Portugal

Terremoto em Portugal: o país tem risco de ver o chão tremer?

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Abalos sísmicos acontecem a todo momento e devido à localização geográfica, alguns países sentem em maior grau de magnitude e outros em menor grau. Desde o terremoto registrado no Marrocos, que abalou o país africano no início de setembro, os noticiários portugueses vêm alertando a população sobre o risco de terremoto em Portugal.

Afinal, existe mesmo o risco de ter um terremoto de alta magnitude em terras lusitanas? A população portuguesa deve mesmo se preocupar? Entenda o histórico de tremores de terra em Portugal, como os tremores vêm sendo monitorados e o que fazer para se proteger em caso de um terremoto.

Portugal está em zona com atividade sísmica

Primeiro é importante entender que as atividades sísmicas se caracterizam por movimentações que ocorrem no núcleo da Terra provocadas pelo encontro de placas tectônicas ou atividades vulcânicas, e o choque entre elas é transmitido para a superfície em forma de tremor, terremoto ou até mesmo tsunamis.

Segundo a Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica (SPES), Portugal está inserido em uma zona assinalável por conta localização junto à tríplice fronteira de placas tectônicas: Euro-Asiática, Africana e Americana — chamada de Fratura Açores-Gibraltar. Inclusive, a Ilha dos Açores apresenta uma sismicidade ainda maior, por ser uma região vulcânica.

A localização entre placas tectônicas faz de Portugal um país propenso a atividades sísimicas. Fonte: adaptado de Nunes, 1999/SPES.

Ainda segundo a SPES, apesar de Portugal ter zonas com possibilidade de abalos, os sismos intraplacas (aquelas que chegam na zona continental do país) não acumulam quantidade de energia a ponto de ter um local de epicentro causando um terremoto em Portugal, mas sim pequenos tremores.

Os tremores podem, por sua vez, provocar um desgaste no solo e fazer com que algumas cidades de Portugal se transformem em epicentros ou que registrem tremores de maior magnitude.

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As regiões do Algarve e Lisboa seriam as maiores prejudicadas de Portugal Continental, e os Açores a maior prejudicada entre as ilhas. A Ilha da Madeira se encontra em cima da placa africana e por isso, não há risco de atividades sísmicas preocupantes.

O maior terremoto em Portugal aconteceu em 1755

O registro de maior abalo sísmico que se tem notícia no país luso ocorreu em 01 de novembro de 1755, provocando um terremoto em Portugal — e um tsunami seguido de incêndio — que foi sentido em Lisboa e no Algarve.

A magnitude estimada por pesquisadores varia entre 8,7 a 9,0 na escala Richter. Já o nível de destruição causada acaba sendo incongruente, por conta da falta de relatos da época, segundo o SPES.

Porém, estima-se que 32 igrejas, 60 capelas, 31 mosteiros, 15 conventos (como o Convento do Carmo que ilustra esta reportagem) e 53 palácios foram destruídos ou fortemente danificados, e que o número de vítimas ficou entre 20 e 40 mil pessoas.

O canal Artefatos da História, publicou um vídeo em animação em que ilustra e narra o terremoto sentido em Lisboa nesta época.

Último grande terremoto aconteceu em 1969

O último terremoto em Portugal de que se tem registro, aconteceu em 1969, tendo o seu epicentro em zona conhecida como Planície Abissal da Ferradura, localizada a 250km a sudoeste do cabo de São Vicente, no Algarve.

A magnitude registrada foi de 8,0 na escala Richter e o grau máximo de intensidade (VIII na escala Mercalli) foi sentido na zona de Barlavento, no Algarve, causando destruição em algumas construções. Lisboa também sentiu o terremoto, mas apresentou danos mais moderados nas suas construções.

O terremoto em Portugal no final da década de 60, teve um impacto moderado em Lisboa. Foto Arquivo Global Imagens/TSF Rádio Notícias

Outros tremores aconteceram no país

Os tremores em Portugal acontecem desde 65 a.C. (data mais antiga que se tem notícia), segundo estudiosos, e nunca pararam de acontecer, alguns em maior grau e outros em menor, como você pode acompanhar na linha de sismicidade histórica disponibilizada pela Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica.

No dia 5 setembro de 2023, o jornal Observador noticiou 4 atividades sísmicas ocorridas por volta das 17 horas em Portugal Continental.

“Dois deles tiveram epicentro a sul do Algarve (com magnitudes de 3,9 e 3,7 na escala de Richter) e foram sentidos com especial intensidade nas zonas de Olhão e Albufeira. Um outro foi registado a oeste de Évora (de magnitude mais baixa, de 2,6) e foi sentido, com menor intensidade, no concelho de Montemor-o-Novo”.

A notícia vem mais como um alarde da mídia por conta do terremoto que destruiu o Marrocos, pois esse grau de magnitude é comum em tremores registrados em Portugal há centenas de anos. E como disse o geólogo, Filipe Rosas, para a TSF Rádio Notícias:

“Devemos estar preparados para um sismo, mas o medo é mau conselheiro”.

Há previsão de novos abalos em Portugal?

Sim. Como mencionado acima, Portugal está inserido na zona da Fratura Açores-Gibraltar e o choque entre as placas tectônicas e atividades vulcânicas o torna propenso a abalos sísmicos.

Os tremores em Portugal acontecem com frequência em escalas de baixa magnitude e são registrados por órgãos competentes e especialistas na área. Contudo, se tratando da movimentação natural, o país pode, sim, registrar um novo terremoto devido ao desgaste no solo (falhas geológicas) nas regiões de intraplacas.

Como explicado por Rosas, “sismos ocorrem em cima de uma falha e quanto mais tempo decorre entre um sismo e outro, maior é a quantidade de energia que se tende a libertar”. É essa energia que causa terremotos de grande magnitude.

Os especialistas dizem que o perigo está no mar e não debaixo da terra, ou seja, os maiores pontos de epicentros com potencial sísmico estão em offshore (fora da costa). Contudo, o sudoeste do Cabo de São Vicente e o sul do Algarve são regiões de maior perigo devido às falhas geológicas que existem nessas regiões.

Como se proteger em caso de terremoto

Tendo conhecimento de que já ocorreu terremoto em Portugal e que tremores são constantemente registrados, é bom saber como se proteger em caso de algum desses tremores atingirem alta magnitude.

Há medidas que você pode fazer para preparar a sua casa, tais como:

  • Fixar os móveis pesados nas paredes;
  • Evitar colocar camas próximas às janelas de vidros;
  • Evitar colocar objetos pesados em estantes e ou nas partes mais altas de armários;
  • Ter atenção com objetos e móveis que impeçam uma rápida saída da casa.

Segundo a SPES, cerca de 70 a 85% dos ferimentos (leves e fatais) durante um abalo sísmico, são causados por queda de elementos não-estruturais (objetos de decoração, móveis, etc). Confira o vídeo da KnowRISK, em que eles testam medidas para minimizar os riscos no interior de uma casa.

O projeto KnowRISK também disponibiliza um infográfico de guia prático de como preparar a sua casa, sala de aula ou local de trabalho para um terramoto em Portugal.

A KnowRisk contribui para a pesquisa de medidas que buscam amenizar os impactos de um terremoto em Portugal.

Os riscos estruturais são aqueles que se referem à estrutura da construção. Hoje, existem sistemas de engenharia avançados, como o sistema anti-terremotos japonês, projetado para resistir aos terremotos. No entanto, a arquitetura de Portugal está longe de ter esse tipo de sistema.

Por isso, é importante fazer vistorias constantes dos pilares, vigas, fundações, pavimentos, entre outras, de modo a verificar se a construção do seu edifício tem qualidade e se encontra em segurança para garantir que o edifício não venha abaixo com um simples tremor de terra.

Já no sentido emocional, lidar com um terremoto pode ser assustador, mas é importante tentar manter a calma e se dirigir para um local seguro. Especialistas apontam que o vão das portas é o local mais seguro dentro de uma casa.

Como explica a cartilha da Cruz Vermelha, em caso de sismos, você deve: baixar, proteger e aguardar.

No caso de estar na rua durante um terremoto em Portugal, busque por um local o mais aberto possível, longe de edifícios mais altos e postes de eletricidade. Estando em um local que considera seguro, deite-se no chão para evitar uma queda descontrolada e sempre proteja a sua cabeça. No caso de estar próximo ao mar, busque um local mais elevado, pois há risco de tsunami.

E no caso de se ferir ou de algo mais grave, entre em contato com o 112 e solicite o atendimento de urgência.

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Lívia Tostes

Lívia Tostes é natural de Minas Gerais, produtora de eventos e jornalista. Tem sede de aprendizado e por esse motivo mudou-se para Portugal para fazer Mestrado em Ciências da Comunicação. Hoje, está sempre a postos para ajudar outros brasileiros que compartilham do desejo de emigrar e viajar para a Europa.

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