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Abrir Conta Agora →Para oferecer uma infância mais segura e tranquila aos pequenos, muitos brasileiros estão procurando pelos melhores países da Europa para criar filhos. Segurança, educação, saúde, estabilidade no emprego são alguns dos pontos que pesam a favor.
Anualmente, a U.S. News, empresa de notícias, rankings e análises, divulga o Best Countries, avaliação que considera 80 países através de 24 subcategorias e chega a resultados como os que apresentaremos a seguir. Onde criar seus filhos? Onde encontrar maior qualidade de vida? Venha comigo ver a lista dos melhores países da Europa para criar filhos.
Independência, colaboração e, claro, segurança, são algumas das qualidades mais repetidas nesse levantamento.
Com base nas dez primeiras colocações do ranking da U.S. News, abaixo apresentamos os melhores países da Europa para criar filhos, explicando um pouco sobre o funcionamento de licenças parentais e também como é a vida das crianças, de casa para a escola.
De 9.8 milhões de habitantes, cerca de um quinto da população sueca é de habitante menores de 18 anos. E cerca de 90% deles começa suas vidas com seus pais e mães dentro de casa – mesmo que divorciados, algo pouco usual por lá.
Dizemos isso pelo fato de 81% das mães trabalharem fora, e 92% dos pais também. Diante dessa muito próxima igualdade, cada casal recebe 480 dias de licença remunerada por criança nascida (ou seja, 240 dias para a mãe e 240 dias para o pai).
O período da licença também compreende uma ajuda de custo mensal do governo para a criança, além da possibilidade de os pais reduzirem suas jornadas de trabalho até os filhos completem 8 anos de idade.
Em 1979, a Suécia se tornou também o primeiro país do mundo a tornar as “palmadas” um crime. São considerados criminosos tapas, batidas, apertos, puxões de cabelo e qualquer outro tipo de punição corporal – seja em casa ou na escola.
Em algumas grandes cidades, como Estocolmo, os pais que estiverem empurrando bebês ou crianças em carrinhos podem pegar ônibus públicos de graça.
Mais informações sobre a política com crianças e jovens na Suécia podem ser encontradas no site oficial do Governo Sueco.
Já compartilhamos um guia completo para morar na Suécia.
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Cotar Agora →Segundo o próprio site da União Europeia, os pais dinamarqueses adotam o sistema mais generoso e flexível de toda a UE. E isso faz do local um dos melhores países da Europa para criar filhos.
Mães e pais têm direito a 23 semanas de licença, e as mães ganham mais 4 semanas sobre a data de vencimento da licença inicial.
Além das questões legais, algo que coloca os dinamarqueses na segunda posição é a forma como criam e educam suas crianças.
Ao contrário dos demais países europeus, a Dinamarca aproxima infância e sociedade como um todo. Por lá, os pequenos não passam o dia todo na escola, e começam a frequentá-las somente aos 6 anos de idade.
Os pais e a sociedade se educam para serem honestos com as crianças, e deixam com elas a descoberta do bem-estar através da interdependência.
Entre as prioridades dos pais está auxiliar na construção da empatia ao invés de conquistas individuais.
Um bom exemplo de como funciona o sistema educacional e social das crianças dinamarquesas está no livro The Danish Way of Parenting, uma espécie de guia onde as pessoas mais felizes do mundo ensinam a criar filhos capazes e confiantes.
A medalha de bronze entre os melhores países da Europa para criar filhos ficou para a Noruega onde, assim como outros países nórdicos, há uma generosa política de licença parental.
Por lá, as mães podem tirar 35 semanas de licença sob remuneração integral ou 45 semanas com 80% da remuneração.
Os pais podem tirar, no máximo, 10 semanas, dependendo do salário de suas esposas.
Culturalmente, noruegueses são conhecidos como um povo “na deles”, e que dificilmente irá puxar papo ou até mesmo oferecer ajuda a um desconhecido – muito disso pode até ser atribuído ao clima do país.
Com as crianças, apesar da tendência dos pais ao pouco contato social, a criação costuma ser fora de casa (mesmo com o frio).
Elas são incentivadas a brincar, terem experiências, se comportarem e se tornarem adultos independentes.
A educação dos países nórdicos é bem distinta do resto da Europa. Veja como é o sistema de educação em Portugal e compare.
Na Finlândia, gestantes podem começar suas licenças-maternidade sete semanas antes do prazo previsto.
O governo provê 16 semanas adicionais de licença remunerada para as mães e também 8 semanas de licença-paternidade remuneradas.
Em termos educacionais e sociais, as crianças aprendem a ser independentes desde muito cedo.
Nos colégios, passam poucas horas do dia por lá, e ainda assim o ensino finlandês ganha o título de melhor sistema educacional do mundo.
Quando chegam em casa, os pais estão no trabalho, e mesmo assim, os pequenos cumprem suas obrigações: saem para brincar e aguardam pela chegada dos pais sem qualquer sinal de ansiedade – outra característica emocional muito importante do país.
A Finlândia parece ser um dos melhores países da Europa para criar filhos, não acha?
A Holanda adota uma política um pouco diferente sobre licença-maternidade remunerada. Atualmente, dá o direito a 16 semanas após o parto, devendo a gestante se afastar das atividades 4 semanas antes da previsão do nascimento, totalizando 20 semanas.
Por direito, é possível tirar mais 6 meses em licença parental, sendo esta não remunerada e que pode ser organizada da melhor maneira, tanto para os pais, quanto para a empresa. O pai da criança tem direito a somente 2 dias de licença. Um pouco injusto não?
Uma vez crescidinhos os filhos, os pais adotam uma política de confiar no sistema, e o fazem, pois os resultados são positivos.
A educação das crianças holandesas é conhecida por muitos como “free range”, ou seja, há uma confiança dos pais em deixar com que seus filhos sejam independentes – algo muito diferente de negligência.
Isso não quer dizer fazer o que quiser, mas sim ter direito a algumas escolhas e ser livre para determinadas atividades.
Também já escrevemos um texto as melhores cidades para viver na Europa.
Conhecido pela tranquilidade e pelos baixos níveis de desemprego, o sexto lugar é também um dos melhores países da Europa para criar filhos.
Além de ser considerado um dos melhores países em termos de qualidade de vida, as crianças suíças são desde cedo introduzidas a atividades ao ar livre e contato com a família.
O ensino é ministrado em poucas horas de escola e, além da possibilidade de aprender diversos idiomas, a Suíça ganha destaque no ensino da matemática e ciência.
O país é dividido em 26 cantões, sendo cada um deles responsável pelos seus próprios sistemas educacionais e também por direitos em licenças a mães e pais.
Será que você tem o perfil para morar no exterior? Confira.
Na Bélgica, a licença à maternidade tem vigência antes e depois do parto, e são válidos para mulheres empregadas por conta de outrem, trabalhadoras independentes e também para as desempregadas. A licença dura 15 semanas – e no caso de gravidez de gêmeos ou múltiplos, aumenta para 17 semanas. Antes do parto, a gestante pode gozar de 6 semanas de descanso antes do parto.
Os pais têm direito a apenas 10 dias de licença após o nascimento do bebê. Ele pode pedir que a licença maternidade seja convertida em paternidade caso a mãe esteja em hospitalização prolongada.
O ensino estatal é gratuito e de qualidade, e quando a criança precisa de atendimento médico, o sistema público da Bélgica oferece tratamentos de excelência, incluindo a saúde ótica e todas as ferramentas com esta relacionada.
Os pais que têm filhos podem escolher reduzir o volume de trabalho a 70% do tempo (bem como a redução salarial, claro) para ficar mais tempo em casa com os filhos pequenos.
Na Irlanda, um dos melhores países da Europa para criar filhos, as mulheres gestantes têm direito a 26 semanas remuneradas de licença-maternidade, podendo optar por mais 16, sem pagamento.
Das 26, é obrigatório tirar de 2 a 16 antes do nascimento do bebê. No entanto, os homens têm direito a 2 semanas de licença-paternidade.
Presente nos principais rankings de qualidade de vida pela UNICEF, a Irlanda é também um dos principais países europeus para se estabelecer uma família. A educação é gratuita e o sistema de saúde também, desde que seu filho não tenha mais de 6 anos de idade.
Algo que chama a atenção na educação irlandesa é o fato de a maioria das escolas ser dirigida por organizações católicas.
Sendo assim, famílias de outras religiões podem ver seus filhos se sentindo pouco confortáveis por lá – algumas escolas podem dar prioridade a matricular crianças de determinada crença.
Durante e após a gestação, a mulher empregada tem direito a 52 semanas de afastamento remunerado no país. Para isso, a gestante deverá avisar seu empregador com até 15 semanas de antecedência do parto e pode iniciar a licença com 11 semanas.
O pagamento da licença ocorre durante 39 semanas, geralmente com 90% do salário semanal bruto nas primeiras 6 semanas e £140,98 por semana nas 33 semanas restantes.
Assim como muitos outros países presentes neste ranking, as crianças inglesas são educadas desde cedo para serem autônomas e até mesmo ajudar os pais nos afazeres domésticos sem que sejam pressionadas a isso.
Muito desse comportamento se dá ao fato de a Inglaterra estar entre os países com maior percentual de mães que retomam as atividades profissionais depois de ter filhos.
São 67% de mães que precisam voltar a trabalhar e, mesmo com salário do cônjuge, os custos de uma creche ou babá ainda são muito altos.
Apesar da questão financeira, esse sistema educacional funciona bem, e desde muito pequenas, as crianças aprendem a ir sozinhas para a escola, cumprem seus compromissos escolares e até compram suas comidas – supermercados e redes de varejo já apostam em uma vasta seção de comidas prontas, lavadas, temperadas e que só precisam ir ao microondas.
Conheça todos os países e capitais da Europa e veja como são as 10 principais capitais da Europa.
A licença maternidade na Alemanha é de pelo menos 14 semanas, mas pode – e normalmente é – estendido e pode ser dividida entre os pais se assim desejarem. É recomendado que as mães utilizem as 6 semanas anteriores ao parto para não trabalhar e o patrão não pode despedir ou encerrar o contrato nesse período de 14 semanas.
Depois que acaba a licença maternidade, os pais podem tirar uma licença parental e ficar em casa até que a criança complete 3 anos (isso mesmo). Os 12 primeiros meses da licença parental são remunerados, e se ambos pais quiserem, ela terá validade de 14 meses. O valor recebido de subsídio parental depende do salário líquido do casal.
Casais desempregados também têm direito a licença parental.
Além da licença maternidade e da licença parental, existe também o benefício da criança, um subsídio financeiro recebido até o décimo oitavo aniversário da criança. É um benefício concedido a pais que têm salários menores.
A exemplo dos demais países citados acima, na Alemanha as crianças são educadas para serem independentes dos pais desde muito pequenas. Os pais deixam que eles explorem, se aventurem, experimentem, errem até acertar. É comum que os pais brasileiros de início pensem que é desleixo ou negligência, mas não é, é liberdade para aprender sem medos.
Ter filho na Alemanha: saiba como é a vida da gravidez à creche.
As crianças são estimuladas a não terem medo do mau tempo, sair para brincar, ir à escola ou dar uma volta seja na neve ou no calor.
Saiba como é a vida na Alemanha nesse artigo.
Apesar de não estarem na lista dos 10 melhores países da Europa para morar com filhos, Luxemburgo e Áustria também merecem destaque, veja abaixo porquê.
Em Luxemburgo, durante o processo de gestação e nascimento, a mulher poderá tirar dois meses que antecedem ao parto e outros dois após o nascimento para ficar em casa. No entanto, em Luxemburgo há ainda o chamado congé parental, que acontece de duas formas:
6 meses de afastamento total ou 12 meses enquanto trabalha meio período. Em ambos os casos, o afastamento é remunerado, sob ordenado mínimo, e abrange pais e mães. O congé acontece logo após o término da licença-maternidade e é dividido em duas partes, sendo a segunda abrangente até os 5 anos da criança.
O pai e a mãe devem alternar os períodos, já que é possível usufruir do benefício somente um por vez.
Já em idade escolar, as crianças costumam ser muito bem recebidas e adaptáveis a todos os locais. Empregadores tendem a ser bastante flexíveis com funcionários que tenham filhos pequenos também.
As escolas procuram desenvolver as crianças como indivíduos, introduzindo-as em atividades externas, apresentando esportes, dentre outras competências.
Em geral, os pequenos costumam ser bastante comportados e contidos, em comparação a países mais expansivos e cosmopolitas.
Confira quais são as vantagens e desvantagens de morar fora do Brasil.
A Áustria é um dos países com maior período de licença parental da Europa, onde a mulher pode tirar de 1 a 3 anos de licença remunerada – ela é quem escolhe o período.
Os homens também ganham direitos de ficarem mais próximos dos bebês durante 2 meses de afastamento também pago. Ao final do período (inclusive de três anos), a mãe tem seu emprego garantido.
Para ter todos esses benefícios, os pais têm apenas uma obrigação: levar a criança a todos os compromissos médicos designados em uma caderneta.
No caso de descumprimento, o valor da remuneração mensal pode ser descontado, além de ser necessário dar explicações sobre o ocorrido.
Confira o nosso guia detalhado para trabalhar no exterior.
Não necessariamente, mas é possível que entre os melhores países da Europa para criar filhos também estejam alguns dos eleitos melhores países na Europa para viver, considerando variáveis como segurança, ensino público de qualidade, oportunidade de emprego, estabilidade financeira, e outras.
Veja qual foi o resultado obtido pela U.S. News sobre Qualidade de Vida, considerando os países europeus presentes no ranking.
Saiba que também já fizemos um ranking melhores países para morar.
Além dos fatores essenciais como o acesso à habitação, alimentação, saúde pública, educação e oportunidade de emprego, a qualidade de vida também inclui fatores intangíveis, como a estabilidade política, a liberdade individual e a garantia de um emprego estável.
Riqueza material não é o critério mais importante para se ter uma vida bem vivida, e o resultado da pesquisa reflete muito bem essa sensibilidade.
Foram entrevistadas mais de 21 mil pessoas a fim de reunir informações mais específicas sobre os 80 países participantes da avaliação. O sub-ranking de Qualidade de Vida foi baseado em uma pontuação média a partir de 9 atributos dos países avaliados, relacionados ao tema.
São eles: custo de vida acessível, bom mercado de trabalho, estabilidade financeira, ambiente familiar, igualdade de renda, estabilidade política, segurança, sistema de educação pública bem desenvolvido, e qualidade do sistema público de saúde.
A pontuação obtida a partir dessas variáveis soma 17% ao peso total para definir o “país ideal”, que considera também questões como empreendedorismo, história, direitos humanos, meio ambiente, influência cultural e tantas outras que podem ser observadas no site oficial do US News (em inglês).
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