Estudantes, empreendedores, trabalhadores, aventureiros e aposentados. Estes são apenas alguns dos vários grupos de brasileiros na França. A comunidade é uma mescla entre os que sempre sonharam em viver no país e outros que apenas aproveitaram uma oportunidade para buscar mais segurança e autonomia financeira.

Mas, será que imigrar para a terra do queijo e do vinho é uma boa ideia? É o que estamos prestes a descobrir.

Quem são os brasileiros na França?

Além de ocupar a 12º posição no ranking global de países com a melhor qualidade de vida, a França é conhecida também pela segurança, pelo suporte à saúde e pela facilidade de acesso em relação ao sistema superior de ensino. Não é à toa que o país é um dos mais cobiçados por imigrantes ao redor do globo.

Se você também está de olho em uma oportunidade para ir morar na França, temos uma boa notícia: o país oferece várias portas de entrada para aqueles que querem uma oportunidade de vivenciar a cultura local.

Esta é, aliás, a razão pela qual a comunidade brasileira só vem crescendo por aqui. Veja alguns casos comuns de imigração:

  • Brasileiros com nacionalidade francesa ou europeia;
  • Estudantes de graduação, mestrado ou doutorado que acabaram encontrando um emprego e se estabelecem no país;
  • Empresários e suas famílias que decidiram abrir o seu negócio na França;
  • Brasileiros que se casam com franceses e constituem família no país;
  • Aposentados em busca de tranquilidade e segurança;
  • Ex-au pairs que trocam o visto para o de trabalho e se mudam de vez para a França;
  • Brasileiros que buscam oportunidades e acabam ficando em empregos alternativos para garantir a permanência no país.

E aí, ficou surpreso? Pois saiba que estes são apenas alguns dos perfis dos brasileiros na França. Acredite, a diversidade é grande e você certamente pode se encaixar em algum deles.

Quanto são os brasileiros na França?

Infelizmente, o governo francês ainda não é capaz de fornecer um histórico preciso em relação à permanência dos brasileiros no país. Nos controles internos, alguns grupos – como os cidadãos que possuem dupla nacionalidade – não são levados em consideração e, por isso, não sabemos ao certo qual é o número oficial da comunidade habitando em solo francês.

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Mas, de acordo com uma apuração realizada pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos da França realizado em 2013, os brasileiros na França na época somavam 43.383 pessoas. O número pode ser encarado como encorajador aos que desejam imigrar.

Perfil dos brasileiros que vivem na França

Já citei alguns dos grupos de brasileiros na França mais acima. Mas, agora, quero compartilhar a experiência de alguns deles com você. Saiba o que eles pensam sobre o mercado de trabalho, as oportunidades, benefícios e possibilidades de se estabelecer por aqui.

Trabalhadores brasileiros na França

Muitos são os brasileiros que conseguiram uma oportunidade para trabalhar na França e resolveram ficar por aqui, acompanhe as experiências:

Bruna Lewis – Babá

Na França desde 2018, Bruna é uma referência para aqueles que desejam conhecer mais sobre a vida de um imigrante no país. Ela, que possui um visto de trabalho, se dedica a falar sobre os altos e baixos da vida que vem construindo, além de dar dicas sobre viagens e autoconhecimento para os seus 22 mil seguidores no Instagram. Aqui, ela dividiu um pouco da experiência profissional no país e falou sobre os benefícios que a mantêm na França.

“Eu mudei de área quando vim para a França, então não consigo comparar as duas experiências. Mas, o que percebo é que eles pensam muito na qualidade de vida no trabalho. Enquanto no Brasil eu trabalhava 44h por semana, aqui são 35h.  Já quanto aos demais benefícios, são os mesmos – menos o 13º, que não existe para os franceses.”

Bruna Lewis babá
Bruna Lewis é babá e tem visto de trabalho na França

Acho que a maior diferença entre os dois mercados é realmente a qualidade de vida. Sinto que na França, independente do tipo de trabalho que faça, é possível viver e aproveitar. Essa não é a realidade do Brasil. Lá, você fica à mercê da sociedade”, destaca.

Motivos para permanecer na França

Não pretendo voltar para o Brasil porque, mesmo não trabalhando na minha área, aqui eu tenho mais qualidade de vida do que jamais tive lá. Com o meu salário aqui, consigo ir para qualquer país da Europa nas minhas férias. Posso comprar o que quiser no mercado sem me preocupar com o orçamento, tenho mais contato com a natureza e tenho um estilo de vida muito melhor. Posso viver tranquila, com tempo livre de verdade, sem precisar me matar de trabalhar.

Se você está dentro da idade para vir como estudante ou como au pair, recomendo tentar. A França é bem aberta a estrangeiros e, se familiarizando com a cultura e se dedicando ao francês, você consegue uma oportunidade para ficar”.

Quer acompanhar a rotina de um brasileiro na França? Siga a Bruna. O Instagram dela é @bru_lewis.

Louizy Costa – SEO Manager

Na França há 8 anos, Louizy passou por algumas fases até se estabelecer em sua profissão. A SEO Manager começou sua trajetória como au pair, se tornou estudante, conseguiu um estágio e, há quatro anos, atua em uma companhia francesa. Hoje, ela reuniu os conhecimentos adquiridos no percurso para aconselhar aqueles que buscam um emprego na França.

“Há 8 anos, quando cheguei, senti que eles andavam a passos lentos em relação à área de Social Media. Na época, eles não usavam nem WhatsApp. Quando comparado ao Brasil, achava que as coisas aqui fluíam mais devagar. Mas, em contrapartida, vejo que no mercado da comunicação a França sabe dividir melhor as funções. Os setores são como uma agência de publicidade dentro da empresa.

Eles investem em pessoas especializadas em uma atividade enquanto no Brasil nós acumulamos muitas tarefas sem nos especializarmos, necessariamente, em uma delas. A carteira de trabalho e a forma como comprovamos experiência também é diferente. Na França, eles trabalham com contratos e cartas de recomendação. No Brasil, temos tudo registrado em um único documento. Levei um tempo até me acostumar com essa diferença.”

Lou Costa SEO Manager na França
Lou Costa atua como SEO Manager na França

“Vale falar que existe diferença entre o contrato daqui e o do Brasil. Enquanto lá temos o PJ, que faz com que o empregado não tenha um vínculo empregatício, o contrato aqui é uma declaração de que você é um funcionário daquela empresa. Com ele, você tem benefícios. É como ter a carteira assinada.”

Dicas para quem quer trabalhar na França

Se você é da área de humanas ou da comunicação e quer conseguir um trabalho aqui, eu indico que você faça um currículo bem legal. Se não tiver experiência em design, use ferramentas como o Canva. Também aconselho a estudar bem as empresas antes de se candidatar e fazer uma carta de motivação personalizada, pensando mesmo no que te faz um bom candidato para aquela posição. Eu sei que é difícil e cansativo, mas esse documento é muito importante no processo de seleção. Também vale falar do nível na língua – que é bem importante. E, por último, busque vagas no Google, no LinkedIn, no Facebook… não fique apenas em sites que conhece.

Por último, aconselho você a pesquisar o custo de vida aqui, para não aceitar propostas que não vão cobrir seus gastos. Não adianta ter uma oferta de emprego se não conseguir arcar com os custos de vida – que, principalmente em Paris, são altos. Lembre-se que a França é um país duro com imigrantes. Então, quanto mais você souber o idioma, os passos básicos e os seus direitos, mais chances você terá de conseguir uma experiência feliz”.

Possibilidade de voltar para o Brasil

“Sobre minha volta para o Brasil, eu gostaria de ter essa expectativa. Eu amo o meu país, é um lugar muito rico. Mas, com o momento político que estamos vivendo e também com a questão da crise sanitária, hoje eu não penso em voltar. Não fecho as portas porque tenho orgulho da minha origem, mas neste momento não é uma opção.”

Para acompanhar a Louizy, você pode seguir seu perfil no Instagram: @_louizy

Aposentados brasileiros na França

Quem não sonha em passar a aposentadoria em um país tranquilo e com qualidade de vida? Viver a aposentadoria na França pode ser a realização desse sonho.

Marcia Camargos – Escritora e jornalista aposentada

E os brasileiros na França não se resumem a estudantes, trabalhadores ou intercambistas. Os aposentados em busca de tranquilidade e qualidade de vida também integram os grupos de imigrantes e Marcia é uma delas. Jornalista e escritora, dona de um currículo inspirador, ela fala sobre as dificuldades impostas aos idosos que desejam trilhar este caminho.

“Eu acho impossível sobreviver só com a aposentadoria do Brasil. Nesta altura da vida, você não vai se contentar com uma colocação dividindo um quarto com outras pessoas. Você quer um mínimo de conforto e privacidade. Então, a não ser que tenha dinheiro aplicado em aluguéis ou possua uma renda suplementar, eu diria que não dá para morar aqui.

E, se tiver meios para vir, não recomendo Paris. O custo de vida é muito alto, ainda mais na conversão do euro para o real. Prefira cidades menores ou nas proximidades da capital, sempre menos extorsivas”, avalia.

Marcia Camargos jornalista aposentada
Marcia Camargos jornalista aposentada na França

O aluguel, aliás, pode ser um desafio. Você precisa compor um dossiê com comprovação da renda e, contando só com a aposentadoria do Brasil, é difícil conseguir. Como tem mais procura por imóveis do que lugares disponíveis, eles acabam dando preferência aos que podem comprovar renda na França, com um trabalho regular, do que para alguém que tenha dinheiro em outro país. Essa barreira impede até mesmo os brasileiros mais abonados de conseguir alugar um imóvel em solo francês.”

Conselhos para viver a aposentadoria na França

“Se você pensa mesmo em vir, aconselho a continuar produzindo em sua área. Nessa fase, é difícil desenvolver uma nova profissão e se estabelecer em outro país. No meu caso, jornalista e escritora, já tendo publicado 30 livros, com um ótimo nível do idioma, não conseguiria um emprego. Fui aceita num pós-doutorado na Sorbonne, mas sem bolsa, nem qualquer tipo de ajuda de custo. Tive de continuar tocando daqui os projetos no Brasil, e prosseguir escrevendo, para complementar a renda da aposentadoria.

Acho que, se você procura um lugar na Europa, Portugal tende a ser uma escolha mais acertada. Lá, eles oferecem um programa específico para aposentados, o que facilita os trâmites. Aqui, como já disse, a menos que você tenha dinheiro ou renda suplementar para permitir um cotidiano digno, eu não recomendo.

Mas caso esteja aberta a um novo relacionamento, saiba que na França as mulheres mais velhas são bastante valorizadas, muitos homens estão interessados em algo sério, e até mesmo em casamento. Se seu desejo é recomeçar a vida amorosa, talvez a França seja, sim, uma boa aposta”.

Aurea Recchia – Aposentada

Aurea, também aposentada, reforça o alerta sobre as dificuldades de se estabelecer na França com a aposentadoria do Brasil. Ela, que coordena um vinhedo em conjunto com o marido, alerta sobre o custo de vida no país.

“Me mudei definitivamente para a França em 1991, quando meu marido foi convidado a se tornar o presidente da filial de sua empresa aqui. A mudança não exigiu muita adaptação da minha parte, porque convivia com a cultura francesa desde os 13 anos, quando comecei meus estudos na Alliance Française. Com o tempo, meu marido se aposentou e decidimos buscar uma nova atividade. Foi aí que nos instalamos no Val Du Loire, nosso vinhedo e hospedaria.”

Aurea e marido Chateau
Aurea e marido aposentados na França

Nossas condições são privilegiadas e nossa qualidade de vida sempre foi muito boa. Não conseguiria, por exemplo, viver aqui com a minha aposentadoria do Brasil, porque daria uns 400€. Acho que os aposentados do Brasil só conseguem viver aqui se tiverem uma renda muito boa, como alguém do Judiciário ou Legislativo. A conversão do salário torna impossível viver com tranquilidade e conforto quando o seu salário é baixo.

Se você pretende se mudar, eu recomendo a começar a se preparar com anos de antecedência. Se possível, compre um imóvel enquanto ainda estiver na ativa, para não precisar pagar aluguel quando chegar aqui. E aprenda a se virar sozinho, sem ajuda de empregados ou mordomias. Isso vai ajudar”.

Para acompanhar Aurea, acesse o site de seu vinhedo, o Les Grandes Vignes.

Estudantes brasileiros na França

Um dos grupos mais comuns são os brasileiros que escolhem a França para estudar.

Nina Santos – Estagiária de Gastronomia

Nina, graduada em RH, chegou à França em 2019 para fazer parte do programa au pair. A intercambista aproveitou a oportunidade para correr atrás de seu sonho: trabalhar em uma cozinha profissional. Após entregar alguns currículos, conseguiu uma vaga em um restaurante e, hoje, trabalha como estagiária. Agora, os seus planos são de permanecer no país modificando o seu visto para o de trabalho.

“Eu vim para cá por saber que estudar gastronomia seria mais fácil. Não pelas Grand Écoles ou pela Cordon Bleu, mas porque a França respira culinária. Se você estiver disposto e bater de porta em porta, consegue sim uma oportunidade.

Felizmente, aqui temos tantos trabalhos quanto profissionais capacitados na área. Por isso, tenho a sensação de que a experiência acaba contando mais do que uma formação. No Brasil, ser graduada em gastronomia seria mais relevante do que a experiência. Aqui, sinto que não é assim.”

Nina Santos estagiária em culinária
Nina Santos é estagiária em culinária na França

Eu saí de uma área bem diferente no Brasil. Lá, eu trabalhava com a administração de projetos e pesquisa em saúde pública. Aqui, vivo minha primeira experiência em uma cozinha profissional. Então, comparar o mercado de trabalho destes países é difícil. Mas percebo que o estágio francês é como um trabalho formal, segue a mesma carga horária e você tem muitas responsabilidades.

Dei início ao estágio ainda como au pair. Acho que é uma possibilidade quando a família é flexível e entende o seu sonho, te suporta. Hoje, já não trabalho mais com crianças, me dedico somente ao restaurante e planejo trocar o meu visto em breve.”

Dicas da Nina para quem quer morar na França

“Eu recomendo que aqueles que ainda não sabem bem o que querem venham em um programa como o au pair ou como estudantes, para conhecer melhor a cultura e as oportunidades. Se você gostar do que viveu, aí sim você volta para o Brasil e busca um emprego para chegar aqui legal, com um visto de trabalho. Assim, as coisas serão mais fáceis”.

Se quiser acompanhar a Nina e suas receitas, acompanhe o seu perfil no Instagram: @ninasantos___.

Lígia Masetto – Estagiária de Arquitetura

Nem todos desejam permanecer na França. Lígia, estagiária de arquitetura, é a prova disso. A estudante já está se preparando para voltar ao Brasil, mas decidiu dividir sua experiência e deixar sua dica sobre o peso que um estágio tem para aqueles que desejam se mudar para cá.

“Minha experiência no Brasil e aqui na França têm sido bem semelhantes. Trabalhei em empresas de portes parecidos e contei com o suporte de profissionais que me ajudaram a evoluir. A maior diferença é que, enquanto no Brasil eu trabalhava com arquitetura hospitalar, aqui a empresa trabalha para vários segmentos.

Sinto que aqui eu tenho mais autonomia. Eles perguntam o que gostaria de fazer, me consultam mais. A carga horária também é diferente. Se antes eu trabalhava 20h por semana, aqui faço 35h. O estágio e o trabalho formal aqui têm a mesma duração. Outra diferença é que no Brasil a gente faz o estágio e o curso ao mesmo tempo, equilibrando os dois. Aqui, temos o momento de estudar e o momento de estagiar.”

Lígia Masetto estagiária em arquitetura
Lígia Masetto é estagiária em Arquitetura

Importância da experiência para o futuro

“Eu planejo voltar para o Brasil em breve, porque tenho que finalizar o meu curso. Mas não descarto a opção de voltar para a França ou me mudar para outra parte da Europa num futuro não tão distante. E ter feito este estágio vai me ajudar, porque aqui eles levam muito em consideração cartas de recomendação. Elas impactam muito quando você está postulando para um trabalho.

Então, se esse é o seu objetivo, não se esqueça de pedir uma para os trabalhos voluntários e os estágios que fizer. Aproveite também as oportunidades e contatos que fizer. Nunca se sabe quem pode abrir uma porta para você. No meu caso, foi a minha chefe do au pair”.

Lígia se disponibilizou a tirar dúvidas de quem quer saber mais sobre o Au Pair ou sobre estágios em arquitetura. Você pode encontrá-la no Instagram: @ligiamasetto.

Ana Carolina (Nina) Xavier – Au Pair

Já disse aqui que a França oferece diversas portas de entrada para quem quer vivenciar a cultura, certo? O Au Pair é uma delas. Nina, que já está em seu segundo ano no programa, conta como ele a ajudou a se preparar para o seu novo passo: se tornar uma estudante na França.

“Meu primeiro ano de au pair foi incrível, tive uma família ótima. O segundo não está sendo bom por conta da Covid. Mas, foi o programa que me permitiu viajar muito pelo país, aprimorar meu francês e a conhecer a cultura. Agora, espero trocar de visto para o de estudante e dar início à minha graduação aqui.”

Nina Xavier Au Pair na França
Nina Xavier faz parte do grupo de brasileiros na França com visto de Au Pair

“A França oferece várias maneiras de entrar no país e também maneiras de permanecer e começar a construir a sua vida. Você pode ter um plano A, B, C e D. Então, planeje-se e aproveite para investir no seu francês assim que chegar, para não perder oportunidades.”

Vantagens de morar na França para a Nina

“Se você procura um país com qualidade de vida, de transporte e acesso fácil aos países vizinhos, eu recomendo vir à França. E, se tem intenção de fazer o au pair, escolha bem a sua família. Ela vai fazer muita diferença na sua experiência por aqui”.

Como os franceses veem os brasileiros que vivem no país?

Os brasileiros na são, na maior parte das vezes, bem recebidos. Vistos como pessoas alegres, bem dispostas e bem-humoradas, a população pode sim encontrar acolhimento em solo francês. No entanto, vale lembrar que, assim como em vários outros países, os brasileiros possuem alguns estereótipos que podem impactar a sua estadia.

O acolhimento não exclui as dificuldades que um imigrante vai enfrentar. Não se engane: a França é dura e a vida para um não-nativo não é simples. Você vai precisar se dedicar bastante para conseguir se estabelecer, alugar um apartamento, conseguir um emprego e ter uma boa qualidade de vida. Mas, no geral, estes esforços valem a pena.

A França é um bom país para brasileiros viverem?

A França não é perfeita. Como todos os lugares do mundo, o imigrante vai enfrentar muita burocracia, obstáculos e limitações referentes à língua e a cultura que podem desanimar.

Conseguir um emprego, uma casa, boas condições para aproveitar as vantagens que o país oferece levam tempo e muito esforço. Mas, quando colocamos na balança a segurança, o poder de compra e o acesso à bens que não teríamos no Brasil, a mudança pode sim valer a pena.

O que aconselho é que você coloque na ponta do lápis os gastos que terá para viver minimamente bem no país, pesquise muito para saber se o salário que teria vai conseguir fazer com que a conta feche e, se possível, traga uma reserva com você. A gente nunca sabe o dia de amanhã.

Se você me perguntasse, eu indicaria conhecer bem o custo de vida, buscar um programa – como o au pair – que o permita conhecer a cultura para que você saiba se vai ou não se adaptar e depois, quando já tiver se decidido, comece a planejar a sua vinda definitiva. Assim, você terá mais conhecimento para definir o mínimo com que pode viver por aqui.

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