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PEDIR MEU CARTÃO →Quando nos mudamos para outro país, passamos a conviver com padrões de comportamento, hábitos e vivências diferentes das que estamos acostumados no Brasil. É aí que começa o processo de adaptação cultural do imigrante.
Para muitos de nós, imigrar significa ter de se adaptar a um contexto cultural completamente diferente. Isso pode incluir a necessidade de aprender o idioma local, navegar em um novo sistema de valores e tradições e criar novas conexões sociais com outras pessoas em sua comunidade.
Neste artigo, discutimos a importância de nos sentirmos adaptados a uma nova cultura, mas também o modo como esse processo pode se manifestar de forma negativa psicologicamente.
Índice do artigo
A adaptação a uma outra cultura pode ser difícil e até mesmo assustadora em alguns casos.
Um fator essencial para que isso ocorra de uma forma mais tranquila e acolhedora é o modo como o novo país e sua sociedade recebem o imigrante. Mas a forma como buscamos — ou não — essa adaptação depende de cada pessoa.
Por isso, é importante entendermos nossas atitudes, expectativas e aflições em meio a esse processo. Inclusive, o que fazemos de forma inconsciente, muitas vezes, para nos sentirmos aceitos.
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Cotar Agora →O aculturamento ocorre quando o imigrante assimila gradualmente aspectos da cultura local. Por meio do aculturamento, o imigrante assume comportamentos e formas de pensar típicas do país onde foi morar.
O processo de adaptação a uma nova cultura pode ser excitante e desafiador para quem imigra, permitindo que se experimente novos hábitos e relacionamentos.
Mas o estranhamento em relação a normas e costumes locais pode voltar em diversos momentos, tornando essa experiência difícil. Além disso, a adaptação à cultura local pode provocar, ao mesmo tempo, um afastamento em relação aos valores que o imigrante cultivava anteriormente.
Na maioria dos casos, não ocorre um aculturamento completo do imigrante. O grau de adaptação depende da pessoa e das condições que ela enfrenta no novo país.
É bastante comum, no processo de imigração, sentirmos desejos conflitantes quando entramos em choque com outra cultura.
Por um lado, queremos nos integrar no novo país, aprender os costumes, o idioma e o estilo de vida local. Entre outras razões, isso pode ocorrer por:
Por outro lado, tendemos a reforçar tradições e hábitos profundamente enraizados em nossa própria identidade cultural. Alguns dos motivos para isso podem incluir:
Ou seja, o que nos leva a buscar mais um ou outro caminho é, na maioria dos casos, uma soma de fatores diversos — muitas vezes, contraditórios.
Isso pode trazer sentimentos confusos para quem imigra. Por exemplo, quando se tenta equilibrar o desejo de assimilação com a necessidade de preservar aquilo que constitui, afinal, nossa personalidade.
Falando em adaptação, veja como lidar com a adaptação reversa ao voltar para o Brasil.
Em um dos extremos, portanto, há imigrantes que desejam marcar suas diferenças culturais e deixar clara a sua estrangeiridade.
De fato, não é raro vermos brasileiros que, mesmo morando há bastante tempo em um país estrangeiro, costumam:
Entre as razões, como já foi dito, pode estar uma visão negativa da cultura do país, motivada por experiências ruins ou pela rejeição à forma local de agir e pensar. Nesse cenário, tendemos a dar um valor maior às referências que temos do Brasil, inclusive como forma de resistência.
Mas essa valorização da cultura nativa não costuma ocorrer apenas em contraposição ao que vemos e vivemos no novo país. Pode ser um sintoma da saudade, uma forma de nos conectarmos com o que ficou para trás no tempo e no espaço.
Isso pode ocorrer de forma individual, mas é reforçado quando participamos de uma comunidade brasileira em que se cultivam valores em comum.
No outro extremo, há os imigrantes que tendem a buscar uma adaptação mais rápida e profunda à cultura local.
Pode haver boas razões para isso. Há quem se sinta atraído(a) por aspectos da cultura de um país antes mesmo de se mudar para ele. Outras pessoas simplesmente se encantam com o que acabaram de descobrir.
Já em outros casos, as razões são de ordem mais prática. Um profissional que vai atuar em outro país pode buscar uma adaptação rápida como forma de evoluir rapidamente na carreira, por exemplo.
E há, claro, quem busque ser aceito(a), tolerado(a) ou mesmo bem-vindo(a).
Sejam quais forem suas motivações, essa pessoa tende a:
A ânsia por um aculturamento rápido e profundo pode levar a uma crise de identidade. Em alguns casos, a pessoa nega as próprias raízes e passa a rejeitar a forma de pensar e agir de outros brasileiros. No entanto, essa é também uma rejeição a si mesmo(a).
Na maioria das vezes, o que ocorre não é um extremo nem outro.
O imigrante procura se adaptar na medida do possível ao novo contexto, ao mesmo tempo em que tende a valorizar elementos importantes de sua cultura. Mas isso não significa que as questões citadas acima não sejam colocadas à sua frente a todo momento.
Muitos imigrantes enfrentam problemas psicológicos como ansiedade, depressão e sentimentos de rejeição devido à dificuldade de se adaptar à nova cultura.
A adaptação pode ser ainda mais difícil sem um bom conhecimento da língua do país de destino, o que pode provocar sentimentos de solidão, estagnação e impotência.
Além disso, os imigrantes podem enfrentar preconceitos e discriminação em relação à suas raízes culturais, o que também contribui para essa sensação desconfortável.
A boa notícia é que há maneiras de lidar com problemas psicológicos causados ou agravados pela dificuldade de adaptação a uma nova cultura.
Em alguns casos, pode ser importante participar de grupos de suporte para compartilhar suas experiências. Em outros, o melhor é contar com ajuda profissional.
Apesar desses desafios, a adaptação cultural do imigrante é uma jornada possível e, em muitos casos, positiva para os imigrantes que buscam um novo começo. Afinal, você pode ser recompensado(a) com novos aprendizados e oportunidades de criar conexões diferentes em sua vida.
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