Em apenas 48 horas, as chamas consumiram uma área equivalente ao total devastado durante o ano. Essa estatística chocante destaca a gravidade da situação atual dos incêndios em Portugal.

Incêndios em várias regiões de Portugal
Índice Portugal tomado pelo fogo Incêndio em Portugal deixa cidade isolada Brasileiro é uma das vítimas de incêndio em Albergaria-a-Velha Incêndios suspendem a ligação terrestre entre o Porto e Lisboa Fumaça atinge as cidades da região Verão é época de incêndio em Portugal Centro de Portugal teve um dos piores incêndios do país em 2017 O que dizem as autoridades de Portugal sobre os incêndios Situação dos incêndios em Portugal pode se agravar

Sete vidas perdidas, mais de 40 pessoas feridas, casas reduzidas a cinzas, e infraestruturas vitais interrompidas.

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Especialistas alertam que a combinação de altas temperaturas, ventos fortes e vegetação seca criou um cenário inédito em mais de duas décadas, elevando o risco de incêndios a níveis alarmantes em cinco distritos.

Fique por dentro das últimas novidades sobre a crise e as ações para combater os incêndios.

Portugal tomado pelo fogo

Mais de cinco mil bombeiros enfrentam as chamas em mais de 100 focos ativos nas regiões Norte e Centro do país. A situação é crítica, com 33 bombeiros entre os 40 feridos, evidenciando o sacrifício e a coragem desses profissionais.

Entre as regiões mais atingidas estão Oliveira de Azeméis, Sever do Vouga, Albergaria-a-Velha, Baião e Gondomar. Confira no mapa onde a situação está mais crítica:

Uma vasta área de Portugal Continental ainda enfrenta um risco extremo de incêndio próximo a algumas das principais cidades de Portugal. Mais de 100 concelhos (cidades) em 14 distritos estão em alerta vermelho, exigindo atenção e precaução máximas.

As regiões abrangidas, desde o Algarve até ao Minho, passando pelo interior e litoral, estão sob ameaça iminente. As altas temperaturas, baixa unidade e ventos fortes cria um cenário propício para a propagação rápida de incêndios.

A série de incêndios que assola a região entre o Porto e Aveiro atingiu proporções alarmantes, consumindo 10 mil hectares até o início da noite de segunda-feira. Essa área devastada, equivalente a 10 mil campos de futebol, evidencia a magnitude da tragédia e o impacto devastador sobre o meio ambiente e as comunidades locais.

Apesar da mobilização de recursos e do empenho dos bombeiros e equipes de emergência, a extensão e a intensidade dos incêndios dificultam o controle das chamas.

Incêndio em Portugal deixa cidade isolada

Um dos incêndios mais violentos desta segunda-feira deixou um rastro de destruição em Albergaria-a-Velha. Casas foram consumidas pelas chamas, aldeias inteiras tiveram que ser evacuadas e, lamentavelmente, três vidas foram perdidas.

Avião combate chamas
Aviões de combate a incêndios são essenciais para o controle de chamas em áreas de difícil acesso. Foto: Bombeiros de Portugal

Além dos prejuízos materiais e logísticos, os incêndios deixam cicatrizes emocionais na população. A sensação de isolamento e a interrupção da rotina geram ansiedade e apreensão, evidenciando a fragilidade do país diante da força da natureza.

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Os incêndios florestais não apenas deixam cicatrizes na paisagem, mas também causam um impacto devastador na economia de Portugal. As perdas financeiras, que chegam a milhões de euros, afetam principalmente o turismo e o emprego, setores cruciais para o país.

Em Aveiro, o fogo revelou uma realidade cruel: a exclusão social. A tragédia evidenciou a fragilidade de comunidades que vivem em condições precárias, sem acesso adequado a recursos e informações, tornando-as ainda mais vulneráveis aos impactos dos incêndios.

Brasileiro é uma das vítimas de incêndio em Albergaria-a-Velha

Um jovem brasileiro de apenas 28 anos morreu num dos lugares mais atingidos pelas chamas. O rapaz teria se dirigido ao local do incêndio com colegas de trabalho, na tentativa de salvar equipamentos da empresa onde trabalhava. Infelizmente, a situação se agravou rapidamente, e ele foi cercado pelas chamas, sem conseguir escapar.

A Polícia Judiciária assumiu a investigação do caso, buscando esclarecer as circunstâncias exatas da tragédia e apurar eventuais responsabilidades.

Incêndios suspendem a ligação terrestre entre o Porto e Lisboa

Os incêndios que assolaram Portugal deixaram uma marca profunda no país, dividindo-o literalmente em dois. A interrupção da autoestrada A1, num trecho de mais de 100 quilômetros, causou um caos logístico, afetando milhares de viajantes e interrompendo o fluxo vital de transporte entre o norte e o sul.

A A1 é a principal autoestrada de Portugal e faz a ligação entre Lisboa e Porto, as duas maiores cidades do país. Ela percorre o território de sul a norte, passando por diversas cidades e regiões importantes ao longo do caminho como Fátima, Coimbra e Aveiro.

O fechamento da A1 gerou um efeito dominó no sistema de transporte, com o cancelamento de inúmeras viagens de ônibus e a paralisação temporária da principal linha ferroviária que conecta Lisboa e Porto. Centenas de passageiros ficaram desamparados, enfrentando atrasos, cancelamentos e incertezas em suas jornadas.

A atualização das vias interrompidas pode ser consultada junto à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

Fumaça atinge as cidades da região

Em muitas cidades há um cenário apocalíptico: uma densa nuvem de fumaça e cinzas, proveniente dos incêndios que assolam a região, encobriu várias cidades, criando um espetáculo assustador e preocupante.

A proximidade dos incêndios de Oliveira de Azeméis e Albergaria-a-Velha, deixa evidente a gravidade da situação.

Fumaça de incêndio em Albergaria
Imagens aéreas de Albergaria-a-Velha feitas no dia mais difícil para a cidade. Fonte: Jornal Público

A segunda-feira foi especialmente assustadora para os moradores da região de Aveiro, como relata Tié Lenzi. Ela conta que, apesar de estarem habituados a ouvir sobre incêndios nesta época do ano, raramente vivenciam situações tão intensas, com as chamas ameaçando residências. Com as vias de acesso bloqueadas, o isolamento tem gerado uma sensação de impotência.

“É angustiante não poder sair da cidade por causa dos riscos nas estradas. Além disso, depois de mais de 24 horas nessa situação, os efeitos da fumaça começam a ser mais difíceis de suportar, causando dores de cabeça, irritação nos olhos e nas vias respiratórias.”

Em meio à crise, as autoridades locais têm orientado a população a se proteger. “As instruções são claras: ficar em casa, a menos que seja necessário evacuar a área, e evitar circular para não correr riscos desnecessários”, acrescenta Tié, mencionando também que as farmácias estão abertas e um supermercado está operando com serviços essenciais, garantindo algum acesso a bens de primeira necessidade.

Apesar do suporte inicial, o medo e a tristeza são inevitáveis.

“Acompanhar as notícias, ver a destruição e saber que houve mortos e feridos é muito doloroso. Como se não bastasse, ainda há pessoas que perderam tudo o que tinham. É difícil enfrentar essa sensação de impotência.”

No entanto, há uma ponta de esperança. “Agora, temos um efetivo grande trabalhando aqui e reforços de outros países estão a caminho. Acredito que em breve teremos boas notícias”, afirmou, mantendo a esperança de que o pior já tenha passado.

Verão é época de incêndio em Portugal

Infelizmente, o verão em Portugal é sinônimo de incêndios florestais. As altas temperaturas, a baixa umidade e os ventos fortes criam um cenário propício para a propagação do fogo, colocando em risco vidas, bens e o patrimônio natural do país.

Dados mostram que a maioria dos incêndios ocorre entre junho e setembro. Em 2022, por exemplo, cerca de 60% da área total queimada concentrou-se nesses meses. Anualmente, Portugal registra uma média de 18 mil incêndios florestais, que consomem cerca de 136 mil hectares.

Embora os esforços de prevenção e combate tenham se intensificado nos últimos anos, o risco de incêndios no verão continua sendo uma realidade preocupante. A combinação de fatores climáticos e a vulnerabilidade do território exigem atenção constante e medidas eficazes para minimizar os impactos dessa problemática.

Duarte Caldeira, especialista em Proteção Civil, critica a falta de preparo de Portugal para enfrentar incêndios de grande magnitude. Ele defende a criação de uma reserva nacional, com recursos e pessoal dedicados, para garantir uma resposta rápida e eficaz em situações críticas como a atual.

“Portugal precisa urgentemente de uma reserva nacional para combater incêndios de grande escala.”

Na situação atual, especialistas alertam que o índice de intensidade do fogo atingiu níveis alarmantes em distritos como Aveiro e Viseu, comparáveis apenas a 2001. A previsão é de que essa situação crítica persista, intensificando o risco de incêndios devastadores.

Centro de Portugal teve um dos piores incêndios do país em 2017

Em 2017, um incêndio florestal foi uma das tragédias mais devastadoras da história de Portugal. O fogo começou em junho, na região de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, e rapidamente se espalhou devido às altas temperaturas e ventos fortes. O incêndio resultou em 66 mortes e mais de 250 feridos, além de destruir centenas de casas e vastas áreas de floresta.

O combate às chamas foi extremamente difícil devido à velocidade com que o fogo se propagava, criando uma situação de pânico entre os moradores e dificultando as operações de evacuação. Muitos morreram nas estradas enquanto tentavam fugir do fogo.

A tragédia trouxe à tona questões sobre a prevenção de incêndios, gestão florestal e a resposta das autoridades a desastres naturais.

O que dizem as autoridades de Portugal sobre os incêndios

Confrontado com a questão da prevenção de situações trágicas como as de 2017, o primeiro-ministro Luís Montenegro optou por evitar a controvérsia, afirmando que “não vale a pena arranjar polêmicas onde elas não existem”.

Ele reforçou a importância de seguir rigorosamente as orientações das autoridades, reconhecendo o papel crucial de cada cidadão na superação deste desafio.

Montenegro também agradeceu a ajuda oferecida pela Comissão Europeia para tentar conter a onda de incêndios no país. Os Estados Unidos também devem ceder apoio.

Já o presidente de Portugal cancelou a viagem que faria à Espanha e agradeceu à população e à Proteção Civil. Marcelo Rebelo de Sousa tinha programado visitar Tenerife e Las Palmas, mas decidiu cancelar a viagem devido aos incêndios. Ele aproveitou para elogiar “a força, solidariedade e tranquilidade” das pessoas afetadas.

Situação dos incêndios em Portugal pode se agravar

O estado de alerta para incêndios foi prolongado até quinta-feira em Portugal e as autoridades vem alertando para dias difíceis pela frente.

A severidade meteorológica, atingindo níveis críticos, impõe enormes obstáculos no combate aos incêndios, agravando uma situação já bastante complexa.