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Abrir Conta Agora →Os artigos que escrevo para o Euro Dicas fazem a minha vida de aposentado em Portugal melhor, pois muita gente simpática e boa entra em contato comigo através do Instagram (@cesar_barroso). Foi desta forma que encontrei um companheiro de passeios. Meu amigo é um português viajado e culto, que viveu em diversas cidades do Brasil, inclusive em Belém, onde nasceu o seu único filho José, e onde nascera três anos antes minha filha Elisa.
Gaiense de quatro costados, o Sr. Guilherme Vale tem se revelado uma pessoa generosa, alegre, bom contador de histórias e um companheiro de passeios inigualável. Conhece todo o município de Vila Nova de Gaia como a palma de sua mão porque, além de ter sido nascido e criado aqui, durante muitos anos foi distribuidor de bacalhau para os restaurantes da região, negócio que passou para o filho ao aposentar-se.
Índice do artigo
O nosso primeiro encontro foi no Veneza Café, em frente ao prédio da prefeitura de Gaia. Lá, Sr. Guilherme me contou sobre a sua vida no Brasil, principalmente em Belém, onde o cozido à portuguesa feito por sua mulher, a Sra. Lina, ficou famoso a ponto de atrair a visita do governador do Pará.
Sua verve é notável e deliciei-me com os episódios que viveu em Salvador, Rio de Janeiro, Campinas e Curitiba. Nesta última foi onde passou os últimos anos no Brasil, para adaptar o filho a um clima parecido ao de Vila Nova de Gaia. Na conversa, descobrimos que ambos precisamos e gostamos de caminhar, e que faríamos frequentemente passeios juntos. O primeiro, disse ele, seria ao Monte da Virgem.
Encontramo-nos num ponto de ônibus ao lado da estação do metrô de Santo Ovídio. Em quinze minutos o ônibus subiu até o monte, que fica em uma altitude de 216 metros. As paisagens desde o topo são muito variadas e bonitas. Vê-se Vila Nova de Gaia, Porto, Gondomar e o mar distante.
O Sr. Guilherme contou-me histórias de alguns lugares que ele apontava com o dedo. Uma capela à Virgem Imaculada domina o local e há alguns pequenos monumentos comemorativos no terreno em frente. Ao lado da capela tem uma área de piquenique (aqui chama-se “parque de merendas”) bem arborizada, com mesas e bancos de pedra, que estavam vazias devido ao frio de fevereiro, mas é muito frequentada quando a temperatura se eleva.
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Cotar Agora →Entramos no bar/restaurante do local, onde o Sr. Guilherme me apresentou ao seu aperitivo favorito de almoço, o “sujo”, uma mistura de chope com uma dose de Martini, típico da área de Gaia/Porto. Gostei. Apesar do frio, o sol estava forte e voltei para casa com o rosto bastante vermelho. No próximo passeio usarei um boné, pensei.
A Capela do Senhor da Pedra, uma joia arquitetônica construída no século XVII, é uns dos pontos turísticos mais bonitos do litoral português. As rochas onde a capela se assenta eram local de ritos pagãos antes da chegada do cristianismo. Tomamos no centro de Gaia um ônibus até à praia da Valadares. Começamos nosso percurso a pé em direção contrária à capela.
Há belas casas na avenida em frente ao mar, inclusive algumas delas construídas pelo sogro do meu amigo. Do mar soprava um vento frio que formava ondas fortes na arrebentação e remexia as dunas de areia. Voltamos e terminamos a caminhada a pé de uma hora e meia na capela. A maré estava baixando, mas algumas ondas ainda alcançavam e rodeavam as rochas sobre as quais se assenta.
No verão, a praia é muito frequentada e a dona de um dos restaurantes em frente, que aluga barracas e cadeiras para os banhistas, é uma senhora de Campinas. Antes de tomar a condução de volta a Gaia, não deixamos de tomar o “sujo”.
Esta nossa caminhada à beira-mar começou, digamos, a uns cinco quilômetros ao norte da capela do Senhor da Pedra. Seguimos em direção à desembocadura do rio Douro. É um passeio longo, acredito que de uns dez quilômetros, com belas praias, pedras, edifícios residenciais, além de uma reserva natural no estuário do rio com locais preparados para a observação dos pássaros que ali transitam em seus roteiros sazonais.
As lindas vistas do Porto começaram a aparecer quando chegamos à confluência do Douro com o oceano, no bairro gaiense de Afurada, que faz frente ao bairro da Foz do Douro, no Porto. Poderíamos ter continuado até a Ponte Dom Luís I, que avistamos de longe, mas preferimos entrar num dos muitos bares de pescadores da Afurada para descansarmos e tomarmos uma Super Bock, a cerveja do Porto, que desceu bem como nunca.
Na Afurada, há muitos restaurantes com braseiros na calçada para churrasquear os peixes, principalmente sardinhas e crustáceos. Tem um lavadouro de roupa comum para as mulheres dos pescadores. As roupas secam ao sol e ao vento em enormes varais. Um espetáculo de se ver.
É português mesmo? Uma crônica das diferenças do idioma
A esta altura, o leitor já percebeu que o Sr. Guilherme é o melhor guia turístico de Vila Nova de Gaia. O passeio pelo Passadiço do Córrego do Espírito Santo foi que me convenceu de que poucas pessoas conhecem tão bem como ele os locais bons para caminhar da região, alguns deles desconhecidos dos turistas e do público em geral.
Este percurso do passadiço começa em Miramar, bem pertinho da capela do Senhor da Pedra, e acompanha o córrego do Espírito Santo em direção à sua nascente, por uns dois quilômetros até Arcozelo, um lugar bem simpático de peregrinação religiosa. As paisagens são lindas, com destaque para um enorme campo de flores silvestres amarelas.
Espinho fica além das fronteiras de Gaia, no distrito de Aveiro. A viagem de “comboio” (trem) está coberta pelo nosso passe de transporte, pelo qual pagamos 30€ mensais para termos direito a todos os transportes públicos de Gaia, incluindo o comboio até Espinho.
O trem estava cheio de crianças de escola primária, capitaneados por algumas professoras que os levavam para um passeio de quinta-feira santa. Em meia hora, partindo da estação de General Torres, chegamos ao nosso destino.
Antigamente, disse-me o Sr. Guilherme, o trem passava no meio da cidade, dificultando o trânsito e provocando acidentes. Agora, percorre por um túnel. A cidade tem uma feira gigantesca, todas as segundas-feiras, que penso em visitar no futuro.
Fomos para a beira-mar, onde há uma fileira de bares e restaurantes bonitos e cheios de turistas, principalmente espanhóis, pois o mar português para os moradores da região de Salamanca está mais perto do que o mar espanhol.
A pesca é uma das atividades principais de Espinho. Ali estavam os barcos, as tralhas dos pescadores, seus bares e casas. Tudo muito pitoresco. O sol forte servia de compensação ao vento frio. Entramos num restaurante que já fora freguês do Sr. Guilherme, que lembrou dos velhos tempos com a dona e um funcionário, enquanto tomamos o nosso “sujo”, à vista de enormes caranguejos, aqui chamados de sapateiras. O dia estava ótimo para fotos, com o sol fazendo longas sombras por toda parte.
No fim de semana passado, o Sr. Guilherme e a Sra. Lina me levaram de carro até Angeiras, outra vila de pescadores, famosa pela qualidade de sua amêijoas, pequeno molusco que no Brasil é conhecido por seu nome em italiano de “vôngole”.
Chovia, mas em cinco minutos fez sol e se revelou uma praia linda, pitoresca pelas casas dos pescadores e suas tralhas.
O mercado de peixe segue o estilo tradicional português, com o alto vozerio de vendedores e clientes. Levei um saco de amêijoas e um molho de coentro para casa e comprovei como são boas. A Sra. Lina me passou a receita das amêijoas a Bulhão Pato, que fiz e gostei muito, mas metade das amêijoas fiz com espaguete, para satisfazer a metade italiana do meu sangue: spaghetti vongole.
São estas delicadezas da cordialidade portuguesa que me fazem gostar cada vez mais da minha vida de aposentado em Portugal, mais particularmente em Gaia e Porto. Preciso terminar dizendo que o Sr. Guilherme me convidou para o seu almoço de aniversário, com familiares e amigos, quando foi servido o famoso cozido à portuguesa da Sra. Lina. Estava absolutamente supimpa!
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