Psicologia para Expatriados

Preparo emocional para mudar de país: 5 dicas de especialista

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Você está planejando morar no exterior? Já está de malas prontas? Pode ser que você já tenha pesquisado tudo sobre o país, a cidade, quais os melhores bairros para viver, comida típica, custo de vida, como funcionam as escolas para os filhos, idioma, quanto ter de reserva financeira, valor de aluguel, luz, água, gastos com alimentação, documentação, está assistindo milhares de vídeos no YouTube sobre como é a vida no novo país, enfim, você se sente minimamente preparado para um recomeço em um novo país, não é? Saiba que o preparo emocional também é essencial nessa preparação.

O preparo emocional é parte fundamental da sua mudança

Você fica imaginando como será sua vida em um país que te dê melhores condições de saúde, educação e segurança, mas, diante de todos esses preparativos para a mudança, você colocou no seu check-list o preparo emocional necessário para morar no exterior? Tome cuidado, você pode estar se equivocando.

É comum potencializarmos os pontos negativos da situação em que estamos vivendo e potencializarmos os pontos positivos da situação futura que estamos prestes a experienciar, idealizando-a e minimizando alguns pontos de alerta. Sabe aquela famosa frase “a grama do vizinho é sempre mais verde”? Então, fazendo uma analogia, quando estamos prestes a mudar para o exterior, tendemos a enxergar só a “grama verde” do novo país.

Fugir do Brasil não vai resolver suas frustrações

Quando ainda estava no Brasil e perguntava para as pessoas que estavam prestes a se mudar se elas estavam se preparando emocionalmente para essa nova etapa da vida, era comum ter respostas do tipo “a gente se acostuma com coisa boa”, “não tem como ser pior que aqui”, “vou sentir falta da família e dos amigos, mas a gente se acostuma”.

No entanto, um equívoco que muitos cometem é sair do Brasil na tentativa de fugir de algo, como se a mudança de país fosse a solução para todos os problemas. Seja de uma situação não muito agradável em que está vivendo, seja de sentimentos como a tristeza, desesperança ou medo.

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O preparo emocional deve estar no check list para a mudança de país

Atualmente, meus atendimentos com psicoterapia são voltados aos brasileiros que moram no exterior, e as queixas mais comuns são:

  • Dificuldade de adaptação à nova cultura;
  • Solidão e tristeza;
  • Sentimento de não pertencimento;
  • Não reconhecimento de si. Sentem que são outra pessoa, diferente da que era no Brasil;
  • Saudade da família, amigos e da vida que levava no Brasil;
  • Mistura de sentimentos. Há uma mistura de sentimentos e indecisões;
  • Depressão e ansiedade.

Além de toda a adaptação física em uma nova cultura, há também a adaptação emocional.
Viver no exterior requer deixarmos para trás uma vida para recomeçarmos uma completamente nova. Precisamos fechar um ciclo para iniciarmos outro. É um renascimento, um redescobrir o novo eu.

Por isso, é importante investir no autoconhecimento e no preparo psicológico, para ter equilíbrio emocional para saber lidar com os sentimentos e aproveitar essa experiência incrível que é morar fora do Brasil.

É preciso preparo emocional em muitas situações, saiba como foi a experiência de quem teve que lidar com a perda de entes queridos morando no exterior.

Confira nosso conteúdo sobre preparo psicológico para expatriados parte 1 e parte 2.

5 dicas para se preparar emocionalmente para mudar de país

Dito tudo isso, vamos ver agora como você pode se preparar psicologicamente para a mudança de país.

Quem você é?

Parece ser uma questão simples de ser respondida, mas paramos pouco no nosso dia a dia para refletirmos sobre essa pergunta. Então, quero convidá-lo a parar por alguns minutos e escrever sobre quem é você. Coloque as suas qualidades, habilidades, experiências, raízes culturais, pontos a serem desenvolvidos, seus valores pessoais. Tudo o que você não abre mão na sua vida. Faça um check-up de quem você realmente é.

Pense nos seus objetivos de vida e nos seus valores pessoais

É importante ter clareza do que você quer da vida, mesmo que depois os objetivos sejam flexibilizados. Aliado ao item anterior, saber quais são os seus valores pessoais é muito importante, já que esses valores servem como nossos guias e pode ser que não estejam alinhados com a mudança de país.

Por exemplo, digamos que uma pessoa tenha o valor alto de independência, está acostumada a ter seu próprio salário, fazer o que quer, a hora que quiser e o motivo da viagem é acompanhar o marido ou esposa que conseguiu uma oportunidade de trabalho no exterior.

Dependendo do país e/ou do visto, o/a cônjuge não terá permissão para trabalhar e será dependente financeiramente. Esse fator deve ser pesado, considerado e planejado antes da mudança.
Condições de vida da família ou culturais devem ser considerados na decisão de morar fora, para que não se tornem motivo de adoecimento mental e arrependimento mais para frente.

Por que você quer viver no exterior? Por que é importante para você?

Os motivos são fortes o suficiente para que você enfrente todos os desafios que encontrará no meio do caminho? É muito comum as pessoas desistirem da caminhada e não do destino.

Tenha em mente que não existe lugar perfeito

Todos os destinos têm os seus pontos bons e os não tão bons assim. Sendo assim, não idealize o novo país, tenha ciência que haverá pontos que você não concordará, assim como tem no Brasil e em qualquer parte do mundo.

Antes de mudar de país, se for possível, vale a pena conhecer o local para saber o que o espera.

Esteja aberto para o novo, sem julgamentos

Esteja pronto para flexibilizar alguns aspectos que você considera como verdades absolutas. Quando mudamos de país, o que é certo e óbvio para você, pode não ser para os outros. O que é comum e essencial no Brasil, pode não ser em outros países.

Não sou mais o mesmo depois que mudei de país“. Se essa também é uma reflexão na sua vida, saiba porque isso acontece.

Como preparar as pessoas da família que vão junto?

É comum que a mudança de país aconteça em família, o que envolve o preparo emocional de todos os integrantes dessa família, seja cônjuge, filhos, pais, sogros, etc. para que a adaptação no novo país aconteça da maneira mais saudável possível. Para que isso ocorra, é importante que todos os adultos envolvidos estejam alinhados com relação ao objetivo final e dispostos a fazer dar certo.

É preciso ter sempre em mente que cada integrante da família reage de forma diferente frente às situações. Cada um tem um papel diferente na família, vivenciam, sentem e simbolizam os acontecimentos de forma diferente. Cada um tem a sua personalidade e passará por experiências diferentes. Além disso, as pessoas que vão são as primeiras a formarem a rede de apoio e é fundamental que cada um acolha e respeite os sentimentos e momentos das outras pessoas da família.

As crianças, por sua vez, apesar de poderem opinar, não têm a responsabilidade de decisão sobre ficar ou ir e, muitas vezes, se pudessem, ficariam no Brasil. Com elas, dependendo da idade, deve haver bastante diálogo e acolhimento. Caso seja necessário, a família pode buscar um profissional para ajudar na preparação para a mudança. Pode ser um treinamento intercultural ou psicoterapia.

Será que meu filho vai se adaptar no exterior? Veja também esse artigo que escrevi.

E os que ficam no Brasil? O que fazer?

A mudança de país requer abdicar da convivência presencial de pessoas importantes da nossa vida. Assim como você sentirá saudades dessas pessoas, elas também sentirão a sua falta. Ao contrário de quem escolhe ir para longe, a família e amigos que ficam no Brasil não escolheram ficar longe de quem decide partir, e para eles, também é necessário cuidado com relação aos sentimentos.

A decisão de partir é dos que estão de mudança, no entanto, o tema da mudança deve ser dialogada com os que ficam para que eles assimilem e tenham tempo de acomodar internamente essa informação. Por mais atribulada que sua vida possa estar devido aos preparativos da viagem, é importante olhar com empatia para os que ficam, já que alguns deles também terão mudanças em suas rotinas e passarão por um processo de luto por não terem vocês por perto.

Hoje em dia, a tecnologia permite conectarmos por vídeo-chamada com as pessoas que tanto amamos, mas é interessante se certificar que os mais velhos saibam utilizar essa forma de se comunicar, para que não seja motivo de angústia e ansiedade quando vocês já estiverem no exterior.

Outro aspecto é com relação ao vínculo. Algumas pessoas acreditam que estar perto fisicamente é sinal de vínculo e demonstração de amor. No entanto, o vínculo pode ser forte mesmo à distância e isso pode ser reforçado através de demonstrações de afeto e carinho, mesmo que por palavras. Uma dica legal é organizar festas de despedidas para simbolizar o término de um ciclo e comemorar com pessoas queridas o começo de uma nova fase da sua vida, o início da imigração.

Descubra 7 coisas que você tem que abrir mão para viver no exterior.

Invista no seu preparo emocional

Muitas vezes, buscamos por uma vida melhor e mais feliz através de bens materiais e novas vivências. Corremos atrás de oportunidades que nos proporcionem condições de vida melhor do que a que temos. No entanto, se não estivermos bem conosco, se não conseguimos entender e lidar com as nossas emoções, não há bem exterior que nos faça sentir mais felizes. Como Charles Darwin dizia “não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”.
E para isso, é preciso cuidar de você, investir no seu emocional e psicológico e das pessoas à sua volta que serão impactadas com a mudança de país. Assim, a adaptação ocorrerá da maneira mais natural e proveitosa. A mudança deve acontecer primeiro internamente para refletir na mudança externa.

Live sobre Planejamento para morar na Europa

Está em fase de planejamento para mudar para a Europa? Nessa Live Euro Dicas realizada em Novembro de 2021, a psicanalista Júlia Lainetti fala sobre como se planejar emocionalmente para a mudança e como lidar com os empecilhos que podem acontecer no meio do caminho, não deixe de assistir!

Agora que você já entendeu melhor a importância do preparo emocional no processo de mudança, é hora de entender como arrumar as malas para morar no exterior.

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Laise Kasaoka

Laise Kasaoka é brasileira, curitibana, graduada e pós-graduada em Psicologia, formada em Coaching Psicológico e Coaching de Fortalezas y Psicología Positiva. Apaixonada por gente, eterna aprendiz sobre psicologia intercultural e desenvolvimento humano! Trabalhou por anos no RH de grandes empresas. Atualmente ajuda profissionais a se desenvolverem e é psicoterapeuta, principalmente, de brasileiros que estão no exterior. Já nasceu intercultural pela sua descendência nipônica, já morou na Espanha e atualmente vive na Bélgica.

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