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PEDIR MEU CARTÃO →Um dos passos mais importantes da carreira acadêmica é o doutorado. E muitos estudantes que buscam mobilidade internacional em suas pesquisas têm como destino certo o doutorado na Espanha, pela qualidade dos cursos e das universidades.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística da Espanha, em 2018 havia cerca de 80 mil estudantes neste nível no país – muitos deles são estrangeiros. Veja a seguir o que você precisa fazer para ser um deles!
Índice do artigo
Para concorrer a uma vaga, é preciso ter completado a graduação e um mestrado. Só então você pode acessar o “tercer ciclo” ou “estudios de doctorado”, como também é chamado o doutorado na Espanha.
Trata-se, portanto, de uma formação avançada em pesquisa que tem como principal objetivo a produção de uma tese. Uma vez defendida e aprovada, o estudante torna-se doutor naquela área.
Dependendo da área, os cursos de doutorado na Espanha duram de 3 a 5 anos. É um tipo de estudo muito mais autônomo para o pesquisador que já é experiente, em um tema com que ele possua afinidade. As turmas costumam ser pequenas, de até 25 alunos ingressando a cada ano.
A seguir vamos detalhar como funciona a candidatura ao doutorado na Espanha. Mas antes vale comentar o quanto a relevância do seu tema de estudos conta na seleção.
As universidades possuem vários cursos, que oferecem programas de mestrado e doutorado. Cada um deles se concentra em determinadas linhas de pesquisa, que são os principais temas a que os professores daquele departamento se dedicam.
Um exemplo: dentro de um programa de pós-graduação em História você encontrar diversas linhas, como Cultura e Poder, História do Trabalho, História da Moda, Gênero e outras. Se você já tem mestrado, provavelmente trabalhou com um assunto específico, tem familiaridade com as leituras e deseja desenvolver algo neste campo na próxima etapa, o doutorado.
Por isso, é preciso alinhar o seu tema de pesquisa à linha de investigação da universidade. Assim, você aumenta as chances do seu projeto ser aceito e de encontrar um professor orientador que contribua efetivamente com suas ideias. Como você vai ver, planejamento com bastante antecedência é essencial.
Este artigo traz uma visão geral de como estudar na Espanha, em variados níveis acadêmicos.
Busque os sites das universidades de sua preferência e, dentro deles, o programa de doutorado com que você se identifica. Você vai encontrar informações gerais, contatos de telefone ou e-mail, lista de professores que podem ser orientadores, número de vagas e o cronograma de seleção. Cada doutorado tem um calendário e seus critérios.
Primeiro, é necessário ter terminado a graduação e o mestrado, de preferência em áreas parecidas com a do doutorado na Espanha que você deseja fazer. Uma das exigências é ter concluído pelo menos 300 créditos ECTS (Sistema Europeu de Transferência de Créditos), somando a graduação e o mestrado. Isso, é claro, se você já estudou regularmente um mestrado na Espanha ou na Europa.
Para quem vem de outros países, o ingresso pode se dar via contratos pré-doutorais – concedidos pela Espanha ou pela própria universidade – ou por meio de bolsas de pesquisa oferecidas em outros países. É possível entrar em contato com o curso de doutorado na Espanha e checar se eles aceitam o diploma de mestrado brasileiro para a seleção.
Dica: investigue os professores referência no seu tema de pesquisa e onde eles lecionam. Entre em contato previamente (costuma ser fácil encontrar seus e-mails institucionais) e mostre seu projeto. Assim, eles sinalizam se podem orientar o trabalho e, quem sabem, enviam uma carta de aceite para ajudar na seleção do doutorado na Espanha.
Os requisitos de admissão variam em cada programa. No geral, eles exigem:
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O passo a passo das seleções acadêmicas é bem parecido em todas as instituições que oferecem doutorado na Espanha. Mas não deixe de checar os mínimos detalhes e prazos no site da universidade para atender a todos os requisitos do seu curso. Veja um roteiro do que costuma acontecer:
A experiência acadêmica do candidato e o alinhamento de seu perfil com a linha de pesquisa são o que mais contam, demonstrados na originalidade do projeto de pesquisa. A avaliação é ampla, por isso é interessante garantir a qualidade de todos os materiais enviados.
Veja também o artigo sobre MBA no IESE na Espanha.
As universidades públicas na Espanha são mais reconhecidas do que as instituições privadas. No entanto, diferente do Brasil, as instituições públicas também são pagas, ainda que os valores sejam relativamente acessíveis – tanto para cidadãos espanhóis como para estrangeiros.
O aluno de doutorado na Espanha paga em torno de 300€ a 600€ por ano (lembrando que o doutorado na Espanha dura de 3 a 5 anos). A anuidade total é mais cara que a parcial, a depender da carga horária assumida.
Uma taxa extra, de mais ou menos de 220€, pode ser cobrada dos alunos estrangeiros. Há, ainda, um valor para a defesa da tese, entre 120€ e 250€, em média. Há outras quantias evolvidas, como créditos de disciplinas extras experimentais (principalmente em áreas práticas de saúde, engenharia e outras), valores pagos na admissão no curso, taxas administrativas, serviços de cópias de documentos e outras. Por isso, planeje-se!
Outra modalidade de doutorado na Espanha é o chamado sanduíche, para quem já está matriculado em um programa de doutorado no Brasil. Ele tem este nome curioso porque, após custar as disciplinas iniciais, o aluno pode passar um período no exterior complementando sua formação e depois retorna ao Brasil para finalizar e defender a tese. O “sanduíche”, no caso, é a temporada na Espanha ou em outro país escolhido, no meio do curso.
Nesta temporada no exterior, o pesquisador se vincula a um curso de doutorado de uma universidade espanhola, aproveita a infraestrutura do local (salas de aula, laboratórios, bibliotecas) e tem um orientador que vai acompanhar o desenvolvimento da tese. O aluno deve buscar um professor e a universidade seguindo o critério de contribuição revelante para a pesquisa e o tema estudado. Para isso, pode contar com a ajuda do orientador do Brasil, para decidirem em conjunto.
Funciona assim: várias universidades brasileiras, públicas e privadas, têm acordo com instituições de ensino no exterior. Normalmente, o doutorando no Brasil submete um projeto de pesquisa para ser realizado na universidade espanhola, justificando sua estadia, e concorre a uma bolsa que financie o período no exterior. A bolsa pode ser de instituições públicas como CNPq, CAPES, fundações estaduais de amparo à pesquisa ou de agências privadas que incentivam alguns estudos.
O doutorado na Espanha neste formato pode durar, em média, dois semestres letivos na universidade. Depende da justificativa que o aluno apresentou e da aprovação das instituições.
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Na Espanha, esta modalidade vem crescendo especialmente entre universidades particulares. O doutorado na Espanha à distância é parecido com a educação à distância (EaD) no Brasil. Ou seja, oferece cursos divididos em módulos online que podem ser assistidos de qualquer lugar, a qualquer hora, em sua maioria. Há uma carga horária de aulas, atividades e seminários a ser cumprida, além da elaboração da tese com apoio de um orientador.
Durante o curso, tutores ficam à disposição para tirar dúvidas e ficam em permanente contato com os estudantes. Existem ainda pontos de apoio nas universidades espanholas em diversas localidades, e pode ser exigida uma determinada porcentagem de atividades presenciais. É aí que você precisa ficar atento, pois muitos cursos à distância não são 100% online.
Existem várias opções disponíveis nesta modalidade mais flexível, desde doutorado em Administração de Empresas, Educação, Comunicação, até em algumas áreas de Saúde, Bioinformática e Turismo.
Saiba como validar diploma brasileiro na Espanha.
A parte financeira é uma preocupação de muitos alunos que desejam fazer doutorado na Espanha. A boa notícia é que as bolsas – ou “becas”, como são chamadas em espanhol – são oferecidas por muitas instituições. Os critérios passam pelo desempenho excelente do aluno no doutorado e pela relevância de sua pesquisa. Cada bolsa tem seu foco de incentivo, diferentes valores pagos e seu próprio cronograma.
A maioria das bolsas de doutorado na Espanha oferece isenção da matrícula, seguro saúde, ajuda de custo para gastos com alimentação e uma verba para alugar apartamento na Espanha ou outra acomodação. Nem todas pagam as passagens aéreas de ida e volta entre Brasil e Espanha ou os vistos. Confira algumas delas:
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É uma experiência incrível! Um marco para a vida pessoal e profissional. Há toda a experiência acadêmica de aprender novas metodologias e ter contato com diferentes autores e visões sobre o seu tema de pesquisa. Tem o relacionamento com os novos colegas e o professor orientador estrangeiro, que podem gerar futuras colaborações em pesquisas, artigos acadêmicos e seminários. Na volta ao Brasil, há o reconhecimento por ter conseguido chegar lá!
Do ponto de vista pessoal é uma excelente oportunidade de viver efetivamente em um país interessante como a Espanha, desenvolver o aprendizado em espanhol, entender na prática como é alugar um apartamento ou quarto, abrir conta em banco e se virar sozinho com as burocracias. É um crescimento e tanto! Sem contar a convivência próxima com diferentes culturas e poder viajar de vez em quanto para lugares próximos. Vale muito a pena!
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