrícula variam, compare os custos de cada curso, consulte opções de financiamento de pós-graduação e bolsas de estudos; Instalações da universidade: a infraestrutura também é um aspecto relevante na escolha do mestrado. Portanto, descubra se a instituição tem um histórico de investimento e melhorias de suas instalações acadêmicas. Reconhecimento e credenciamento de instituições Avaliar o reconhecimento e o credenciamento das universidades na Inglaterra é essencial na escolha do mestrado. Isso garante que você está investindo em uma educação de qualidade, valorizada tanto academicamente quanto profissionalmente. Os rankings universitários, como o QS World University Rankings, podem ser úteis para avaliar a qualidade e o reconhecimento das universidades na Inglaterra. Esses rankings consideram diversos fatores para classificar as instituições, incluindo: Reputação acadêmica; Produção de pesquisa; Expertise do corpo docente; Satisfação do aluno. Quanto ao credenciamento, verifique se a universidade possui acreditação de órgãos oficiais, como a Quality Assurance Agency for Higher Education (QAA) no Reino Unido. Isso garante que a instituição cumpre todos os padrões de qualidade estabelecidos pelo governo. Importância da graduação na hora de se matricular no mestrado na Inglaterra As instituições de ensino da Inglaterra costumam exigir que o estudante estrangeiro tenha uma formação acadêmica comparável a um curso de graduação no Reino Unido, normalmente no padrão 2.1 ou superior, para garantir que o candidato possui a base necessária para o curso. Por isso, para evitar problemas na matrícula, é importante que você se certifique de que o seu diploma atende aos requisitos exigidos pela universidade antes mesmo de iniciar o processo de inscrição no curso de mestrado. 10 melhores universidades para mestrado na Inglaterra A Inglaterra é lar de várias universidades mundialmente famosas que se destacam por seus programas de pós-graduação de alto nível em diferentes áreas do conhecimento. Segundo o levantamento do portal Find a Master, elaborado com base em rankings de instituições renomadas, as melhores universidades para mestrado na Inglaterra, são: Universidade de Oxford; Universidade de Cambridge; Imperial College London; University College London; King's College London; London School of Economics and Political Science; Universidade de Manchester; Universidade de Bristol; Universidade de Southampton; Universidade de Birmingham. Requisitos para fazer mestrado na Inglaterra Os requisitos para fazer mestrado na Inglaterra para brasileiros podem variar bastante, já que o processo de inscrição é feito diretamente na universidade. Por isso, é importante consultar os editais dos programas para saber a lista de documentos e exigências necessárias para realizar o trâmite. No entanto, para os estudantes internacionais, além de apresentar a declaração pessoal, o currículo, o histórico acadêmico e a proposta de pesquisa, as universidades podem exigir outros documentos, como: Cópia do passaporte; Prova de proficiência em inglês através do certificado do IELTS, TOEFL ou GCSE em inglês. Apresentar todas as informações é fundamental para garantir uma resposta rápida ao pedido de inscrição no curso de mestrado. Contudo, se a banca de admissão tiver que pedir documentos em falta, o processo será prolongado e desgastante. Quanto custa o mestrado na Inglaterra? Em 2024, o custo médio para estudantes internacionais cursarem mestrado na Inglaterra permanece na faixa de £10 mil a £60 mil por ano. As taxas de mestrado não são fixas e variam entre as universidades e programas de pós-graduação. A reputação da universidade, a infraestrutura oferecida e a qualidade do ensino são os principais fatores que influenciam nos custos do curso. Por norma, os cursos de humanas e artes são considerados os mais baratos, enquanto os mestrados em medicina custam mais. O MBA está entre as qualificações mais caras, para fazer uma especialização dessa categoria na Hult International Business School, o estudante precisa pagar cerca de £65.900 com taxas, por exemplo. Taxas para estudantes internacionais As taxas do curso de mestrado são consideravelmente maiores para estudantes internacionais, se comparado com as cobradas para alunos ingleses. Confira abaixo uma comparação de preço para alguns cursos de pós-graduação em tempo integral no ano letivo de 2024/2025. UniversidadeCursoEstudantes britânicosEstudantes internacionaisUniversidade de ManchesterMestrado em Psicologia Forense e Saúde Mental£12.000 por ano£28.500 por anoUniversidade de ManchesterMestrado em Análise de Negócios e Gestão Estratégica£19.000 por ano£28.000 por anoUniversidade de CambridgeMestrado em Direito£ 36.547 por ano£ 53.347 por anoUniversidade de CambridgeMestrado em Arquitetura£ 27.875 por ano£ 55.171 por anoImperial College of LondonMestrado em Ciências da Computação£ 22.500 por ano£ 41.750 por anoUniversity College LondonMestrado em Saúde Mental de Crianças e Adolescentes£ 15.100 por ano£34.400 por anoUniversidade de OxfordMestrado em Economia£ 24.300 por ano£29.070 por anoUniversidade de OxfordMestrado em Sociologia£ 23.710 por ano£ 36.000 por ano Custo de vida para um estudante de mestrado na Inglaterra Além do valor do curso de pós-graduação, você também deve considerar o custo de vida na Inglaterra. Isso inclui despesas como alojamento, alimentação, transporte, atividades de lazer, entre outros. De acordo com pesquisas das Universidades de Cambridge, Manchester e Oxford, estima-se que durante o ano letivo de 2024/2025, os alunos de pós-graduação gastarão entre £15.505 e £23.640 por ano para morar e estudar no país. Para ajudar na elaboração do seu orçamento, detalhamos abaixo os valores das principais despesas mensais dos estudantes em Oxford, Manchester e Oxford, baseados nos dados das universidades e do Numbeo. GastosOxfordManchesterCambridgeAlojamento na universidade£ 745£ 747£840Apartamento de 1 quarto no centro da cidade£ 1.583,33£ 1.175£ 1.416,67Apartamento de 1 quarto fora do centro da cidade£ 1.158,33£ 888,46£ 1.105,22Despesas de casa (água, energia e internet)£ 282,71£ 312,65£ 264,69Alimentação£ 315£ 175£280Transporte£ 69,75£ 80£ 62,50Despesas pessoais£ 190£ 55£ 155Despesas com estudos£ 35£ 57£ 30Atividades sociais£40£ 110£ 145Outros gastos£ 20-£ 105 Existe bolsa de mestrado na Inglaterra para brasileiros? Sim, a maioria das universidades oferece bolsas de estudo para estudantes de mestrado brasileiros na Inglaterra. Essas ajudas financeiras são concedidas por excelência acadêmica e pelo potencial demonstrável para pesquisas de destaque. Confira abaixo a lista de algumas bolsas disponíveis para alunos brasileiros de pós-graduação: Chevening: programa do governo britânico que oferece bolsas de mestrado para áreas como artes, negócios, engenharia, bioquímica, entre outras. Tem duração de até 12 meses e está disponível para estudantes internacionais; Universidade de Sussex: bolsa concedida a estudantes internacionais com bom desempenho acadêmico e fluência no idioma. Cobre 50% da matrícula, com duração de 12 meses; Cambridge Gates: destinada a estudantes internacionais que desejam fazer cursos de pós-graduação na Universidade de Cambridge. Também financia todos os custos do estudante. Além dos programas acima, também é possível obter uma bolsa de estudos para a Inglaterra através da Capes/CNPQ. Porém, a maioria dos financiamentos oferecidos está destinada aos cursos de doutorado, pós-doutorado ou mobilidade acadêmica vinculada a um projeto de pesquisa. Diferenças entre o mestrado na Inglaterra e no Brasil A principal diferença entre o mestrado na Inglaterra e no Brasil é o processo seletivo. As faculdades inglesas não costumam exigir muita produção acadêmica dos candidatos e projetos de pesquisa. No entanto, diferente de alguns cursos brasileiros, os mestrados na Inglaterra também são divididos em duas modalidades: os ministrados e os baseados em pesquisa. Confira abaixo quais são as características de cada um: Mestrados ministrados: têm a mesma estrutura dos cursos de graduação. São formados por palestras, seminários, exames, dissertações e projetos de grupo. Além disso, os alunos recebem o apoio de um tutor durante o curso; Mestrados de pesquisa: nele, os alunos aprendem de maneira independente e produzem uma tese sobre um tema específico. Ademais, os programas envolvem pouco ou nenhum ensino em sala de aula, mas designam um orientador para cada aluno. A nossa entrevistada, Maria Fernanda, que está cursando o MSc International Business and Management em Londres, também comentou a diferença na duração dos cursos de mestrado: Um dos pontos mais diferentes é a duração do curso. No Brasil, o mestrado costuma ter no mínimo dois anos de duração, enquanto aqui na Inglaterra pode variar bastante. Por exemplo, meu curso tem duração de apenas um ano. A diversidade cultural presente nas universidades inglesas e o método de ensino mais autodidata foram outras diferenças percebidas por Maria Fernanda na sua experiência como mestranda na Inglaterra: Uma das maiores diferenças em estudar em Londres é a diversidade cultural presente nas universidades. A experiência, tanto profissional quanto pessoal, de lidar com pessoas de diversas nacionalidades abre nossa mente para diversas situações. Outro ponto distinto do método de ensino aqui é que ele é bastante autodidata. É necessário ser muito responsável e ter habilidades de gerenciamento para conduzir seus estudos de forma eficiente. Por fim, ela destacou as grandes oportunidades que alguns mestrados na Inglaterra oferecem aos alunos, mencionando como exemplo uma viagem ao Sri Lanka para os alunos aprovados em um projeto do seu curso, para ajudar na criação de um aplicativo em colaboração com estudantes cingaleses. Para entender melhor sobre como funciona o mestrado na Inglaterra, assista o vídeo da brasileira Kátia Grilo, onde ela relata suas primeiras impressões e desafios como mestranda em psicologia no país. Se você tem interesse em estudar na Inglaterra, vale a pena conferir a opinião e experiência de outros brasileiros que passaram pelo processo, não é mesmo? Como funciona o visto para estudar na Inglaterra? Para solicitar o visto de estudante e receber a autorização para fazer mestrado na Inglaterra, é necessário apresentar a documentação completa exigida e cumprir alguns requisitos, como: Comprovar aprovação no curso de pós-graduação; Ter dinheiro suficiente para se sustentar e pagar pelo curso; Provar que pode falar, ler, escrever e entender inglês. O tempo que você pode ficar na Inglaterra depende da duração do curso. No entanto, por se tratar de uma pós-graduação, você só poderá permanecer no país por um período de 2 anos para mestrado e até 3 anos para doutorado ou pós-doutorado. Com essa autorização, o estudante internacional pode morar legalmente na Inglaterra. Além disso, o visto permite que o parceiro e os filhos o acompanhem na condição de dependentes no país. Se você deseja ter o acompanhamento de um advogado especializado na solicitação de vistos para a Inglaterra, indicamos os serviços do escritório LondonHelp4You. Com 21 anos de experiência no setor, a equipe poderá auxiliar em todo o processo, tornando sua solicitação do visto de estudante mais segura e eficiente. Eles são de confiança do Euro Dicas. É possível fazer mestrado e trabalhar? Sim, mas com algumas ressalvas. Muitos estudantes de mestrado tentam financiar o curso de pós-graduação na Inglaterra e cobrir seus gastos trabalhando meio período. Entretanto, para os estudantes não britânicos, essa pode ser uma tarefa difícil. O visto de pós-graduação permite que você trabalhe na maioria dos empregos na Inglaterra, procure um emprego e até seja autônomo. No entanto, devido à rotina de estudos, alguns estudantes estrangeiros optam por trabalhos na própria universidade ou em casa. Tem como ficar na Inglaterra depois de terminar o mestrado? Sim, existem algumas formas de permanecer no país após terminar o mestrado. A primeira é conseguir uma proposta de emprego em uma empresa na Inglaterra e dar entrada no visto de trabalho. Com essa nova autorização, o estudante pode morar e trabalhar legalmente no país até a conclusão do seu contrato. Se permanecer por mais de 5 anos na Inglaterra, pode solicitar a cidadania inglesa. Existe também a opção de pedir o visto de casamento ou união estável para ficar na Inglaterra permanentemente. No entanto, para conseguir essa autorização, é necessário comprovar o relacionamento com um cidadão britânico e o seu interesse em se estabelecer no país após a cerimônia. Vale a pena fazer mestrado na Inglaterra? Sim! Vale muito a pena fazer mestrado na Inglaterra. Além de ser uma experiência enriquecedora para o seu currículo, o mestrado na Inglaterra permite que você se torne um profissional mais qualificado para o mercado de trabalho. No entanto, apesar das vantagens que o mestrado em outro país oferece, você precisa estar preparado financeira, emocional e psicologicamente para morar na Inglaterra. Afinal, o custo de vida é maior, e você estará longe de amigos e familiares. Os mestrados na Inglaterra têm reconhecimento mundial e podem abrir portas profissionais. Nossa entrevistada, Maria Fernanda, aconselha pesquisar bem o curso que você deseja fazer, investigar detalhadamente sobre a universidade e os benefícios que ela pode oferecer. Além disso, segundo ela, é importante se planejar financeiramente e conversar com outros brasileiros que já passaram pela experiência: Converse com brasileiros que já moram na Inglaterra; há vários grupos no Facebook voltados para isso. Além disso, procure falar com alunos da universidade onde você pretende estudar. Muitas instituições oferecem um chat com alunos no próprio site oficial para tirar dúvidas. Ela também destaca a importância de estar aberto para conhecer pessoas de diferentes culturas e religiões: Não tenha vergonha de conversar e fazer amizades. Londres é uma cidade internacional, e a maioria da população também está longe de casa, sendo muito receptiva e aberta a criar novos laços. Vantagens de fazer mestrado na Inglaterra Assim como vimos acima, fazer mestrado na Inglaterra oferece muitos benefícios para os estudantes brasileiros. No caso da Maria Fernanda, as grandes vantagens de estudar no país são: A facilidade de viajar pela Europa por um preço muito menor em comparação com o Brasil, conhecer pessoas de diversas nacionalidades, ganhar independência e as oportunidades de carreira que se ganham ao estudar aqui. Além disso, Maria Fernanda comenta que o suporte oferecido pelas faculdades aos alunos internacionais é incrível: Por exemplo, minha faculdade ofereceu no começo do curso um dia de boas-vindas aos novos alunos internacionais, dando várias dicas sobre a vida em Londres, como melhor utilizar o transporte público, descontos estudantis, e como se manter seguro. Outro benefício destacado por Maria Fernanda é a disponibilidade de uma academia para todos os alunos, o que é especialmente útil para estudantes internacionais. O transporte público em Londres também é elogiado por ela, sendo considerado eficiente e capaz de levar a qualquer lugar, seja de ônibus ou metrô. Desafios de fazer mestrado na Inglaterra Embora a experiência do mestrado na Inglaterra seja enriquecedora e ofereça muitos benefícios aos estudantes, é importante se preparar para os desafios que você pode ter que lidar no país. Para Maria Fernanda, estar longe de casa, da família, dos amigos e do namorado é o maior desafio de todos. Mas ela comenta que existem vários outros perrengues, como o custo de vida em Londres ser muito alto, principalmente o valor da moradia. O clima também é outro grande desafio para a brasileira: É necessário se acostumar a viver vários dias sem ver o sol, o que pode ser bem depressivo às vezes, especialmente para nós, brasileiros. A chuva e o vento constantes também podem ser desafiadores. Além disso, a nossa entrevistada destaca que morar em uma acomodação estudantil pode ser um problema, assim como a segurança na cidade: Viver em acomodação estudantil, por ser a opção mais barata, é complicado, pois é preciso dividir banheiro e cozinha com pessoas desconhecidas. Outra questão importante é a segurança em Londres, já que há uma quantidade significativa de furtos e batedores de carteira, exigindo uma atenção redobrada. Apesar desses desafios, ela enfatiza que a experiência de estudar na Inglaterra é muito gratificante e as vantagens, sem dúvida, superam os obstáculos Perguntas frequentes sobre o mestrado na Inglaterra para brasileiros Agora que você sabe como é o mestrado na Inglaterra para brasileiros, respondemos abaixo algumas perguntas frequentes de leitores que desejam estudar uma pós-graduação no exterior: Como fazer o mestrado em direito na Inglaterra? Escolher a universidade e o curso de pós-graduação é a primeira etapa para fazer o mestrado em direito na Inglaterra. A partir disso, basta pesquisar os requisitos exigidos pela instituição de ensino para saber se você é elegível para o curso. Normalmente, universidades como Oxford exigem um diploma de Direito, qualificações da graduação, proficiência em inglês e referências. Além disso, você precisa apresentar os documentos solicitados e efetuar o pagamento das taxas. Como fazer o mestrado em neurologia na Inglaterra? Para fazer o mestrado em neurologia na Inglaterra, é preciso pesquisar os cursos disponíveis para estudantes estrangeiros e os requisitos necessários para o ingresso. Em geral, as instituições de ensino exigem que os candidatos tenham: Diploma de bacharel; Bom nível de qualificação na graduação; Comprovação do domínio da língua inglesa. Além disso, dependendo da universidade escolhida, também será preciso apresentar cartas de recomendação e passar por uma entrevista. Em caso de aprovação, será necessário efetuar o pagamento do curso. Como fazer o mestrado em física na Inglaterra? A entrada em um curso de mestrado em física na Inglaterra começa com a escolha da universidade. Isso porque cada instituição de ensino possui o seu próprio processo seletivo, que costuma envolver as seguintes etapas: Apresentação do diploma de graduação; Teste de proficiência na língua inglesa; Referências acadêmicas; Entrega de documentos de apoio, como currículo. Algumas universidades também podem incorporar entrevistas e dissertações como parte do processo de seleção. Por isso, é importante conhecer os requisitos de cada instituição antes de fazer a inscrição no curso. Como fazer o mestrado em psicologia na Inglaterra? Para fazer o mestrado em psicologia na Inglaterra, você precisa avaliar suas opções de cursos e as universidades que os oferecem. A partir disso, poderá descobrir os documentos necessários e os requisitos para ingressar na instituição. Em geral, os estudantes estrangeiros precisam apresentar o diploma de graduação, a aprovação no teste de proficiência na língua inglesa, referências acadêmicas e outros documentos extras. Os candidatos aprovados também precisam pagar as taxas da universidade. Agora que você já sabe como funciona o mestrado na Inglaterra para brasileiros, o planejamento se tornou mais fácil, não é mesmo? Acesse os sites das universidades, confira os detalhes dos programas de pós-graduação para sua área e não se esqueça de ler os editais detalhadamente. E lembre-se: acompanhe as últimas novidades sobre estudar na Inglaterra e como é a vida no país pelo Euro Dicas!

Turista também precisa calcular quanto dinheiro levar para Inglaterra
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Quanto dinheiro levar para Inglaterra? Veja o orçamento detalhado

Definir quanto dinheiro levar para Inglaterra é essencial para quem planeja viajar ou morar no país. Neste artigo, apresentamos algumas informações e dicas que podem ajudar você a montar o seu planejamento financeiro e evitar perrengues na sua próxima viagem. Acompanhe! Como saber quanto dinheiro levar para Inglaterra? Para saber quanto dinheiro levar para a Inglaterra, é preciso fazer um planejamento financeiro baseado nos seus objetivos de viagem, seja moradia, turismo, estudo ou trabalho. Nele, devem ser consideradas despesas com: Passagens aéreas; Moradia/hospedagem; Transporte; Alimentação; Despesas extras. Independente do objetivo, a nossa dica é sempre pesquisar os custos médios nas cidades que você planeja ficar e reservar uma quantia extra para emergências e imprevistos. Parece complicado? Nos próximos tópicos, listamos algumas despesas básicas que você deve considerar para montar o planejamento financeiro, assim como ferramentas úteis que podem ajudar na sua viagem para a Inglaterra. Vamos lá? Quanto dinheiro levar para Inglaterra para morar? Para definir quanto dinheiro levar para morar na Inglaterra, é importante considerar diversos fatores como o custo de vida na cidade de destino, estilo de vida e as suas preferências pessoais. A seguir, apresentamos uma média geral das principais despesas que você terá no país, incluindo: Passagens aéreas e malas da mudança; Alojamento temporário; Aluguel e caução; Contas de casa; Transporte; Alimentação; Chip de celular e internet; Outras despesas. Também recomendamos que você crie uma reserva financeira para cobrir suas despesas por pelo menos 6 meses, para evitar imprevistos. Passagens aéreas e malas da mudança Quando começar o seu planejamento financeiro para morar na Inglaterra, vai perceber que a passagem aérea e as malas da mudança são despesas que variam bastante. Dependendo do preço, elas podem consumir uma parcela importante do orçamento inicial. Portanto, para economizar, compre as passagens com antecedência e compare os preços em plataformas como a Vai de Promo para encontrar a oferta com melhor custo-benefício para a cidade onde planeja morar. [caption id="attachment_170923" align="alignnone" width="750"] Comprar passagens aéreas com antecedência e na baixa temporada costuma ser mais econômico.[/caption] Na tabela abaixo você encontra o resultado da cotação que fizemos na Vai de Promo para passagens só de ida para uma pessoa, com saída de quatro cidades do Brasil e chegada em Londres: Cidade de saída Escalas Preço Rio de Janeiro 2 escalas (Brasília e Lisboa) R$ 4.271,37 São Paulo 1 escala (Lisboa) R$ 4.363,39 Brasília 2 escalas (São Paulo e Paris) R$ 4.345,16 Curitiba 2 escalas (Santiago e Madri) R$ 4.380,63 *As cotações acima foram feitas no dia 29 de maio de 2024 e consideram a chegada em setembro de 2024. As passagens são para classe econômica com bagagens para despachar. Quanto às malas da mudança, providencie modelos resistentes e de alta qualidade. Boas opções de lojas para pesquisar suas bagagens são Portal das Malas e Allbags. Também embale bem os seus pertences, principalmente os mais frágeis para evitar que eles quebrem durante o transporte. Alojamento temporário Ao planejar quanto dinheiro levar para Inglaterra para morar, considere as despesas que você terá com o alojamento temporário até encontrar uma moradia permanente. Esse lugar pode ser um Airbnb, hotel ou até mesmo um quarto alugado em apartamento compartilhado. A Uniplaces é uma plataforma especializada no aluguel de quartos e apartamentos que pode ajudar você a encontrar um alojamento temporário na Inglaterra. Na tabela a seguir está a cotação de algumas acomodações que encontramos no site da Uniplaces: Cidade Tipo de acomodação Preço médio 3 meses + caução Londres Quarto privado com cama de casal £ 750 £ 3.000 Manchester Quarto privado com cama de casal £ 700 £ 2.800 Liverpool Quarto com banheiro em uma residência £ 600 £ 2.400 *A cotação acima foi realizada em 29 de maio de 2024. Além do preço médio mensal do alojamento, também adicionamos três meses de hospedagem mais a caução. Isso porque, assim como no Brasil, os proprietários e imobiliárias da Inglaterra costumam pedir esse valor adicional que é devolvido quando o inquilino sai do imóvel sem danos à propriedade. O ideal é que você inclua ao menos três meses de aluguel no orçamento inicial para morar na Inglaterra. Dessa forma, terá dinheiro suficiente para procurar um imóvel permanente com calma. Aluguel e caução O aluguel na Inglaterra é, sem dúvida, a maior despesa que você terá ao mudar para o país e deve ocupar um lugar de destaque no seu orçamento. Por ser uma despesa alta, muitos estrangeiros optam por dividir apartamentos ou alugar imóveis distantes do centro da cidade. Para você ter uma melhor noção do mercado imobiliário na Inglaterra, consultamos no Numbeo uma média dos preços do aluguel de apartamentos para morar em Londres, Manchester e Liverpool. Confira: Imóvel Londres Manchester Liverpool Apartamento de 1 quarto no centro £ 2.131,63 £ 1.175 £ 858,33 Apartamento de 1 quarto fora do centro £ 1.606,72 £ 888,46 £ 576,11 Apartamento de 3 quartos no centro £ 4.422,97 £ 1.913,56 £ 1.700 Apartamento de 3 quartos fora do centro £ 2.858,97 £ 1.317,65 £ 858,33 *A cotação acima foi realizada em 29 de maio de 2024 no site Numbeo. É importante lembrar que para alugar um imóvel na Inglaterra, você terá que efetuar o pagamento de pelo menos 2 meses de aluguel adiantado, além do caução e das taxas adicionais exigidas pelo proprietário. Em resumo, para alugar um apartamento de um quarto no centro de Londres, você terá que desembolsar cerca de £ 6.394,89 para cobrir as despesas iniciais. Documentos necessários para locação de imóvel Para assinar o contrato de locação do imóvel, você também precisa apresentar alguns documentos e cumprir as seguintes exigências básicas, como: Passaporte; Apresentar comprovante de renda; Ter uma conta bancária no Reino Unido; Referência do empregador; Referência do landlord (locador) anterior - se for o caso; Depósito de 2 meses + caução. Contas de casa Ao planejar quanto dinheiro levar para Inglaterra, não esqueça de considerar as contas de casa. Essas despesas fixas mensais incluem desde os custos com eletricidade até as taxas de reconhecimento de lixo e internet. Confira abaixo uma média das despesas mensais de um apartamento de 85 m² em Londres, Manchester e Liverpool segundo os dados do Numbeo: Despesa Londres Manchester Liverpool Básico (eletricidade, aquecimento, refrigeração, água, lixo) £ 291,61 £ 252,71 £ 302 Internet (60 Mbps ou mais) £ 31,23 £ 29,90 £ 31,62 Total £ 322,84 £ 282,61 £ 333,62 * A cotação acima foi realizada no Numbeo em 29 de maio de 2024. Transporte É essencial considerar os gastos com transporte ao morar na Inglaterra, principalmente se precisar se locomover com frequência para buscar emprego, resolver questões de documentação, entre outras. [caption id="attachment_170924" align="alignnone" width="750"] Os ingleses usa o transporte público no dia a dia, portanto, considere as tarifas dos passes no seu orçamento.[/caption] Mesmo utilizando o transporte público, seja trem, metrô ou ônibus, o custo para se deslocar pode ser mais elevado para quem mora fora dos grandes centros urbanos. Custos médios com transporte na Inglaterra Apresentamos abaixo uma média dessas despesas com transporte em Londres, Manchester e Liverpool com base nos dados do Numbeo: Despesa Londres Manchester Liverpool Passe único £ 2,80 £ 2 £ 2 Passe mensal £ 200 £ 80 £ 67,80 Partida de táxi + 1 km £ 6,45 £ 5,47 £ 3,93 Gasolina 1 litro £ 1,51 £ 1,48 £ 1,54 *A cotação acima foi realizada em 29 de maio de 2024. A boa notícia é que, além do transporte público na Inglaterra ser excelente e bem conectado, você pode economizar nas passagens ao adquirir um cartão de transporte da cidade. Em Londres, por exemplo, você pode adquirir o Oyster Card e pagar £ 94,90 por mês para usar o metrô e ônibus. Alimentação Embora a média de gasto com alimentação de uma pessoa na Inglaterra seja de £150 a £200 por mês, a tendência ao chegar no país é gastar mais experimentando tudo que vê pela frente, seja no supermercado ou na rua. Portanto, para evitar que isso comprometa o seu orçamento de quanto dinheiro levar para Inglaterra, apresentamos abaixo os preços médios de alguns alimentos em Londres, Manchester e Liverpool segundo o Numbeo: Item Londres Manchester Liverpool 1 litro de leite £ 1,31 £ 1,20 £ 1,08 1 kg de arroz branco £ 2,07 £ 1,74 £ 1,73 1 dúzia de ovos £ 3,20 £ 3,08 £ 2,86 1 kg de queijo £ 7,64 £ 7,11 £ 6,85 1 kg de filé de frango £ 7,54 £ 6,35 £ 6,59 1 kg de carne £ 12,16 £ 11,09 £ 11,43 1 kg de maçã £ 2,64 £ 2,68 £ 2,19 1 kg de laranjas £ 2,66 £ 2,90 £ 2,09 1 kg de tomate £ 3,31 £ 3,36 £ 2,73 1 kg de cebolas £ 1,17 £ 1,37 £ 1,09 Garrafa de água (1,5 litro) £ 1,30 £ 1 £ 1,12 Coca cola (330ml) £ 2,05 £ 2 £ 1,50 Cerveja (500 ml) £ 6,50 £ 5 £ 4,58 No entanto, como a média de gasto mensal em supermercado varia dependendo dos hábitos alimentares e estilo de vida de cada pessoa, considere acessar sites de um supermercados locais e simular uma compra online: Sainsbury’s; Morrisons; Asda. Ao consultar esses sites de supermercados na Inglaterra, você poderá visualizar os preços atuais dos alimentos e planejar um orçamento mais preciso de acordo com suas necessidades. Chip de celular e internet Ao chegar na Inglaterra, é essencial providenciar um chip de celular local o mais rápido possível. Além de evitar o gasto com planos de internet internacionais, ele pode ser inserido no seu currículo e usado para buscar imóveis e abrir conta no país. É possível conseguir um chip de celular tanto no aeroporto quanto em lojas autorizadas. O valor dos planos de telefonia e internet variam de acordo com a empresa, mas a média nacional é de: £ 12,39 para plano mensal de telefonia móvel com chamadas e mais de 10 GB de dados; £ 30,57 para internet instalada em casa (60 Mbps ou mais, dados ilimitados, cabo/ADSL). Outras despesas que podem ser necessárias Além das despesas que mencionamos acima, quando estiver planejando quanto dinheiro levar para Inglaterra você precisa considerar os gastos adicionais que terá com a mudança. Isso inclui os custos com: Plano de saúde; Mobílias; Utensílios para casa; Documentação. Planos de saúde Mesmo que o sistema de saúde público da Inglaterra seja gratuito para residentes, você terá que pagar uma sobretaxa de saúde ao pedir o seu visto para Inglaterra para ter acesso a esses serviços. Além disso, caso queira contratar um plano de saúde privado, você pode considerar uma despesa média de £ 41,58 por mês para uma pessoa, £ 77,42 para casais e £ 95,19 para família de quatro pessoas. Documentação A documentação é outra despesa que precisa estar presente no seu cálculo de quanto dinheiro levar para Inglaterra. Afinal, para regularizar a sua situação no país, você terá que apostilar, autenticar e traduzir uma série de documentos. Para essa despesa, o ideal é reservar cerca de £ 100 e contratar os serviços de uma empresa especializada. Nós do Euro Dicas confiamos e recomendamos a Yellowling, que conta com uma equipe de tradutores certificados e tem anos de experiência no mercado. Orçamento para emergências Mesmo com o acesso gratuito ao NHS e plano de saúde, vale a pena reservar um orçamento para emergências relacionadas à saúde. Afinal, nunca se sabe quando você terá que comprar remédios, fazer exames ou procedimentos que não são cobertos pelo plano. Para estar preparado, o ideal é reservar £ 150 para a compra de medicamentos ou para uma breve consulta com um médico particular. Da mesma forma, reserve mais uma parte do orçamento para outros gastos extras que podem aparecer, principalmente nos primeiros meses. Quanto dinheiro levar para Inglaterra para turismo? Ao planejar sua viagem a turismo pela Inglaterra, é preciso considerar o preço de uma série de despesas como passagens aéreas, alimentação e atrações turísticas que deseja ir no país. O valor final varia conforme as preferências e estilos de cada viajante. Para te ajudar a fazer o seu orçamento, fizemos uma simulação dos principais gastos de uma viagem com duração de 10 dias para uma pessoa. Passagens aéreas As passagens aéreas de ida e volta para a Inglaterra são geralmente o maior custo da viagem. Em geral, quanto mais cedo você as comprar, mais barato será. Também é bom considerar a diferença de preços entre a alta e a baixa temporada. Embora seja maravilhoso passear pela Inglaterra no verão inglês, entre junho e setembro, os preços das passagens costumam ser mais altos. Se você prefere economizar, vale a pena viajar na baixa temporada, entre novembro a março, e aproveitar a primavera ou inverno inglês. Para você ter uma noção de preços, realizamos uma cotação no Vai de Promo para passagens de ida e volta para uma pessoa, com saída das quatro cidades do Brasil e destino em Londres: Cidade de saída Escalas Preço Rio de Janeiro 2 escalas (Amsterdã e São Paulo) R$ 7.523,37 São Paulo 1 escala (Amsterdã) R$ 6.955,82 Brasília 2 escalas (Paris e São Paulo) R$ 7.442,77 Curitiba 3 escalas (São Paulo, Frankfurt e Roma) R$ 8.293,74 *As cotações acima foram feitas no dia 29 de maio de 2024 e consideram a chegada em setembro de 2024. As passagens são para classe econômica. Hospedagem A hospedagem é uma despesa que pode impactar bastante o cálculo de quanto dinheiro levar para Inglaterra. No país, existem várias opções para se hospedar. Os hostels, especialmente aqueles que oferecem camas em dormitórios compartilhados, costumam ter preços mais baixos. Por outro lado, os hotéis tendem a ser mais caros, mas oferecem uma variedade maior de comodidades. Portanto, na hora de escolher onde ficar, considere não apenas o custo, mas também a proximidade das atrações turísticas e as comodidades disponíveis. Acessando o Booking, encontramos uma variedade de preços para uma estadia de 10 dias para 1 pessoa nas três principais cidades turísticas da Inglaterra: Londres, Manchester e Liverpool. Confira abaixo algumas simulações de hospedagens em hotéis e hostels. Hospedagem Tipo Localização Preço (10 diárias) Safestay London Elephant & Castle Cama em dormitório compartilhado - hostel Londres £237 Hotel La Place Quarto individual - hotel 3 estrelas Londres £2.266 PH Hostel Manchester NQ1 Cama em dormitório compartilhado - hostel Manchester £242 The Gardens Hotel Quarto individual - hotel 3 estrelas Manchester £689 Kabannas Liverpool Cama em dormitório compartilhado - hostel Liverpool £212 Maldron Hotel Liverpool City Centre Quarto individual - hotel 4 estrelas Liverpool £1.058 Atrações turísticas e passeios A Inglaterra tem uma grande variedade de passeios e lugares incríveis para explorar, seja na agitada capital ou no tranquilo interior. Planejar e calcular o orçamento desses passeios é essencial para aproveitar ao máximo a sua viagem. [caption id="attachment_170930" align="alignnone" width="750"] Reserve um valor do seu orçamento para fazer passeios guiados pelos principais pontos turísticos do país.[/caption] Para te ajudar, reunimos algumas das atrações mais populares e seus preços, de acordo com o site GetYourGuide. Aqui estão os valores dos passeios mais procurados nas três principais cidades da Inglaterra. Os preços são para um bilhete individual: Atração Cidade Preço Londres: Passeio pelo Palácio de Buckingham, Abadia de Westminster e Big Ben Londres £69 Londres: City Sightseeing Hop-On Hop-Off Bus Tour Londres £39 Manchester: Passeio de ônibus pela cidade Manchester £15 Liverpool: Excursão Turística Beatles com Bilhete Hop-On Hop-Off Liverpool £20 Liverpool: Excursão a pé pela história e pelos destaques da cidade Liverpool £13,6 Se você planeja conhecer apenas Londres, vale a pena contratar o London Pass. Ele é um cartão turístico que oferece acesso a mais de 90 atrações na capital inglesa durante 1 a 10 dias. O valor varia entre £114 a £269, dependendo do número de dias. Também há ótimas atrações gratuitas para quem tem um orçamento curto. Uma delas é o Free Walking Tour, um passeio a pé guiado por um morador local pelas principais atrações turísticas da capital. Além disso, você pode visitar parques, museus com entrada gratuita e explorar bairros e mercados. Chip de internet Comprar um chip internacional de internet é essencial antes de viajar para a Inglaterra. Com ele, você poderá fazer ligações, acessar a internet, redes sociais e usar aplicativos para consultar mapas. Nós recomendamos os chips da America Chip. Eles oferecem planos com cobertura 5G nos principais países europeus e internet ilimitada. Um grande diferencial é que você pode comprar e receber o chip ainda no Brasil. Confira abaixo os preços dos chips internacionais da empresa em maio de 2024: Chip Valor Plano Europa 5G – INTERNET 5G ILIMITADA USD 40 Plano Europa 5G – Ligações e Internet USD 62 e-SIM Europa Internet 5G Ilimitada USD 56,85 Outras boas opções são os chips da Airalo e da Best Buy Sim. Recomendamos que pesquise e veja qual é o melhor plano para a sua necessidade de viagem. Alimentação A alimentação é outro aspecto importante a ser considerado no levantamento de quanto dinheiro levar para Inglaterra. Conforme o site Quanto Custa Viajar, o gasto para fazer três refeições diárias nas principais cidades do país varia de £24 a £81, ou seja, entre R$160 a R$540.* Esse custo pode variar dependendo de onde você fará suas refeições e quantas vezes irá comer fora. É possível economizar, por exemplo, comendo em redes de fastfood ou comprando os ingredientes em supermercados e preparando suas próprias refeições, caso se hospede em um hostel ou Airbnb. Para você ter uma noção dos preços, consultamos os valores de refeições em restaurantes e preços de alimentos nas três principais cidades da Inglaterra. Londres Manchester Liverpool Café da manhã £ 6,50 a £ 15 £ 8 a £ 19 £ 5,61 a £ 8,76 Almoço £ 11,40 a £ 30 £ 12 a £ 26 £ 8,64 a £ 15,66 Jantar £ 13 a £ 16 £ 15 a £ 36 £ 10,56 a £ 18,36 Menu no Mc Donald's £ 8 £ 8 £ 7 Coca-Cola (lata de 300 ml) £ 2,05 £ 2 £ 1,50 *Cotação realizada no dia 29 de maio de 2024, £ 1 = R$6,62. Transporte O custo do transporte na Inglaterra depende de quantas vezes você vai viajar e do meio que escolher, seja aluguel de carro ou transporte público, como metrô ou ônibus. Nas grandes cidades, existem cartões pré-pagos que você pode carregar com um saldo e usar para várias viagens durante alguns dias. Para ajudar a planejar os gastos com transporte, consultamos o site Numbeo, além de sites oficiais de transporte público de três cidades inglesas e outros provedores. Veja a seguir os custos individuais das passagens para os principais meios de transporte: Londres Manchester Liverpool Passe para 1 dia £6 (Oyster Card) £5 £5,50 Passe para 7 dias £24,70 (Oyster Card) £20 £22 Passe para 30 dias £94,90 £60 £74,50 Táxi (tarifa + 1 km) £6,45 £5.47 £3,93 Compras Quando planejamos uma viagem para Inglaterra, muitas vezes esquecemos de considerar os gastos com compras e lembrancinhas. No entanto, é bom incluir esse valor no orçamento, pois sempre queremos trazer algum souvenir ou presente para amigos e familiares. Existem muitas coisas lindas para comprar na Inglaterra, como essa despesa depende de suas preferências pessoais, veja a seguir os preços de alguns souvenirs: Item Preço Bolsa de Londres £13 London City Scene Figures £19 Coleção de chá £18 The Liverpool Art Book £17 Caneca de Manchester £8 Afinal, quanto dinheiro levar para Inglaterra? Depende. Para saber quanto dinheiro levar para a Inglaterra, você precisa analisar diversos fatores que vão desde o objetivo da viagem até o seu estilo de vida e preferências pessoais. No entanto, para que você possa ter uma melhor noção de quanto levar para a Inglaterra, montamos duas tabelas com as principais despesas que um brasileiro tem ao viajar para o país, seja para morar ou passear. Acompanhe! Para morar na Inglaterra Ao planejar o orçamento de quanto dinheiro levar para Inglaterra, você precisa considerar todos os gastos que apresentamos acima e a montagem de uma reserva financeira que cubra pelo menos 6 meses de despesas. Para ajudar, listamos na tabela abaixo os principais gastos mensais que uma pessoa pode ter ao morar em um apartamento de um quarto no centro de Londres: Despesa Preço Primeiro aluguel (2 meses adiantado + caução) £ 6.394,89 Contas de casa £ 291,61 Transporte £ 94,90 Alimentação £200 Chip de celular e internet Wi-Fi £ 46,37 Plano de saúde £ 41,58 Emergências (medicamentos e consultas) £ 150 Total £ 7.219,35 Após cobrir os primeiros gastos iniciais no país, a renda mensal de uma pessoa que mora no centro de Londres deve ficar em torno de £ 2.956,09. Nesse caso, para criar uma reserva financeira de 6 meses, você teria que guardar £ 17.736,54. Lembrando que esse custo é para uma estimativa para uma pessoa morar sozinha em Londres. Caso decida morar em um apartamento compartilhado e dividir as contas com outros inquilinos, esses custos podem diminuir consideravelmente. Para turismo, quanto dinheiro levar para Londres? Uma viagem de turismo por 10 dias em Londres pode custar entre R$35 a R$40 mil, ou seja, £ 5.288 a £ 6.043. Com esse orçamento será possível ficar em um hotel 3 estrelas, fazer refeições em restaurantes, compras e passeios pagos pelas principais atrações inglesas. É importante destacar que, descontando as passagens aéreas e hospedagem, seus custos diários no país podem ser de em média R$ 7.400, o equivalente a £ 1.118. Na tabela a seguir, apresentamos uma média dos gastos que apresentamos ao longo do texto. Como citamos anteriormente, o orçamento varia dependendo do seu estilo de viagem e preferências. Despesa Custo médio Passagens aéreas (ida e volta) R$ 7.523,37 Hospedagem em hotel 3 estrelas R$ 21.886,21 Atrações turísticas R$ 2.581 Chip de internet R$ 208,14 Alimentação (café da manhã, almoço e jantar) R$ 2.316,35 Transporte (recarga no cartão para 10 dias) R$ 284,58 Compras R$ 1.985 Total R$ 34.799,65 *Cotação realizada no dia 29 de maio de 2024, £ 1 = R$ 6,62. Quanto dinheiro levar para Inglaterra em reais? Para ter uma estimativa de quanto dinheiro levar para Inglaterra em reais, utilizamos como base nos preços apresentados nas tabelas acima. Também convertemos os valores em libra para real considerando a cotação do dia 31 de maio de 2024 que é de £1 = R$ 6,69. Confira: Para morar Para calcular quanto dinheiro levar para Inglaterra em reais para morar, utilizamos como base o gasto inicial mensal de uma pessoa que mora sozinha em Londres, que apresentamos no tópico anterior: Despesas do primeiro mês: £ 7.219,35 = R$ 48.297,45; Para montar uma reserva financeira de 6 meses: £ 17.736,54 = R$ 118.657,45. Para turismo de 10 dias Por outro lado, o valor médio que uma pessoa precisa levar para Inglaterra para uma viagem de turismo de 10 dias é R$34.799,65. Lembrando que esse valor é apenas uma estimativa e pode variar dependendo das suas preferências durante a viagem, principalmente com relação à hospedagem, passagens e tipos de passeios. Qual a melhor forma de levar dinheiro para Inglaterra? As plataformas digitais, como a Wise, são a melhor forma de levar dinheiro para Inglaterra. Através dela, é possível converter reais em libras de maneira segura, rápida e baratas, graças à utilização da taxa de câmbio do mercado e taxas mais econômicas que os bancos tradicionais. Além disso, ao abrir uma conta na Wise, você recebe um cartão de débito internacional, o que facilita pagamentos em estabelecimentos comerciais e saques em caixas eletrônicos no país. Dessa forma, é possível manter uma quantia em espécie durante a viagem. Outras alternativas interessantes são os bancos digitais internacionais como o Nomad Global. A abertura da conta é 100% online e pode ser feita ainda no Brasil. Por que o planejamento financeiro é importante? Planejar financeiramente sua viagem para a Inglaterra é importante para aproveitar ao máximo sua estadia, seja por um curto ou longo período. Com um planejamento bem estruturado, você entende todos os custos associados, incluindo transporte, acomodação, alimentação e passeios. Dessa forma, você garante que terá dinheiro suficiente para desfrutar a viagem conforme suas preferências. [caption id="attachment_170931" align="alignnone" width="750"] Com um orçamento detalhado você evita imprevistos durante a sua viagem para a Inglaterra.[/caption] Elaborar um orçamento de viagem também permite que você encontre maneiras de economizar sempre que possível, como optar por acomodações mais acessíveis ou pesquisar as melhores opções de transporte. Assim, você pode garantir que sua viagem pela Inglaterra será inesquecível, sem comprometer suas finanças. Dicas para fazer uma reserva financeira e viajar para Inglaterra Agora que você conhece quais são as principais despesas para viajar ou morar na Inglaterra, é hora de criar a sua reserva financeira. Comece pensando em quais experiências, período e locais onde você deseja ficar no país e defina um orçamento para saber quanto dinheiro levar para Inglaterra. Com esse valor em mente, siga as nossas dicas: Determine quando será sua viagem e divida o valor pelo número de meses até a data da viagem. Assim você saberá quanto poupar mensalmente; Abra uma conta poupança ou de investimento para evitar que suas reservas se misturem com as do dia a dia; Analise o seu orçamento atual e reduza despesas desnecessárias como compras impulsivas, assinaturas e saídas para restaurantes e festas; Aumente a sua renda fazendo trabalhos extras como freelancer ou vendendo itens que você não usa mais. Além de poupar e aumentar sua renda, vale a pena adotar algumas medidas mais econômicas para sua viagem. Uma delas é reservar acomodações e comprar passagens aéreas com antecedência para garantir os preços mais baixos. Também é interessante monitorar a taxa de câmbio e comprar libras quando ele estiver mais favorável. Com essas dicas, você conseguirá economizar um bom dinheiro para sua viagem. Se viver no país está nos seus planos, recomendo para você o Ebook Como Morar na Inglaterra. Nele, você encontra tudo o que precisa para planejar sua mudança, desde documentos até reservas financeiras.

Preencher o Imposto de renda na Inglaterra
Inglaterra Tributação para Expatriados

Imposto de renda na Inglaterra: quem deve declarar e como fazer

O Imposto de Renda na Inglaterra é um assunto importante na vida financeira de quem mora ou trabalha no país. Neste artigo, vamos explicar de forma simples tudo o que você precisa saber sobre o imposto para ficar em dia com suas obrigações fiscais na Inglaterra. Vamos lá? Como declarar Imposto de Renda na Inglaterra? A declaração do Imposto de Renda na Inglaterra é feita pelo sistema conhecido como Self Assessment, gerenciado pelo HM Revenue & Customs (HMRC). O contribuinte pode preencher e enviar a declaração por conta própria ou contar com a ajuda de especialistas. Para enviar a declaração do Imposto de Renda por conta própria, você precisa seguir uma série de etapas, desde fazer o registro no HMRC, reunir todos os documentos necessários, preencher a declaração e calcular o imposto devido corretamente. Imposto de Renda é comum em todo o Reino Unido Sim! Assim como no Brasil, o Imposto de Renda é comum em todo o Reino Unido e é uma parte importante do sistema tributário do país. Os impostos coletados são usados para financiar serviços públicos como saúde, educação e infraestrutura. Todos os anos os residentes fiscais do Reino Unido que atendem aos critérios de elegibilidade precisam declarar e pagar o Imposto de Renda, sendo o HMRC o órgão responsável pela administração e coleta dos impostos. Por ser um processo burocrático, algumas pessoas preferem contar com a ajuda de especialistas para enviar a declaração e evitar erros. A Personal Tax é uma empresa de consultoria que oferece assistência tributária para expatriados e pessoas físicas, incluindo a ajuda no envio da declaração do Imposto de Renda. Quem deve declarar Imposto de Renda na Inglaterra? O Imposto de Renda na Inglaterra ou Self-Assessment Tax Return deve ser declarado anualmente por quem é considerado residente fiscal no país. Isso inclui as seguintes categorias: Autônomos (self-employed ou sole trader) que trabalharam entre 6 de abril de 2023 e 5 de abril de 2024 e receberam mais de £1.000; Contribuintes que tiveram uma renda tributável total de mais de £150 mil (por exemplo salário e bônus); Não residentes no Reino Unido que ainda recebem rendimentos no país, como aluguéis; Empregados com salário superior a £100 mil por ano; Pessoas que obtiveram lucro com vendas de ações, propriedades ou outros bens; Diretores de empresas; Pais que receberam o “child benefit” e têm rendimentos acima de £50 mil anuais; Proprietários de imóveis que recebem mais de £2.500 em aluguéis. Outras regras para declarar o Imposto de Renda Além das situações acima, a advogada e contadora Fernanda Rossatto que atua no Reino Unido, destaca que pode precisar enviar uma declaração de imposto (Self Assessment Tax Return) se tiver qualquer renda, como: Dinheiro proveniente do aluguel de uma propriedade (por exemplo, no Brasil); Gorjetas e comissões; Renda de poupança, investimentos e dividendos; Renda estrangeira – Este último é particularmente importante para brasileiros que têm rendimentos de natureza diversa no Brasil. Esses são apenas algumas pessoas que precisam enviar o Imposto de Renda na Inglaterra, mas existem outros casos específicos que podem exigir a apresentação do documento. Para saber se você se enquadra em algum deles, consulte a ferramenta no site do governo britânico. Brasileiro precisa declarar Imposto de Renda na Inglaterra? Sim! Fernanda Rossatto alerta que todos os brasileiros que se encaixam nos critérios acima devem registrar e enviar o Self Assessment Tax Return. [caption id="attachment_170519" align="alignnone" width="750"] Fernanda Rossato recomenda declarar a renda do Brasil no UK para evitar problemas fiscais. Foto: Arquivo pessoal.[/caption] Ela destaca que um dos pontos comuns são os brasileiros que recebem rendimentos no Brasil, principalmente dividendos de empresas ou possuem investimentos, aplicações ou aluguel no Brasil. Nesses casos, a nossa entrevistada lembra que independente de trazer para o Reino Unido ou não, dependendo dos valores, é necessário declarar esses rendimentos no Self Assessment Tax Return. Também comenta que o Acordo para Evitar a Dupla Tributação entre Brasil e Reino Unido foi assinado, mas ainda não está em vigor e que: É possível usar impostos já pagos no Brasil para compensar os impostos no Reino Unido. Dependendo dos valores, essa compensação pode ser suficiente para não haver imposto adicional no Reino Unido. No entanto, dependendo dos valores ou mesmo da variação cambial (favorável ou desfavorável), o HMRC também pode cobrar impostos sobre os rendimentos no exterior. Além disso, Fernanda Rossatto esclarece que declarar os rendimentos do Brasil no Reino Unido não necessariamente indica que haverá imposto adicional. Precisa declarar o envio dinheiro do Brasil para Inglaterra? Depende da sua condição fiscal no país. Fernanda destaca que muitos brasileiros que começaram a morar na Inglaterra recentemente, nos últimos seis anos, podem alegar que seu domicílio fiscal ainda é o Brasil. Dessa maneira, ao fazer esse “claim”, passam a declarar rendimentos brasileiros no Reino Unido apenas se estes forem remetidos ao Reino Unido. Mas Fernanda lembra que é necessário formalmente informar o HMRC desse status de não domiciliado para se beneficiar dessa forma de tributação e esclarece: Essa pessoa é chamada de “Non Domiciled”. Fala-se muito na mídia sobre os Non-Doms, principalmente tendo em vista que Akshata Murty, esposa do primeiro ministro Rishi Sunak, declarou que não era domiciliada no Reino Unido e dessa maneira deixou de pagar milhões aos cofres britânicos. Na condição de “non domiciled”, você declara apenas os rendimentos do Reino Unido e as remessas de rendimentos ou ganhos do exterior para o UK. No entanto, a nossa entrevistada destaca que além de precisar fazer formalmente um “claim”, a pessoa não domiciliada perde diversas isenções, como: Personal Allowance; Annual Exempt Amount; Child Benefit; Acesso ao Tax Free Childcare; Outros rendimentos recebem alíquotas diferenciadas, por exemplo, dividendos. Entendendo a sua situação no país Por conta disso, é necessário entender as circunstâncias antes de optar pelo status de “non domiciled” e fazer uso do "Remittance Basis". Fernanda também explica que em março de 2024, o Chanceler Jeremy Hunt anunciou a abolição do regime 'non-dom' e sua substituição por um sistema tributário baseado puramente na residência. Essa mudança impacta diretamente a condição fiscal dos estrangeiros no país, como esclarece a advogada e contadora Fernanda Rossatto: Sendo assim, estamos no último ano em que ainda é possível usar o regime de Non-Dom. A partir de 6 de abril de 2025, será o regime de Foreign Income and Gains. Esse novo regime também permitirá algumas isenções e benefícios fiscais que devem ser considerados por brasileiros que estão no Reino Unido e possuem rendimentos no Brasil. E quem envia dinheiro da Inglaterra para o Brasil? Mais uma vez, depende da sua condição fiscal na Inglaterra. Ao consultarmos Fernanda Rossatto, ela esclareceu que os cidadãos que ainda mantêm sua residência fiscal no Brasil (por exemplo, que ainda não fizeram sua Declaração de Saída Definitiva) precisam declarar para a Receita Federal todos os seus bens e rendimentos anuais, incluindo salários, contas bancárias e imóveis no Reino Unido. [caption id="attachment_170517" align="alignnone" width="750"] Regra geral, brasileiros que moram na Inglaterra precisam declarar o imposto no país.[/caption] Fernanda destaca que muitas pessoas estão em situação irregular nesse sentido, e a Receita Federal pode identificar essa irregularidade quando a pessoa envia valores da Inglaterra para o Brasil: É fundamental analisar essa situação considerando as circunstâncias da pessoa em ambos os países, especialmente no caso de recebimento de heranças ou investimentos em mais de um país. Quem não precisa declarar? Em geral, os contribuintes que não se enquadram nos critérios que indicamos nos tópicos anteriores não precisam declarar o Self Assessment Tax Return. A nossa entrevistada cita como exemplo pessoas com rendimentos de salário abaixo de £150 mil, que não tenham quaisquer outros rendimentos tanto no Reino Unido quanto no Brasil, têm todos seus impostos deduzidos automaticamente pelo empregador. Mas é importante ficar atento às regras específicas do HMRC para saber se você precisa declarar em alguma situação específica. Se tiver dúvidas, é sempre bom consultar um consultor fiscal ou entrar em contato com o HMRC para obter orientações adequadas. Passo a passo para fazer a declaração de Imposto de Renda na Inglaterra Fazer a declaração do Imposto de Renda na Inglaterra é importante para garantir que você pague a quantia correta e evite complicações fiscais. Existem duas maneiras de realizar esse processo, e vamos explicar cada uma delas a seguir: Fazer a declaração sozinho Na Inglaterra, é possível realizar a declaração do imposto de renda online e por conta própria. O processo é rápido, leva cerca de 15 minutos, e envolve o preenchimento de um formulário personalizado, adaptado à situação fiscal de cada contribuinte. Para demonstrar como é o processo, abaixo está um guia passo a passo da declaração de imposto de renda para autônomos no Reino Unido. Acesse o portal do governo e siga os links para registrar a declaração para o ano fiscal de 2022-2023; Preencha os detalhes da sua autoavaliação, como se você era funcionário ou diretor, se você era autônomo, e se tinha mais de uma empresa autônoma; Insira um nome para o seu trabalho autônomo e confirme se você está em parceria com alguém; Confirme a data em que seus livros são feitos, se você usará o regime de caixa, e se você está fazendo contribuições voluntárias de classe 2 para o seguro nacional; Complete a seção de detalhes de autônomo, incluindo sua receita, despesas e lucro líquido; Confirme se você teve perdas de renda tributável neste ano fiscal; Declare se recebeu a notificação de isenção de pagar a classe 4 do seguro nacional; Confirme se a declaração contém quaisquer figuras provisórias; Declare que todas as informações fornecidas são precisas, inserindo seu ID do gateway governamental e enviando a declaração; Salve ou imprima uma cópia da sua declaração para seus registros; Efetue o pagamento do imposto devido conforme as instruções fornecidas pela HMRC. Fazer a declaração com ajuda de especialista Contratar um profissional especializado é a melhor opção para quem tem dúvidas sobre como fazer a declaração do Imposto de Renda na Inglaterra ou tem uma situação tributária complicada. Portanto, se o seu objetivo é fazer uma declaração sem erros, considere contratar os serviços de profissionais ou empresas especializadas como a Personal Tax. Assim, você poderá regularizar a sua situação tributária na Inglaterra e não terá que se preocupar com possíveis multas ou penalidades. [caption id="attachment_170521" align="alignnone" width="750"] Contar com a ajuda de especialistas garante precisão e conformidade com as leis fiscais britânicas.[/caption] Esses especialistas estão familiarizados com as leis fiscais do Reino Unido e podem ajudar você a fazer a declaração de maneira precisa e em conformidade com as regulamentações. Eles também conseguem identificar todas as deduções e benefícios fiscais aos quais você tem direito. Prazo para fazer a declaração Imposto de Renda Inglaterra O ano fiscal no Reino Unido vai de 6 de abril até 5 de abril do ano seguinte. Já o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda na Inglaterra varia dependendo da forma como você envia o documento: Modo de entrega Data limite Declaração online Até meia-noite de 31 de janeiro de 2025 Declaração em pale Até meia-noite de 31 de outubro de 2024 Prazo de reembolso e pagamento O prazo de reembolso do Imposto de Renda na Inglaterra costuma levar de 5 dias a 8 semanas para ser processado. Esse período depende de uma série de fatores, como o sistema utilizado, a forma de envio da declaração e se o HMRC faz alguma verificação de segurança durante o processo. Por outro lado, o prazo para pagamento do imposto devido é até meia-noite de 31 de janeiro de 2025. No entanto, geralmente há um segundo prazo até 31 de julho para contribuintes que fizerem pagamentos antecipados de sua fatura. Métodos de pagamento ou reembolso O reembolso do Imposto de Renda na Inglaterra é feito pelo HMRC através de depósito direto em uma conta do Reino Unido ou por cheque, dependendo da forma como o contribuinte solicitou a restituição. Para efetuar o pagamento do Imposto de Renda, os contribuintes podem utilizar diversos métodos, como: Conta bancária online; Serviços bancários online ou por telefone; CHAPS; Cartão de débito ou crédito corporativo; Banco; Bacs; Débito direto (se você configurou um HMRC anteriormente). O que acontece se não declarar? Os contribuintes que precisam enviar a declaração do Imposto de Renda na Inglaterra recebem uma multa se perderem o prazo de entrega ou não efetuarem o pagamento da fatura, como explica a nossa entrevistada Fernanda Rossatto: Caso o HMRC identifique que a pessoa residente no Reino Unido tenha rendimentos no exterior, envia uma carta dando abertura a uma investigação. Chama-se Worldwide Disclosure. Multas de até 200% e juros são aplicados sobre os impostos não recolhidos. Para reduzir o valor da multa, Fernanda sugere fazer o Worldwide Disclosure voluntário, onde o contribuinte informa seus rendimentos nos últimos anos e paga o imposto pertinente. As multas são menores para disclosure voluntário do que para o involuntário. Qual a alíquota de Imposto de Renda na Inglaterra A alíquota de Imposto de Renda na Inglaterra é progressiva e varia de acordo com o rendimento do contribuinte. Atualmente, a taxa aplicada pode ser de 0% a 45%, como veremos nos próximos tópicos. Tabela de Imposto de Renda na Inglaterra Na Inglaterra, o Imposto de Renda é calculado com base no seu ganho anual, e existem diferentes faixas de tributação, com alíquotas que variam de acordo com o valor do seu rendimento. Faixa Rendimentos Tributáveis Taxa de Imposto Personal Allowance Até £ 12.570 0% Basic rate £ 12.571 a £ 50.270 20% Higher rate £ 50.271 a £ 125.140 40% Additional rate Acima de £ 125.140 45% Qual o valor do Imposto de Renda na Inglaterra? O valor do Imposto de Renda na Inglaterra depende da renda total do contribuinte e das alíquotas aplicadas. Para calcular esse valor corretamente, você precisa seguir o passo a passo abaixo: Calcule a sua renda bruta: some todos os rendimentos brutos tributáveis, incluindo salários, ganhos de investimentos, aluguéis, entre outros; Desconte as deduções permitidas: subtraia as deduções permitidas, como despesas relacionadas ao trabalho, doações e contribuições de pensão; Descubra qual é a sua renda tributável: a partir da renda bruta menos as deduções, você chega ao total da sua renda tributável; Aplique as alíquotas: use a tabela de alíquotas de Imposto de Renda para determinar o valor do imposto devido em cada faixa de renda; Calcule o imposto total: some o imposto devido em cada faixa de renda para chegar ao valor total do Imposto de Renda. Cálculo do Imposto de Renda Achou complicado? Confira a seguir como seria o cálculo do Imposto de Renda na Inglaterra para uma pessoa solteira que tem renda bruta de £18 mil no ano fiscal de 2023/2024 e não recebe subsídios especiais: Rendimento tributável total £18.200 Personal Allowance (-) £12.570 Valor do rendimento tributável £5.630 Cálculo da obrigação fiscal £ 5.630 x 20% = £1.126 Valores de subsídios especiais - Imposto já deduzido da renda que você recebe antes de obtê-la* (-) £1.126 Imposto agora devido ou (reembolsável) £ 0 *O imposto depende do código PAYE usado para retenção do imposto dos salários, mas aqui presumimos que você usou o código correto para todo o ano fiscal. Caso ainda fique em dúvida sobre o valor, acesse a calculadora de estimativa de imposto de renda disponível no site do HMRC. Através dela é possível simular online e em poucos minutos a quantia do seu imposto. Importante esclarecer que o Tax Return é a Declaração do Imposto de Renda no Reino Unido e deve ser feito por quem trabalha de forma autônoma, anualmente. Já quem trabalha registrado para alguma empresa, o imposto é descontado automaticamente. Dicas para pagar menos imposto e aumentar o reembolso Além de investir em ISAs (Individual Savings Accounts), guardar e computar devidamente todas as despesas do trabalho de Self Employed/Sole Trader, existem outras estratégias que você pode aplicar para pagar menos imposto e aumentar o reembolso. A nossa entrevistada comentou outras formas bastante utilizadas pelos contribuintes para reduzir o pagamento dos impostos no Reino Unido: Contribuições para pensão As contribuições para pensão, que têm um benefício fiscal, são a maneira mais comum de pagar menos imposto e aumentar o reembolso. De acordo com Fernanda Rossatto, é possível fazer contribuições para programas de pensão fora do plano do empregador e, mesmo assim, aumentar o reembolso dos impostos: Muitos planos de pensão oferecem benefícios somente na alíquota básica de 20%. Caso o contribuinte seja “higher rate taxpayer”, é possível buscar reembolso de 20% adicional, via o Self Assessment Tax Return. É possível voltar diversos anos para que todo o benefício seja computado. Também é possível fazer uma contribuição grande para maximizar o uso desse benefício. Marriage Allowance A nossa entrevistada também indica o Marriage Allowance para pagar menos impostos e aumentar o reembolso de casais onde uma das partes não tenha utilizado seu personal allowance. Ela explica como: É possível que o cônjuge/companheiro ceda £1,260 de seu personal allowance e o cônjuge/companheiro receptor receba um redutor de imposto (crédito tributário) de £252. A economia máxima de impostos que você pode obter como casal a partir do marriage allowance é de £252 para o ano fiscal de 2024/25. Despesas dedutíveis As despesas dedutíveis são uma boa forma de pessoas e empresas reduzirem as suas obrigações fiscais ao declarar o Imposto de Renda na Inglaterra. Algumas das deduções mais comuns incluem: Subsídios pessoais; Contribuições para pensões; Doações de caridade; Despesas relacionadas ao trabalho que o empregador não reembolsa, como uniformes, ferramentas e despesas de viagem, etc. É importante lembrar que existem muitas deduções fiscais disponíveis no Reino Unido e as regras e regulamentos podem ser complexos. Por isso, o ideal é sempre consultar um especialista para garantir que você está aproveitando todas essas reduções a que tem direito. Cuidados ao fazer a declaração do imposto de renda Tomar alguns cuidados ao fazer a declaração do Imposto de Renda na Inglaterra é essencial para garantir que o preenchimento e entrega do documento sejam feitos corretamente e sem problemas. Confira abaixo algumas dicas: Mantenha os registros organizados: guarde todos os documentos relacionados às suas finanças, como comprovantes de renda, despesas dedutíveis, ganhos de investimentos, entre outros. Isso pode ajudar você a preencher a declaração de forma precisa e completa; Conheça suas obrigações fiscais: esteja ciente das suas obrigações fiscais, incluindo as despesas dedutíveis e as isenções a que você tem direito; Verifique os prazos: fique atento aos prazos para envio da declaração e pagamento do Imposto de Renda para evitar multas por atraso e outras penalidades; Mantenha-se informado: pesquise e acompanhe as mudanças nas leis fiscais da Inglaterra que possam afetar a sua situação no país. Isso ajudará a garantir que você cumpra todas as exigências legais; Evite erros: para evitar erros que possam atrasar o processamento ou causar penalidades, certifique-se de preencher corretamente todas as seções da declaração e revise cada uma delas com cuidado. Por fim, se você tem dúvidas sobre como fazer sua declaração de Imposto de Renda na Inglaterra ou tem uma situação fiscal complexa, considere buscar a orientação de especialistas. A Personal Tax é uma empresa especializada nesse tipo de assessoria tributária no exterior, de confiança do Euro Dicas. Os profissionais podem oferecer assistência completa para garantir que sua declaração de Imposto de Renda seja feita da maneira certa e que você aproveite todas as oportunidades fiscais para reduzir seus impostos.

Em uma viagem para Inglaterra, o Big ben é parada obrigatória
Inglaterra

Viagem para Inglaterra: confira gastos e documentos necessários

Pensando em fazer uma viagem para Inglaterra? Para garantir uma experiência completa, incluindo visitar as principais atrações turísticas do país, você precisa se planejar bem e montar um orçamento realista. Por isso, vamos te contar tudo o que é preciso para viajar para Inglaterra, desde os requisitos, passando pelos custos até dicas. Acompanhe! Perguntas Respostas O que precisa para viajar para a Inglaterra? Para viajar para Inglaterra, é necessário ter um passaporte válido, passagens de volta, comprovante financeiro e de hospedagem. Quanto custa viajar para a Inglaterra? O custo da viagem varia conforme o perfil de cada pessoa. Em geral, para duas pessoas na baixa temporada o custo é de R$22.000, em média. Como ficam os europeus viajando para Inglaterra depois do Brexit? Os europeus precisam apresentar o passaporte para viagens curtas pela Inglaterra e solicitar o visto para estadias com mais de 6 meses. Como planejar uma viagem para Inglaterra? Para planejar uma viagem para Inglaterra e garantir uma experiência completa, você precisa seguir algumas etapas importantes. Elas vão desde a organização dos documentos até a escolha das atrações que deseja conhecer no país. Acompanhe abaixo um passo a passo simples que você pode seguir para planejar a sua viagem à terra da Família Real mais famosa do mundo: Pesquise e organize a documentação necessária; Certifique-se de que o seu passaporte é válido; Escolha as datas e a duração da viagem; Defina seu orçamento; Pesquise e reserve passagens; Reserve acomodação; Planeje seu itinerário; Considere contratar um seguro viagem; Escolha o seu principal meio de transporte. A Inglaterra é o destino turístico que vários brasileiros desejam conhecer. No país, você encontra cidades antigas, belezas naturais de tirar o fôlego e muita modernidade. O país certamente tem muito a oferecer e você terá a oportunidade de visitar lugares incríveis, especialmente se sair do óbvio. Afinal, a Inglaterra vai muito além da capital! Por isso, nunca dependa do acaso e siga as etapas que indicamos acima para garantir uma viagem tranquila. O que é preciso para viajar para Inglaterra? Antes de começar, é importante lembrar que nem sempre os oficiais vão pedir todos esses documentos; é por isso que talvez você conheça alguém que viajou para a Inglaterra e não os apresentou. Mas jamais viaje sem todos os documentos necessários em mãos, porque se for pedido algum e você estiver sem, a sua entrada no país pode ser negada. Sendo assim, lembre-se de guardar os seus documentos em um envelope ou pasta, com tudo organizado para facilitar o processo, caso o agente da imigração peça para ver algum. 1. Passaporte O primeiro documento indispensável para viajar para a Inglaterra é o seu passaporte. Ele deve ser válido durante toda a sua estadia no país, ou seja, não pode ter uma data de vencimento inferior a seis meses a partir do seu embarque. Nosso conselho é que você nunca viaje com o passaporte próximo à validade; imprevistos podem acontecer, e você poderá ficar no exterior por mais tempo do que o previsto. Portanto, sempre tenha uma folga na validade do documento, assim como algumas páginas ainda em branco. 2. Passagem de volta Quando você vai visitar a Inglaterra como turista, precisa provar que tem a intenção de voltar para o Brasil, ou seja, que não pretende morar na Inglaterra ilegalmente. Por isso, é preciso apresentar a sua passagem de volta, pelo menos de saída da Inglaterra para outro país fora do Reino Unido. A compra da passagem de volta para o Brasil não é um item obrigatório, mas facilita a sua entrada no país. Sem apresentar o documento, os oficiais de imigração na Inglaterra podem negar a sua entrada. 3. Comprovante de hospedagem O comprovante de hospedagem é outro requisito importante para passar pela imigração sem problemas durante a sua viagem para Inglaterra. Ele pode ser: Reserva de hospedagem: faça a sua reserva em um hotel ou hostel, imprima o comprovante e guarde junto aos seus documentos de viagem. É importante que a reserva cubra toda a sua estadia no país. Caso você vá visitar mais de uma cidade, faça a reserva em todas corretamente; Carta convite: se você for ficar na casa de um amigo ou familiar, por exemplo, essa pessoa deve fazer uma carta convite. Esse documento é um termo de responsabilidade em que um residente legal no país assume a responsabilidade pela chegada, hospedagem e despesas de um turista. 4. Comprovante financeiro Você também precisa do comprovante financeiro, ou seja, precisa provar que tem meios financeiros para se sustentar durante a sua estadia na Inglaterra. Isso é necessário para que o governo britânico não tenha que ter gastos com os turistas no país. Além disso, não ter como se sustentar durante essa estadia pode causar desconfiança de que você não pretende sair do país. Mas afinal, o que pode ser o comprovante financeiro? Algumas opções são: Dinheiro em espécie (valores acima de £10 mil, ou equivalente em qualquer moeda, precisam ser declarados); Extratos do banco e do cartão de crédito; Saldo disponível em conta-corrente ou conta internacional; Limite do seu cartão de crédito; Se possui um cartão pré-pago e o seu saldo. Precisa de seguro viagem para a Inglaterra? Por lei, não é obrigatório contratar um seguro viagem para Inglaterra, mas esse é um passo indispensável para quem quer uma viagem tranquila e livre de dores de cabeça. É importante lembrar que se você planeja viajar para outros países da Europa, é necessário apresentar um seguro viagem com cobertura médica e hospitalar de no mínimo 30 mil euros. [caption id="attachment_168036" align="alignnone" width="750"] Contrate um seguro viagem e explore a Inglaterra com mais tranquilidade. Foto: Andrea Côrtes.[/caption] Outro motivo para contratar o seguro viagem é que ele irá te respaldar em casos de emergências médicas, por exemplo. Você sabia que o famoso NHS (National Health Service), o sistema de saúde da Inglaterra, não é gratuito para turistas? Isso significa que se você precisar de um atendimento médico, terá de arcar com as despesas, que costumam ser bem caras para turistas. Mas o seguro viagem vai muito além das despesas médicas e hospitalares. Você também terá cobertura para: Extravio de bagagem; Cancelamento de voo; Traslado médico; Regresso sanitário; Assistência em caso de perda e roubo de documentos e dinheiro; Cobertura para despesas com a Covid-19. Por isso, recomendamos que você faça a cotação do seu seguro viagem no Seguros Promo, na Real Seguro Viagem ou no site da sua seguradora favorita. Só não vale viajar sem seguro! Viajar para Inglaterra precisa de visto? Os brasileiros não precisam de visto para Inglaterra, desde que estejam fazendo uma viagem de turismo com duração de até 180 dias. É importante lembrar que essa é uma vantagem exclusiva para turistas. Isso significa que, enquanto estiver na Inglaterra como turista, você não pode: Trabalhar de nenhuma forma; Reivindicar benefícios públicos; Ficar mais de seis meses; Casar ou registrar uma parceria civil, ou notificar o casamento/parceria civil. Por outro lado, se você deseja ficar por um tempo maior que seis meses, trabalhar ou estudar no país, precisa solicitar um visto para a Inglaterra conforme o motivo da viagem, que pode ser: Visto de trabalho; Visto de estudos; Visto de visitante para casamento; Visto para empreendedores; Visto de inovação. ETA UK para turismo na Inglaterra O Electronic Travel Authorisation (ETA) é outro requisito que está sendo implementado pelo Ministério do Interior do Reino Unido para regularizar a entrada de “cidadãos sem visto” no país. Ele é destinado para estrangeiros que podem permanecer sem visto no país por um período de até seis meses, como os brasileiros. O novo sistema exige que esses visitantes solicitem o ETA e paguem uma taxa antes da viagem. Essa autorização antecipada será obrigatória para todos os viajantes para o Reino Unido, exceto cidadãos britânicos e irlandeses. De acordo com o governo britânico, o ETA visa melhorar a segurança das fronteiras ao fornecer mais informações sobre os estrangeiros que visitam o país. Atualmente, ela está disponível para cidadãos de países como: Bahrein; Jordânia; Kuwait; Omã; Catar; Arábia Saudita; Emirados Árabes Unidos. Os cidadãos de outras nacionalidades, incluindo brasileiros, ainda não precisam do ETA para viajar a turismo para Inglaterra por um período de até 6 meses. Mas isso pode mudar no futuro e você precisa ficar atento para evitar transtornos. Quanto custa viajar para Inglaterra? Para 7 dias na Inglaterra, duas pessoas de perfil econômico moderado, com conforto, mas sem luxo, gastariam em média R$22.970,92. O custo de viajar para a Inglaterra é uma preocupação para alguns turistas, mas o valor depende de quanto tempo e o que você pretende visitar e fazer em terras inglesas. Muitos passeios são pagos, mas é possível aproveitar atrações gratuitas e ficar de olho em promoções e combos. Pensando nisso, detalhamos abaixo quais são as principais despesas que devem ser consideradas na hora de fazer o orçamento da viagem. Custos de passagem Vamos começar a entender os custos de passagem para a Inglaterra? Para te ajudar a saber os preços, realizamos uma busca no Vai de Promo para uma viagem de ida e volta com um passageiro para 7 dias na alta e na baixa temporada, com chegada em Londres. A pesquisa foi realizada no dia 15 de abril de 2024. Confira os preços: Alta temporada A alta temporada na Inglaterra ocorre durante o verão europeu, ou seja, entre os meses de junho, julho e agosto. Nesse período de férias escolares, o clima no país fica propício para passeios, e as passagens aéreas costumam ficar mais caras em todo o continente. Datas perto de períodos festivos, como o Natal e Ano Novo, também ficam com os preços mais altos. Veja só: Local de partida Período Companhia aérea Escala Preço São Paulo Julho de 2024 KLM 1 escala R$ 9.536,37 Rio de Janeiro Julho de 2024 Air France 1 escala R$ 9.325,88 Porto Alegre Agosto de 2024 LATAM 1 escala na ida e 2 na volta R$ 7.936,67 Belo Horizonte Julho de 2024 LATAM 2 escalas R$ 9.173,58 Recife Julho de 2024 LATAM 2 escalas R$ 8.375,42 Brasília Agosto de 2024 TAP 1 escala R$ 7.285,03 Baixa temporada A baixa temporada na Inglaterra acontece basicamente no inverno e outono, entre os meses de fevereiro e maio, além de setembro, outubro e novembro. Nesse período, as baixas temperaturas prejudicam alguns passeios, e o fluxo de pessoas é menor, assim como os preços das passagens aéreas. Particularmente, é a melhor época para viajar! Local de partida Período Companhia aérea Escala Preço São Paulo Fevereiro de 2025 LATAM Direto R$ 4.469,84 Rio de Janeiro Março de 2025 TAP 1 escala R$ 4.906,61 Porto Alegre Abril de 2025 TAP 2 escalas na ida e 1 na volta R$ 6.724,71 Belo Horizonte Abril de 2025 TAP 1 escala R$ 6.071,34 Recife Fevereiro de 2025 LATAM 2 escalas R$ 5.617,45 Brasília Março de 2025 TAP 1 escala R$ 5.583,64 Custos de hospedagem A menos que você planeje se hospedar na casa de um amigo ou familiar, terá que providenciar uma hospedagem para toda a sua estadia no país. E isso pode representar um gasto importante no orçamento da viagem para Inglaterra. Os custos irão depender da localização e estrutura do local, principalmente. Por exemplo, um hotel 5 estrelas no centro de Londres custa mais caro que um 3 estrelas mais distante do centro. Para você entender um pouco os valores, veja abaixo alguns preços das diárias que cotamos no site Booking.com. A cotação foi feita no dia 15 de abril de 2024 para um adulto em hospedagens nas principais cidades inglesas na alta e na baixa temporada. Confira: Localização Hotel Estrelas Preço na alta temporada Preço na baixa temporada Londres Royal National Hotel 3 estrelas R$ 1.233 R$ 1.215,50 Londres Onefam Notting Hill 2 estrelas R$ 405,33 R$ 189,33 Londres The Londoner 5 estrelas R$ 3.3125 R$ 2.906 Liverpool Phoenix Hotel Liverpool 4 estrelas R$ 488,66 R$ 365,66 Centro de Liverpool Ibis Styles Liverpool Centre Dale Street - Cavern Quarter 3 estrelas R$ 591,33 R$ 591,33 York Moxy York 4 estrelas R$ 935,66 R$ 544 Leeds Quebecs Luxury Apartments 5 estrelas R$ 1.553 R$ 1.251 Gastos com alimentação em viagem para Inglaterra A alimentação é um dos principais custos de uma viagem para Inglaterra. Por isso, é essencial que você conheça os valores médios dos alimentos e refeições no país para elaborar um bom orçamento antes do embarque. Uma dica: se a sua acomodação não oferecer refeição, vale a pena conferir os combos chamados meal deals em alguns supermercados do país. Nesse combo, você pode comprar água ou refrigerante, um sanduíche e uma sobremesa, como chocolate. Vale a pena! E claro, não deixe de experimentar o fish&chips dos pubs locais. O preço também é interessante. Para ajudar você com isso, trouxemos os preços de algumas refeições e lanches na capital da Inglaterra: Item Preço Café da manhã Entre £6,50 e £15 Almoço Entre £11,40 e £30 Jantar Entre £13 e £36 Refeição em restaurante barato £19 Refeição de três pratos para 2 pessoas em restaurante £80 Menu no McDonald’s £8 Coca-Cola (garrafa de 330ml) £1,94 Cerveja (500ml) £6,50 Café ou cappuccino £3,62 Água mineral (330ml) £1,64 Observação: os valores acima são apenas uma referência com base na pesquisa feita em abril de 2024 no site Numbeo. Isso significa que eles podem sofrer alterações dependendo de quando você viajar e da sua cidade de destino. Transporte Como você planeja se locomover durante a sua viagem para Inglaterra? Dependendo da sua escolha, o custo com transporte pode consumir boa parte do seu orçamento. Assim, para economizar, vale a pena apostar na compra de tickets de metrô e ônibus, que funcionam muito bem no país. Confira abaixo quanto custa o transporte em Londres e calcule quanto, em média, serão os seus gastos ao viajar para Inglaterra: Item Preço Ticket metrô avulso £3,70 (pago com Oystercard/Contactless) ou £6,70 (dinheiro) Ticket metrô diário £15,90 Ticket avulso ônibus £1,75 Ticket diário ônibus £6 Ônibus turístico 24h £39 Táxi por km percorrido £5,95 Passagem de ônibus Londres - Liverpool £25 Passagem de ônibus Londres - Leeds £11 Passagem de ônibus Londres - York £15 Passagem de ônibus Liverpool - Leeds £12 Passagem de ônibus York - Liverpool £20 Passeios turísticos É claro que em uma viagem para Inglaterra você quer conhecer os principais pontos turísticos, não é mesmo? Para montar um bom orçamento, confira os valores de algumas atrações da capital, Londres. Todos os preços da tabela abaixo foram cotados pelo Get Your Guide para ingressos de um adulto: Passeio Detalhes Preço The London Eye Ingresso padrão ou prioritária, passeio de 30 minutos A partir de £32 Palácio de Buckingham Tour guiado pelo Palácio de Buckingham com duração de 3 horas A partir de £32 Abadia de Westminster Tour guiado na Abadia de Westminster, passeio de 2 horas A partir de £29 Torre de Londres Ingresso para a Torre de Londres com exposição Joias da Coroa A partir de £34,80 Excursão aos Estúdios de Harry Potter e Oxford Excursão de 1 dia aos Estúdios de Harry Potter e Oxford A partir de £149 Excursão ao Museu Britânico Tour guiado de até 2 horas no Museu Britânico A partir de £55,49 Combo Madame Tussauds, London Eye e SEA LIFE Ingresso para Madame Tussauds, London Eye e SEA LIFE A partir de £74,50 Catedral de São Paulo Ingresso para a Catedral de São Paulo válido por 24 horas A partir de £25 Free tour por Londres Guia a pé pelo centro antigo de Londres Gratuito National Gallery Ingresso para a galeria de artes Gratuito Museu de História Natural de Londres Entrada para ver as exposições permanentes Gratuito Seguro viagem para Inglaterra O seguro viagem para Inglaterra é indispensável para ter uma estadia tranquila e segura no país. A boa notícia é que esse tipo de cobertura costuma ter um excelente custo-benefício que não afeta muito o seu orçamento. Para que você possa ter uma melhor noção de preços, utilizamos a plataforma do Seguros Promo para quatro planos de seguro viagem Inglaterra. Confira: Despesa Plano 30 Europa (Exceto EUA) Covid-19 Promocional Affinity 60 Europa Promocional +COVID-19 MTA 150 Europa +Telemedicina Albert Einstein UA 200 Europa (exceto EUA) COVID-19 Despesa Médica Hospitalar Total 30.000€ USD 60.000 USD 150.000 USD 200.000 Despesas Médica e Hospitalares por COVID-19 30.000€ USD 30.000 USD 10.000 USD 5.000 Regresso Sanitário 30.000€ USD 30.000 USD 60.000 USD 15.000 Traslado de Corpo 30.000€ USD 20.000 USD 60.000 USD 15.000 Seguro de Bagagem Extraviada 1.200€ USD 800 (COMPLEMENTAR) USD 1.500 (SUPLEMENTAR) USD 750 Valor R$ 96,20 R$ 126,69 R$ 178,58 R$ 203,17 Resumo dos custos de uma viagem para Inglaterra Acompanhe abaixo o resumo dos valores médios para uma viagem para a Inglaterra com conforto (mas sem luxo) na baixa temporada com duração de 7 dias para duas pessoas: Despesa Preço Passagens R$ 8.939,68 Hospedagem R$ 6.424 Alimentação R$ 5.049,20 Seguro viagem R$ 253,38 Transporte R$ 1.463,32 Passeios (London Eye e Palácio de Buckingham) R$ 841,44 Total R$ 22.970, 92 Lembramos que os valores acima são apenas uma estimativa, os gastos podem ser mais baixos ou mais elevados do que esses dependendo das escolhas do viajante. Precisa falar inglês para viajar para a Inglaterra? Sim, é importante falar pelo menos o básico do inglês para ter uma viagem internacional tranquila. Os ingleses são bastante solícitos e dispostos a ajudar, então você não precisa se preocupar caso necessite de ajuda, mas é sempre interessante fazer pelo menos um curso de inglês para viagem. Esses cursos duram menos de um mês e te ensinam virtualmente tudo o que você precisa para fazer uma viagem muito mais tranquila. Nós recomendamos o curso Plano 196, da Fluencypass. Em apenas 30 minutos por dia, durante 20 dias, você fica prontinho para viajar para qualquer país com o básico do inglês na ponta da língua. Acesse o site da Fluencypass e veja se o plano é o ideal para você. Como levar dinheiro para viagem na Inglaterra? Existem várias formas de levar dinheiro para sua viagem para Inglaterra, as mais utilizadas pelos viajantes são dinheiro em espécie, cartão de crédito internacional e cartão pré-pago. Como cada uma possui suas vantagens e desvantagens, é preciso analisar com cuidado para escolher a mais indicada para você. Para ajudar, nos próximos tópicos apresentamos essas formas de levar dinheiro na sua viagem internacional. Mas antes, vale lembrar que na Inglaterra a moeda é a libra e não o euro, como na maior parte da Europa. Dinheiro em espécie É importante destacar que o brasileiro só pode sair do país com valores abaixo de R$10 mil ou equivalente em outra moeda. A grande vantagem é que se você comprar as libras em um dia com a cotação baixa, você poderá usá-la em sua viagem sem pagar nada a mais por isso. A sugestão é levar um pouco de dinheiro em espécie para gastos de emergência e pequenos gastos, como pagar por um lanche, por exemplo. Cartões de crédito internacional Se você tem um cartão de crédito internacional, também pode usá-lo para levar dinheiro na sua viagem para Inglaterra. Mas lembre-se de que essa não é uma opção econômica. Entre as taxas, você irá pagar: IOF: é um tributo federal com alíquota fixa de 4,38% em todas as compras feitas no exterior; Câmbio: taxa de câmbio comercial referente ao dia da compra; Spread: margem de lucro cobrada pela administradora do cartão sobre o valor do câmbio. Cartão pré-pago O cartão pré-pago internacional funciona como se fosse um cartão de débito. Você o recarrega e pode usar na Inglaterra. Ao contratar em sua empresa de confiança, você abastece no dia que quiser e o valor da conversão será daquele dia. Outra vantagem é que normalmente você pode acompanhar os gastos pelo aplicativo do celular. Por outro lado, o IOF de 4,38% também deve ser pago. Além do IOF, a margem de câmbio com margem de lucro é cobrada na recarga. Também poderá haver despesas referentes ao saque e manutenção do cartão. Uma boa dica é pedir o cartão Wise sem custos e taxas de manutenção. Esse cartão permite que você o carregue em mais de 50 moedas, incluindo a libra esterlina. Para solicitá-lo, você precisa abrir uma conta Wise, é fácil e rápido e tudo é feito online. Qual a melhor época para fazer uma viagem para Inglaterra? Pessoalmente, acho que a melhor época para visitar a Inglaterra é na primavera (final de março ao início de junho) e no outono (setembro e novembro). O tempo geralmente é um pouco mais quente e seco, você verá os parques floridos ou com as folhas mudando de tonalidade e evitará o período de verão que é muito mais movimentado e com preços nas alturas. [caption id="attachment_168038" align="alignnone" width="750"] Embora o inverno na Inglaterra seja bastante frio, vale a pena visitar o país nessa estação. Foto: Andrea Côrtes[/caption] O inverno (dezembro a fevereiro) não é uma época ruim para visitar, apesar do frio. Embora o clima não seja dos mais agradáveis para alguns brasileiros, em algumas cidades mais ao norte do país é possível aproveitar a neve e existem vários festivais de Natal. No entanto, a Inglaterra pode ser visitada em qualquer época do ano, pois o seu clima é relativamente temperado e, em geral, não têm temperaturas extremas no verão ou inverno. Por isso, a resposta depende muito da preferência pessoal. Cidades imperdíveis para conhecer em viagem para Inglaterra Agora que você aprendeu a como planejar a sua viagem para Inglaterra e montar um bom orçamento, que tal começar a montar o seu roteiro? A seguir, apresentamos algumas cidades imperdíveis que você não pode deixar de visitar durante a sua estadia no país: Londres Ficar pelo menos 6 dias em Londres pode ser o ponto alto da sua viagem para Inglaterra. Nesse período, você pode explorar com calma os parques, museus e galerias de arte distribuídos pela cidade. Enquanto estiver na capital inglesa, vale a pena reservar um tempo para conhecer alguns pontos turísticos emblemáticos, como: London Eye; Palácio de Buckingham; Abadia de Westminster; Torre de Londres; Museu Britânico. À noite, é possível assistir a apresentações nos teatros e casas de ópera. E, se você prefere um programa mais descontraído, pode visitar um dos inúmeros pubs da cidade. Liverpool Liverpool é uma cidade rica em cultura e história marítima, mas é mundialmente conhecida como o berço dos Beatles. Aliás, milhares de fãs fazem peregrinação aqui para visitar locais icônicos, como Cavern Club, onde os Beatles tocaram, e o museu The Beatles Story. Para quem é fã dos Beatles, 2 a 3 dias podem ser suficientes para conhecer as principais atrações de Liverpool e fazer outros programas interessantes, como: Visite Albert Dock; Conhecer a galeria Tate Liverpool; Visitar o Museu Marítimo Merseyside; Passear pelo Liverpool Waterfront; Conhecer os pubs movimentados; Admirar as catedrais da cidade. Manchester Manchester é uma cidade incrível para visitar durante sua viagem para Inglaterra. Além de uma atividade estudantil vibrante, ela também oferece uma grande mistura de história, cultura e diversão. [caption id="attachment_168040" align="alignnone" width="750"] Manchester é uma das cidades mais bonitas e visitadas da Inglaterra. Foto: Andrea Côrtes[/caption] Alguns lugares que você não pode deixar de visitar quando estiver na cidade são: o estádio Old Trafford, o Museu de Ciência e Indústria e a Manchester Art Gallery, que abriga uma coleção de obras britânicas e internacionais. Além disso, em 2 ou 3 dias de estadia, você também terá tempo suficiente para apreciar a Catedral de Manchester e desfrutar da vida noturna agitada da cidade. Bath Localizada no sudoeste da Inglaterra, Bath é conhecida por suas termas romanas, arquitetura georgiana e charme elegante. Ao fazer um tour de 1 ou 2 dias na cidade, você sente como se tivesse voltado no tempo. Durante a sua estadia na cidade, não deixe de desfrutar as águas termais de Bath e conferir alguns dos seus pontos mais icônicos, que incluem: Thermae Bath Spa; Roman Baths; Royal Crescent; Ponte Pulteney. Além disso, os fãs de Jane Austen podem andar pelas ruas que tanto inspiraram a autora, assim como conhecer melhor a vida e obra da famosa escritora no Jane Austen Centre. Windsor Windsor é uma cidade rica em história e se tornou um destino imperdível para os fãs da série The Crown. A principal atração é o renomado Castelo de Windsor, que serviu como residência real de 40 monarcas. Há relatos não confirmados que a falecida rainha teria preferido este castelo ao Palácio de Buckingham. Durante a visita, é possível explorar a extensa coleção de arte particular do castelo, além de admirar antiguidades de valor inestimável pertencentes à Coroa. Outros pontos turísticos de Londres destaca-se a escola de Eton, o hipódromo e passeios de barco pelo rio Tâmisa. Por ser uma cidade pequena, reserve cerca de 1 a 2 dias para conhecer esse destino. Oxford Localizada a cerca de 90 km de Londres, Oxford é uma cidade pequena e acolhedora, famosa por seus deslumbrantes edifícios universitários que dominam grande parte do centro histórico. É um destino ideal para os amantes de filmes, cultura e arquitetura. Em apenas 3 a 4 dias, é possível explorar os principais pontos turísticos da cidade. Além da antiga Universidade de Oxford, outra visita imperdível é a Biblioteca Bodleian, cujo prédio apresenta estruturas medievais impressionantes. Para os apaixonados por cinema, Oxford oferece a oportunidade de explorar locais icônicos de filmagem de grandes sucessos do cinema. Desde Harry Potter até X-Men e Transformers, a cidade serviu de cenário para algumas das cenas mais memoráveis do cinema. Quer saber mais sobre como é a experiência de viajar pelas cidades do interior da Inglaterra? Então, confira o vídeo do canal Mundo Sem Fim, onde eles compartilham a aventura deles em Salinsbury. Eu acho que se você tiver a oportunidade de visitar outras cidades, além da capital Londres, certamente é uma oportunidade de conhecer muito mais desse país incrível! Dicas de viagem para Inglaterra Para tornar a sua viagem para Inglaterra inesquecível e garantir a melhor experiência, trouxemos algumas dicas práticas: Perguntas frequentes sobre viajar para Inglaterra Viajar para Inglaterra é uma experiência emocionante, mas também pode gerar algumas dúvidas. Por isso, respondemos algumas perguntas frequentes de viajantes que planejam conhecer o lar da Família Real mais famosa do mundo: Se você está pensando em visitar a terra do rei, comece a planejar a sua viagem e prepare-se para aproveitar cada detalhe, desde a movimentada Londres até cidades pequenas da Inglaterra. E se você sonha em viver no Reino Unido, aconselhamos o nosso Ebook Como Morar na Inglaterra, que traz vários relatos de reflexão e inspiração de brasileiros que atravessaram o Atlântico.

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Economia da Inglaterra: cenário e perspectivas para 2024

A economia da Inglaterra é a sexta maior do mundo e a segunda maior da Europa. Depois do impacto da pandemia da Covid-19, a guerra da Ucrânia, o aumento da inflação e de entrar em uma recessão técnica no segundo semestre de 2023, o país começou a dar indícios de crescimento, ainda que tímido. Ficou curioso? Acompanhe nosso artigo e entenda melhor o cenário atual da economia da Inglaterra, sua estrutura econômica e a expectativa para o ano de 2024. Economia da Inglaterra: qual o cenário atual? Apesar de apresentar uma lenta recuperação após os impactos causados pela pandemia da Covid-19, o cenário atual da economia da Inglaterra ainda é complicado. Atualmente, o aumento dos custos da energia provocados pela situação na Ucrânia e as taxas de juros elevadas do Banco da Inglaterra (BoE) são os principais desafios do governo. Conversamos com a consultora financeira Diana Tomazi, que ensina brasileiros e portugueses que moram no UK a investirem, para entender melhor esse cenário e seus desafios. Segundo ela: A economia da Inglaterra passa hoje por um momento complicado, ela entrou em recessão no segundo semestre de 2023, que é quando o PIB do país, que mede o nível de produtividade, cai por dois trimestres consecutivos. Ela complementa: Por outro lado, esse cenário mais difícil não é exclusividade da Inglaterra, toda a Europa está atravessando um momento difícil, principalmente por conta do cenário pós-pandemia e da guerra da Ucrânia. Diana, que compartilha seus conhecimentos no seu Instagram, também mencionou que a inflação na Inglaterra disparou, levando o governo a aumentar os juros para conter o aumento dos gastos. Isso, por sua vez, resultou em menor nível de consumo, impactando negativamente a produtividade e a economia do país. [caption id="attachment_166085" align="alignnone" width="750"] Para Diana, a economia inglesa passa por um momento difícil, mas a expectativa ainda é positiva para 2024. Foto: arquivo pessoal.[/caption] No entanto, ela expressou otimismo ao afirmar que há indícios de melhora na economia do país, com expectativas de redução dos juros e diminuição de impostos para estimular as empresas: Tudo indica que o pior já passou e que as coisas podem estar voltando ao normal a partir deste ano, com os juros sendo reduzidos e os impostos diminuindo para estimular as empresas a produzir mais, fazendo a economia se movimentar. Principais indicadores da economia na Inglaterra A recuperação da economia na Inglaterra tem sido lenta. Ela só começou a apresentar sinais de crescimento em janeiro de 2024, depois de entrar em uma recessão técnica no segundo semestre de 2023. Para acompanhar a evolução econômica do país, é preciso analisar diversos indicadores. Os principais deles são: PIB; Dívida pública; Inflação; Taxa de juros de empréstimo; Taxa de desemprego. Falaremos mais sobre cada um desses indicadores nos próximos tópicos. No entanto, é importante lembrar que esses índices podem variar ao longo do tempo e são influenciados por fatores globais e nacionais. PIB De acordo com dados da ONS, o PIB apresentou uma queda de 0,1% nos três meses até janeiro de 2024, em comparação com os três meses até outubro de 2023. Nesse período, o setor de serviços estagnou, enquanto a produção teve uma queda de 0,2% e a construção caiu 0,9%. No entanto, houve alguns indícios de melhora do PIB em janeiro de 2024 em comparação com o mês anterior. As estatísticas do governo britânico apontam um crescimento de 0,2% após uma queda de 0,1%. O setor de serviços foi o maior contribuinte para esse crescimento, com um aumento de 0,2%, seguido pela área de construção que registrou uma alta de 1,1%. Por outro lado, o segmento da produção teve uma queda de 0,2%. Dívida Pública Com base no último levantamento publicado pela ONS, a dívida pública do Reino Unido foi estimada em cerca de 97,1% do PIB anual no final de fevereiro de 2024. Esse número representa um aumento de 2,3 pontos percentuais em relação ao final de fevereiro de 2023. Essa é a dívida mais elevada contraída pelo governo desde o início da década de 1960. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, esse índice apresentou uma queda gradual e teve um aumento acentuado apenas no final da década de 2000. Inflação na Inglaterra A situação da inflação na Inglaterra tem sido um tema de atenção do governo britânico. Em fevereiro de 2024, a taxa anual da inflação foi registrada em 3,4%, uma queda em relação aos 4% registrados em janeiro do mesmo ano. Apesar de pequena, esta redução da inflação na Inglaterra é considerada um alívio para o Banco da Inglaterra, que está trabalhando para manter o índice dentro da meta estabelecida de 2% até o final de 2024. De acordo com o Trading Economics, as categorias mais relevantes no Índice de Preços ao Consumidor no Reino Unido incluem: Transporte (14%); Habitação e Serviços Públicos (14%); Recreação e Cultura (13%); Alimentos e Bebidas Não Alcoólicas (12%); Restaurantes e Hotéis (11%); Bens e Serviços Diversos (9%); Mobília, Equipamentos Domésticos e Manutenção Regular da Casa (8%); Roupas e Calçados (6%); Bebidas Alcoólicas, Tabaco e Narcóticos (5%); Educação (3%); Comunicação (3%); Saúde (2%). Taxa de juros de empréstimos A taxa de juros definida pelo Banco da Inglaterra é outro indicador da economia do Reino Unido. Ela tem um impacto nas taxas de empréstimos e afeta diretamente o custo com hipotecas, cartões de crédito e até opções de poupança de milhões de pessoas no país. O Comitê de Política Monetária (MPC) do Banco da Inglaterra optou por manter a taxa bancária em 5,25%, deixando os custos dos empréstimos no país estáveis pela quinta vez consecutiva desde agosto de 2023. No entanto, há expectativas de cortes nessa taxa até o final do ano. Taxa de desemprego na Inglaterra A taxa de desemprego do Reino Unido subiu para 3,9% entre novembro de 2023 e janeiro de 2024. Embora tenha ficado praticamente inalterado em relação ao trimestre anterior, isso representa um retorno aos índices registrados antes da pandemia da Covid-19. Por outro lado, a taxa de emprego no último trimestre diminuiu para 33,18 milhões. O levantamento da ONS apontou uma redução do número de trabalhadores de meio período e de pessoas empregadas com segundo emprego. Setores com alta demanda Conforme a ONS, o número estimado de vagas de dezembro de 2023 a fevereiro de 2024 foi de 908 mil, representando uma redução de 43 mil se comparado com trimestre anterior. Os setores que estão em alta e contratando mais colaboradores são: Saúde e assistência social; Comércio atacadista e varejista; Atividades profissionais científicas e técnicas; Atividades administrativas e de serviços de suporte; Educação; Atividade de alojamento e alimentação; Manufatura; Construção; Transporte e armazenamento; Informação e comunicação. Onde acompanhar os indicadores da economia inglesa? Existem várias fontes onde é possível acompanhar os indicadores da economia inglesa. Algumas das fontes mais confiáveis e acessíveis são: Banco da Inglaterra O Banco da Inglaterra é o banco central do Reino Unido e publica regularmente informações econômicas, incluindo taxas de juros, inflação, crescimento econômico e estatísticas do mercado de trabalho. Escritório Nacional de Estatísticas (ONS) O Escritório Nacional de Estatísticas (ONS) é a agência responsável por produzir as estatísticas oficiais da economia britânica. O site do ONS contém uma grande quantidade de informações sobre a economia britânica, incluindo dados sobre inflação, desemprego, produtividade e outras informações macroeconômicas. Financial Times O Financial Times é um jornal de negócios líder e é uma fonte confiável para acompanhar as notícias econômicas e financeiras da Inglaterra e do mundo. BBC News A BBC News é a maior emissora de notícias da Inglaterra e fornece cobertura abrangente dos principais indicadores econômicos do país. Trading Economics O Trading Economics é um site que fornece dados econômicos e indicadores para vários países, incluindo a Inglaterra. Essa é uma ferramenta útil para comparar a economia inglesa com outros países. O impacto dos imigrantes na economia da Inglaterra Os imigrantes têm um papel importante na economia britânica. Mesmo sem muitos dados recentes, sabemos que eles ajudam a impulsionar o país de várias formas. Pagam impostos, consomem produtos e serviços, e contribuem para o mercado de trabalho britânico. Um relatório do Migration Observatory mostrou que cerca de um quinto dos trabalhadores no Reino Unido no último trimestre de 2022 eram imigrantes. Além disso, entre 2018 e 2019, os estrangeiros que trabalhavam no país contribuíram com mais de £40 bilhões para a economia britânica. [caption id="attachment_166086" align="alignnone" width="750"] A taxa de desemprego manteve-se estável até o início de 2024, mas a taxa de emprego caiu no último trimestre.[/caption] Outro exemplo do impacto positivo dos imigrantes é no setor de educação superior na Inglaterra. Estudantes internacionais geram bilhões de libras esterlinas anualmente por pagarem taxas universitárias altas e contribuírem para a economia local enquanto estudam. Além disso, muitos estudantes internacionais decidem ficar no Reino Unido após seus estudos, fortalecendo áreas como tecnologia, saúde e pesquisa. No entanto, há preocupações sobre os efeitos negativos da imigração, como a pressão adicional sobre os serviços públicos, a competição por empregos e salários mais baixos, e possíveis tensões sociais. Previsões para a economia da Inglaterra e Reino Unido em 2024 Após entrar em recessão no segundo semestre de 2023, a previsão é que o PIB do Reino Unido cresça 0,3% em 2024 e 0,9% em 2025. Espera-se que o aumento dos salários impulsione os gastos dos consumidores, enquanto o setor de investimentos deve crescer com condições de crédito mais flexíveis. Quanto à inflação, prevê-se que retorne à meta de 2% no primeiro semestre de 2024, apoiada pela evolução dos preços dos alimentos e da energia. A taxa de juros no Reino Unido deve cair para 3% no segundo semestre de 2024, devido ao enfraquecimento da pressão inflacionista, o que colocará o Banco de Inglaterra em posição de começar a cortar as taxas de juro neste verão. No mercado de trabalho, o desemprego está aumentando moderadamente, com os empregadores hesitantes em fazer novas contratações. Prevê-se que a taxa de desemprego suba de 4% em 2023 para 4,2% em 2024 e 4,5% em 2025. No entanto, o aumento da inatividade e uma menor população em idade ativa podem limitar a oferta de mão de obra. A consultora financeira, Diana Tomazi, também compartilhou a sua perspectiva para a economia da Inglaterra e destacou os últimos anúncios do Spring Budget 2024: O ministro das finanças, Jeremy Hunt, anunciou um corte de impostos para os trabalhadores, o que é muito positivo para nós. Essa redução que está prevista para o National Insurance é muito bem-vinda. Na verdade, toda redução de impostos é bem-vinda, porque estimula os trabalhadores a consumir mais, já que sobra mais dinheiro ao final do mês. Diana também analisou as projeções do Bank of England e do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o PIB em 2024. Para ela, apesar de pouco, é um crescimento positivo diante do cenário complicado da economia do país: Para 2024, o Bank of England prevê uma expansão do PIB de só 0,25%, enquanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê um crescimento de 0,6%. É pouco, mas ainda assim, se conseguirmos, é bastante positivo, principalmente por conta do cenário mais complicado que estamos vivendo devido ao já comentado pós-pandemia e à guerra da Ucrânia. A nossa entrevistada lembra que a dívida pública do Reino Unido aumentou mais de 40% desde 2020, sobretudo por conta do crescimento dos gastos do Estado para ajudar as famílias e empresas com o impacto do confinamento da Covid-19 e do aumento dos custos de energia após o início da guerra na Ucrânia. Eleições e os desafios para a economia inglesa O Reino Unido está se preparando para novas eleições após um período de cinco anos. O primeiro-ministro Rishi Sunak tem até o dia 17 de dezembro para convocá-las, e o pleito está programado para ocorrer 25 dias depois, em 28 de janeiro de 2025. A economia britânica é uma questão central na agenda política, com ambos os principais partidos prometendo impulsionar o crescimento econômico e enfatizando a importância da saúde financeira do país. No entanto, o próximo governo irá enfrentar desafios significativos, incluindo inflação elevada e crescimento econômico lento, o que tem contribuído para uma sensação generalizada de empobrecimento entre a população. Com o atual cenário da economia da Inglaterra, vale a pena investir no país? Sim. Apesar do atual cenário da economia da Inglaterra, o país ainda conta com uma moeda forte e oferece ativos que se enquadram para todos os tipos de estratégias de investimento. Mas é claro, o ideal é sempre pesquisar bem as opções disponíveis e os riscos envolvidos. A consultora financeira Diana Tomazi também considera que, apesar dos desafios econômicos, vale a pena investir no país: A gente precisa se lembrar que é nas crises que as melhores oportunidades se fazem presente. É nas crises que os melhores investidores enriquecem, e não na época de bonança. Diana ainda destaca que, como residente no Reino Unido, há vantagens específicas que nenhum outro país da Europa oferece e que traz ainda mais oportunidades e possibilidades de investimentos: Nós não investimos somente no UK, mas a partir do UK, como residente fiscal. Isso significa que nós podemos aproveitar os benefícios fiscais que o Reino Unido nos dá, mas também investir de forma globalizada, em qualquer país do mundo, a partir das das plataformas no Reino Unido e pelas contas ISAs, que dão isenção de impostos sobre todos os rendimentos (ganhos de capital, juros e dividendos). No entanto, Diana lembra da importância de pesquisar as opções de investimentos disponíveis e entender os riscos de cada investimento. Para ela, é preciso saber encontrar essas oportunidades e esperar pacientemente enquanto elas não se concretizam, o que pode levar meses ou até anos. Quais os melhores setores para investimento? Apesar do cenário complicado da economia da Inglaterra, existem alguns setores para investimento que podem gerar bons rendimentos. Listamos abaixo os principais deles segundo pesquisa do IBISWorld 2024: Bancos; Fundos de pensões; Empreiteiras; Atividades jurídicas; Consultores de informática; Consultores de gestão; Corretagem de contratos de títulos e commodities; Empresas de terceirização de processos de negócios; Desenvolvimento de projetos de construção; Construção de edifícios residenciais. Ao conversar sobre esses setores com a nossa entrevistada, ela destacou a importância de investir em segmentos perenes, ou seja, aqueles que são essenciais e sempre terão demanda, independentemente da situação econômica: Pense comigo: as pessoas podem poupar, quando necessário, para uma viagem ou para um lazer. Mas elas não podem poupar alimentos, energia e aquecimento no frio, existe um limite do que pode ser poupado para sobrevivência. São nesses setores que devemos focar o nosso investimento, principalmente. Além disso, Diana destaca o setor de tecnologia como opção muito atrativa com ótimas possibilidades de ganho, desde que os investidores saibam identificar as melhores oportunidades. Quais as principais atividades econômicas da Inglaterra e Reino Unido? Entre as principais atividades econômicas da Inglaterra, podemos destacar a indústria de serviços, que é responsável por mais de 80% do PIB do país. O setor financeiro também é um dos principais motores da economia inglesa, com a City de Londres sendo um dos principais centros financeiros do mundo. Portanto, ótimos setores para trabalhar na  Inglaterra. Além disso, a indústria manufatureira também desempenha um papel importante na economia da Inglaterra. O país é conhecido por sua produção de carros de luxo, como Rolls-Royce e Bentley, e também é líder na produção de medicamentos. A Inglaterra também tem uma indústria de turismo próspera, com milhões de visitantes atraídos por suas cidades históricas, paisagens deslumbrantes e atrações culturais. Por fim, a agricultura e a pesca também desempenham um papel importante na economia da Inglaterra, com o país produzindo uma ampla variedade de alimentos e bebidas, incluindo chá, cerveja e queijo cheddar. A pesca é uma atividade importante em muitas cidades costeiras, como Grimsby e Hull, e os frutos do mar ingleses são exportados para todo o mundo. Produção e exportação do Reino Unido Em 2023, o valor das exportações em todo o Reino Unido foi de quase £210 bilhões, enquanto as importações para o país somaram cerca de £220 bilhões, tornando a economia britânica mais importadora. Os maiores parceiros comerciais do país são Estados Unidos, Alemanha, Holanda, França, Irlanda e China. As mercadorias mais exportadas do Reino Unido em dezembro do mesmo ano foram: Carros: £2,61 bilhões; Turbinas a gás: £2,58 bilhões; Medicamentos embalados: £1,3 bilhão; Petróleo bruto: £1,21 bilhão. Histórico da economia da Inglaterra e demais países do Reino Unido A ascensão da economia da Inglaterra está relacionada pelo intenso crescimento industrial que o país vivenciou durante a Revolução Industrial, período no qual, a nação se tornou a mais rica do mundo. Ao longo dos anos, o cenário econômico do país foi influenciado por outros agentes internos e externos. Veja a seguir os principais marcos que influenciaram a história da economia inglesa. Impacto da Revolução Industrial A Revolução Industrial teve um impacto profundo na economia britânica, transformando a nação em uma potência industrial líder. Durante o século XVIII, a Inglaterra experimentou mudanças significativas na produção, na tecnologia e na organização do trabalho, o que resultou em um aumento da produtividade e da eficiência. A introdução de novas máquinas, como a máquina a vapor, permitiu a produção em massa de bens, o que ajudou a reduzir os custos de produção e aumentar os lucros. Além disso, a Revolução Industrial levou ao crescimento das cidades e da população urbana, criando novas oportunidades de emprego e estimulando o desenvolvimento de indústrias de bens de consumo. Efeitos negativos da Revolução No entanto, a Revolução Industrial também teve efeitos negativos, especialmente para os trabalhadores. A mecanização da produção resultou em uma redução da necessidade de trabalhadores qualificados, o que levou ao desemprego e a uma queda dos salários. Apesar disso, foi um marco importante na história da Inglaterra, estabelecendo as bases para a economia industrial moderna e consolidando a posição da nação como uma das principais potências econômicas do mundo. Crise de 2008 na Inglaterra A crise financeira de 2008 provocou uma profunda recessão na Inglaterra e demais países do Reino Unido, sendo considerada a mais grave desde a Segunda Guerra Mundial. Entre 2008 a 2009, o país vivenciou o aumento dos índices de desemprego, o fechamento de grandes empresas e a queda dos preços das moradias. Para entender a gravidade da crise, a taxa de desemprego do Reino Unido alcançou o patamar de 7,54% em 2009 e os imóveis na Inglaterra foram desvalorizados cerca de 20% entre 2008 a 2009. À medida que o número de desempregados aumentava, havia uma queda de arrecadação de impostos e, consequentemente, a redução do crescimento econômico do país. Uma solução encontrada para driblar os efeitos da crise foi o investimento público. Em outubro de 2008, as autoridades europeias anunciaram um plano de resgate no valor de 700 bilhões de dólares para as instituições financeiras do Reino Unido. Nesse mesmo ano, o bloco econômico anunciou um plano de resgate no valor de 1,5% do PIB do bloco para ajudar os países. O governo britânico também adotou uma série de medidas financeiras adotadas por outros países. As principais delas foram a gestão das taxas de juros, estímulos fiscais para retomada da economia e restrições para bancos que recebem fundos públicos. Economia do Reino Unido pós-Brexit A economia do Reino Unido foi prejudicada pós-Brexit. Atualmente, o Reino Unido é o único membro do G7 com crescimento econômico menor do que era antes da pandemia da Covid-19. As incertezas sobre o relacionamento comercial com a União Europeia afetaram negativamente o investimento empresarial, que chegou a ficar 8% abaixo dos níveis pré-pandêmicos no terceiro trimestre de 2022. A desvalorização da moeda da Inglaterra também tornou as importações mais caras e alimentou a inflação no país. [caption id="attachment_166087" align="alignnone" width="750"] Especialistas e órgãos financeiros especulam um crescimento baixo na economia da Inglaterra até 2025.[/caption] A pesquisa realizada pelo Center for European Reform apontou que nos 18 meses até junho de 2022, o comércio de mercadorias do Reino Unido chegou a ficar 7% menor do que seria se a nação tivesse permanecido na UE. Em 2023, a economia britânica teve um crescimento de apenas 0,1% em comparação com o ano anterior. Além disso, o Banco da Inglaterra prevê apenas um leve crescimento de 0,25% na produção em 2024. Crise da Covid-19 na Inglaterra A pandemia da Covid-19 na Inglaterra causou uma recessão severa no país, com queda significativa no PIB durante o primeiro bloqueio nacional em 2020. À medida que empresas e consumidores se adaptavam, os bloqueios subsequentes em outubro de 2020 e inverno de 2020/21 não levaram a um declínio tão severo da atividade econômica. Para reduzir o impacto causado pela pandemia e os bloqueios, o governo e Banco da Inglaterra introduziram inúmeras políticas para manter as empresas em funcionamento e o maior número de pessoas empregadas. Tais medidas apoiaram financeiramente empresas, trabalhadores e o público durante a crise sanitária. Guerra da Ucrânia e o impacto na Inglaterra A Inglaterra também está exposta aos efeitos comerciais da guerra na Ucrânia, com consequências indiretas e de longo prazo do conflito no comércio do país. Apesar da força relativa do Reino Unido em termos de energia e segurança alimentar, assim como seus vínculos limitados com cadeias de abastecimento envolvendo a Ucrânia, estima-se que a pressão inflacionária global causada pela guerra já tenha contribuído para aumentos substanciais dos preços da energia e alimentos. Desde 2022, a população vivencia altas expressivas em todos os serviços básicos, assim como a conta do supermercado. Essa pressão apenas impulsiona os efeitos existentes do Brexit e da pandemia da Covid-19 na economia da Inglaterra. Além disso, a análise dos investidores russos e estrangeiros no país, juntamente com as sanções do Reino Unido e do Ocidente sobre indivíduos e empresas com vínculos com a Rússia, impactam o investimento interno. Guerra de Israel impacta a economia inglesa? A guerra de Israel tem potencial de afetar a economia global, inclusive a inglesa, especialmente no que diz respeito ao aumento do preço do petróleo e da inflação no Reino Unido. Embora o conflito ainda não tenha afetado diretamente a produção e exportação de petróleo, a possível entrada do Irã no conflito pode mudar esse cenário. O Irã é o quinto maior exportador de petróleo do mundo e apoia o Hamas. Com a redução da oferta de petróleo no Reino Unido, a população britânica poderia enfrentar o aumento dos preços dos combustíveis e um retorno ao aumento dos índices da inflação no país. Vale a pena morar na Inglaterra na atual situação econômica? Sim! Apesar da atual situação econômica, do aumento do custo de vida e da inflação, vale a pena morar na Inglaterra. O país ainda oferece diversos benefícios à população que precisam ser considerados por quem decide morar em território inglês. Existem muitos segmentos que estão contratando na Inglaterra e a falta de mão de obra qualificada ainda é um problema no país. Esse cenário faz com que surjam grandes oportunidades de emprego para estrangeiros. Além disso, a alta qualidade dos serviços públicos, do ensino e a segurança oferecida pela Inglaterra também são fatores decisivos para escolher o país como destino para morar. E se você quer saber mais sobre como é viver no país, confira nosso Ebook Como Morar na Inglaterra.

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Novo primeiro-ministro fala sobre resultado das eleições na Inglaterra
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Eleições na Inglaterra: novo primeiro-ministro quer acabar com “crise de confiança” no governo

O resultado das eleições na Inglaterra, realizadas no dia 4 de julho, mostra um retorno histórico dos Trabalhistas ao poder após 14 anos, conquistando uma maioria absoluta. Com mais de 400 deputados eleitos, o partido obteve uma vitória que surpreendeu os Conservadores. Agora, o trabalhista Keir Starmer é o novo primeiro-ministro do Reino Unido. Conheça o que está por trás desse resultado e o que deve acontecer com a política britânica daqui para frente. Maioria trabalhista e aumento de deputados O Partido Trabalhista, de centro-esquerda, teve sucesso eleitoral em todo o país, aumentando significativamente o número de seus deputados. Obteve uma maioria semelhante à alcançada por Tony Blair em 1997. Os votos nas eleições foram distribuídos assim: Trabalhistas 33,8% Conservadores 23,7% Reformistas 14,3% Liberais Democratas 12,2% Os Verdes 6,8% Partido Nacional Escocês 2,5% Plaid Cymru (País de Gales) 0,7% O resultado das eleições na Inglaterra foi definido por especialistas como uma mensagem de insatisfação dos eleitores após anos de política conservadora no Reino Unido, marcados por vários escândalos e a renúncia de dois primeiros-ministros: Liz Truss e Boris Johnson. Nas eleições gerais do Reino Unido, um partido precisa de 326 assentos para formar um governo com maioria absoluta ou formar uma coligação se não atingir esse número. Com mais da metade dos deputados eleitos, Keir Starmer, o novo primeiro-ministro, foi logo encarregado de formar governo pelo Rei Carlos III. Primeira eleição pós-Brexit na Inglaterra Foi a primeira eleição geral do Reino Unido desde que o país deixou oficialmente a União Europeia (UE). Não há planos, por enquanto, para reverter o Brexit. Apesar de ter apoiado a permanência do país na União Europeia, Klein Starmer descartou a ideia de retorno, embora tenha dito que gostaria de melhorar o acordo do Brexit de Boris Johnson. Resultado das eleições não surpreendeu? O que veio das urnas não foi inesperado. Antes mesmo de serem divulgados os primeiros resultados eleitorais, as pesquisas de opinião já indicavam uma clara liderança do partido de oposição trabalhista. As previsões iniciais mostravam que o Partido Conservador teria a pior votação de sua história. Isso se confirmou, pois o partido elegeu apenas 121 deputados. Durante os 14 anos em que estiveram no poder, os Conservadores enfrentaram muitos problemas e desgastes, o que contribuiu para o partido perder apoio popular. Promessa de acabar com a crise de confiança No seu primeiro discurso como novo primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer prometeu que o trabalho para mudar o país começa imediatamente, mas sublinhou que não será uma mudança instantânea. O novo líder enfatizou que seu governo colocará o país em primeiro lugar, antes do partido, comprometendo-se a governar para todos os britânicos, não apenas para os eleitores trabalhistas. [caption id="attachment_174190" align="alignnone" width="750"] Novo primeiro-ministro britânico ao lado da esposa, Victoria, com quem tem dois filhos. Foto: Instagram Keir Starmer[/caption] Ele também se comprometeu a unificar a nação e destacou a "perda de confiança" da população no governo nos últimos anos de administração Conservadora. "Quando a diferença entre os sacrifícios feitos pelo povo e o serviço que eles recebem dos políticos se torna tão grande, isso leva a um cansaço no coração de uma nação, a um esgotamento da esperança, do espírito, da crença em um futuro melhor." Keir Starmer destacou a necessidade urgente de escolas e habitações acessíveis, e prometeu reconstruir a infraestrutura de oportunidades do Reino Unido, um passo de cada vez. Starmer definiu como urgentes os setores da saúde, da educação, do ambiente, defesa e administração interna. O ex-primeiro-ministro Rishi Sunak, líder do Partido Conservador, admitiu a derrota e parabenizou o adversário pelo resultado das eleições na Inglaterra. "Há muito a ser aprendido e refletido. Assumo total responsabilidade pela derrota", declarou Sunak. Com o partido virando oposição, pela primeira vez desde 2010, a corrida para encontrar o próximo líder só está começando. Com a vitória, a política britânica deve mudar Com o resultado das eleições na Inglaterra dando vitória aos Trabalhistas, provavelmente haverá aumentos de impostos para financiar maiores gastos, mas também reformas para estimular o investimento e a produtividade, o que pode ter efeitos positivos no potencial econômico do país. O Goldman Sachs aumentou suas previsões de crescimento para a economia britânica este ano e no próximo. O banco de investimento prevê um aumento nos gastos públicos no Reino Unido, apesar de um perfil governamental muito parecido com o dos governos anteriores. Situação dos imigrantes na Inglaterra Keir Starmer anunciou o cancelamento do plano de deportação de imigrantes irregulares do governo anterior. O primeiro-ministro declarou: "O projeto do Ruanda estava morto e enterrado antes de começar. Nunca funcionou como um elemento desencorajador. Quase o contrário." Na campanha eleitoral, a imigração foi um dos temas principais. O líder trabalhista já havia prometido cancelar o plano conservador de enviar imigrantes para Ruanda por meio de aviões fretados, uma medida fortemente criticada por várias organizações de direitos humanos. No início do ano, o Parlamento britânico aprovou uma lei que permitia essas deportações. O ex-primeiro-ministro Rishi Sunak planejava iniciar as expulsões durante o verão europeu. O resultado das eleições na Inglaterra pode indicar que a maioria da população estava em desacordo com a medida. Keir Starmer propõe agora usar estratégias semelhantes às da luta contra o terrorismo para combater os traficantes de pessoas e planeja fortalecer a colaboração com a Europa, especialmente com a França. Além disso, prometeu aumentar os recursos para lidar com os pedidos de asilo, considerando que o sistema está sobrecarregado há anos. Foco na segurança de fronteiras A nova Ministra do Interior, Yvette Cooper, anunciou planos ambiciosos para reforçar a segurança nas fronteiras do país. Ela destacou a criação de um novo Comando de Segurança Fronteiriça como uma das suas prioridades. Cooper prometeu dar início às discussões oficiais para estabelecer o novo comando, visando fortalecer as medidas de segurança e controle na entrada de pessoas no Reino Unido. Em 2024, mais de 13 mil pessoas chegaram ao Reino Unido em pequenas embarcações através do Canal da Mancha, marcando um aumento de 18% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Presença de mais mulheres no governo Um governo mais feminino: este é um dos principais efeitos do resultado das eleições na Inglaterra. O novo primeiro-ministro britânico formou um governo trabalhista com um número recorde de mulheres. É o maior número de mulheres ministras na história. Além disso, mais de 40% dos deputados trabalhistas na Câmara dos Comuns são mulheres. Além da nomeação da Ministra do Interior, Yvette Cooper, pela primeira vez, uma mulher será ministra das Finanças do Reino Unido. Rachel Reeves, ex-economista do Banco de Inglaterra, será uma figura-chave no novo governo trabalhista. Este é o segundo cargo mais importante do governo, após o de primeiro-ministro. Aos 45 anos, Reeves comandará as finanças britânicas e vai se relacionar com instituições financeiras internacionais. [caption id="attachment_174189" align="alignnone" width="750"] Keir Starmer nomeou um governo com mulheres em cargos de muito destaque. Foto: Instagram Keir Starmer[/caption] Angela Rayner, de 44 anos, será a Vice-Primeira-Ministra e Ministra da Igualdade Social, Habitação e Comunidades. Vice-líder do partido desde 2020, Rayner fala frequentemente sobre as dificuldades que enfrentou na infância. Criada em Manchester, cresceu em habitação social, tornou-se mãe aos 16 anos e deixou a escola. Atribui às políticas sociais do ex-primeiro-ministro trabalhista Tony Blair a oportunidade de não ter sido "descartada". A nova Ministra da Justiça é Shabana Mahmood. Em 2010, tornou-se a primeira mulher muçulmana eleita para a Câmara dos Comuns. Já Yvette Cooper, de 55 anos, é a nova Ministra do Interior, encarregada de questões cruciais como imigração e policiamento. Por enquanto, o resultado das eleições na Inglaterra trouxe mais representatividade ao governo. Quem é o novo primeiro-ministro? Nascido em 1962 em Londres, Keir Starmer começou como advogado especializado em direitos humanos antes de se tornar diretor do Ministério Público de 2008 a 2013. Durante a campanha eleitoral, destacou suas raízes na classe trabalhadora, mencionando que seu pai era fabricante de ferramentas e sua mãe enfermeira. É vegetariano, amante de futebol, tem um gato e já declarou ser fã de Taylor Swift. Sua família segue a religião anglicana, mas não pratica regularmente. É casado desde 2007 com Victoria Alexander Starmer. O pai de Victoria emigrou da Polônia para a Inglaterra e é judeu. Victoria se formou em direito e sociologia na Universidade de Cardiff, no País de Gales. O casal tem dois filhos. Eleições foram antecipadas Os Conservadores estavam no controle da política britânica desde 2010, com várias mudanças no cargo de primeiro-ministro. Houve cinco primeiros-ministros diferentes desde então. Rishi Sunak foi o terceiro primeiro-ministro em apenas dois anos e não completou dois anos de mandato. Em maio, ele pegou muita gente de surpresa ao anunciar eleições gerais na Inglaterra para o dia 4 de julho. O prazo máximo para realizá-la era janeiro de 2025. A decisão marcava a primeira vez que ele enfrentaria os eleitores desde que tinha se tornado líder do governo. Sunak assumiu o cargo após substituir Liz Truss, em um momento crítico para o Partido Conservador e para o Reino Unido. Trajetória conservadora conturbada O Partido Conservador vinha enfrentando dificuldades no poder nos últimos anos. Em 2010, David Cameron ganhou as eleições, mas sem maioria parlamentar, teve que formar uma coalizão com os Liberais Democratas. Contra todas as expectativas, manteve a coalizão unida até 2015, quando conseguiu uma maioria que surpreendeu. No entanto, não durou muito. O referendo do Brexit em 2016 dividiu o partido e tornou a governança quase impossível para seus quatro sucessores, começando por Theresa May. Renúncias e nova nomeação May foi substituída por Boris Johnson em 2019, após uma eleição antecipada fracassada e a incapacidade de aprovar o acordo do Brexit. Johnson, envolvido em vários escândalos, incluindo festas ilegais durante a pandemia, foi forçado a renunciar em 2022. Liz Truss assumiu brevemente, mas sua gestão de 45 dias causou estragos econômicos, fazendo a libra cair para o valor mais baixo da história em relação ao dólar e disparando as taxas de juros e inflação. Então, o Partido Conservador colocou Rishi Sunak no comando do Reino Unido, na esperança de que ele pudesse criar um ambiente de estabilidade. O que aconteceu, na verdade, foi o inverso, refletindo diretamente no resultado das eleições de julho na Inglaterra. Economia representa o principal obstáculo Atualmente, a economia é o maior desafio enfrentado pelo Reino Unido, de acordo com a própria população. Uma pesquisa recente da consultoria YouGov revelou que 52% dos britânicos entrevistados consideram esse o problema mais grave, à frente de questões como saúde pública, segurança ou imigração. Muitos analistas acreditam que a vantagem dos Trabalhistas nas eleições não se deve tanto à adesão dos eleitores aos projetos do partido, mas sim à insatisfação com o custo de vida. Críticos argumentam que o Brexit tem contribuído para desacelerar a economia britânica nos últimos anos, ao impor barreiras para empresas britânicas que negociam com a Europa e para empresas estrangeiras que utilizam o Reino Unido como base na Europa.

Criada multa para quem empregar ilegais na Inglaterra
Inglaterra Notícias

Governo inglês aplica novas multas para quem empregar imigrantes irregulares

As autoridades britânicas implementaram medidas rigorosas visando aqueles que empregam ou apoiam migrantes irregulares sem os devidos vistos de trabalho na Inglaterra. Agora, empresas e empregadores que contratam e fornecem moradia a imigrantes irregulares enfrentam multas muito altas. Os valores são três vezes mais altos em comparação às regras anteriores. Entenda abaixo como funciona a multa para quem empregar irregulares na Inglaterra, os valores que os contratantes poderão pagar e quais são os objetivos das novas regras. Novas multas já estão valendo No dia 13 de fevereiro de 2024 entrou em vigor um novo Código de Conduta para prevenir o trabalho não-legalizado no Reino Unido. Portanto, todos os empregadores devem garantir que não contratem pessoas sem permissão para trabalhar legalmente. Para garantir que as regras sejam cumpridas, o governo definiu alguns processos importantes. Saiba quais são: Novos valores de multas Para empregadores que contratam trabalhadores irregulares: Primeira violação: multa pode chegar até £ 45 mil (antes era £ 15 mil); Violações repetidas: multa pode chegar até £ 60 mil (antes era £ 20 mil). Para proprietários que fornecem moradia a pessoas irregulares: Primeira violação: multa pode chegar até £ 5 mil por inquilino e £ 10 mil por ocupante (antes era £ 80 e £ 1.000, respectivamente); Violações repetidas: multa pode chegar até £ 10 mil por inquilino e £ 20 mil por ocupante (antes era £ 500 e £ 3 mil, respectivamente). Vale lembrar que, além da multa, o empregador ainda pode ser preso por 5 anos se for considerado culpado de empregar alguém que conhecia ou tinha “motivos razoáveis ​​para acreditar” que não tinha o direito de trabalhar no Reino Unido. Para evitar essas multas, os empregadores precisam fazer verificações adequadas do direito ao trabalho de seus empregados. Isso significa checar a situação de todos os empregados antes ou no primeiro dia de trabalho, conforme as regras do Home Office (Ministério do Interior). Penalizações são responsabilidades do Ministério do Interior Se o Home Office descobrir que um empregador está contratando trabalhadores que não têm autorização para trabalhar no país, a empresa passará por um processo rigoroso, incluindo multa e outras penalidades. O primeiro passo será uma notificação de encaminhamento de penalidade civil, na qual o empregador será informado de que seu caso será analisado. [caption id="attachment_166389" align="alignnone" width="750"] Contratar um advogado especializado é essencial para resolver o seu problema de legalização com a imigração inglesa.[/caption] Durante a análise, o órgão fiscalizador entrará em contato com o empregador, oferecendo a oportunidade de fornecer mais detalhes e evidências que possam justificar sua situação. Se o empregador responder dentro de 10 dias, isso será considerado cooperação ativa e poderá resultar em uma redução da penalidade. Três sentenças poderão ser dadas ao empregador Todas as evidências serão avaliadas pelo Home Office, que decidirá se o empregador é responsável pela infração e dará a sentença de culpa, advertência ou inocência. Culpado: o empregador recebe um aviso detalhando os motivos da penalidade, o valor a ser pago e os métodos de pagamento. É possível recorrer da decisão; Advertência: em vez de uma penalidade civil, pode receber uma advertência formal, indicando as razões pelas quais não foi penalizado. Essa observação será considerada se o empregador violar novamente as regras; Inocente: se o empregador não for considerado responsável, receberá um aviso informando que nenhuma ação será tomada e o caso será encerrado. Além disso, se a empresa for considerada culpada, pode ter seus dados publicados pela Immigration Enforcement (Fiscalização de Imigração) como um aviso a outras empresas para não empregarem trabalhadores irregulares. Medida faz parte da política de tolerância zero do Reino Unido O Reino Unido aumentou o valor das multas para diminuir a contratação e o apoio a trabalhadores e imigrantes irregulares. Isso foi feito para tornar a conformidade com as leis de imigração uma prioridade para empregadores e proprietários, visando reduzir a imigração não-legalizada e proteger a integridade das fronteiras do país. O Home Office argumenta que a redução de trabalhadores irregulares ajudará a prevenir os contrabandistas no Reino Unido, que seria um: “[...] fator de atração, de uma promessa de trabalho e de um lugar para viver para as pessoas que consideram atravessar o Canal da Mancha em pequenas embarcações” (tradução livre). Além disso, o aumento da multa faz parte da política de tolerância zero para migrações irregulares. Especialmente após a sanção da Lei de Imigração Irregular no Reino Unido, em julho de 2023. Essa lei visa reduzir o número de migrantes que entram no país ilegalmente e acabar com as falhas no sistema de asilo. Além disso, a adoção da lei pretende aumentar o número de rotas seguras e legais disponíveis para requerentes de asilo vulneráveis. Ainda, como parte desta política de controle da imigração irregular, o governo do Reino Unido tem estabelecido novas regras, como a controversa embarcação Bibby Stockholm e o controle de trabalhadores não-regularizados no país. A imigração irregular no Reino Unido Dados oficiais do Governo do Reino Unido apontam que entre junho de 2022 e junho de 2023 foram registrados 52.530 imigrantes entrando no Reino Unido irregularmente. Isso representa um aumento de 17% em comparação ao mesmo período no ano anterior. A maioria dessas chegadas (cerca de 85%) ocorreu por meio de pequenos barcos atravessando o Canal da Mancha. Considerando os dados entre janeiro e dezembro de 2023, foram 36.704 entradas irregulares no Reino Unido, das quais 90% foram barcos atravessando o Canal da Mancha. No último trimestre de 2023, após o início da nova lei, foram 6.878 entradas irregulares. Quem são considerados trabalhadores irregulares? São considerados trabalhadores irregulares: Pessoas que não tiveram licença (permissão) para entrar ou permanecer no Reino Unido; Pessoas cuja autorização para entrar ou permanecer no Reino Unido expirou; Estudantes com vistos vencidos ou estudantes que trabalham mais horas do que o permitido; Pessoas com visto de visitante; Pessoas que realizam um trabalho que não estão listados em seus vistos; Pessoas com documentos falsos ou incorretos. Para evitar receber as multas, os contratantes devem começar a revisar suas práticas de recrutamento atuais e os processos de verificação do direito ao trabalho para reduzir o risco de enfrentar penalidades. Os processos seletivos devem ser mais rigorosos com imigrantes que desejam trabalhar na Inglaterra e outros países do Reino Unido.

Visão panorâmica do Bibby Stockholm no Reino Unido.
Inglaterra Notícias

Bibby Stockholm: a embarcação vem causando controvérsias no Reino Unido

O Bibby Stockholm, a embarcação no Reino Unido destinada a abrigar requerentes de asilo, se tornou o foco de uma controvérsia que envolve questões de segurança, legalidade e condições de vida. A iniciativa do governo britânico pretende reduzir a pressão sobre o sistema de asilo e evitar travessias arriscadas no Canal da Mancha. No entanto, a medida tem gerado protestos e críticas importantes ao redor do mundo. Acompanhe abaixo mais detalhes sobre o que é o Bibby Stockholm e as principais críticas e acusações. Embarcação abriga requerentes de asilo O Bibby Stockholm é uma embarcação no Reino Unido, localizada no porto de Portland, projetada para acomodar até 500 requerentes de asilo. A embarcação foi alugada pelo governo britânico e está ancorada numa área privada do porto da ilha de Portland desde 18 de julho de 2023. A embarcação possui 222 quartos privativos e será usada para acomodar homens adultos solteiros com idade entre 18 e 65 anos. A medida é uma forma de aliviar a pressão sobre o sistema de asilo hoteleiro do Reino Unido. Espera-se que a permanência média na embarcação seja de 3 a 6 meses. Governo quer economizar e reprimir travessias de imigrantes A embarcação é parte de um plano do governo britânico para evitar travessias arriscadas do Canal da Mancha. Assim, o governo alega que essa estratégia economiza dinheiro, mas críticos questionam a eficácia e a legalidade dessa medida. Em 2022, 45% dos pedidos de asilo no Reino Unido foram feitos por pessoas que chegaram ao país por mar em embarcações improvisadas. Tradicionalmente, essas pessoas eram acomodadas em hotéis adaptados ou instalações institucionais enquanto aguardavam a avaliação dos seus pedidos de asilo. No entanto, o governo optou por reduzir esses custos e alugou o Bibby Stockholm como a primeira de uma série de alternativas para acomodar os requerentes de asilo, visando economizar recursos públicos. Projeto de lei “Stop the boats” Essa embarcação é uma das iniciativas relacionadas à lei de endurecimento da migração no Reino Unido, como parte das promessas feitas pelo primeiro-ministro inglês, Rishi Sunak, ao povo britânico no início de 2023. O projeto de lei “Stop the boats” (Parem os barcos) faz referência ao fato de mais de 45 mil pessoas terem atravessado o Canal da Mancha em embarcações de pequeno porte em 2022, buscando asilo no Reino Unido. Esse projeto de lei tem como propósito permitir a detenção e repatriação daqueles que chegam à Grã-Bretanha em embarcações pequenas, direcionando-os para países terceiros considerados “seguros”. Não há consenso sobre a legalidade da lei O governo argumenta que essa lei é importante para conter as chegadas pelo Canal da Mancha e outras rotas ilegais. No entanto, especialistas em direito alertam que alguns aspectos dessa nova legislação podem entrar em conflito com as leis internacionais que protegem os direitos dos refugiados. Denúncias e condições no Bibby Stockholm O Bibby Stockholm tem gerado bastante controvérsia em todo o mundo. Algumas pessoas descrevem a embarcação como uma “prisão flutuante” devido a preocupações com as condições de vida dos migrantes. Aliás, em agosto de 2023, requerentes de asilo foram removidos do navio após a descoberta da bactéria Legionella no sistema de água da embarcação. [caption id="attachment_156395" align="alignnone" width="750"] O Stop the Boats é um projeto criado para controlar a entrada de imigrantes ilegais no Reino Unido.[/caption] Por um lado, o governo britânico alega que a embarcação é uma solução econômica e segura. Enquanto isso, manifestantes e imigrantes fazem denúncias sobre as condições de vida no local. Más condições e falta de liberdade Desde que o Bibby Stockholm começou a receber imigrantes, há uma série de denúncias sobre as condições do local. Por exemplo, um requerente de asilo, que preferiu não revelar a sua identidade à BBC, descreveu a experiência como “difícil” na embarcação, comparando-a a uma “prisão flutuante”, enquanto se sentiu mais livre em um hotel. Os requerentes também alegam que se sentem presos e sem liberdade até mesmo para fazer reclamações. Inclusive, muitos, apesar de concederem entrevistas a jornais, preferem não ser identificados. Os que ficaram confinados a bordo da embarcação emitiram uma carta aberta, na qual relatam cansaço, preocupação com a família e constante tensão. Ainda, alguns estão medicados ou com problemas de saúde graves. Aliás, apenas cinco dias após chegarem os primeiros imigrantes, houve um risco de incêndio, uma tentativa de suicídio, além de um surto de legionela. Após o surto de legionella, o local foi evacuado. No entanto, dois meses depois os requerentes tiveram de retornar para a embarcação. Manifestações contra o Bibby Stockholm Em meio a esses acontecimentos, manifestantes protestam contra o Bibby Stockholm. Após o retorno forçado dos requerentes de asilo à embarcação, manifestantes da Just Stop Oil conseguiram impedir o ônibus que transportava os homens para o navio no porto de Portland, bloqueando a passagem para a ilha e alegando que o veículo os colocou em risco. É o que se vê no vídeo do The Telegraph. Ainda, cerca de 50 residentes e ativistas reuniram-se às portas do porto, para se opor ao retorno dos homens às instalações. Apesar das manifestações, os homens foram obrigados a voltar para a embarcação. Posição do governo britânico Segundo o governo britânico, essa é uma solução confortável e não criará problemas aos seus hóspedes, além de ser mais barata que o alojamento em hotel. O governo ainda afirma que as manifestações e denúncias são inaceitáveis. Segundo o Home Office (Ministério do Interior), há uma colaboração estreita com a polícia para garantir a implementação de medidas de segurança apropriadas. A situação do Bibby Stockholm permanece um tópico importante e sujeito a debates sobre a política de imigração no Reino Unido. Assista abaixo uma reportagem da BBC News Brasil que mostra o navio por dentro e o seu funcionamento, bem como as críticas dos imigrantes e o posicionamento do governo. Veja também que o Reino Unido vai exigir nova autorização de viagem para turistas e acompanhe o Euro Dicas para saber atualizações sobre esse caso do Bibby Stockholm e políticas de imigração no Reino Unido.

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