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PEDIR MEU CARTÃO →Os fisioterapeutas se ocupam da recuperação dos movimentos corporais através de massagens e exercícios físicos, ajudam na prevenção de doenças ocupacionais e lesões e podem, até mesmo, atuar na melhora da estética corporal. A rotina desse profissional não é diferente. Saiba tudo sobre a fisioterapia na Espanha para trabalhar no país.
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O país registra atualmente 63 mil profissionais, de acordo com o Conselho Geral de Colegios de Fisioterapeutas da Espanha. O setor é abrangente e a atuação desses profissionais no país não se resume apenas a clínicas ou hospitais. Residências para pessoas da terceira idade, centros de atenção a pessoas com necessidades especiais, clubes esportivos e até mesmo spas podem ser opções na trajetória desses trabalhadores.
Com uma população significativa de idosos (quase 20% de toda a Espanha), a demanda pelos serviços de reabilitação para esse grupo é alta. Além disso, nos últimos dois anos houve um incremento da demanda pela abordagem fisioterapêutica respiratória, devido às sequelas da Covid-19.
Quem estiver pensando em estudar fisioterapia na Espanha precisa estar atento aos procedimentos necessários para reconhecimento do Ensino Médio. A validação dos estudos realizados no Brasil exige que o candidato apresente os documentos referentes à conclusão de curso, como diploma e histórico escolar, além de realizar a Apostila de Convenção de Haia e a tradução juramentada desses documentos.
Na Espanha, a duração do chamado “grado superior” de fisioterapia é de quatro anos e há excelentes instituições públicas e particulares. A diferença primordial está no preço.
Na Universitat Internacional de Catalunya (UIC – Barcelona), por exemplo, o curso custa aproximadamente 7,5 mil euros por ano. Na Universidad Europea de Madrid (UEM), o valor fica em torno dos 9,5 mil euros anuais. Já as universidades públicas cobram pela matrícula e pelos materiais, o que pode custar anualmente, em média, mil euros.
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Cotar Agora →Outro fator a se considerar são os critérios de seleção. Nas universidades públicas, é preciso ter uma nota de corte após ter passado pelo processo conhecido como “selectividad”, o que seria o equivalente ao vestibular brasileiro. As particulares, por sua vez, estipulam seu próprio sistema de admissão.
No caso daqueles que já ingressam na Espanha com a formação concluída, a homologação do diploma é imprescindível para exercer a profissão. Para dar entrada no processo junto ao Ministério de Educação da Espanha, o interessado deve apresentar:
Todos esses documentos devem ter passado antes por um tradutor juramentado. Também é necessário pagar uma taxa de 166,50€ para a homologação e comprovar a proficiência no idioma, que deve ser suficiente para exercer a profissão em território espanhol.
Uma vez reconhecido o diploma, é obrigatório se registrar em um “Colegio Profesional”, com representação em cada uma das 17 comunidades autônomas espanholas. Esses colégios são equivalentes ao CREFITO no Brasil. Ou seja, são entidades que regulamentam e autorizam a atividade do fisioterapeuta e protegem o profissional através de seguros de responsabilidade civil.
Caso deseje homologar o seu diploma de fisioterapeuta na Espanha, recomendamos o acompanhamento profissional do Escritório Madeira da Costa, as advogadas são da nossa confiança.
Nathalia Jordão (36), natural de Santo André (SP) passou por esse processo. Ela atuou pela primeira vez na Espanha no ano de 2014, em um estúdio de pilates. Especialista na área de dermato-funcional, a brasileira começou a empreender em 2017, levando a Madrid uma famosa e patenteada técnica brasileira de drenagem linfática e massagem modeladora.
A paulista ministra cursos e tem como clientes personalidades famosas na Espanha, como a atriz Blanca Suárez.
Embora exerça a fisioterapia com foco na estética, Nathalia observa que a demanda por todas as especialidades é muito significativa na Espanha. Segundo ela, muitos pacientes quando sentem dor procuram diretamente um fisioterapeuta antes mesmo que o médico.
“Sinto que aqui somos uma classe profissional mais valorizada do que no Brasil e financeiramente é muito mais satisfatório”, comenta.
A maioria dos fisioterapeutas na Espanha atuam no setor privado. O salário mínimo ronda os 1,2 mil euros, pagos normalmente em 14 parcelas anuais.
Já no setor público, o salário varia conforme a comunidade autônoma. Em Madrid, por exemplo, o pagamento médio mensal da categoria é de 1,5 mil euros em clínicas particulares, com uma jornada de 1.680 horas. Se a ideia for trabalhar por conta própria, o valor pode subir a cerca de 3 mil euros, sem considerar as taxas que os autônomos pagam ao governo.
Os números demonstram que o acesso mais rápido e fácil ao mercado de trabalho é mediante um contrato de trabalho, conhecido na Espanha como “contrato por cuenta ajena”. Dados do Colégio Profissional de Fisioterapeutas da Comunidade de Madrid (CPFCM) apontam que essa é a modalidade que exercem 55,7% dos profissionais da região. Em seguida estão os autônomos, que representam 35,2% dos fisioterapeutas registrados, e aqueles que resolvem montar seu próprio negócio (9,1%).
O mercado espanhol de fisioterapia está longe de saturar, mas encontra limitações no setor público.
A secretária-geral do conselho madrilenho, Montserrat Ruiz-Olivares, explica que a criação de empregos na saúde pública é menor que a necessidade atual e salienta que a contratação desses profissionais economizaria gastos ao sistema de saúde ao promover uma melhora na qualidade de vida das pessoas.
“Não acreditamos que haja uma saturação do mercado, mas um baixo aproveitamento dos recursos [humanos]”, frisa.
Visitar clínicas de fisioterapia ainda é uma forma válida de procurar trabalho. Mas atualmente, é fundamental que o candidato a uma vaga recorra a sites de emprego. Na Espanha, os mais utilizados para essa finalidade são LinkedIn, InfoJobs e Mil Anuncios.
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