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Morar no exterior não é abandonar o Brasil: veja 5 razões

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Um dos dilemas mais angustiantes de quem mora fora é o sentimento de fuga em relação ao país de origem. No entanto, morar no exterior não é abandonar o Brasil. Entenda como isso é possível.

Morar no exterior não é abandonar o Brasil

Ao contrário.

Há quem acabe aproximando-se mais do país de origem quando está deslocado geograficamente dele.

Por isso, listei 5 razões por que morar no exterior não é abandonar o Brasil. Vamos lá!

1. O CEP não define nacionalidade

As chamadas lutas diárias e pessoais muitas vezes ocupam tanto do nosso tempo que as atividades mais voltadas ao engrandecimento coletivo ficam para segundo plano. E isso será aqui, lá ou em qualquer lugar.

Então, existe um lugar comum muito típico de acusar quem vive fora de seu país de ser uma espécie de desertor. Sei o quanto é cansativo precisar justificar que morar no exterior não é abandonar o Brasil.

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Aqui vai uma dica: em vez de ficar triste ou ressentido, pergunte a quem lhe aponta o dedo: o que você tem feito para o Brasil morando aí? Não adianta morar no Brasil e não fazer nada por ele. Então, o CEP não define o grau de cidadania de ninguém.

2. Ser um diplomata informal

Há pessoas fora do Brasil que fazem muito mais pelo país do que quem vive nele. Sim, meus amores, essa é a grande realidade.

Também há um outro ponto, mas não estamos sozinhos: o hábito quase universal de reclamar do seu próprio país – e isso inclui falar mal dos cidadãos residentes ou não. Ao morar na França percebi que se trata de um esporte nacional.

Neste caso, a diferença entre franceses e brasileiros é a seguinte: basta um francês atravessar um oceano que vira uma espécie de diplomata informal de seu país, ou vai dizer que Olivier Anquier ou Claude Troigros nunca fizeram você sonhar com a França?

E, acredite, há brasileiros fazendo parecido por aqui. Caso da ex-modelo Cristina Cordula, que hoje tem programa de televisão ensinando como se vestir melhor às francesas, veja que ousada! Cristina é famosa e adorada pelo público, a ponto de, em 2015, ter sido eleita a apresentadora mais querida do público francês, em uma eleição popular.

Tem ainda a escritora Marcia Camargos. Em seu livro ‘É chique morar em Paris?’, ela faz críticas com muito bom humor ao falar do que os brasileiros enfrentam quando moram na França. É de fazer qualquer um perder o complexo de vira-lata! Em tempo: a edição é escrita em francês e português. E os franceses adoram a leitura.

Aliás, a Marcia Camargos deu uma entrevista para o Euro Dicas falando como é ser uma aposentada morando no país no artigo Brasileiros na França.

3. Conhecendo o Brasil de fora

À medida que se vai criando as redes e desenvolvendo a convivência com os cidadãos de outros países, volta e meia perguntam-nos sobre o Brasil. E nessas horas é muito comum dar-se conta de que somos bem menos informados sobre nosso país do que imaginávamos.

Fui confrontada com essa situação diversas vezes. Até consigo dar conta do Brasil que acontece no meu Rio de Janeiro. Até descobrir que Rio de Janeiro não representa o Brasil. E agora sou muito mais informada.

Aprendi a pesquisar desde as atividades econômicas como os traços culturais de todas as regiões brasileiras. E muitos brasileiros no exterior adotam esta prática.

Aqui na França, há muitos estudantes de grandes instituições de ensino ou atuando como profissionais em empresas. A troca de informações sobre nosso país nessas instâncias também são uma forma de fazer algo pelo Brasil, mesmo morando fora.

Pensa que morar no exterior é só glamour? Você não imagina o quanto pode ser difícil se adaptar em um outro país.

4. Brasil sem o jeitinho

Mas nem precisa estar à frente de um programa de TV ou publicar um livro para provar que morar no exterior não é abandonar o Brasil. Há brasileiros que lutam pelo Brasil mesmo morando fora.

Na França, então, nem se fala. País conhecido por um estado socialista, as atividades associativas são coisa séria. E quem está meio perdido, no site da Embaixada do Brasil na França há uma lista de associações brasileiras que sempre precisam de voluntários.

Agora, tem o outro lado. Não nego. Existe também quem faça o movimento contrário, maculando a boa imagem de nosso país em terra estrangeira. Conheci algumas pessoas orgulhosas de terem trazido a famosa lei do ‘levar vantagem em tudo’ para o exterior.

Exemplos: gente que recebe bolsa do Brasil para estudar na França e pede as alocações sociais que, originalmente, são destinadas a quem não tem renda. Gente que comete infrações. Gente que sonega imposto. Gente que não se interessa em transferir o título de eleitor e aí não vota para presidente. E por aí vai.

Aqui eu não faço julgamentos. Apenas estou reforçando que as boas práticas de cidadania não estão necessariamente ligadas ao território ocupado. Porém, conheci também quem me confessasse ter mudado esse hábito de praticar o ‘jeitinho brasileiro’ em terras estrangeiras.

Primeiro, disseram-me, foi por medo de ser extraditado ou perder algum direito. Depois, acabaram conscientizando-se de como a honestidade pode ser uma excelente forma de morar no exterior e não abandonar o Brasil. Ou ao menos de não piorar a imagem do Brasil aqui fora.

Porque, amores, não adianta reclamar de corrupção e más práticas do governo e fazer atos semelhantes no seu microcosmo.

5. Separe deveres, direitos e convenções

Como já contei aqui em outra coluna, esse movimento de morar no exterior não é para todo mundo.

E, em geral, virar voluntariamente um expatriado começa com uma insatisfação com a Pátria Amada. Insatisfação que pode ser grande ou apenas um ‘incomodozinho’. E aí chega a ser engraçado. Explico.

Quando o país vai bem, há quem nos julgue loucos de sair justo em um momento cheio de oportunidades. Já quando o Brasil enfrenta uma crise, munimo-nos de argumentos para nos defender das acusações de desertores e explicar que morar no exterior não é abandonar o Brasil.

Então, é a velha história do se correr o bicho pega e se ficar o bicho come. Quem não está bem no Brasil e tem a oportunidade de bater as asinhas, não tem nenhuma obrigação constitucional de continuar morando no Brasil. Absolva-se!

E saiba separar quais são seus deveres de quais são os seus direitos. E desconfie daquilo que é apenas uma convenção. Associar o fato de morar fora como virar a cara para a sua pátria é apenas uma convenção. Rasa, sem fundamentos e a qual nos cabe – a nós que moramos fora – sempre contestá-la com fatos verdadeiros.

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Ana Paula Cardoso

Ana Paula Cardoso é jornalista, formada em filosofia e sociologia pela Université Paris 1 – Panthéon Sorbonne e mestranda em RH & Responsabilidade Social de Empresas (SER) pela IAE Paris 1 - Sorbonne Business School. Carioca da gema e parisiense de corpo e alma há 7 anos, é também cronista do site Crônicas de Paris.

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