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Lívia Tostes

Lívia Tostes

Autor

Lívia Tostes é natural de Minas Gerais e jornalista. Tem sede de aprendizado e por esse motivo mudou-se para Portugal em 2018 para fazer Mestrado em Ciências da Comunicação. Hoje, ainda vivendo no Porto, está sempre a postos para ajudar outros brasileiros que compartilham do desejo de emigrar e viajar para a Europa.

Localizações

Onde Nasceu?

São João del Rei, Minas Gerais - Brasil

Onde mora?

Porto, Portugal

Onde já morou?

Belo Horizonte, Brasil

Parceiro Euro Dicas

Desde quando colabora com o Euro Dicas?

Formação

Centro Universitário Una

Bacharelado em Jornalismo

Universidade do Porto

Mestrado em Ciências da Comunicação - variante Comunicação Política

Trabalhei 7 anos como Produtora de Eventos e após a minha mudança para Portugal, passei por uma transição de carreira e, desde 2018, trabalho como Analista de Comunicação e Copywriter, ajudando empresas no Brasil e Portugal a conquistarem os seus objetivos por meio da Comunicação e do Marketing.

Curiosidades

Tem filhos?

0

Tem pet?

0

Tem Cidadania Europeia?

Não

Clima preferido

Verão e Calor

Mão dominante

Canhoto

Minha paixão por explorar o desconhecido e conhecer novas culturas. Meu amor pela escalada, pois a sensação de aventura e os desafios desse esporte me proporcionam uma adrenalina inigualável e me mostram do quanto estou viva!
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Como fazer mestrado em Portugal? Veja o guia passo a passo

Tem vontade de fazer um mestrado em Portugal? As universidades portuguesas estão de portas abertas para receber alunos internacionais, sobretudo brasileiros. Mas, para que esse sonho se torne uma realidade, é preciso reunir uma série de documentos, ficar atento às datas de candidatura e preparar-se financeiramente. Quer saber como fazer o mestrado no país luso? Então, continue a leitura, pois preparamos um guia completo para te ajudar a conquistar a sua vaga. Mas antes de começar, confira as respostas a três perguntas comuns sobre o assunto: PerguntaRespostaQuanto custa o mestrado em Portugal?Depende do curso e da universidade, geralmente entre 1.250€ a 10.000€ anual para estudantes internacionais.Como fazer o mestrado de graça em Portugal?É difícil, pois as bolsas de estudo para o nível de mestrado são bem limitadas, mas elas existem.Onde fazer mestrado em Portugal?Bem como no Brasil, existem diversas opções de universidades públicas e privadas. Por isso, vale saber quais são as melhores para a sua área de estudo. Como fazer mestrado em Portugal? Em primeiro lugar, o que você precisa ter em mente é que só é possível fazer o mestrado em Portugal se você estiver mesmo interessado. Isso quer dizer que você precisa ter disposição para correr atrás dele e não ficar apenas sonhando acordado. De maneira geral, não é difícil conquistar uma vaga, mas precisa ter um pouco de fôlego e perseverança para seguir esses passos: 1. Planeje-se financeiramente O conceito da palavra “público” em Portugal não significa gratuidade. Por isso, você terá que pagar para estudar em Portugal seja em uma universidade pública ou privada. Assim, comece pelo planejamento financeiro para fazer o mestrado em Portugal e não passar dificuldade. Além dos custos com as propinas (mensalidades/anuidades), você ainda precisa considerar o custo de vida em Portugal, que vem aumentando consideravelmente nos últimos anos. 2. Encontre o mestrado do seu interesse em Portugal Entre no site de cada uma das universidades portuguesas para verificar quais os mestrados disponíveis na sua área. Leia com atenção todas as informações sobre os cursos de interesse, currículo dos professores, saídas profissionais, valor da propina (no caso, ela é apresentada em forma de anuidade), assim como outras informações que julgar necessárias. O André Dallálio, 35 anos, está finalizando seu mestrado em Contextos, Práticas e Políticas Culturais, pela Universidade do Porto, em 2024, e seguiu à risca esses passos. "Desde a grade curricular, as áreas de pesquisa e a atuação dos professores. Tudo para ver o que eu poderia aproveitar e o que poderiam me proporcionar, tanto em termos de ensino, como na minha carreira. Pesquisei, inclusive um curso técnico de Recursos Humanos. Mas dentro da Sociologia, uma área bem flexível, eu percebi que a grade era meu foco e um mestrado foi a melhor decisão." André, que planeja reingressar na área de Recursos Humanos, já morava no Porto quando decidiu fazer o curso. Por isso, já conhecia a estrutura do ensino em Portugal. Da mesma maneira, entendia que um mestrado lhe abriria mais portas no mercado de trabalho e, consequentemente, a oportunidade de melhores salários no país. André buscou o mestrado visando mais conhecimento na área e satisfação financeira. Foto: André Dallálio. Antes do mestrado, André fez a licenciatura em Sociologia, também na Universidade do Porto e, desde o começo, a prioridade foi se informar sobre os cursos “para saber onde estava pisando, afinal é um investimento alto para quem vem do Brasil”, conta. 3. Prepare-se para a candidatura do mestrado Encontrou o mestrado em Portugal do seu interesse? Então, é hora de pesquisar o calendário da universidade para verificar o período de candidatura. Geralmente, elas são divididas por fases conforme o número de vagas disponíveis. A primeira fase de candidatura costuma abrir em janeiro/fevereiro e é quando estão disponíveis o maior número de vagas. Enquanto a segunda fase, costuma acontecer em março/abril e ainda conta com algumas boas ofertas. No entanto, já na terceira fase (geralmente em junho/julho), o número de vagas é bem reduzido. Dessa forma, anote na agenda, coloque um lembrete no celular, faça o que for possível para não perder o prazo! Um ponto importante: não deixe para a terceira fase. Afinal, você ainda precisa considerar o tempo para solicitar o visto para Portugal, que pode demorar até 90 dias para ser aprovado (vamos falar dele mais adiante). Além do período, é necessário ler o edital do curso de interesse para saber quais os documentos precisa providenciar para submeter a candidatura. Isso porque existe a documentação básica, comum para todos os cursos, assim como a documentação específica, que varia de curso para curso. 4. Envie a sua candidatura Ao abrir o período para as candidaturas, entre no site da universidade e faça a sua inscrição. Preencha todos os formulários corretamente e, em seguida, anexe todos os documentos solicitados no edital. Lembre-se de colocar tudo em formato PDF, pois geralmente é o formato mais aceito. Depois, pague a taxa de inscrição da sua candidatura, que pode variar de 50€ a 150€ (depende da universidade). Geralmente é possível pagar com cartão de crédito internacional e, em alguns casos, com transferência bancária internacional. 5. Fase de avaliação das candidaturas Após finalizar e pagar a taxa de candidatura, aguarde o processo de seleção. Se prepare para uma possível entrevista por videoconferência, pois algumas universidades podem solicitá-la para critérios de desempate. Eu, Lívia, recomendo ver alguns vídeos no YouTube para ir acostumando com o sotaque português e não se perder na entrevista. Por mais que a língua seja a mesma, no início pode ser difícil entendê-los. Ainda sobre esse assunto, eu, Ane, tenho uma amiga que acabou sendo pega desprevenida e acabou confundindo o curso que pretendia fazer, tudo porque interpretou uma palavra errada. Ela queria fazer um mestrado voltado à produção de cinema, mas acabou se inscrevendo para um curso de “realizador”, na mesma área. A confusão veio porque aqui em Portugal a palavra realizador se refere a diretor. Ou seja, ela aplicou sua candidatura para um curso de direção, que não era exatamente o que imaginou, mas que, no fim, deu tudo certo. Além disso, controle a ansiedade e aguarde o resultado sair. A data de divulgação dos resultados consta no calendário da universidade. 6. Resultado: aceite Comemore bastante, mas prepare-se que lá vem mais documentos para providenciar. Isso porque, para fazer o mestrado no país luso, precisa solicitar o visto de estudante para Portugal ainda no Brasil, através da VFS Global, empresa terceirizada pela Embaixada Portuguesa para desafogar os postos consulares. Por isso, assim que o resultado do mestrado em Portugal sair, não perca tempo e vá logo providenciá-lo. O visto pode demorar até 90 dias para ser aprovado. Em contrapartida, caso tenha cidadania europeia, comece a procurar as passagens e defina a melhor data para a mudança. Se o resultado foi negativo, você pode submeter a candidatura novamente quando abrir a fase seguinte. Pode acontecer de você ser aceito, portanto, não desista! 7. Visto de estudante em mãos É hora de comprar a passagem para Portugal, comunicar a viagem para a família, amigos, despedir-se de todos. Enfim, se preparar para a mudança e para o início dessa experiência incrível! Para quem prefere o acompanhamento de um profissional especializado para fazer os trâmites do visto, recomendamos que entre em contato com a Madeira da Costa. A equipe do escritório tem muita experiência na solicitação de vistos para Portugal, o que certamente facilita o processo para você. 8. Como escolher o mestrado em Portugal? A melhor maneira de escolher o mestrado em Portugal é acessar os sites das universidades para verificar a oferta de cursos oferecidos para a sua área de interesse. Depois, ler com muita atenção a grade curricular e a ementa do curso para saber se realmente é o que está buscando. Mestrado em Portugal para brasileiros: CPLP e alunos internacionais Para quem não possui cidadania europeia, existem duas categorias para candidatar-se ao mestrado em Portugal. Para nós brasileiros, a boa notícia é que em algumas universidades é possível a candidatura como alunos CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Isso significa que alunos brasileiros pagam um valor de propina (anuidade) mais alto do que alunos nacionais e europeus, porém, mais baixo do que alunos internacionais. Para exemplificar, veja o quadro de propinas de mestrado em tempo integral da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP). CategoriaValor da propina* (anuidade)Alunos nacionais ou membros da comunidade europeia1.250€Alunos CPLP2.200€Alunos internacionais4.000€ *Valores anuais 2024/2025 dos mestrados da FLUP, na Universidade do Porto. Atenção: Não são todas as universidades portuguesas que fazem essa distinção nos valores das propinas entre alunos CPLP e internacionais. Para algumas, independentemente da nacionalidade, todos os alunos que não fazem parte da União Europeia são enquadrados como estudantes internacionais. Como se inscrever para o mestrado em Portugal? Para se inscrever para o mestrado em Portugal é necessário ler com muita atenção o edital de candidatura. Nele, você vai encontrar a relação de todos os documentos necessários para se candidatar. A pesquisa é um ponto fundamental para escolher o mestrado em Portugal e se candidatar a uma vaga. Os documentos variam de acordo com cada mestrado e universidade, porém, alguns são comuns e merecem muita atenção, pois serão muito bem analisados pelos avaliadores: Documentos da graduação: diploma, histórico de notas e média acadêmica; Currículo profissional: aqui posso dizer que temos uma vantagem em relação aos portugueses, uma vez que no Brasil somos incentivados a fazer estágios desde o início da graduação ou até mesmo trabalhamos durante ela; Currículo acadêmico: reúna certificados de cursos extras, palestras, seminários, participação em congressos e tudo que achar relevante para os avaliadores poderem te conhecer no ambiente acadêmico; Carta de motivação: redija uma carta de motivação explicando o que deseja ao se candidatar para o mestrado em Portugal e como pode contribuir para o desenvolvimento da área. Capricha nessa carta; Carta de recomendação: peça para que algum professor da sua graduação escreva uma carta de recomendação, explicando e ressaltando a sua dedicação ao longo do curso e do seu potencial como aluno. Pode ser algum professor que você tenha mais afinidade e/ou aquele que foi o orientador do seu TCC. Uma dica importante é não focar tanto no currículo acadêmico, mas principalmente no currículo profissional. O André também acredita que ter saído do Brasil já com experiência na área foi decisivo na sua classificação. "Eu tinha uma idade superior à maioria dos meus colegas e um currículo com mais experiência. Isso acabou facilitando, principalmente na minha nota de análise. Eu acredito que tenha sido um dos pesos maiores na candidatura. Então, em outras palavras, aqui em Portugal a candidatura de um mestrado leva muito mais em conta o currículo do mercado de trabalho do que propriamente em artigos científicos publicados." Além desses documentos super importantes e indispensáveis para os avaliadores, você precisa também do passaporte e outros documentos que podem estar indicados no edital de candidatura. Quem deseja fazer faculdade de Arquitetura em Portugal, por exemplo, costuma ter que enviar um portfólio criativo na submissão da candidatura. Quanto custa o mestrado em Portugal? O custo para fazer um mestrado em Portugal depende da universidade, curso escolhido e se tempo integral ou parcial. Para ter uma ideia, veja alguns valores do ano letivo de 2024/2025 para tempo integral: Mestrado em Engenharia UniversidadeEstudante NacionalEstudante CPLPEstudante InternacionalUniversidade do Porto697€ a 2.500€2.200€ a 3.300€4.000€ a 6.000€Universidade de Coimbra697€não há distinção7.000€Universidade de Lisboa697€ a 1.250€não há distinção3.000€ a 7.000€Universidade de Algarve1.100€ a 4.500€não há distinção2.000€ a 9.000€ Mestrado Comunicação UniversidadeEstudante NacionalEstudantes CPLPEstudantes InternacionalUniversidade do Porto1.250€2.200€4.000€Universidade de Coimbra697€não há distinção7.000€Universidade de Lisboa2.300€ (no primeiro ano) e 1.300€ (restantes)não há distinção2.300€ (no primeiro ano) e 1.300€ (restantes)Universidade do Algarve1.100€não há distinção2.000€ Mestrado Economia UniversidadeEstudante NacionalEstudantes CPLPEstudantes InternacionalUniversidade do Porto 1.500€2.750€5.000€Universidade de Coimbra697€não há distinção7.000€Universidade de Lisboa3.750€ (no primeiro ano) e 2.000€ (restantes)não há distinção4.500€ (no primeiro ano) e 2.500€ (restantes)Universidade do Algarve 1.100€ a 2.250€não há distinção2.250 a 2.500€ Mestrado Belas Artes UniversidadeEstudante NacionalEstudantes CPLPEstudantes InternacionalUniversidade do Porto1.250€1.925€3.500€Universidade de Coimbra697€não há distinção7.000€Universidade de Lisboa1.400€ a 1.700€ (no primeiro ano) e 1.250€ (restante)não há distinção4.000€ (no primeiro ano) e 2.000€ (restante)Universidade do Algarve1.100€ a 1.2oo€não há distinção1.100€ a 2.000€ Observação: para quem não tem costume de navegar pelos sites das universidades portuguesas, encontrar o valor da propina pode ser uma tarefa difícil. Caso não encontre os valores, não hesite em contatar a universidade por e-mail. Diferença entre mensalidade e propina Apesar de parecer muito estranho para nós brasileiros, os portugueses usam o termo propina para se referir ao valor pago para estudar em uma universidade. Os valores apresentados nos respectivos sites para o mestrado em Portugal, referem-se ao valor anual. No entanto, em muitas instituições, você tem a opção de dividir o valor total em 10 parcelas mensais para não pesar no bolso. Como fazer mestrado em Portugal de graça? Para fazer um mestrado de graça é preciso encontrar uma bolsa de estudo em Portugal que esteja com edital aberto e se candidatar para a mesma, caso esteja habilitado para concorrer. É mais comum encontrar bolsas de estudo para alunos que já estejam inscritos e cursando o mestrado, pois elas costumam ser divididas em três categorias: Mérito: bolsa dedicada aos alunos excepcionais em níveis acadêmicos; Social: considera-se a situação socioeconômica do aluno; Perfil: algumas universidades desejam aumentar o número de alunos de um determinado perfil, por exemplo, melhorar a atuação de mulheres em cursos de Tecnologia da Informação e engenharias. Mestrado em Portugal com bolsa As bolsas de mestrado em Portugal são oferecidas pela própria universidade ou por instituições específicas, tais como: Fundação de Ciência e Tecnologia (FCT); Fundação Luso-Americana; Instituto Camões; Fundação Calouste Gulbenkian. É importante ressaltar que cada instituição possui regras específicas para os interessados poderem se candidatar. Portanto, é aconselhável verificar os critérios fazendo uma leitura completa dos editais abertos. Como concorrer a uma bolsa de mestrado em Portugal? O primeiro passo para concorrer a uma bolsa de mestrado em Portugal é verificar se existe algum edital aberto, seja na própria universidade (através dos no núcleo Serviços Sociais) ou nas instituições promotoras de bolsa. Depois disso, é preciso ler o edital para conferir se você cumpre com os pré-requisitos para participar do processo de seleção. Dessa forma, caso esteja apto para participar, deverá submeter a candidatura seguindo o edital e enviando os documentos presentes nele. Quanto tempo dura o mestrado em Portugal? Em geral, o mestrado em Portugal tem duração de dois anos. No primeiro ano letivo, o aluno deve cumprir a grade curricular frequentando aulas, entregando trabalhos e realizando provas. No final desse período, deve ainda apresentar um projeto de pesquisa. Já o segundo ano é dedicado à pesquisa, a qual deve ser orientada por um professor docente. No final do segundo ano, o aluno faz a defesa da dissertação para obter o grau de mestre. O mestrado em Portugal tem a duração de quatro semestres e primeiro ano é dedicado às aulas, trabalhos e provas. Para aqueles que não desejam seguir pela pesquisa, podem optar por fazer um estágio curricular e ao final do segundo ano devem apresentar um relatório de estágio. Dica importante: para nós brasileiros, o melhor caminho é a pesquisa. Isso, porque o mestrado em Portugal deve ser validado no Brasil. Se optar pelo estágio em Portugal, pode ser bem difícil fazer a validação do grau de mestre caso queira seguir a carreira no Brasil. Como funciona o mestrado em Portugal? De forma geral, funciona de maneira diferente ao mestrado no Brasil e há algumas particularidades. Se você vai estudar em Portugal, é interessante familiarizar-se com alguns termos diferentes dos nossos e entender como eles são usados na prática. Sistema europeu de créditos O sistema de créditos ECTS, por exemplo, corresponde ao trabalho de um ano curricular do aluno. O trabalho de um ano curricular corresponde a 60 ECTS e de um semestre a 30 ECTS. Para se ter uma ideia, 1 ECTS corresponde a 27 horas de trabalho total do estudante. Dessa forma, o mestrado exige o total de 120 ECTS aprovados nas disciplinas realizadas. Cadeiras Outro termo que é importante você saber é “cadeiras”, as quais são as disciplinas. Você terá que escolher um determinado número de cadeiras por semestre, dependendo das regras da universidade e curso que estiver realizando. Além disso, cada cadeira corresponde a uma quantidade de créditos. Ou seja, você só pode se inscrever nas disciplinas até atingir o máximo de ECTS do semestre. Recurso E, por último, é essencial saber o que significa “recurso”, a qual é a nossa DP (ficar de dependência) ou recuperação. Diferentemente do Brasil, a nota das universidades portuguesas é de 0 a 20 e não de 0 a 10 ou 100. Dessa forma, se você não tiver uma média de ao menos 10, que equivale a 50% de média, terá que fazer o recurso (que é pago). Mas não se assuste com as notas baixas. Diferente dos brasileiros, é quase impossível que um professor te dê a nota total em uma cadeira. Se você tirar uma nota 17, considere que o seu desempenho foi excelente. Não é voltado para a carreira acadêmica Essa é a principal diferença entre o mestrado em Portugal com o mestrado no Brasil. Em Portugal, o mestrado tem um caráter de pós/MBA com foco no mercado de trabalho e não para a carreira acadêmica. Isso significa que você vai fazer muitos trabalhos individuais ou em grupo e fazer muitas provas. A parte da pesquisa acadêmica em si, ou seja, produção e publicação de artigos científicos vai ser escassa ou inexistente. Eu, Lívia, no mestrado de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto, não cheguei a escrever nem um paper, o que dirá um artigo científico. Porém, tenho amigas que fizeram o Mestrado de Educação, que disseram que há uma produção mais acadêmica, mas nada que seja muito intenso, como a visão que temos do mestrado no Brasil. Em resumo, na maioria das vezes, o trabalho científico vai se resumir apenas à sua dissertação para conclusão do ciclo de estudo (e caso não opte pelo estágio). Mestrado integrado em Portugal O Mestrado integrado é um ciclo de estudos que combina a licenciatura com o mestrado, em um único curso. Por esse motivo, ele tem a duração maior, no geral, de cinco anos, conforme exigência do Tratado de Bolonha, responsável pela unificação da educação europeia. Em resumo, isso significa que serão três anos de licenciatura, seguidos por dois anos de mestrado. Ao final, o estudante obtém o grau de mestre. Além disso, esse formato visa a preparar os estudantes com competências técnicas e científicas, tornando-os mais competitivos no mercado de trabalho. 10 melhores universidades de Portugal Conheça as 10 melhores universidades de Portugal, conforme o University Ranking 2024 do portal AD Scientific Index. Universidade de Lisboa; Universidade do Minho; Universidade Nova de Lisboa; Universidade do Porto; Universidade da Beira Interior; Universidade de Coimbra; Universidade de Aveiro; Instituto Português do Mar e da Atmosfera - IPMA; Instituto Politécnico do Porto; Universidade Católica Portuguesa. Em resumo, o ranking avalia a distribuição de cientistas em cada instituição, tanto pública quanto privada, indo além das áreas de excelência e foco, refletindo nos resultados científicos e nas políticas de recrutamento adotadas pelas instituições. Precisa validar diploma para fazer mestrado em Portugal? Depende do curso e da universidade. Na maioria das instituições não precisa validar o diploma em Portugal para fazer o mestrado. Porém, tendo uma graduação no Brasil, possivelmente vai querer procurar um emprego na área ao chegar no país luso. Nesse caso, a validação de diploma pode ser necessária para algumas profissões, principalmente as da área de saúde. E o diploma de mestrado em Portugal é válido no Brasil? Não. É preciso validar o diploma de mestrado de Portugal no Brasil. O processo é relativamente simples e rápido. Segundo o Ministério da Educação, em 2016 uma portaria passou a autorizar o reconhecimento dos diplomas de mestrado ou doutorado stricto sensu em universidades públicas, ou particulares no prazo máximo de 180 dias. Anteriormente, a validação podia levar até três anos. A validação do diploma estrangeiro no Brasil é realizada através da plataforma Carolina Bori lançada pelo MEC. Mestrado em Direito em Portugal Diversas universidades públicas e privadas oferecem o mestrado em Direito em Portugal e áreas afins. As três melhores são: Universidade Nova de Lisboa; Universidade de Coimbra; Universidade de Lisboa. Precisa validar diploma? Depende da universidade. Muitas delas não exigem a validação do diploma, mas para outras, precisa, sim, fazer o reconhecimento do grau acadêmico de Direito. É preciso conferir no edital da universidade pretendida. Segundo a informação no site da Universidade de Coimbra, o objetivo do reconhecimento é satisfazer os objetivos do grau de licenciado pelo Conselho Científico da Faculdade de Direito. O processo de reconhecimento do diploma é realizado pela DGES - Direção Geral de Ensino Superior. Quanto custa em média? O valor do mestrado em Direito em Portugal varia conforme a universidade escolhida e da área de especialização. É possível encontrar propinas anuais de 1.600€, como na Universidade de Lisboa e 7.000€, como na Universidade de Coimbra. Perguntas frequentes sobre mestrado em Portugal Também reunimos quatro perguntas bem frequentes dos nossos leitores sobre o mestrado em Portugal para respondê-las aqui. Vale a pena fazer mestrado em Portugal? Na minha opinião (Lívia), vale muito a pena. Adorei a experiência de frequentar por dois anos a Faculdade de Letras da Universidade do Porto enquanto fazia o Mestrado em Ciências da Comunicação, mas o ensino em si, não atendeu as minhas expectativas. Como expliquei, o mestrado em Portugal é voltado para o mercado de trabalho e não para a carreira acadêmica. Todos chegamos sem essa informação e acabamos por nos frustrar um pouquinho quando nos deparamos com trabalhos e provas, enquanto poderíamos estar realizando pesquisas e escrevendo artigos, tal como acontece no Brasil. Porém, essa foi uma vivência em um curso específico e que, provavelmente, pode variar conforme a área escolhida. A dica é buscar por pessoas que já fizeram o curso de mestrado em Portugal que você deseja. Dessa forma, pode conversar com elas, bem como entender se o curso vai atender as suas expectativas. Dicas de alunos de mestrado em Portugal De acordo com André, há trabalhos seríssimos de pesquisa na área da Sociologia, por exemplo, com oportunidades de sequência para doutorado e pós-doutorado. No entanto, ressalta que é o aluno quem precisa “correr atrás e fazer valer a pena porque tudo sai do próprio bolso” e para isso, precisa vir organizado. Outro ponto de destaque para André é que em Portugal o aluno acaba tendo mais contato com professores com trabalhos publicados nas maiores universidades do mundo e, dependendo do lugar do Brasil, isso é muito difícil. "O Brasil é muito grande, tem mais universidades e professores excelentes, mas eu acredito que muita gente que vive no interior não tem essa chance tão próxima aos pesquisadores." Confira, também o vídeo da Maria Carolina, em que ela conta sua experiência no mestrado em Educação Especial na Universidade do Minho. Em resumo, ao decidir fazer um mestrado em Portugal é preciso entender que ele é bem diferente do Brasil: Primeiro, porque a faculdade em Portugal (graduação) tem duração de três anos e não quatro ou cinco anos, então, os portugueses acabam chegando ao mestrado muito novos e muitas vezes, sem nenhuma experiência profissional, dificultando (para nós brasileiros) debates e tarefas mais densas; Segundo, porque o mestrado acaba sendo como uma extensão da graduação para melhores oportunidades de trabalho, ou seja, lembra a pós-graduação no Brasil, tanto que podemos escolher a pesquisa ou o estágio profissional; Lembre-se que alguns cursos ainda oferecem o mestrado integrado com a graduação. Portanto, tenha em mente essa diferença entre os mestrados do Brasil e Portugal. Se optar por fazê-lo, eu, Lívia, tenho certeza que vai amar a experiência e curtir bastante a vida universitária portuguesa que é agitadíssima. Além disso, a experiência é muito válida para abrir portas para ingressar no mercado de trabalho português e europeu. Quer ajuda para fazer o mestrado no país luso? Então, recomendamos o ebook Estudar em Portugal, que conta com todo o passo a passo e informações necessárias para você se preparar para essa jornada. Desde o planejamento no Brasil até os primeiros meses em Portugal. Vale super a pena!

Morar em Portugal ou Irlanda
Portugal Irlanda

Portugal ou Irlanda? Descubra qual o melhor país para você viver

Portugal ou Irlanda? Ambos países são destinos populares para brasileiros que desejam viver na Europa. Portugal atrai pelo idioma e qualidade de vida, enquanto a Irlanda é preferida por intercambistas e quem busca emprego. Para ajudar na sua escolha, confira este artigo compara os dois países em vários aspectos essenciais que vão ajudar na sua escolha. Confira! Qual o melhor lugar para morar: Irlanda ou Portugal? Morar em Portugal é viver em um país calmo, seguro e com muita qualidade de vida. É desfrutar de comidas deliciosas e praias deslumbrantes. É ter uma história interligada com a nossa, falar o mesmo idioma e achar divertidas as diferenças com as palavras. É achar lindo o sotaque e se surpreender ou se assustar com a maneira literal dos portugueses. É quebrar grandes barreiras com o jeitinho desconfiado e reservado dos portugueses e constatar que eles são maravilhosos! Morar na Irlanda é viver em um país super aberto para imigrantes. É desfrutar da curiosidade dos irlandeses para fazer amizades. É se deslumbrar com as paisagens e belezas naturais que o país oferece. É viver sem sol e se apaixonar (ou detestar) o tempo nublado. É passar aperto com o inglês, mas ter um aprendizado que nenhum cursinho vai te proporcionar. É curtir o dia de São Patrício como se não houvesse o amanhã e se encantar por uma cultura completamente diferente. Se você está considerando uma mudança para a Europa e está em dúvida entre Portugal e Irlanda como seu próximo destino, é fundamental examinar alguns pontos importantes antes de tomar uma decisão. Trabalhar em Portugal ou Irlanda? Ambos os países oferecem oportunidades de trabalho, porém, entre Portugal e Irlanda, a Ilha da Esmeralda se destaca mais nesse aspecto. Os irlandeses são muito receptivos com estrangeiros e há oportunidades de trabalho para diferentes faixas etárias. Sem contar que é um excelente país para estudar inglês e dominar o idioma. Há trabalhos disponíveis para todos os níveis de inglês, mas é claro que se está começando a aprender, vai conseguir vagas em pubs, cafés, limpeza, etc. Por outro lado, em Portugal existe a facilidade com o idioma e isso acaba fazendo com que muitos brasileiros optem pelo país para trabalhar. O que ninguém te conta é que apesar do idioma nativo, os portugueses falam inglês muito bem e a maioria das vagas faz a exigência do idioma, sejam empregos qualificados ou não. Portanto, em Portugal o inglês é o básico e ter uma terceira língua (espanhol, francês, italiano ou alemão) será o diferencial. Diferenças no mercado de trabalho O mercado de trabalho em Portugal e na Irlanda apresenta diferenças significativas. Em Portugal, a taxa de desemprego tem historicamente sido mais elevada do que na Irlanda, embora tenha diminuído nos últimos anos. No entanto, a Irlanda possui uma economia em crescimento e uma demanda crescente por profissionais qualificados em setores como tecnologia, finanças e saúde. Experiência de uma brasileira na Irlanda e em Portugal Viviane Okubo, brasileira de Bauru (SP), foi fazer intercâmbio em Dublin para aperfeiçoar o inglês e atualmente é estudante de pós-graduação na Porto Business School. Viviane lembra que é muito comum estrangeiros em Portugal conseguirem empregos em restaurantes, em lar de idosos ou call center. Na Irlanda já é mais fácil conseguir empregos em pubs, baladas, coffee shops ou trabalhar como cleaner ou childminder. Viviane Okubo em Dublin, na Irlanda, onde foi fazer intercâmbio para aprimorar o inglês. Foto: Viviane Okubo Ela enfatiza que o nível de inglês pode influenciar para conseguir um emprego (e o tipo de emprego) na Irlanda e também em Portugal. “Sempre tive vontade de fazer um intercâmbio para aprimorar o meu inglês. Ao pesquisar as possibilidades de intercâmbio, percebi que a opção de estudo e trabalho seria a ideal para mim. Portanto, após pesquisar quais países oferecem essa modalidade, optei pela Irlanda, por estar na Europa e possibilitar conhecer outros países enquanto estivesse por lá." Encontrar emprego na Europa não é fácil, mas para saber quais são as suas oportunidades reais, aconselhamos a verificar os sites de emprego em Portugal e dar uma olhada nos empregos na Irlanda. É fundamental manter o currículo constantemente atualizado e iniciar o processo de candidatura para vagas, pois as oportunidades de emprego não se apresentam espontaneamente. É preciso estar proativo na busca por essas oportunidades, utilizando também plataformas online e redes de contatos profissionais. Área de tecnologia Enquanto Portugal está emergindo como um destino atraente para empresas de tecnologia, especialmente em cidades como Lisboa e Porto, a Irlanda é conhecida como um dos principais centros de tecnologia da Europa, com grandes empresas de tecnologia estabelecendo sua sede europeia no país. Portugal é um país que ainda está em fase de desenvolvimento tecnológico e tem se mostrado bastante aberto para profissionais de alta qualificação como os profissionais de Tecnologia da Informação e Marketing Digital. Por outro lado, a Irlanda já é considerada um verdadeiro polo tecnológico - o Vale do Silício Europeu - abrigando a sede de muitas empresas importantes no ramo como Google, Facebook, Twitter, LinkedIn, Dropbox, entre tantas outras. Dessa forma, há uma possibilidade bem maior de trabalhar em uma empresa de grande porte e mundialmente conhecida. Os dois países oferecem oportunidades de emprego em tecnologia, mas a Irlanda é frequentemente preferida devido à sua infraestrutura tecnológica avançada e ao seu ecossistema empresarial mais desenvolvido nesta área. WebSummit une Portugal e Irlanda Ambas têm em comum a WebSummit - a maior feira de tecnologia da Europa. O evento nasceu em Dublin, mas com o passar dos anos e seu enorme crescimento, a cidade não conseguiu suportar toda a infraestrutura necessária - transportes públicos, Wi-Fi, hotéis, etc. Hoje, Lisboa é a sede do evento, que acontece anualmente e recebe milhares de pessoas. Índice de desemprego Em Portugal, a taxa de desemprego em 2024 está em 6,8%, segundo o Pordata. O país possui a 12ª taxa de desemprego mais elevada na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Ainda, segundo o Diário de Notícias, o desemprego atingiu seu pior momento em Portugal desde o início da pandemia, refletindo também na oferta de emprego. Porto, em Portugal, passa por grande crescimento econômico, atraindo empresas multinacionais e startups. Já na Irlanda, o índice de desemprego em 2024 está em 4%, segundo a Central Statistics Office (CSO). De acordo com a entidade, a Irlanda registrou em 2023 uma taxa recorde de emprego. Durante o quarto trimestre de 2023, o país contou com 2,7 milhões de pessoas empregadas, o que representa um aumento de 3,4% em comparação com o mesmo período de 2022. Ao falar das oportunidades de trabalho, é essencial considerar o índice de desemprego. Embora essa informação não deva desencorajar, é importante analisar esses dados com atenção. Salários Quando se trata de salários, há uma disparidade notável entre Portugal e Irlanda. Enquanto Portugal tem uma média salarial consideravelmente mais baixa em comparação com outros países europeus, a Irlanda se destaca por oferecer salários mais elevados, posicionando-se entre os mais altos da região. Portugal tem um salário mínimo mensal que é de 820€ (2024). Já na Irlanda ganha-se por hora trabalhada e o valor mínimo pago por hora é 12,70€ (2024). O salário mínimo irlandês foi ajustado em 12% em 2024, o que ultrapassou a taxa de inflação estimada para o ano anterior, prevista em 5,25%. Conforme dados da Comissão Europeia, o salário médio anual na Irlanda é de 44.202€, o que equivale a aproximadamente 3.683€ por mês. A Irlanda possui o segundo maior salário médio da Europa, ficando atrás apenas de Luxemburgo. Em Portugal, o valor médio mensal é de 1.505€, segundo o Instituto Nacional de Estatística, ou seja, um montante médio anual de 21.070€, considerando o 14º salário do país. Portugal ocupa o 5º lugar na União Europeia em termos de salário médio mais baixo. Veja a comparação: PaísSalário mensal*Valor/hora trabalhadaSalário médio anualHora trabalhada/ano**Portugal820€5,12€21.070€10,12€Irlanda3.683€12,70€44.202€23,53€ * Valor estimado por 40 horas semanais. ** De acordo com o salário médio (40 horas semanais). Luisa Moraes e Fernando Casanova, casal de Belo Horizonte, Minas Gerais, que possui cidadania europeia, decidiu morar inicialmente em Dublin para adquirir experiência no mercado europeu. Atualmente, eles residem e trabalham no Porto. Luisa e Fernando saíram do Brasil já com alguns anos de carreira, mas devido ao alto custo de vida da Irlanda, não ganhavam o suficiente para ter uma vida confortável. “O país abriga a sede europeia da maioria das empresas multinacionais, principalmente de tecnologia, e isso atrai jovens profissionais do mundo inteiro, e gera demanda por mais empregos em serviços e infraestrutura. Também há cada vez mais investimento em turismo. Eles reforçam que Portugal tem potencial para atrair investimento e mão de obra estrangeira, mas em uma escala mais reduzida e “ainda pouco explorada.” Luisa Moraes e Fernando Casanova em pleno verão de Galway, na Irlanda. Foto: Luisa e Fernando Hoje, também graças a essa experiência de ter morado em outros países da Europa, o casal tem uma vida mais confortável em Portugal. Mesmo com salários mais baixos, a redução dos custos fixos compensou para eles. Melhor país para juntar dinheiro Portugal dificilmente vai ser o país ideal para juntar dinheiro. De acordo com uma pesquisa recente, quase metade da população que consegue economizar dinheiro no país tem a capacidade de reservar apenas até 100€ ao final do mês. A maioria desses poupadores guarda entre 50€ e 100€ mensalmente. Já a Irlanda possui um salário muito mais alto e apesar de o custo de vida também ser alto no país, é possível economizar e juntar dinheiro mensalmente. Estudar em Portugal ou Irlanda? Ambos oferecem uma ótima educação, seja para imigrantes ou nativos. A principal diferença entre os dois está nos custos do ensino superior, uma vez que ambos oferecem um ensino básico gratuito. As melhores universidades de Portugal cobram para a licenciatura um valor entre 3 mil a 7 mil euros anuais dependendo do curso. Agora, fazer faculdade na Irlanda custa bem caro, os valores anuais variam entre 20 a 50 mil euros. Outra diferença para definir qual é o melhor para estudar é com relação ao idioma. Para estudar na Irlanda, o inglês precisa estar muito bom, pois aulas são todas ministradas no idioma nativo. Portanto, se você não domina o inglês, sem dúvida alguma, a melhor opção vai ser estudar em Portugal. Custo de vida de Portugal e Irlanda Portugal tem o custo de vida baixo se comparado a Irlanda, principalmente no que diz respeito a aluguel de casa ou quarto. Montamos uma tabela comparativa com os principais gastos mensais, de acordo com o Numbeo, considerando às duas capitais - Lisboa e Dublin. A pesquisa, realizada em 11 de junho de 2024, incluiu a consulta aos preços dos quartos na Uniplaces no mesmo dia. Moradia Veja os preços médios ecnontrados: AluguelLisboaDublinApartamento (1 quarto) no centro da cidade1.330€2.030€Apartamento (1 quarto) Fora do Centro920€1.760€Apartamento (3 quartos) no centro da cidade2.540€3.410€Apartamento (3 quartos) Fora do Centro1.630€2.843€Quarto compartilhado450€700€Quarto individual600€950€ - 1.100€ Em ambos os países, a procura por imóveis supera a oferta disponível, principalmente nas grandes cidades como Lisboa e Dublin, elevando os preços dos imóveis, tanto para venda quanto aluguel. Com isso, nota-se um crescimento na procura por aluguel em cidades menores. Os custos das despesas domésticas variam significativamente entre as capitais. Em Lisboa, o valor médio das contas de água, energia e gás é de 133€, enquanto em Dublin esse valor chega a cerca de 275€. Além disso, o custo da internet também difere consideravelmente entre as duas cidades, com uma média de aproximadamente 52€ por mês em Dublin e 39€ em Lisboa. Veja mais custos mensais a seguir: Alimentação Veja os custos de alguns itens de alimentação: ItemLisboaDublinLeite (1 litro)0,96€1,29€Arroz (1kg)1,41€1,65€Ovos (dúzia)2,84€3,75€Filé de Frango (1kg)6,96€9,34€Carne de Boi (1 kg)12,55€10,92€Batata (1kg)1,83€1,77€Água (garrafa de 1,5 litros)0,79€1,60€Refeição, restaurante barato13€20€Refeição para 2 pessoas49€90€McMeal no McDonald’s8,90€10€ Transporte Custos com itens essenciais de transporte: ServiçoLisboaDublinBilhete só de ida (transporte local)2€3€Passe mensal (preço normal)40€150€Gasolina (1 litro)1,83€1,87€ Lazer Confira alguns valores: ItemLisboaDublinAcademia40€48€Cinema - lançamento internacional8€12,50€Cerveja doméstica (500ml)3€6,50€Capuccino (normal)2,27€4,00€ Portugal ou Irlanda: diferença percentual do custo de vida O custo de vida da Irlanda é muito mais alto se olharmos o percentual. Porém, também vale considerar que o salário da Irlanda também é muito mais alto e isso reflete no poder de compra dos cidadãos. Confira os dados pesquisados no dia 11 de junho de 2024 no Numbeo. Preços ao consumidorEm Lisboa é 29% menor do que em DublinPreços ao consumidor incluindo aluguelEm Lisboa é 32% menor do que em DublinPreços do aluguelEm Lisboa são 36% mais baixos do que em DublinPreços dos restaurantesEm Lisboa são 38% mais baixos do que em DublinPreços de supermercadoEm Lisboa são 24% mais baixos do que em DublinPoder de compra localEm Lisboa é 46% menor do que em Dublin Clima em Portugal e Irlanda Nesse quesito, Portugal vence facilmente. O país luso tem um clima ótimo. Um verão maravilhoso com muito sol e calor para curtir as praias, rios e cachoeiras. Os festivais de verão pipocam por várias cidades e a “vibe” é incrível. Já o inverno, digamos que tem para todos os gostos. Na região norte, o frio e a chuva são intensos. A região central é marcada por uma mistura entre frio e dias ensolarados. E no Algarve, a região sul de Portugal, o inverno tem um clima super ameno e com muito sol durante o dia, mas a noite a temperatura pode cair bastante. O clima da Ilha da Esmeralda é bastante característico. A presença do sol é rara, independentemente da estação do ano - primavera, verão, outono ou inverno. A chuva é frequente e os habitantes precisam se acostumar com ela, sendo que o país é constantemente afetado pelas condições climáticas. Para a brasileira Viviane Okubo, o clima da Irlanda foi um obstáculo: “Morei 2 anos em Dublin e, por mais que eu tenha adorado esta experiência, não me adaptei muito com o clima. Morando lá, percebi que eu gosto muito de dias ensolarados e quentinhos, o que não acontece com muita frequência. Eu também queria focar mais na minha carreira profissional e percebi que lá eu teria mais dificuldades para isso." Durante o verão, é raro que a Irlanda registre temperaturas acima de 20ºC, enquanto no inverno as temperaturas variam entre 3ºC e 7ºC. Embora a ocorrência de neve seja incomum, ainda existe essa possibilidade, sendo a última nevasca registrada em 2017. Segurança De modo geral, tanto em Portugal quanto na Irlanda, a segurança é grande - embora existam situações de violência como em qualquer lugar do mundo. Ambos os países são tranquilos nesse aspecto, especialmente se comparados ao Brasil. É comum sentir-se seguro ao utilizar caixas eletrônicos nas ruas, sem preocupações. Saúde No país luso existe saúde pública. Desde 2020, o governo de Portugal trabalha para eliminar as taxas de acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS). Em 2022, quase todas as taxas foram extintas. Agora, as taxas moderadoras são cobradas apenas quando o paciente procura atendimento de emergência hospitalar sem prévio encaminhamento médico ou pelo atendimento telefônico na Linha SNS 24. Mesmo nesses casos, há exceções onde as taxas não são cobradas. Mesmo assim, a taxa é bem pequena e até simbólica se comparada a saúde privada no país. O Hospital Santa Maria, em Lisboa, é o maior hospital público do país e funciona desde 1953. Já a saúde na Irlanda é completamente diferente. Basicamente não existe saúde pública, a não ser em casos extremamente específicos ou para os cidadãos europeus que possuem o Medical Card (um plano da União Europeia para quem não pode arcar com os custos). Sem saúde pública, sempre que você precisar de alguma consulta, procedimento médico ou exames terá que arcar com os custos. Por isso, o seguro saúde é exigido no país para todos os estrangeiros. Considerando essas diferenças na área da saúde, pode-se argumentar que Portugal tem vantagens nesse aspecto. Burocracia É impossível fugir de burocracia, a não ser que tenha cidadania europeia. Mesmo assim, você não vai fugir completamente dela. Ambos os países fazem a exigência do visto para residir legalmente. Além disso, cada visto possui uma especificidade. Visto para Portugal Existem vários tipos de visto para Portugal para atender de estudantes a aposentados e as exigências de cada um não são tão grandes. Por exemplo, existe um tipo de visto chamado Visto D7, que é especificamente destinado a aposentados ou pessoas com rendimentos próprios. Este visto permite que o titular resida em Portugal com base em rendimentos provenientes de fontes externas. Visto para Irlanda Já os tipos de visto para a Irlanda são mais limitados, sendo os mais atrativos, os vistos de estudante e/ou trabalho. Há um visto de trabalho conhecido como Stamp 1, que permite ao trabalhar em tempo integral. Legalização e aquisição de nacionalidade Seja para Portugal ou Irlanda, o correto é reunir todos os documentos necessários e realizar a mudança com muito planejamento e dentro da lei. Dessa forma não nenhum problema. Portugal permite a aquisição da nacionalidade após cinco anos vivendo legalmente no país. Já a cidadania irlandesa pode ser solicitada por pessoas que viverem no país por cinco anos e nos últimos nove anos anteriores ao pedido. Além disso, o último ano (o quinto) precisa ser uma vivência contínua, ou seja, 365 dias sem sair do país. Mais facilidade com cidadania europeia Para morar na Irlanda com cidadania europeia, basta registrar-se junto às autoridades locais após a chegada. Como cidadão da União Europeia, não é necessário visto ou permissão de residência, e você terá direito a trabalhar, estudar e acessar serviços públicos no país. O mesmo vale para Portugal. Idioma Portugal fala português, apesar da diferença com o português brasileiro. Ainda assim, a facilidade de comunicação é grande e acaba por se sentir bastante confortável ao morar no país. A Irlanda, por sua vez, tem o inglês como idioma nativo e pode ser um grande aprendizado para os imigrantes brasileiros. Não é à toa que é um dos países mais procurados por intercambistas. A experiência de morar na Irlanda para aprender ou aperfeiçoar o inglês é altamente recomendada, pois o idioma pode abrir muitas portas na Europa, inclusive em Portugal. O domínio do inglês é uma habilidade valorizada no mercado de trabalho português, com muitas vagas exigindo proficiência no idioma. A imersão na Irlanda, por sua vez, oferece uma oportunidade eficaz para aprimorar essas habilidades linguísticas, tornando-se um diferencial competitivo em diversas áreas profissionais. Gastronomia A culinária irlandesa é marcada por pratos tradicionais que refletem a herança cultural do país. Entre os mais conhecidos, estão o Irish stew, um ensopado de carne, batatas e vegetais; o boxty, uma espécie de panqueca de batata; e o colcannon, uma mistura de batatas com repolho ou couve. A cozinha irlandesa valoriza ingredientes frescos e locais, como peixes, frutos do mar e laticínios de alta qualidade. A gastronomia de Portugal é extraordinariamente rica e deliciosa. Os pratos típicos, como o bacalhau, a francesinha, a sardinha grelhada, o arroz de pato e o cozido, destacam-se pela sua diversidade e sabor. Além disso, os doces portugueses são irresistíveis e deixam qualquer um com água na boca só de pensar. Bebidas também se destacam em ambos A Irlanda se destaca na produção de bebidas alcoólicas, sendo o lar da Guinness, uma das cervejas mais apreciadas mundialmente. Além disso, o país é conhecido por seu excelente whisky e pelo famoso licor de café, o Irish Cream Liqueur. Por outro lado, Portugal é renomado por seus vinhos de alta qualidade, que são tanto saborosos quanto acessíveis. Ainda em dúvida? Entenda se Portugal é o melhor país para você. Ou veja uma lista de coisas que podem surpreender ao morar na Irlanda. Cultura e acolhimento do povo Ambos os países acolhem imigrantes e têm uma política de abertura em relação a eles. No entanto, a Irlanda destaca-se pelo seu acolhimento, com uma população mais receptiva e uma abordagem facilitada para a integração dos imigrantes. Por outro lado, Portugal, que historicamente recebia poucos imigrantes, experimentou uma mudança significativa nos últimos anos. Embora os portugueses possam inicialmente parecer reservados ou desconfiados, uma vez superada essa barreira, revelam-se pessoas incríveis e grandes amigos. O casal Luisa e Fernando, de forma geral, não sofreu grandes dificuldades em se adaptar em nenhum dos dois países. Para eles, a cultura da Irlanda é muito interessante e o país é muito bonito. Na opinião do casal, portugueses e irlandeses possuem algumas similaridades, talvez porque ambos têm uma relação forte com o mar, mas os irlandeses são mais abertos, comunicativos e festeiros, já os portugueses são um povo um pouco mais fechado. Já Viviane conta que sempre fui muito consciente de que estava morando num país com uma cultura diferente e que era preciso manter a mente aberta. Como é do interior de São Paulo, diz que muitas coisas foram "novas" para ela, até os pubs. Algo que Viviane adorou foi que no verão os parques lotam, pois, todos vão para aproveitar o sol e os dias mais longos da temporada. Em Portugal, o mais difícil no começo foi se acostumar com o sotaque português ou com algumas palavras que são bem diferentes do nosso português. Onde é melhor, Portugal ou Irlanda? Escolher entre Portugal e Irlanda pode ser desafiador. Somos suspeitos para opinar, pois vivemos em Portugal e temos um grande amor por esta terra que chamamos de casa. No entanto, ainda não tivemos a oportunidade de morar na Irlanda para fazer uma comparação justa. Viviane Okubo diz que não tem preferência: “Ambos possuem prós e contras na minha lista. Sou feliz aqui em Portugal e fui feliz enquanto morei na Irlanda. Não sinto que me mudaria para a Irlanda novamente, assim como não sinto que vou morar para sempre aqui em Portugal. Portanto, não tenho um preferido, mas ambos têm muito a oferecer e super recomendo que as pessoas conheçam os dois lugares.” O casal Luisa e Fernando concorda com Viviane: “Pode ser os dois? Portugal e Irlanda são maravilhosos, por motivos bem diferentes. Ambos são países pequenos e muito bonitos, com ótima qualidade de vida e muito seguros. A Irlanda tem um povo acolhedor e historicamente resistente, com um senso forte de comunidade. Portugal tem o clima a seu favor e é geograficamente mais próximo do Brasil. O que para nós, tem peso em dobro.” Como mencionado no artigo, cada país tem seus pontos fortes. Conhecer as vivências de diferentes pessoas pode oferecer uma visão mais abrangente e ajudar na tomada de decisão. Perguntas frequentes A seguir, apresentamos algumas questões comuns frequentemente enfrentadas por aqueles que desejam residir em Portugal ou na Irlanda. Fazer faculdade na Irlanda ou Portugal? A Irlanda oferece ensino em inglês, facilitando o acesso ao mercado global. Portugal possui qualidade acadêmica semelhante, com a vantagem do idioma português e menor custo de vida. Ambas têm boas universidades, mas a escolha depende do idioma e das oportunidades desejadas. Qual melhor país para migrar: Irlanda ou Portugal? Portugal é ideal para quem prefere facilidade com o idioma e uma comunidade brasileira estabelecida. Irlanda é atraente para quem busca empregos em empresas multinacionais e deseja aprender inglês. A escolha depende dos objetivos pessoais e profissionais de cada indivíduo. Qual país é mais frio: Portugal ou Irlanda? A Irlanda é mais fria que Portugal. O clima irlandês é caracterizado por temperaturas mais baixas e maior umidade, enquanto Portugal tem um clima mais ameno e ensolarado, especialmente nas regiões do sul. E aí, conseguiu decidir entre Portugal ou Irlanda para morar? Se optar pelo país luso, recomendamos o Programa Morar em Portugal, que conta com 22 videoaulas e um ebook com mais de 300 páginas para te ajudar em todas as fases de planejamento da mudança, desde o Brasil até a adaptação em terras lusitanas.

Vale a pena morar no exterior depois dos 30
Europa

Morar no exterior depois dos 30: há desafios e boas oportunidades

Morar no exterior depois dos 30 é uma decisão que pode transformar a sua vida pessoal e profissional de muitas maneiras. Os desafios são vários e começam ainda no Brasil, mas as oportunidades também são inúmeras e pode abrir muitas portas interessantes. Neste artigo, vou te contar um pouco sobre a minha decisão de mudança depois dos 30 anos, melhores países para viver nesta idade, a importância de um planejamento financeiro, como se planejar profissionalmente e outras dicas que podem te ajudar a decidir e refletir sobre a mudança. Vamos lá? Por que morar no exterior depois dos 30 pode ser a melhor decisão da sua vida? Decidir morar no exterior depois dos 30 anos pode ser a melhor decisão da sua vida porque essa é uma ótima fase para iniciar uma consolidação de carreira. Tudo bem que muitas pessoas já apresentam uma carreira consolidada antes dos 30, mas na minha visão, ter um emprego fixo não significa que esteja, de fato, consolidado no mercado, pelo contrário, ainda tem um longo caminho a ser trilhado na carreira. Eu, por exemplo, passei a minha adolescência inteira sonhando em fazer um intercâmbio na Europa, mas nunca tive essa oportunidade por falta de dinheiro e quando comecei a, de fato, trabalhar e ter o meu próprio dinheiro, me faltava disponibilidade de tempo. Para mim, fazer um intercâmbio significava um grande crescimento pessoal e profissional, mas esse sonho foi sendo deixado de lado em decorrência do trabalho. Passados alguns anos no mercado de trabalho e em um emprego que considerava excelente, comecei a perceber que o sonho da adolescência ainda existia. Nessa altura, próximo de completar meus 30 anos, me dei conta que apenas um intercâmbio de meses não faria sentido, mas sim uma mudança de mala e cuia. Tinha na minha cabeça que se não tomasse essa decisão e começasse a me planejar, o tempo passaria mais uma vez, justamente porque me considerava em um emprego estável e que eu amava. Deixar tudo isso no Brasil era uma decisão que precisava tomar imediatamente. Então, comecei a pensar nos porquês e percebi o quanto essa era uma oportunidade poderia me trazer de crescimento pessoal e profissional. Crescimento pessoal Sim, morar no exterior depois dos 30 é uma oportunidade gigante de crescimento pessoal e uma exige uma adaptação contínua. Afinal, você está imersa em uma nova cultura, em novos costumes e um novo idioma (se não optar por morar em Portugal). Meu crescimento pessoal, por exemplo, me promoveu um autoconhecimento profundo e me gerou uma capacidade enorme de resolver os problemas diários sem nenhuma ajuda (fiz a mudança sozinha) e de enfrentar os desafios: que foram desde lidar com a saudade da família e dos amigos, aos problemas burocráticos de documentação e administração do meu dinheiro. Me mudei para morar no Porto em 2018, próxima de completar 31 anos, e posso afirmar que aprendi o significado de resiliência, me fortaleci muito como pessoa e aprendi a ter confiança em mim mesma. Nesse tempo, arregacei as mangas e fui a luta. Crescimento profissional Morar no exterior depois dos 30 também é uma oportunidade incrível de crescimento profissional, afinal, você está em uma fase que tem uma disposição para se profissionalizar ainda mais para o mercado de trabalho. Sem contar que uma experiência internacional é altamente valorizada — no caso de querer voltar para o Brasil depois. Mas tenha os pés no chão, pois a vida de um imigrante nem sempre é fácil. O mercado internacional é exigente, o inglês é fundamental e uma terceira língua é valorizada. As empresas europeias, por exemplo, costumam ter profissionais de diferentes nacionalidades trabalhando — isso vai desde restaurantes a multinacionais. Por isso, as exigências são muitas e nem sempre entrar no mercado é uma tarefa fácil. Contudo, trabalhar com uma equipe multicultural é um passo enorme para impulsionar a sua carreira, aprender e desenvolver novas habilidades, se adaptar a diferentes métodos de trabalho e, claro, expandir o seu networking para além das fronteiras. [caption id="attachment_173278" align="alignnone" width="750"] Morar no exterior depois dos 30 abre novas possibilidades de trabalho e é um ótimo início de carreira internacional.[/caption] Eu, particularmente, trabalho como freelancer em Portugal e tenho uma cartela de clientes tanto no país luso quanto no Brasil. Um dos meus clientes, apesar de ser empresa portuguesa, tem um público de nacionalidades variadas, permitindo uma adaptação constante da comunicação. E mais, a adaptação também vem do próprio português, afinal, a diferença linguística entre Brasil e Portugal é bem grande. Costumo brincar que praticamente precisamos “reaprender a falar e escrever o português”. E isso também é desafiador, apesar de ser o mesmo idioma. Melhores países da Europa para morar depois dos 30 Como estamos na idade auge do mercado de trabalho, os melhores países da Europa para morar depois dos 30, são aqueles que apresentam boas oportunidades de desenvolver na carreira e aperfeiçoar um idioma. Então, segue a lista! 1. Alemanha Morar na Alemanha depois dos 30 pode ser desafiador por conta do idioma, mas não podemos descartar a maior economia da Europa. O país oferece ótimas oportunidades de emprego nos mais variados setores, mas sobretudo, para quem é da área de Tecnologia da Informação e saúde. Além disso, a Alemanha tem excelentes universidades, investe bastante em pesquisa, tem uma vida cultural bem pulsante e um ótimo ambiente para inovação. 2. Holanda Morar na Holanda depois dos 30 também é uma excelente possibilidade. O país é conhecido por ter boas oportunidades de emprego — principalmente na área de logística, tecnologia e saúde —, um salário atrativo, um ambiente inovador e uma excelente qualidade de vida. No geral, a taxa de desemprego é baixa e o mercado trabalho é bem dinâmico. Contudo, também muito exigente e a busca é por profissionais altamente qualificados. Portanto, se pensa em morar no exterior depois dos 30 e escolher a Holanda como destino, comece a se qualificar ainda no Brasil. 3. Inglaterra Morar na Inglaterra depois dos 30 é uma opção que pode abranger desde os profissionais qualificados aos sem qualificações. O país precisa de mão de obra imigrante nos mais variados setores — de limpeza a cargos em multinacionais. Além disso, a Inglaterra é conhecida por ser um grande centro financeiro global, tem uma cultura bem diversificada e é uma excelente oportunidade para aprender ou aperfeiçoar o inglês, o que pode ser um pontapé inicial na sua profissionalização para o futuro. 4. Espanha Morar na Espanha depois dos 30 é um sonho meu ainda engavetado — quem sabe depois 40 anos quando a minha cidadania europeia for aprovada. O país Ibérico chama a atenção de muitos por conta do seu clima, cultura pulsante, estilo de vida e um povo animado. Contudo, a Espanha apresenta um alto índice de desemprego — o que não exclui a possibilidade de encontrar boas oportunidades —, mas é preciso pensar duas vezes antes de tomar a decisão de mudança para o país. [caption id="attachment_174552" align="alignnone" width="750"] A Espanha é um país vibrante que está na minha lista de lugares para morar.[/caption] Por outro lado, para quem visa morar no exterior depois do 30 para estudar e se qualificar, com certeza a Espanha é um excelente lugar. O país tem ótimas universidades, um custo de vida acessível e você pode aperfeiçoar o idioma. 5. Portugal Apesar de Portugal ser frequentemente apontado como os melhores países para aposentados, as terras lusitanas também são boas para quem está na faixa dos 30 anos. Portugal vem passando por uma grande transformação nos últimos anos. Como a maioria da população é idosa, o país precisa de mão de obra e vem abrindo suas fronteiras para receber imigrantes qualificados e não qualificados, que causam um impacto positivo para economia do país. Além disso, cidades como Lisboa ou Porto, estão se tornando a sede de muitas multinacionais e startups, o que cria um ambiente multicultural com boas oportunidades de emprego e de crescimento profissional. O setor de turismo e construção civil também são muito fortes no país e emprega tanto os profissionais qualificados quanto os não qualificados. Também é um bom país para quem deseja estudar e se profissionalizar. Eu mesma escolhi o país justamente porque queria fazer um mestrado em Portugal para obter um diploma europeu e que me permitisse iniciar a minha carreira no exterior — no caso, uma transição de carreira, já que no Brasil, eu trabalhava como produtora de eventos. O que considerar na escolha do país para morar no exterior depois dos 30 Depende do que você está buscando. Você quer aprender ou aperfeiçoar um novo idioma? Aguenta viver em um país de clima frio? Quer estudar ou trabalhar? De maneira geral, a escolha do país envolve muitos questionamentos, sendo preciso colocar os países desejados na lista e colocar na balança os pontos positivos e negativos de cada um. Ao fazer isso, pense nos seguintes pontos: Economia do país: avalie esse ponto, pois países com economias mais fortes e estáveis, tendem a ter melhores condições de vida, de trabalho e salários mais altos. Basta ver a diferença salarial entre Alemanha (cerca de 1.514€ líquidos) e Portugal (cerca de 729,80€ líquidos); Mercado de trabalho: avalie se o país desejado tem boas oportunidades de emprego, procure saber se a taxa de desemprego é alta ou baixa, se tem emprego na sua aérea ou se ela já se encontra saturada, etc; Cultura: o processo de adaptação cultural sempre vai existir, independente do país. Contudo, tem aqueles que apresentam mais compatibilidade com o nosso perfil e outros nem tanto; Idioma: pode ser uma barreira para muitas pessoas, mas com o tempo e imerso na língua, você acaba se desenvolvendo. O importante aqui é que você se sinta confortável para aprender ou aperfeiçoar o idioma; Qualidade de vida: isso engloba cultura, lazer, segurança, educação, saúde, mobilidade urbana. Tudo isso é bom ser ponderado não só na escolha do país, mas também da cidade que pensa em viver. Como morar no exterior depois dos 30? O primei passo para morar no exterior depois dos 30 é o planejamento emocional e financeiro. Lidar com a ausência dos amigos e familiares é uma tarefa desafiadora, eu garanto. Em muitos momentos a gente pensa em desistir, pois a vida de um imigrante não é fácil, mas tem suas vantagens. É preciso ter muita resiliência. Se você não está preparado emocionalmente, comece por aí e em paralelo ao planejamento financeiro. Planejamento financeiro para morar no exterior depois dos 30 O planejamento financeiro, seja para morar no exterior depois dos 30, 40, 50 ou 60 anos, é fundamental. Ele precisa ser eficiente, ou seja, não só pensar no dinheiro da mudança em si e no dinheiro para o primeiro mês, mas sim em ter uma reserva financeira para meses subsequentes e imprevistos que possam acontecer. [caption id="attachment_173282" align="alignnone" width="750"] Antes de fazer a mudança, pesquise bastante sobre o país de destino e faça um planejamento para 6 meses.[/caption] Não recomendo a mudança para ninguém que não tenha feito um planejamento financeiro. Encontrar um emprego ou até mesmo um trabalho temporário no exterior não é uma tarefa simples, como muitos “gurus da internet” falam por aí. Portanto, é bom analisar o custo de vida do país desejado, entender qual seria o seu gasto mensal. Assim, consegue entender quanto dinheiro precisa juntar para os gastos iniciais e uma reserva para te cobrir durante 3 a 6 meses. Como economizar e investir antes da mudança? Economizar dinheiro nem sempre é fácil. Sei muito bem disso, pois quando tomei a minha decisão de morar no exterior depois dos 30, essa talvez tenha sido a tarefa mais complicada. Contudo, eu tinha um objetivo. O ideal é tentar economizar um dinheiro a cada mês e aprender a aplicar esse dinheiro por meio de investimentos. Afinal, dinheiro parado em poupança não rende nada. Mesmo que não entenda muito do mercado financeiro, existem muitos investimentos de baixo risco e que conseguem bloquear o seu dinheiro por 1 ano, por exemplo, assim te ajuda a fazer a reserva financeira para a sua mudança e não gastar com coisas desnecessárias. Foco no seu objetivo! Dicas de planejamento financeiro O primeiro passo é entender o custo de vida do país desejado, incluindo aluguel, transporte, saúde, educação (se aplicável), lazer, alimentação, etc. Comecei o meu planejamento financeiro, cancelando o cartão de crédito e colocando as contas em ordem. Listei todos os meus gastos para entender o quanto eu tinha de receita e de despesas. Então, cortei alguns itens da lista que poderiam ser supérfluos — compras de roupas, sapatos, delivery de comida, aplicativos de transporte, diminui as saídas, etc. Economizei bastante tendo essa visão macro dos meus gastos. Oportunidades de trabalho para quem mora no exterior depois dos 30 As oportunidades de trabalho para quem mora no exterior depois dos 30 são variadas — vão desde trabalhos qualificados e não qualificados. Tudo depende da sua formação, da sua área e da sua experiência. Melhores aéreas no exterior para profissionais com mais de 30 anos Atualmente, sem dúvida, as melhores áreas no exterior para profissionais com mais de 30 anos são em Tecnologia da Informação, Engenharia, Saúde, Logística e Finanças. Essas áreas estão em alta na maioria dos países, sobretudo na Europa, que vem buscando profissionais qualificados em outros continentes para suprir a mão de obra. Esses profissionais têm um grande potencial de conquistar ótimas vagas de emprego e conseguir um visto de trabalho facilmente. Só iniciaria o caminho desenvolvendo o inglês — caso ainda não tenha essa habilidade. Como encontrar emprego no exterior? Para quem é de alguma das áreas de profissionais qualificados e com boas oportunidades, pode iniciar a busca por vagas de emprego no exterior através do LinkedIn, nos sites de emprego ou até mesmo diretamente na empresa que deseja trabalhar — elas sempre possuem uma aba no site de “Trabalhe conosco”. Meu namorado, que é desenvolvedor, recebeu a proposta de uma empresa para trabalhar e morar na Bélgica por meio do LinkedIn. Quando ainda estava no trâmite de contratação, recebeu uma oferta em Portugal e acabou vindo para cá. Contudo, quem não faz parte dessas “áreas do futuro”, o caminho é pode ser mais longo e complicado. Em Portugal, há o visto para procurar emprego que pode ser uma ótima oportunidade, a Alemanha tem o visto de férias-trabalho que pode ser um primeiro contato para o mercado de trabalho no exterior. Enfim, além de buscar emprego nos sites especializados, também é importante verificar a regra do país, pois trabalhar tendo entrado no país como turista é ilegal. Apesar de muitos conseguirem um trabalho sem a documentação, os riscos são grandes, tanto para o empregador quanto para o empregado. Adapte seu currículo para o mercado internacional Esse é um ponto fundamental para quem está buscando uma colocação no mercado internacional. Ter um currículo em inglês e no idioma do país de destino é o básico. Mas é preciso também fazer uma adaptação. Destaque apenas as informações relevantes para a vaga que está aplicando. Eu, por exemplo, por muito tempo cometi o erro de colocar todo o meu percurso profissional e o currículo ficava enorme. [caption id="attachment_173280" align="alignnone" width="750"] Além de adaptar o currículo para morar no exterior depois dos 30, busque aprender um novo idioma.[/caption] Depois de um tempo, conversando com uma amiga que trabalha com RH, ela me questionou: “se você está procurando emprego na área de Marketing Digital, por que está colocando seu percurso como produtora de eventos e vendedora de loja em shopping? Foque nas suas habilidades e experiências relevantes na área do Marketing Digital”. Dito e feito, o primeiro currículo que enviei, tive uma resposta e participei de um processo seletivo (e foi a primeira vez após anos de tentativas). Na União Europeia, por exemplo, tem um modelo de currículo unificado chamado Europass e pode te ajudar nessa adaptação. Quais os desafios de morar no exterior depois dos 30? Posso garantir que são muitos os desafios de morar no exterior depois dos 30. Os desafios passam por adaptação cultural, busca por trabalho e adaptação do mesmo, saudade dos amigos e dos familiares, da dificuldade de integração social e de fazer novas amizades. Também inclui em ter que lidar com o sentimento de impotência em algumas situações, de sentir sozinho e abandonado, de lidar com as burocracias de documentação e fiscais, de ficar doente e não ter alguém por perto (no caso de vir sozinho). Enfim, são muitos os desafios! Como superar os desafios? Com resiliência. Sim, é preciso ter muita resiliência para lidar com um turbilhão de sentimentos que os desafios nos apresentam. Mas é possível superar ou minimizar. Comece por buscar uma forma de se integrar no país, busque fazer atividades que envolvam o contato com os residentes locais, aprenda a respeitar a cultura local e nunca (nunca mesmo) tente impor a sua cultura — você é o imigrante, então é você que precisa aprender a respeitar a cultura do outro. Também não fique comparando o Brasil e o país, entenda que são mundos completamente diferentes e está tudo bem! Ter uma ajuda psicológica também é sempre bem-vinda. É bom ter o suporte de um profissional para te ajudar a lidar com tantos sentimentos que a vida de imigrante traz. Como lidar com a saudade de casa? Para lidar com a saudade de casa, fazer chamadas em vídeo regularmente com amigos e familiares pode ajudar bastante. Quando me mudei, falava com a minha mãe todos os dias. Hoje, falo com ela uma vez na semana e olhe lá. Não é que eu não sinta falta dela, mas a saudade já não é a mesma, pois a gente acostuma a viver longe. Além disso, outro ponto que pode ajudar a lidar com a saudade é tentar manter algumas tradições familiares ou recorrer à gastronomia. Por exemplo, eu faço questão de reunir pessoas queridas (os amigos que se tornaram família) no Natal e celebrar com muita comida na mesa. Quase todo domingo, faço pão de queijo para o café da manhã, pois como mineira que sou, isso faz parte da minha vida familiar e, de alguma maneira, me teletransporta para a casa da minha mãe ou da minha avó. Morar no exterior depois dos 30 para estudar Uma das melhores formas de crescimento profissional para iniciar a carreira no mercado internacional é estudando. Inclusive, esse foi o caminho que eu e muitos amigos fizemos. As possibilidades são muitas! Intercâmbio para aprender ou aperfeiçoar um idioma Fazer um intercâmbio para aprender ou aperfeiçoar um idioma é uma ótima opção para quem está nesta faixa de idade. O inglês é uma língua universal e pode abrir boas portas no mercado de trabalho. Não é à toa que a muitos brasileiros optam por fazer intercâmbio na Irlanda, Inglaterra ou Malta. Mas não se prenda apenas ao inglês, sobretudo se você já fala domina o idioma. Você pode fazer um intercâmbio na França para desenvolver o francês, na Itália para desenvolver o italiano, na Espanha para o espanhol, na Alemanha para o alemão, etc. São inúmeras as possibilidades de aprender e aperfeiçoar um idioma. Mestrado Esse foi o caminho que trilhei. Na época da minha mudança para Portugal, não existia o visto para procurar emprego, então, o caminho mais fácil para eu concretizar o meu sonho de morar no exterior era por meio de um mestrado. E assim foi! O mestrado me ajudou bastante a começar a entender a cultura e os hábitos do novo país, me ajudou a entender o mercado de trabalho, me abriu portas por ter um diploma europeu e, claro, me ajudou a fazer muitos amigos! Doutorado Outra forma de morar no exterior depois dos 30 é fazendo um doutorado ou pós-doutorado. Tenho amigos nessa vida acadêmica tanto em Portugal quanto na Espanha e nos Estados Unidos. Todos trabalhando em suas pesquisas e alguns até dando aula em universidades estrangeiras. Sem dúvida, fazer um doutorado fora do Brasil pode abrir muitas portas profissionais e aprofundar os seus conhecimentos. Documentos para morar no exterior depois dos 30 A vida burocrática para quem deseja morar no exterior depois dos 30 ou depois de qualquer idade começa ainda no Brasil e depois se estende para o país que vai viver — de visto a cadastro no sistema de saúde do país de destino. Visto para morar no exterior Cada país possui as suas próprias regras de imigração, sendo preciso buscar informações mais detalhadas daquele que resolveu se mudar. De modo geral, para pessoas na casa dos 30 anos, a maioria dos países conta com um visto de trabalho e/ou de estudo. Muitos países também estão adotando visto para nômades digitais para quem trabalha remotamente. Como fazer amizades ao morar no exterior depois dos 30? Fazer amizades é um ponto importante para quem vai morar no exterior depois dos 30, certo? Mas pode ficar tranquilo que existem muitas possibilidades, você só precisa estar aberta para conhecer pessoas novas, de culturas diferentes ou não. Grupos no Facebook Há muitos grupos de brasileiros no exterior e esse é um ótimo canal para te ajudar a conhecer algumas pessoas e da própria nacionalidade. Faço parte de um grupo aqui no Porto e vira e mexe vejo pessoas dizendo que chegaram recentemente e que gostariam de fazer amizades. E sempre encontra pessoas dispostas a marcar uma cerveja ou um café. [caption id="attachment_173281" align="alignnone" width="750"] Se abrir para novas amizades e para novas culturas é um passo para o sucesso de uma vida no exterior depois dos 30.[/caption] Mas não se prenda em fazer amizades apenas com brasileiros. Lembre-se: integração com a nova cultura é importante para obter sucesso na sua integração. Aplicativos de amizades Eu particularmente nunca utilizei aplicativos de amizades. Contudo, tenho uma amiga que logo que se mudou para morar em Lisboa, ativou o Bumble, um aplicativo que pode ser utilizado para amizades ou pegação — você é que configura o que está buscando — e logo conseguiu formar um grupo de amizade de múltiplas nacionalidades. Participação em eventos Participar de eventos também é sempre uma boa opção para conhecer pessoas. Busque a sua “tribo” naquilo que gosta: festivais de cinema, de música, exposições, futebol, etc. Sempre terá alguém receptivo e que vai acabar te dando papo e, quem sabe, criar um laço de amizade. Faça um curso Seja um curso de idioma, de pintura, de culinária, uma graduação ou pós-graduação. Em qualquer lugar do mundo, estudar é a maneira mais fácil de fazer e desenvolver boas amizades. Inicialmente, more em um quarto É muito comum alugar quartos ou dividir casa com outras pessoas. Ao menos no Brasil isso é comum e na Europa também. Essa é uma excelente maneira de fazer amizades. Eu, particularmente, vivi 4 anos dividindo a casa com pessoas dos mais variados perfis. É difícil? Sim, não vou mentir, mas também é uma ótima ajuda para desenvolver as amizades. Tenho algumas que levo para a vida! Vale a pena morar no exterior depois dos 30? Na minha opinião, vale muito a pena morar no exterior depois dos 30. Contudo, sei que não é uma decisão fácil e ela vem carregada de muitos desafios. Nessa altura da vida, muitas pessoas já possuem uma vida consolidada, carreira em ascensão e até filhos. O que pode levar a um medo e insegurança em deixar tudo isso para trás. Isso é normal! Mas a mudança para o exterior também vem carregada de oportunidades e pode ser muito enriquecedora de maneira pessoal e profissional. O que posso dizer é que morar no exterior não é para todo mundo. Há quem se saia muito bem e não vai querer voltar para o Brasil nunca mais, há quem se mude e depois percebe que as suas prioridades e necessidades ficaram no Brasil e acabam por voltar. E está tudo bem! Portanto, quem precisa avaliar se vale a pena ou não morar no exterior depois do 30 é você. Colocar na balança os pontos positivos e negativos é fundamental. Pesquisar afundo sobre o país que planeja viver é tarefa básica. Se a sua reposta apontar que vale a pena, cabe a você a iniciar um bom planejamento financeiro e prepare o emocional para realizar a mudança da melhor maneira possível. Mudar sem planejamento e sem pesquisar o país, pode acabar gerando frustração, pense nisso! E se quiser se inspirar com a história de outros brasileiros que agarram a oportunidade de morar no exterior, recomendo o ebook “O sonho de viver na Europa”. Tenho certeza que ele vai te inspirar e fazer refletir sobre as dificuldades e oportunidades encontradas por cada brasileiro que deu seu depoimento para a construção desse e-book. Boa sorte na sua decisão e mudança!

Ter um fiador em Portugal facilita o aluguel de imóveis.
Portugal

Fiador em Portugal: como conseguir um para alugar apartamento

Encontrar um fiador em Portugal é uma das maiores dificuldades dos brasileiros que desejam alugar um apartamento para viver no país. Como suprir essa exigência de muitas imobiliárias e proprietários? Nesse artigo eu vou mostrar alternativas e te ensinar tudo que você precisa saber a figura do fiador em Portugal. Vamos lá? Perguntas Respostas O que é um fiador em Portugal? É como no Brasil, ou seja, uma pessoa que se responsabiliza pelo pagamento do aluguel de um terceiro, caso este não possa pagar. O que pode substituir o fiador? Alguns proprietários permitem a substituição pelo pagamento de alguns meses de aluguel adiantados. Quais são os requisitos para ser um fiador? Ter estabilidade profissional, patrimônio de imóveis ou móveis e fonte de rendimento estável são os principais requisitos. Precisa de fiador em Portugal para alugar apartamento? Depende. Alguns senhorios (proprietários/locadores) exigem um fiador em Portugal e muitos ainda fazem a exigência de que essa pessoa seja um português nativo. Por outro lado, existem outros senhorios que exigem apenas o valor da caução e rendas adiantadas para o imóvel ser alugado. Uma documentação comumente exigida pelos proprietários de imóveis é a apresentação de um comprovante de renda ou contrato de trabalho em Portugal que mostre que você recebe o suficiente para arcar com o aluguel mensalmente. Quem pode ser fiador em Portugal? Segundo o Código Civil português (Decreto-Lei nº 47344 - artigo 627º), o fiador é aquele que vai garantir a satisfação do direito de crédito ficando pessoalmente obrigado perante o credor, ou seja, caso o locatário fique inadimplente com o locador, o fiador deverá arcar as obrigações financeiras. Seguindo a lei, qualquer pessoa pode se tornar um fiador em Portugal, desde que tenha meios financeiros ou bens móveis e/ou imóveis para garantir que possíveis dívidas do devedor sejam pagas. No caso de um contrato de aluguel de apartamento, o fiador deve pagar as rendas em atraso para o proprietário do imóvel. Apesar de muitos proprietários exigirem que o fiador seja um português nativo, no Código Civil não existe nenhuma especificação sobre isso. Condições para ser fiador O fiador em Portugal precisa dispor de rendimentos para cumprir com as obrigações em caso de inadimplência da pessoa devedora. Portanto, para se tornar um fiador serão avaliadas as seguintes condições: Se tem uma renda fixa: seja ela de trabalho, pensão ou aposentadoria; Se tem bens móveis ou imóveis; Se está negativado (tem nome sujo) perante ao Banco de Portugal. Documentos para ser fiador em Portugal Geralmente, os documentos exigidos para ser fiador em Portugal são: Documento de identificação, como Cartão Cidadão ou Autorização de Residência; Declaração de IRS (imposto de renda português); Comprovante de rendimentos ou de bens móveis e/ou imóveis em nome do fiador. Quais as responsabilidades do fiador As responsabilidades do fiador estão em torno do pagamento das dívidas no caso do incumprimento do devedor. Ou seja, se você é fiador de uma pessoa e esta, por sua vez, não tem como arcar com o aluguel ou crédito (no caso de financiamentos) — seja porque perdeu o emprego ou por pura irresponsabilidade — é o fiador que será cobrado a pagar esta dívida. E no caso do fiador não ter o dinheiro em mãos para pagar a dívida, mas sim, o bem imóvel ou imóvel, pode haver consequências de perda o bem — a depender, claro, do valor da dívida. Como conseguir fiador em Portugal? Não há uma receita para conseguir um fiador em Portugal. Como mencionado, um fiador carrega muitas responsabilidades e por isso, muitas vezes é limitado a familiar ou parente próximo. No caso de brasileiros que vêm morar em Portugal e não tem família portuguesa que possa servir de fiador, o caminho é tentar uma negociação direta com o proprietário do imóvel para pedir que ele aceite a troca da figura do fiador por aluguéis adiantados. Aliás, é por esse motivo estamos sempre recomendando que faça um bom planejamento financeiro antes de qualquer mudança. Documentos e provas necessárias Como mencionado acima, um fiador precisa cumprir alguns requisitos e reunir os documentos que demonstre que ele poderá arcar com a dívida em caso de inadimplência do devedor. Para tal, precisa apresentar: Contrato de trabalho para demonstrar que estabilidade profissional; Recibos de bancos e declaração de IRS que demonstre a sua vida financeira; Documentos que comprove a propriedade de bens móveis e/ou imóveis para demonstrar o seu patrimônio. Tem como alugar apartamento sem fiador? Sim, alguns proprietários não exigem o fiador em Portugal para alugar um imóvel. Durante as suas pesquisas, fique atento as “condições de arrendamento” descritas pelo proprietário ou imobiliária. Nos sites para alugar casa em Portugal, essas condições costumam ficar logo abaixo das fotografias do imóvel. No caso de alugar com a ajuda de um consultor imobiliário, ele será o responsável por te dizer quais as condições exigidas. [caption id="attachment_171832" align="alignnone" width="750"] Seja com ou sem fiador, leia com atenção o contrato de aluguel e exija o registro nas Finanças.[/caption] Já os proprietários que exigem o fiador em Portugal, podem não estar abertos a negociação. Tente conversar com ele pessoalmente para tentar tirar esta condição para alugar o imóvel. Seguro de proteção de rendas Uma alternativa para quem não conseguir um fiador em Portugal é o seguro de proteção a renda. Esse seguro funciona como um fiador, ou seja, ele garante para os senhorios (proprietários) o pagamento do aluguel entre 4 a 6 meses (a depender do seguro), quando o inquilino não pode pagar - geralmente em decorrência de falecimento de um familiar agregado, incapacidade no trabalho ou desemprego. Fiador ou Seguro de Renda: qual é a melhor em Portugal? Depende. Se você conhece alguém que possa ser o seu fiador em Portugal, o melhor é optar por ele. Afinal, o seguro de renda, assim como qualquer outro tipo de seguro, terá um custo mensal no seu orçamento, podendo, inclusive, tornar o seu custo de vida em Portugal mais alto. Prós e contras do fiador Os prós de ter um fiador em Portugal são: Facilidade no aluguel de um imóvel; Não há custos associados; Boa relação pessoal, já que o fiador deve ser alguém de confiança. Quanto as desvantagens de ter um fiador são: Dificuldade para encontrar uma pessoa que se disponha a ser o fiador; Alguns proprietários exigem que seja um fiador nativo de Portugal (mesmo que isso não conste em lei); Má relação pessoal, no contraponto dos prós, uma vez que você não consiga arcar com o pagamento, o fiador será cobrado e isso pode gerar conflitos entre vocês. Prós e contras do seguro de renda Os prós de ter um seguro de renda são: Não terá que se preocupar em caso de não ter como arcar com o aluguel; Não gera possíveis atritos e má relação com um familiar ou amigos que poderia se dispor a ser o seu fiador; O seguro oferece uma segurança a mais para o proprietário do imóvel. Quanto as desvantagens de ter um seguro de renda são: O custo envolvido na contratação do seguro, o qual terá que pagar mensal ou anualmente — a depender do plano contratado; As seguradoras têm critérios para que o seguro de renda possa ser contratado e, talvez, você não cumpra todos eles. Ter um fiador facilita o aluguel de um imóvel em Portugal? Se você encontrar uma casa onde realmente gostou e deseja morar, ter um fiador pode fazer com que o contrato aconteça de forma mais rápida, uma vez que o proprietário terá mais confiança no cumprimento das responsabilidades do aluguel. Além disso, ao ter um fiador em Portugal, o valor que terá que desembolsar inicialmente para alugar uma casa costuma ser bem menor se comparado a quem não tem. Com o fiador é bem provável que tenha que pagar uma caução ou uma caução + um aluguel adiantado ao assinar o contrato. Sem o fiador, essa conta inicial pode aumentar bastante. Conforme o Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU), os proprietários podem cobrar até 3 rendas adiantadas + caução, desde que esse acordo entre o locador e o locatário seja registrado por escrito. Porém, nem sempre a legislação é cumprida. Ao visitar sites imóveis para alugar você poderá encontrar anúncios que exigem o adiantamento superior a três meses caso não apresente o fiador. Aqui no Euro Dicas já vimos anúncios de aluguel em Portugal com pedido de pagamento inicial de 6 meses adiantados + a caução. Exija o registro do seu contrato nas Finanças Se o pagamento de rendas adiantadas for o seu caso, tenha tudo muito bem formalizado em contrato e solicite que o contrato seja registrado no portal das Finanças. Tenha em mente que caução serve para possíveis reparos no apartamento no caso da sua saída (podendo ou não ser devolvida, a depender do estado do imóvel após o término do contrato). Já os aluguéis adiantados deverão ser abatidos. Por exemplo, se fechou um contrato por 12 meses e no início pagou 2 aluguéis adiantados, poderá permanecer no imóvel nos 2 últimos meses sem pagar o aluguel, uma vez que já adiantou esse pagamento no momento do contrato. [caption id="attachment_171834" align="alignnone" width="750"] O mercado de aluguel de casa em Portugal está cada vez mais exigente e caro. Prepare-se financeiramente![/caption] Lembre-se que o planejamento financeiro é essencial. Portanto, antes de realizar a mudança tenha em mente que terá que desembolsar um valor inicial elevado para alugar um apartamento, independentemente de ter ou não um fiador. Dicas e cuidados para alugar imóvel em Portugal Aqui vão algumas dicas e cuidados a ter na hora de alugar imóvel em Portugal: Negocie com o senhorio Lembre-se, o “não” você já tem. É hora de batalhar pelo “sim” ou ao menos um meio-termo que seja bom para você e para o senhorio. Mostre o seu interesse na casa, apresente-se como uma pessoa séria e responsável. Conte um pouco da sua história e tente a negociação. Eu, por exemplo, quando aluguei meu apartamento, até sentei no sofá com a minha senhoria para conversar e no meio do papo, descobrimos várias coisas em comum — de estilos musicais e a viagens. Isso contribuiu para que ela me desse preferência, já que outra menina também estava olhando o apartamento e queria fechar o contrato. No fim, tive que pagar apenas uma caução e uma renda adiantada. Reserva financeira Uma das perguntas que mais recebo é sobre a quantia que precisa ter para morar em Portugal. A verdade é que essa pergunta é bem difícil de responder, por ter inúmeras respostas. O que sempre recomendo é calcular a média do custo de vida na cidade que pretende morar, incluindo o aluguel, seja ele de apartamento ou de quarto. E além do aluguel em si, considerar também os meses de aluguel adiantados e caução que poderão ser exigidos, pois dificilmente vai se livrar disso caso não tenha um fiador. Depois, recomendo somar o valor mensal de gastos que envolvem o seu próprio custo de vida e ainda multiplicar por 6 para ter uma reserva financeira eficiente e ficar tranquilo para recomeçar a vida em Portugal. Seja transparente com seu fiador Mesmo que seja um familiar e de confiança, é bom manter tudo registrado e em pratos limpos para evitar problemas futuros que estraguem a relação. Por isso, em uma conversa entre vocês: Seja transparente sobre as suas expectativas e riscos que podem acontecer; Demonstre para ele que mesmo em caso de dificuldades financeiras, você fará de tudo para arcar com suas responsabilidades e/ou dar um jeito de pagá-lo em algum momento, caso o fiador em Portugal tenha que arcar com a dívida; Apresente o contrato de aluguel para o fiador poder ler com atenção para que ele fique ciente das cláusulas. E cuidado com golpes! Além disso, lembre-se que“quando a esmola é demais, o santo desconfia”. Existem muitos anúncios de casa com preços muito abaixo do mercado e esse é um dos golpes mais comuns em Portugal. Muitas vezes são anúncios falsos de pessoas que querem apenas roubar esse depósito inicial de estrangeiros desavisados. Tenha bastante cuidado! Se pensa mesmo em se mudar para o país luso, já deu para ver que planejamento é a chave do sucesso. Por isso, recomendamos o Programa Morar em Portugal, que conta com uma série de videoaulas com todos os passos burocráticos e necessários que você deve percorrer para fazer uma mudança com responsabilidade. Ele ainda é acompanhado por um ebook com mais de 300 páginas, onde encontra informações detalhadas para auxiliar a cada passo.

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