Psicologia para Expatriados

Não me adaptei no exterior, e agora? Saiba como lidar

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A mudança de país é um desafio que requer planejamento e preparo logístico, burocrático, financeiro e emocional. Mesmo assim, por mais preparados que possamos estar, é uma escolha frente ao desconhecido, que pode dar certo ou não. Há muitos brasileiros que não se adaptam à vida no exterior por diversas razões. Cada vida é uma vida, cada história é uma história e, às vezes, você se questiona: não me adaptei no exterior, e agora?
No entanto, assim como sair do Brasil, voltar também requer a avaliação de vários aspectos para que sua escolha seja assertiva e você tenha mais convicção e confiança na sua decisão. Então, vamos lá! Que tal analisar a situação sob uma outra perspectiva? Confira tudo no artigo abaixo.

Não me adaptei no exterior, e agora? O que fazer?

Geralmente, quando não estamos satisfeitos com alguma situação, acabamos fazendo generalizações, tanto para o bem quanto para o mal. Além disso, por estarmos envolvidos emocionalmente, é difícil pensarmos de forma analítica e racional. Então, uma dica é fazer o exercício da troca de papéis.
Imagine se vendo de fora. Você está no Brasil e alguém da sua família ou um amigo está morando no exterior, vivendo as mesmas experiências que você. O que você estaria pensando? Pode ser até que você tenha tomado a decisão de morar fora por ver a experiência de algum conhecido seu. Neste caso, você pode lembrar o que você pensava sobre ele e o que te fez tomar a decisão de sair do Brasil.

A reflexão é fundamental na sua decisão de morar no exterior

Agora, imagine que essa pessoa está conversando e te falando tudo o que está acontecendo. O quanto está sendo difícil a adaptação, a vontade de voltar ao Brasil, os sentimentos. O que você falaria para essa pessoa? Como você enxergaria essa situação?
Fazendo isso, você pode até pensar: “tem gente que me fala que estou reclamando de barriga cheia, mas eles não sabem o que eu vivo” ou “se eu estivesse vendo de fora, ia achar que estava tudo lindo e maravilhoso, mas não é bem assim no dia-a-dia”.

Se isso acontecer, reflita e pondere. Quanto a vida no exterior parece ser fácil para quem olha de fora e quanto ela parece ser difícil para você? Elas estão nas extremidades? O que está sendo em excesso nas duas partes? Há um equilíbrio entre os dois lados? Quanto é mais difícil do que parece e quanto poderia ser mais fácil e, de repente, você não está enxergando?

Saiba como lidar com os desafios da adaptação reversa ao voltar para o Brasil.

Não consigo imaginar, está muito difícil

Caso tenha sido difícil para você se imaginar no lugar de outra pessoa que está vendo a sua situação de fora, você pode separar a sua experiência de morar em outro país em partes. Mesmo se você tiver conseguido fazer o exercício anterior, vale a pena analisar a situação em partes também.
Como já mencionei, é comum generalizarmos as situações e pensar que tudo está bom ou tudo está ruim. No entanto, é importante ver o que te incomoda de fato. O que é esse tudo? Será que é tudo mesmo? Pegue uma folha e liste o quê, especificamente, te faz pensar em voltar para a sua terra natal. Não vale colocar tudo, ok?
É dificuldade no trabalho? Dificuldade em conseguir um trabalho? Clima? Saudades? Não gosta das pessoas do país? É difícil se adaptar à comida local? Não se sente pertencente? Tem dificuldade em aprender o idioma? Após listar tudo, reflita cada ponto.
Por que isso te incomoda tanto? Vai contra os seus valores? Mostra alguma dificuldade ou falta de habilidade? O quanto você quer que os outros pensem como você? Quanto você é responsável por flexibilizar o seu modo de pensar e agir para se adaptar? Como você está interagindo com o novo país? O quanto você se cobra por ter que se adaptar rápido e se frustra quando não consegue? Você está respeitando o seu tempo de adaptação?

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Percebi que quero ficar onde estou

Pode ser que, após separar as situações e se questionar, você perceba que vale a pena ficar onde está. Neste caso, que fatos fizeram você querer voltar ao Brasil? Você pode mudá-los? Se você não puder, como é para você aceitá-los? E como você pode agir para conviver melhor com eles? O que está nas suas mãos mudar? Ou seja, aceite o que você não tem controle e se comprometa a mudar aquilo que você tem escolha de mudar.
Entenda como o preparo emocional para mudar de país é essencial.

Tenho certeza que quero voltar ao Brasil, mas…

É possível que, após pensar e pesar todos os fatores envolvidos, você chegue à conclusão que a melhor decisão é retornar ao Brasil. Mas, apesar de ter certeza, ainda tem “um sentimento estranho”. É muito comum vermos brasileiros que se sentem frustrados ou se incomodam com o que os outros vão dizer se voltarem ao Brasil e acabam adiando o retorno e, consequentemente, o sofrimento.
Nestes casos, vale a pena acolher este sentimento e se perguntar o porquê da frustração ou do medo do julgamento dos outros. Podem aparecer outros sentimentos como medo, receio, apreensão, ansiedade, além de outras questões, que podem estar escondidas e camufladas. Se esse for o seu caso, o ideal é buscar ajuda profissional para que você compreenda melhor o que está se passando.
Lembre-se que o poder da escolha sobre a sua vida é sua e se faz mais sentido para você voltar ao Brasil, por que não? Ou seja, é importante entender quais sentimentos estão presentes na ideia de voltar ao Brasil e qual o significado deles para você.
Morar no exterior é abrir mão de muita coisa, descubra as principais.

Prepare-se para a readaptação no Brasil

Outra questão a ser considerada é o preparo para a readaptação ao país de origem. É comum as pessoas imaginarem que as coisas serão como eram na época em que partiram. Afinal de contas, conhecem os lugares, as pessoas, a cultura, o modo de se comportar, de falar, de interagir. Mas, a vida seguiu para quem foi e para quem ficou, e as coisas não são mais as mesmas. As pessoas mudam, os lugares mudam. Você já não é mais o mesmo, sua visão de mundo já não é mais a mesma e é preciso se readaptar ao “novo antigo país“.

Hora de partir

Costumamos correr atrás de certezas, quando, na verdade, uma das únicas certezas que temos é que viveremos dilemas ao longo de nossas vidas. Uns mais simples e outros mais complexos. Em outras palavras, temos que fazer uma escolha entre duas opções contraditórias, que são satisfatórias e insatisfatórias ao mesmo tempo, e nos causam um sentimento de insegurança, já que, inevitavelmente, teremos que “abrir mão” de algumas coisas.

Por isso, é normal sentir medo e insegurança, mas gosto de utilizar a expressão “a coragem é a travessia do medo”. Após pesar todos os fatores e fazer sua escolha, é hora de enfrentar os medos, aceitar que nem tudo será um mar de rosas e que você se deparará com desafios.
Acredite no seu potencial, se comprometa e se responsabilize pelas suas ações e siga em frente com seu sonho. Lembre-se que está tudo bem ficar onde está ou voltar ao Brasil, desde que faça sentido para você!
O Erick Gutierrez, fundador do Euro Dicas, morou na Irlanda e não se adaptou, veja o editorial que ele conta como foi aqui.

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Laise Kasaoka

Laise Kasaoka é brasileira, curitibana, graduada e pós-graduada em Psicologia, formada em Coaching Psicológico e Coaching de Fortalezas y Psicología Positiva. Apaixonada por gente, eterna aprendiz sobre psicologia intercultural e desenvolvimento humano! Trabalhou por anos no RH de grandes empresas. Atualmente ajuda profissionais a se desenvolverem e é psicoterapeuta, principalmente, de brasileiros que estão no exterior. Já nasceu intercultural pela sua descendência nipônica, já morou na Espanha e atualmente vive na Bélgica.

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