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Maurício Martins

Maurício Martins

Colunista

Nascido no Rio de Janeiro e com raízes portuguesas, o jornalista, redator e roteirista Mauricio Martins reside em Portugal desde 2020. Com mais de 25 anos de experiência, trabalhou em diversos veículos de comunicação. Possui pós-graduação em Marketing e Comunicação Empresarial. É apaixonado por tecnologia, viagens e boa música.

Localizações

Onde Nasceu?

Rio de Janeiro (Brasil)

Onde mora?

Vila Nova de Famalicão, Braga (Portugal)

Onde já morou?

Brasil

Portugal

Parceiro Euro Dicas

Desde quando colabora com o Euro Dicas?

Formação

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Rádio e TV

Facha (Faculdades Integradas Hélio Alonso)

Jornalismo

Universidade Cândido Mendes

Marketing Empresarial

Iniciei minha carreira no rádio, minha grande paixão. Trabalhei por anos na Rádio Globo, onde atuei como produtor. Posteriormente, migrei para a área de Marketing de uma multinacional do setor de seguros, onde desenvolvi e gerenciei campanhas de venda. Depois, retornei ao rádio, ingressando na CBN, que foi uma grande escola de Jornalismo e Comunicação. Na emissora, desempenhei funções de produtor, repórter e âncora em diversos programas. Em seguida, trabalhei na TV Globo como roteirista em diversos projetos e chefe de produção de conteúdo de um programa diário. Em 2020, mudei-me para Portugal, onde passei a me dedicar à produção de conteúdo. Desde então, trabalhei para várias empresas e prestei consultoria de comunicação para diversos clientes.

Curiosidades

Tem filhos?

0

Tem pet?

1

Tem Cidadania Europeia?

Sim

Clima preferido

Odeio calor com todas as minhas forças. Fico de mau humor. Amo o frio. Para mim o tempo perfeito é céu claro, com sol e friozinho

Mão dominante

Destro

Sou resiliente, teimoso e um pouco ranzinza, mas sempre bem-humorado. Não tolero a falta de respeito à diversidade nem aqueles que impõem regras rígidas sobre o que é certo ou errado na vida. Adoro assistir vídeos de pessoas preparando e experimentando comida. Meu vício: criar playlists de músicas.
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Alunos acompanham aula de mestrado na Europa.
Europa

Mestrado na Europa: quanto custa e como garantir a sua vaga

Ter um mestrado na Europa no currículo pode abrir várias portas para sua carreira profissional. Diversas faculdades europeias oferecem programas de pós-graduação de alto nível e com vagas abertas para brasileiros. Se esse assunto interessa a você, continue lendo este artigo para explorar as oportunidades de mestrado disponíveis na Europa e dar um passo decisivo em sua carreira acadêmica. Como fazer mestrado na Europa? Fazer um mestrado na Europa é uma oportunidade única para aprofundar os conhecimentos aprendidos durante a graduação. E, com essa experiência, você garante um diferencial no currículo e tem mais chances de ser aprovado em seleções de emprego e bolsas acadêmicas. Além de “dar um up” na carreira, durante os estudos você tem a oportunidade de trabalhar com pessoas de outras nacionalidades, vivenciar novas culturas e aperfeiçoar o idioma. Com tantas vantagens, o investimento em um mestrado na Europa vale muito a pena. A maioria das faculdades na Europa disponibilizam bolsas e um percentual das vagas para estudantes estrangeiros. Calendário acadêmico europeu é diferente do brasileiro O calendário acadêmico europeu geralmente começa em setembro e termina em junho ou julho, com um intervalo para as férias de verão. Essa estrutura favorece a internacionalização, a produtividade e o bem-estar dos estudantes. Muitos países europeus usam o sistema semestral, com dois períodos principais: de setembro a janeiro e de fevereiro a junho. As férias são distribuídas ao longo do ano, incluindo uma pausa significativa no verão e intervalos durante o Natal e a Páscoa. Isso permite que os alunos tenham tempo suficiente para descansar e aproveitar suas experiências acadêmicas e culturais na Europa. Documentos necessários Se você está considerando prosseguir com um mestrado na Europa, é fundamental compreender os documentos necessários para garantir um processo de admissão tranquilo e eficiente. Abaixo, detalho os documentos essenciais e a importância de cada um deles. Passaporte válido: documento oficial de identificação emitido pelo seu país de origem. Deve ter validade mínima que cubra todo o período de estudo; Visto de estudante: o processo para obtenção pode variar conforme o país, mas geralmente inclui comprovação de aceitação em uma universidade e recursos financeiros; Carta de aceite da universidade: documento emitido pela instituição de ensino confirmando a aceitação do estudante no programa de mestrado; Diploma de graduação e histórico escolar: em muitos casos, esses documentos precisam de uma tradução para o idioma oficial do país de destino; Currículo Vitae (CV): documento que resume suas qualificações acadêmicas, experiências profissionais e outras realizações relevantes; Cartas de recomendação: cartas escritas por professores ou empregadores que atestam suas capacidades e aptidões; Prova de proficiência em língua estrangeira: certificações como TOEFL, IELTS ou exames específicos de proficiência em outros idiomas, dependendo do país e do programa; Carta de motivação: documento no qual você explica suas motivações para cursar o mestrado, seus objetivos acadêmicos e profissionais e por que escolheu aquela universidade específica; Portfólio (para áreas específicas): coletânea de trabalhos, projetos ou pesquisas, aplicável especialmente a áreas como Artes, Design e Arquitetura; Comprovação de recursos financeiros: documentos que comprovem que você possui recursos suficientes para se sustentar durante o período de estudos, como extratos bancários, cartas de patrocínio ou comprovantes de bolsa de estudos. Preparar todos esses documentos com antecedência é essencial para garantir que você atenda a todos os requisitos de admissão e imigração. Alguns programas de mestrado na Europa exigem a tradução juramentada dos documentos originais. A precisão e a completude da documentação não apenas facilitam o processo, mas também demonstram seu compromisso e seriedade em relação à oportunidade acadêmica.Portanto, investir tempo e esforço na preparação dos documentos necessários é um passo crucial para o sucesso na realização de um mestrado na Europa. Precisa validar diploma da graduação? Depende do curso e da universidade. O processo de validar diploma brasileiro na Europa nem sempre será exigido, por isso, é essencial ler o edital para o qual está se candidatando para cumprir os requisitos acadêmicos necessários para admissão em programas de mestrado. De todo modo, é fundamental fazer a tradução juramentada para o idioma do país para o qual vai se candidatar e fazer a Apostila de Haia para quem ele tenha validade nos países europeus. Para fazer suas traduções de forma rápida e segura, indicamos os serviços da Yellowling, que trabalha com tradutores certificados. Aqui no Euro Dicas sempre usamos a Yellowling quando precisamos de traduções oficiais. Processo seletivo O processo seletivo para mestrado na Europa é rigoroso e meticulosamente estruturado, assegurando que apenas os candidatos mais qualificados sejam admitidos. A seleção envolve várias etapas críticas, começando pela escolha do programa e da universidade, que devem alinhar-se aos interesses acadêmicos e objetivos profissionais do candidato. Verificar os requisitos de admissão específicos de cada programa é essencial, pois podem incluir um diploma de graduação em uma área relacionada e experiência profissional relevante. A preparação dos documentos deve ser completa e precisa, garantindo que todos os requisitos sejam atendidos. A submissão da candidatura nos prazos estabelecidos também é crucial, uma vez que as universidades europeias são extremamente rigorosas com as datas de submissão, e qualquer atraso pode resultar na exclusão automática da candidatura. Além disso, lembre-se de pagar todas as taxas de inscrição exigidas. Durante o processo de seleção, a comissão de admissões avalia minuciosamente os candidatos, o que pode incluir a análise dos documentos, entrevistas e provas adicionais específicas ao programa. Algumas universidades exigem entrevistas, que podem ser conduzidas pessoalmente, por telefone ou videoconferência. Providências após o aceite da universidade Uma vez aceito, o candidato deve organizar os preparativos finais, que incluem a solicitação de visto, a busca por acomodação e o planejamento financeiro. O processo seletivo para mestrado na Europa é detalhado e altamente competitivo, exigindo preparação cuidadosa e atenção a cada etapa para garantir o sucesso na admissão. Tipos de mestrado na Europa Os programas de mestrado na Europa são amplamente reconhecidos por sua diversidade e qualidade, oferecendo algumas opções para atender às necessidades e objetivos dos estudantes. Embora os tipos de mestrado possam variar conforme o país e a instituição, eles são geralmente categorizados em duas principais modalidades: Mestrado acadêmico Voltado para aqueles que desejam aprofundar seu conhecimento teórico e avançar no campo da pesquisa. Este tipo de programa é ideal para estudantes que planejam seguir uma carreira acadêmica ou que estão interessados em contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico em suas áreas de estudo. O mestrado acadêmico enfatiza a pesquisa, a análise crítica e a produção de conhecimento novo. Os programas terminam geralmente com a elaboração de uma dissertação ou tese, que deve ser defendida perante um painel de especialistas. Essa foi a escolha da advogada e historiadora brasileira Ana Paula Dias Messias Sales, natural de Belém e fazendo Mestrado em Direito Administrativo na Universidade do Minho, em Braga, Portugal. Apaixonada por história, Ana faz mestrado em direito numa das universidades mais prestigiadas de Portugal. Foto: Ana Paula. Ana Paula sempre foi apaixonada por história e sonhava em trabalhar com pesquisa na área. Em 2012, ingressou no curso de Bacharelado em História na UNIRIO, no Rio de Janeiro, e paralelamente cursou Direito e estagiou em um escritório de advocacia. A vontade de estudar fora surgiu com o programa Ciências Sem Fronteiras, mas a falta de fluência em idiomas estrangeiros e a proximidade da formatura em Direito a fizeram adiar esse sonho. Após sete anos formada, Ana Paula sentiu que sua vida não estava completa: “Dois passos faltavam: o mestrado e o doutorado. Em uma viagem de família para visitar meu irmão na Alemanha, decidi que era hora de encarar meus planos de tentar um mestrado fora do Brasil”. Ana Paula tentou o mestrado no Brasil, mas não obteve aprovação. “Sempre digo que o ‘não’ vem para te lembrar de algo pendente no caminho antes de obter o ‘sim’. Levei a não aprovação como um sinal de que era hora de concretizar meu sonho de estudar fora”, afirma. O mestrado da Ana Paula é em Direito Administrativo, com ênfase em Direito das Autarquias Locais, na Escola de Direito da Universidade do Minho. O processo de admissão foi todo realizado pelo site da universidade, com a candidatura online, análise de documentos e pagamento de uma taxa de inscrição. Mestrado profissional Desenhado para aqueles que desejam aprimorar suas habilidades práticas e avançar em suas carreiras profissionais. Este tipo de programa é intensamente focado em aplicações práticas e treinamento especializado, preparando os alunos para enfrentar os desafios do mercado de trabalho. Os programas de mestrado profissional frequentemente incluem estágios, projetos práticos e colaboração com a indústria, oferecendo uma experiência educativa que é diretamente relevante para as necessidades do setor. No mestrado profissional, os cursos são estruturados para fornecer competências específicas que aumentam a empregabilidade imediata dos graduados. Um Master of Business Administration (MBA) é um exemplo clássico de um mestrado profissional valorizado globalmente por seu foco em habilidades de gestão e liderança. Existem mestrados EaD na Europa? Sim, existem mestrados a distância (EaD) na Europa, e essa modalidade tem crescido consideravelmente em popularidade e prestígio nos últimos anos. As universidades europeias reconhecem a necessidade de flexibilidade no ensino superior, especialmente para estudantes internacionais e profissionais que buscam continuar sua educação sem interromper suas carreiras. As instituições utilizam plataformas de aprendizado online avançadas que facilitam a interação entre professores e alunos, a participação em discussões, o acesso a recursos bibliográficos e a submissão de trabalhos. Os estudantes podem assistir a palestras gravadas ou ao vivo, participar de fóruns de discussão e colaborar em projetos em tempo real, independentemente de sua localização geográfica. Frequentemente as instituições complementam a oferta EaD com períodos presenciais opcionais, conhecidos como sessões de imersão, que proporcionam uma oportunidade de networking e aprendizado prático. O mineiro Pedro Caetano Gonçalves Lacerda é um brasileiro que mora em Paris, na França. Atualmente, cursa dois mestrados simultaneamente: um em Antropologia na Escola de Estudos Avançados em Ciências Sociais de Paris (EHESS) e outro em Mudanças Climáticas na Universidade de Pádua, na Itália. Pedro fez uma grande imersão cultural na Itália durante o mestrado em Mudanças Climáticas. Foto: Pedro Caetano. Ele iniciou o primeiro mestrado em setembro de 2022 e o segundo em 2023. Para conseguir conciliar as duas formações, Pedro optou por estender o mestrado na França para três anos, aproveitando que o segundo ano do mestrado na Itália é todo online. “Ainda que permaneça uma missão bastante desafiadora, consigo organizar ambas as grandes tarefas”, afirma. Pedro tem uma trajetória acadêmica e profissional diversificada e inspiradora. “Antes de iniciar o mestrado, passei um ano na Amazônia, voluntariando em comunidades indígenas em projetos de arte, educação e reflorestamento. No final desse período, percebi que estava realizando um trabalho de campo antropológico e decidi oficializar esses estudos dentro do meio acadêmico”, explica. O processo de admissão para o mestrado em Antropologia foi rápido. Apesar de ter inicialmente recebido um “não” devido à data de inscrição já estar encerrada para estudantes estrangeiros, ele insistiu e foi aceito em três instituições parisienses, escolhendo a EHESS por ser a maior referência em Antropologia em língua francesa. Confira como é o doutorado na Europa e descubra se vale a pena fazer essa etapa de estudos no continente. Quanto tempo dura o mestrado na Europa? Um mestrado na Europa dura geralmente entre um e dois anos. Na maioria dos países europeus, o padrão é que os programas de mestrado sejam concluídos em dois anos, correspondendo a quatro semestres de estudo. No entanto, há também programas de um ano, especialmente em áreas como negócios e gestão, projetados para oferecer uma formação intensiva e acelerar o progresso profissional dos estudantes. Quanto custa um mestrado na Europa? O custo de um mestrado na Europa varia significativamente entre os países, universidades e cursos. Fatores como a reputação da universidade, a duração do programa, a área de estudo e a nacionalidade do estudante (da União Europeia ou de fora) influenciam diretamente no valor das taxas de matrícula. Para ilustrar essa variação, apresentamos uma tabela com exemplos de custos em diferentes países: Universidade CursoValor para nacionalValor para internacional/CPLPUniversidade de Lisboa (Portugal)Mestrado em Engenharia Informática1.060€/ano7.000€/anoUniversidad Complutense de Madrid (Espanha)Mestrado em Economia2.545€/ano3.943€/ anoUniversità degli Studi di Milano (Itália)Mestrado em Design de Moda2.756€/ano3.826€/anoUniversité Paris 1 Panthéon-Sorbonne (França)Mestrado em Economia Internacional243€/ano4.000€/anoTechnische Universität München (Alemanha)Mestrado em Engenharia Mecânica129€/semestre7.500€/semestre Lembre-se que esses valores são apenas estimativas e podem variar conforme o curso específico e outros fatores adicionais, como taxas de laboratório, materiais de estudo e atividades extracurriculares. Estudantes de países da União Europeia (UE) frequentemente pagam menos do que estudantes internacionais devido a acordos e subsídios. Algumas universidades, especialmente em países como a Alemanha e os países nórdicos, oferecem programas gratuitos ou a baixo custo para estudantes da UE e, em alguns casos, para não-europeus. Vale a pena se aprofundar no tema sobre quanto custa estudar na Europa, para entender se faz sentido para seu orçamento. Faculdades públicas na Europa também são pagas Faculdades públicas na Europa também cobram taxas de matrícula e anuidades para estudantes de fora da União Europeia (UE) ou de países não pertencentes ao Espaço Econômico Europeu (EEE). No entanto, para estudantes da UE/EEE e, em alguns casos, para residentes de longa duração, as faculdades públicas em muitos países europeus oferecem educação gratuita ou com taxas simbólicas, cobrindo apenas taxas administrativas ou contribuições estudantis. As políticas de cobrança variam de país para país e até mesmo entre universidades em um mesmo país. Por exemplo, países como Alemanha, Finlândia, Noruega e Suécia são conhecidos por oferecer educação gratuita ou com custos muito baixos. Em alguns países as taxas podem ser altas Já em Portugal, a anuidade para estudantes internacionais nas universidades públicas é muito mais alta. A título de comparação, na Universidade do Porto, a propina (anuidade) do ano letivo 2024/2025 para alunos nacionais e membros da UE é de 1.250€, enquanto estudante internacional sobe para 4.000€ e CPLP fica no meio-termo pagando 2.200€. Os valores podem ser ainda mais altos caso você opte por cursar o mestrado em uma faculdade privada. Uma alternativa para estudar na Europa de graça é ser aprovado em bolsas de estudo para as universidades desses países. Como fazer mestrado na Europa com bolsa? A maioria dos países europeus disponibilizam bolsas de mestrado para estudantes brasileiros. Normalmente, elas cobrem o valor total ou parcial do curso de mestrado na Europa. Confira abaixo as principais bolsas disponíveis: Programa Chevening: bolsas de mestrado para o Reino Unido; Orange Tulip Scholarship: bolsas de mestrado para a Holanda; Fundação Carolina: bolsas de mestrado para a Espanha; DAAD: bolsas de mestrado para a Alemanha; Programa Erasmus Mundus: bolsas de mestrado para vários países europeus. Como escolher o país para mestrado na Europa? Escolher o país para realizar um mestrado na Europa envolve considerar diversos critérios essenciais que podem afetar significativamente sua experiência acadêmica e pessoal. Um processo estruturado de pesquisa e avaliação pode ajudar a tomar uma decisão informada. Destinos mais populares para mestrado na Europa Os destinos para realizar um mestrado na Europa são diversos e variados, refletindo a riqueza cultural, acadêmica e econômica do continente. A escolha depende dos interesses acadêmicos específicos, das preferências pessoais quanto ao ambiente cultural e social, além das oportunidades de carreira após a conclusão dos estudos. Cada país oferece suas próprias vantagens distintas. Mestrado em Portugal Fazer mestrado em Portugal oferece excelência acadêmica em universidades renomadas, além de uma rica experiência cultural e um ambiente interessante para estudantes internacionais. Como se candidatar Anualmente, essas universidades abrem processo seletivo para mestrado em diversas áreas. Para se candidatar, é preciso preencher os pré-requisitos exigidos pelo edital de cada programa e os documentos. Os principais são: Carta de motivação; Diploma (do último curso acadêmico concluído); Currículo em formato Europass; Cópia CPF; Pagamento da taxa de inscrição; Projeto de mestrado (aplicável em alguns casos). Como cada instituição tem um cronograma específico, vale a pena acompanhar os sites das faculdades para não perder prazos. As cartas de recomendação para mestrado também podem ser incluídas na candidatura. A advogada e historiadora Ana Paula conta que escolheu Portugal pela língua portuguesa e pela similaridade do sistema jurídico com o brasileiro. “Portugal tem muito em comum com a cultura brasileira e o direito tem suas semelhanças. Além disso, para quem é historiadora, Portugal é fascinante por seu vasto quadro cultural e histórico”, comenta. Sobre a experiência, Ana Paula é enfática: “A experiência não só valeu a pena, como está me influenciando a continuar a estudar em Portugal. É uma forma de amadurecimento pessoal e profissional, pois você adquire experiências que não teria no seu país” Ela acrescenta que a saudade é amenizada pelos meios tecnológicos, permitindo contato constante com os parentes no Brasil. Mestrado na Espanha O mestrado na Espanha combina educação de alta qualidade em instituições renomadas com uma rica imersão cultural, além de amplas oportunidades de networking e desenvolvimento profissional. Como se candidatar O processo seletivo para o mestrado varia de acordo com a instituição. Normalmente, são lançados editais uma vez ao ano antes do início do ano letivo da Espanha. Para não perder os prazos, é importante acompanhar o calendário da universidade. Para participar da seleção, é preciso pagar uma taxa inicial e enviar documentos como diploma de graduação e a carta de motivação, com os seus motivos para estudar na Espanha. Caso você opte por uma bolsa, será necessário participar de uma entrevista com um comitê de admissão da instituição. Serão avaliados critérios como mérito acadêmico ou condição financeira. Saiba tudo sobre como se candidatar à Universidade na Espanha. Mestrado na França Realizar um mestrado na França proporciona uma educação de excelência em universidades de prestígio, acesso a uma cultura rica e diversificada, e amplas oportunidades inovadoras e dinâmicas de pesquisa e desenvolvimento profissional. Como se candidatar O primeiro passo se candidatar à universidade na França é decidir qual a linha de pesquisa você deseja seguir. Após isso, você deve procurar a universidade francesa que ofereça o programa ideal para os seus objetivos. Uma dica bacana para acompanhar as seleções de mestrado é acessar o site Trouver Mon Master. Nele, você pode ficar atualizado sobre os editais de pós-graduação das principais universidades francesas. Quando você encontrar o edital ideal, acesse o site da universidade, faça o pagamento da inscrição e envie os documentos exigidos pela instituição. Após o país, é preciso escolher as universidades para candidatura Primeiramente, verifique se as universidades estão oficialmente reconhecidas pelo governo do país hospedeiro e se são credenciadas por agências de qualidade educacional reconhecidas. Isso garante que os programas oferecidos atendam aos padrões acadêmicos estabelecidos e que os diplomas obtidos sejam reconhecidos globalmente. Consulte rankings acadêmicos internacionais respeitados e guias de universidades para obter informações sobre a qualidade dos programas oferecidos, a pesquisa realizada pelas faculdades e a reputação geral da instituição. Considere os recursos disponíveis nas universidades, como bibliotecas, laboratórios, instalações esportivas e centros de pesquisa. Esses fatores podem influenciar sua experiência educacional e o desenvolvimento de suas habilidades profissionais. A escolha do país para fazer mestrado pode depender da oferta acadêmica específica em sua área de interesse. Outro aspecto importante é a localização da universidade. Considere o ambiente urbano ou rural, o custo de vida na cidade onde a universidade está localizada, as oportunidades de networking e as possibilidades de estágio ou emprego na região após a formatura. É recomendável entrar em contato com os departamentos ou programas específicos para obter informações detalhadas sobre os requisitos de admissão, as datas de candidatura, os documentos necessários e quaisquer oportunidades de bolsas de estudo ou financiamento disponíveis. Melhores universidades para mestrado na Europa Como dissemos anteriormente, é importante considerar rankings acadêmicos atualizados que avaliam a qualidade e reputação das instituições. Aqui estão algumas das principais universidades europeias para mestrado, com base no ranking da Top Universities: University of Oxford, Reino Unido; Eidgenössische Technische Hochschule Zürich, Suíça; University of Cambridge, Reino Unido; Imperial College London, Reino Unido; University College London, Reino Unido; The University of Edinburgh, Reino Unido; Université Paris Sciences et Lettres, Reino Unido; The University of Manchester, Reino Unido; École polytechnique fédérale de Lausanne, Suíça; King's College London, Reino Unido. Essas universidades são reconhecidas mundialmente por sua excelência acadêmica, pesquisa de ponta e ambiente propício para o desenvolvimento pessoal e profissional dos estudantes. Passei no mestrado e agora? Parabéns! Este é um marco significativo em sua jornada acadêmica e profissional. Agora, é hora de se preparar para uma experiência enriquecedora e desafiadora. Primeiramente, familiarize-se com todos os detalhes do programa de mestrado, incluindo a estrutura do curso, os requisitos de créditos, as disciplinas oferecidas e as opções de especialização, se houver. Em seguida, entre em contato com o departamento responsável pelo programa na universidade para confirmar os próximos passos, como matrícula, documentação necessária e datas importantes, como orientação e início das aulas. Além disso, considere a pesquisa e a preparação para possíveis temas de dissertação ou projetos de pesquisa. Comece a familiarizar-se com a bibliografia essencial e discuta suas ideias com orientadores ou professores do programa. Visto para o país onde vai fazer o mestrado Primeiramente, verifique o tipo de visto necessário com base na duração e na natureza dos seus estudos. Muitos países europeus oferecem vistos de estudante para programas de mestrado, permitindo que você permaneça legalmente no país durante seus estudos. É importante iniciar o processo de visto com antecedência, pois os prazos de processamento podem variar dependendo do país e da época do ano. Pode trabalhar durante o mestrado na Europa? Sim, é possível trabalhar durante o mestrado na Europa, mas as condições variam dependendo do país onde você está estudando e da sua nacionalidade. Para estudantes de países da União Europeia ou do Espaço Econômico Europeu, geralmente há menos restrições para trabalhar durante os estudos. Para estudantes de países como o Brasil, as regras podem ser mais rigorosas. Normalmente, os estudantes internacionais podem trabalhar a tempo parcial durante o período letivo (geralmente até 20 horas por semana) e em tempo integral durante os períodos de férias. Algumas universidades oferecem oportunidades de trabalho no campus, enquanto outras podem auxiliar os estudantes a encontrar estágios remunerados ou empregos relevantes fora do campus. Antes de começar a trabalhar, certifique-se de que seu visto de estudante permite atividades remuneradas e de que você está cumprindo todas as obrigações legais relacionadas ao seu status de estudante no país. Mestrado na Europa para brasileiros é uma boa ideia? É uma ótima ideia. Se você tem a oportunidade de fazer mestrado na Europa, então aproveite. A experiência de estudar com professores e alunos de culturas diferentes da sua é inexplicável. Durante o curso você irá aprender técnicas e métodos de pesquisa modernos. As probabilidades de você encontrar estudantes brasileiros também são grandes, facilitando a adaptação cultural. Além disso, o fato de estar vivenciando uma nova cultura, estimula você a pesquisar e ficar atualizado sobre as notícias brasileiras. A Ana Paula, que faz mestrado em Portugal, diz que não mudaria nada em sua jornada. “Talvez, se eu tivesse mergulhado antes nessa experiência, não teria sido tão gratificante como está sendo agora”, reflete. Seu conselho é claro: “Não tenha medo de se arriscar. Saia da sua zona de conforto e vivencie seus sonhos. Se planeje, escolha o lugar e se arrisque, no final tudo irá valer a pena” A brasileira Vera Simões, que mora em Roma, concorda plenamente. Ela conta em vídeo sua experiência ao fazer mestrado na Itália. Quanto à experiência, o mineiro Pedro Caetano também é categórico: “Valeu totalmente a pena. Faria tudo de novo da mesma forma como fiz”. Ele destaca as inúmeras oportunidades que se abriram ao estudar e viver em Paris, mesmo sem bolsa de estudos inicialmente, e a importância do apoio que recebeu de pessoas experientes durante os processos de inscrição. “Fazer esses dois mestrados ao mesmo tempo, é extremamente recompensador pela experiência de vida e de ensino que isso está me oferecendo”, conclui. Depois do mestrado, precisa validar o diploma europeu no Brasil? Sim, após concluir um mestrado na Europa, é necessário validar o diploma no Brasil para que ele seja reconhecido pelas autoridades brasileiras. Esse processo é conhecido como revalidação ou equivalência de diploma, conduzido pela plataforma Carolina Bori, ligada ao Ministério da Educação (MEC) no Brasil. A revalidação é importante para garantir que seu diploma estrangeiro seja aceito legalmente no Brasil, seja para exercer profissões regulamentadas, continuar estudos acadêmicos ou simplesmente para fins de comprovação educacional. Perguntas frequentes sobre o mestrado em Portugal Separamos algumas questões muito comuns sobre o tema para auxiliar na sua decisão. Optar por realizar um mestrado na Europa é uma decisão que oferece não apenas uma educação de alto nível em um ambiente multicultural e inovador, mas também abre portas para oportunidades acadêmicas e profissionais globais. Com centenas de programas de mestrado, universidades renomadas e uma rica diversidade cultural, a Europa se destaca como um destino ideal para estudantes que buscam excelência acadêmica e crescimento pessoal. Confira também o nosso guia completo e saiba como fazer mestrado no exterior.

Morar em Portugal ou Irlanda
Portugal Irlanda

Portugal ou Irlanda? Descubra qual o melhor país para você viver

Portugal ou Irlanda? Ambos países são destinos populares para brasileiros que desejam viver na Europa. Portugal atrai pelo idioma e qualidade de vida, enquanto a Irlanda é preferida por intercambistas e quem busca emprego. Para ajudar na sua escolha, confira este artigo compara os dois países em vários aspectos essenciais que vão ajudar na sua escolha. Confira! Qual o melhor lugar para morar: Irlanda ou Portugal? Morar em Portugal é viver em um país calmo, seguro e com muita qualidade de vida. É desfrutar de comidas deliciosas e praias deslumbrantes. É ter uma história interligada com a nossa, falar o mesmo idioma e achar divertidas as diferenças com as palavras. É achar lindo o sotaque e se surpreender ou se assustar com a maneira literal dos portugueses. É quebrar grandes barreiras com o jeitinho desconfiado e reservado dos portugueses e constatar que eles são maravilhosos! Morar na Irlanda é viver em um país super aberto para imigrantes. É desfrutar da curiosidade dos irlandeses para fazer amizades. É se deslumbrar com as paisagens e belezas naturais que o país oferece. É viver sem sol e se apaixonar (ou detestar) o tempo nublado. É passar aperto com o inglês, mas ter um aprendizado que nenhum cursinho vai te proporcionar. É curtir o dia de São Patrício como se não houvesse o amanhã e se encantar por uma cultura completamente diferente. Se você está considerando uma mudança para a Europa e está em dúvida entre Portugal e Irlanda como seu próximo destino, é fundamental examinar alguns pontos importantes antes de tomar uma decisão. Trabalhar em Portugal ou Irlanda? Ambos os países oferecem oportunidades de trabalho, porém, entre Portugal e Irlanda, a Ilha da Esmeralda se destaca mais nesse aspecto. Os irlandeses são muito receptivos com estrangeiros e há oportunidades de trabalho para diferentes faixas etárias. Sem contar que é um excelente país para estudar inglês e dominar o idioma. Há trabalhos disponíveis para todos os níveis de inglês, mas é claro que se está começando a aprender, vai conseguir vagas em pubs, cafés, limpeza, etc. Por outro lado, em Portugal existe a facilidade com o idioma e isso acaba fazendo com que muitos brasileiros optem pelo país para trabalhar. O que ninguém te conta é que apesar do idioma nativo, os portugueses falam inglês muito bem e a maioria das vagas faz a exigência do idioma, sejam empregos qualificados ou não. Portanto, em Portugal o inglês é o básico e ter uma terceira língua (espanhol, francês, italiano ou alemão) será o diferencial. Diferenças no mercado de trabalho O mercado de trabalho em Portugal e na Irlanda apresenta diferenças significativas. Em Portugal, a taxa de desemprego tem historicamente sido mais elevada do que na Irlanda, embora tenha diminuído nos últimos anos. No entanto, a Irlanda possui uma economia em crescimento e uma demanda crescente por profissionais qualificados em setores como tecnologia, finanças e saúde. Experiência de uma brasileira na Irlanda e em Portugal Viviane Okubo, brasileira de Bauru (SP), foi fazer intercâmbio em Dublin para aperfeiçoar o inglês e atualmente é estudante de pós-graduação na Porto Business School. Viviane lembra que é muito comum estrangeiros em Portugal conseguirem empregos em restaurantes, em lar de idosos ou call center. Na Irlanda já é mais fácil conseguir empregos em pubs, baladas, coffee shops ou trabalhar como cleaner ou childminder. Viviane Okubo em Dublin, na Irlanda, onde foi fazer intercâmbio para aprimorar o inglês. Foto: Viviane Okubo Ela enfatiza que o nível de inglês pode influenciar para conseguir um emprego (e o tipo de emprego) na Irlanda e também em Portugal. “Sempre tive vontade de fazer um intercâmbio para aprimorar o meu inglês. Ao pesquisar as possibilidades de intercâmbio, percebi que a opção de estudo e trabalho seria a ideal para mim. Portanto, após pesquisar quais países oferecem essa modalidade, optei pela Irlanda, por estar na Europa e possibilitar conhecer outros países enquanto estivesse por lá." Encontrar emprego na Europa não é fácil, mas para saber quais são as suas oportunidades reais, aconselhamos a verificar os sites de emprego em Portugal e dar uma olhada nos empregos na Irlanda. É fundamental manter o currículo constantemente atualizado e iniciar o processo de candidatura para vagas, pois as oportunidades de emprego não se apresentam espontaneamente. É preciso estar proativo na busca por essas oportunidades, utilizando também plataformas online e redes de contatos profissionais. Área de tecnologia Enquanto Portugal está emergindo como um destino atraente para empresas de tecnologia, especialmente em cidades como Lisboa e Porto, a Irlanda é conhecida como um dos principais centros de tecnologia da Europa, com grandes empresas de tecnologia estabelecendo sua sede europeia no país. Portugal é um país que ainda está em fase de desenvolvimento tecnológico e tem se mostrado bastante aberto para profissionais de alta qualificação como os profissionais de Tecnologia da Informação e Marketing Digital. Por outro lado, a Irlanda já é considerada um verdadeiro polo tecnológico - o Vale do Silício Europeu - abrigando a sede de muitas empresas importantes no ramo como Google, Facebook, Twitter, LinkedIn, Dropbox, entre tantas outras. Dessa forma, há uma possibilidade bem maior de trabalhar em uma empresa de grande porte e mundialmente conhecida. Os dois países oferecem oportunidades de emprego em tecnologia, mas a Irlanda é frequentemente preferida devido à sua infraestrutura tecnológica avançada e ao seu ecossistema empresarial mais desenvolvido nesta área. WebSummit une Portugal e Irlanda Ambas têm em comum a WebSummit - a maior feira de tecnologia da Europa. O evento nasceu em Dublin, mas com o passar dos anos e seu enorme crescimento, a cidade não conseguiu suportar toda a infraestrutura necessária - transportes públicos, Wi-Fi, hotéis, etc. Hoje, Lisboa é a sede do evento, que acontece anualmente e recebe milhares de pessoas. Índice de desemprego Em Portugal, a taxa de desemprego em 2024 está em 6,8%, segundo o Pordata. O país possui a 12ª taxa de desemprego mais elevada na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Ainda, segundo o Diário de Notícias, o desemprego atingiu seu pior momento em Portugal desde o início da pandemia, refletindo também na oferta de emprego. Porto, em Portugal, passa por grande crescimento econômico, atraindo empresas multinacionais e startups. Já na Irlanda, o índice de desemprego em 2024 está em 4%, segundo a Central Statistics Office (CSO). De acordo com a entidade, a Irlanda registrou em 2023 uma taxa recorde de emprego. Durante o quarto trimestre de 2023, o país contou com 2,7 milhões de pessoas empregadas, o que representa um aumento de 3,4% em comparação com o mesmo período de 2022. Ao falar das oportunidades de trabalho, é essencial considerar o índice de desemprego. Embora essa informação não deva desencorajar, é importante analisar esses dados com atenção. Salários Quando se trata de salários, há uma disparidade notável entre Portugal e Irlanda. Enquanto Portugal tem uma média salarial consideravelmente mais baixa em comparação com outros países europeus, a Irlanda se destaca por oferecer salários mais elevados, posicionando-se entre os mais altos da região. Portugal tem um salário mínimo mensal que é de 820€ (2024). Já na Irlanda ganha-se por hora trabalhada e o valor mínimo pago por hora é 12,70€ (2024). O salário mínimo irlandês foi ajustado em 12% em 2024, o que ultrapassou a taxa de inflação estimada para o ano anterior, prevista em 5,25%. Conforme dados da Comissão Europeia, o salário médio anual na Irlanda é de 44.202€, o que equivale a aproximadamente 3.683€ por mês. A Irlanda possui o segundo maior salário médio da Europa, ficando atrás apenas de Luxemburgo. Em Portugal, o valor médio mensal é de 1.505€, segundo o Instituto Nacional de Estatística, ou seja, um montante médio anual de 21.070€, considerando o 14º salário do país. Portugal ocupa o 5º lugar na União Europeia em termos de salário médio mais baixo. Veja a comparação: PaísSalário mensal*Valor/hora trabalhadaSalário médio anualHora trabalhada/ano**Portugal820€5,12€21.070€10,12€Irlanda3.683€12,70€44.202€23,53€ * Valor estimado por 40 horas semanais. ** De acordo com o salário médio (40 horas semanais). Luisa Moraes e Fernando Casanova, casal de Belo Horizonte, Minas Gerais, que possui cidadania europeia, decidiu morar inicialmente em Dublin para adquirir experiência no mercado europeu. Atualmente, eles residem e trabalham no Porto. Luisa e Fernando saíram do Brasil já com alguns anos de carreira, mas devido ao alto custo de vida da Irlanda, não ganhavam o suficiente para ter uma vida confortável. “O país abriga a sede europeia da maioria das empresas multinacionais, principalmente de tecnologia, e isso atrai jovens profissionais do mundo inteiro, e gera demanda por mais empregos em serviços e infraestrutura. Também há cada vez mais investimento em turismo. Eles reforçam que Portugal tem potencial para atrair investimento e mão de obra estrangeira, mas em uma escala mais reduzida e “ainda pouco explorada.” Luisa Moraes e Fernando Casanova em pleno verão de Galway, na Irlanda. Foto: Luisa e Fernando Hoje, também graças a essa experiência de ter morado em outros países da Europa, o casal tem uma vida mais confortável em Portugal. Mesmo com salários mais baixos, a redução dos custos fixos compensou para eles. Melhor país para juntar dinheiro Portugal dificilmente vai ser o país ideal para juntar dinheiro. De acordo com uma pesquisa recente, quase metade da população que consegue economizar dinheiro no país tem a capacidade de reservar apenas até 100€ ao final do mês. A maioria desses poupadores guarda entre 50€ e 100€ mensalmente. Já a Irlanda possui um salário muito mais alto e apesar de o custo de vida também ser alto no país, é possível economizar e juntar dinheiro mensalmente. Estudar em Portugal ou Irlanda? Ambos oferecem uma ótima educação, seja para imigrantes ou nativos. A principal diferença entre os dois está nos custos do ensino superior, uma vez que ambos oferecem um ensino básico gratuito. As melhores universidades de Portugal cobram para a licenciatura um valor entre 3 mil a 7 mil euros anuais dependendo do curso. Agora, fazer faculdade na Irlanda custa bem caro, os valores anuais variam entre 20 a 50 mil euros. Outra diferença para definir qual é o melhor para estudar é com relação ao idioma. Para estudar na Irlanda, o inglês precisa estar muito bom, pois aulas são todas ministradas no idioma nativo. Portanto, se você não domina o inglês, sem dúvida alguma, a melhor opção vai ser estudar em Portugal. Custo de vida de Portugal e Irlanda Portugal tem o custo de vida baixo se comparado a Irlanda, principalmente no que diz respeito a aluguel de casa ou quarto. Montamos uma tabela comparativa com os principais gastos mensais, de acordo com o Numbeo, considerando às duas capitais - Lisboa e Dublin. A pesquisa, realizada em 11 de junho de 2024, incluiu a consulta aos preços dos quartos na Uniplaces no mesmo dia. Moradia Veja os preços médios ecnontrados: AluguelLisboaDublinApartamento (1 quarto) no centro da cidade1.330€2.030€Apartamento (1 quarto) Fora do Centro920€1.760€Apartamento (3 quartos) no centro da cidade2.540€3.410€Apartamento (3 quartos) Fora do Centro1.630€2.843€Quarto compartilhado450€700€Quarto individual600€950€ - 1.100€ Em ambos os países, a procura por imóveis supera a oferta disponível, principalmente nas grandes cidades como Lisboa e Dublin, elevando os preços dos imóveis, tanto para venda quanto aluguel. Com isso, nota-se um crescimento na procura por aluguel em cidades menores. Os custos das despesas domésticas variam significativamente entre as capitais. Em Lisboa, o valor médio das contas de água, energia e gás é de 133€, enquanto em Dublin esse valor chega a cerca de 275€. Além disso, o custo da internet também difere consideravelmente entre as duas cidades, com uma média de aproximadamente 52€ por mês em Dublin e 39€ em Lisboa. Veja mais custos mensais a seguir: Alimentação Veja os custos de alguns itens de alimentação: ItemLisboaDublinLeite (1 litro)0,96€1,29€Arroz (1kg)1,41€1,65€Ovos (dúzia)2,84€3,75€Filé de Frango (1kg)6,96€9,34€Carne de Boi (1 kg)12,55€10,92€Batata (1kg)1,83€1,77€Água (garrafa de 1,5 litros)0,79€1,60€Refeição, restaurante barato13€20€Refeição para 2 pessoas49€90€McMeal no McDonald’s8,90€10€ Transporte Custos com itens essenciais de transporte: ServiçoLisboaDublinBilhete só de ida (transporte local)2€3€Passe mensal (preço normal)40€150€Gasolina (1 litro)1,83€1,87€ Lazer Confira alguns valores: ItemLisboaDublinAcademia40€48€Cinema - lançamento internacional8€12,50€Cerveja doméstica (500ml)3€6,50€Capuccino (normal)2,27€4,00€ Portugal ou Irlanda: diferença percentual do custo de vida O custo de vida da Irlanda é muito mais alto se olharmos o percentual. Porém, também vale considerar que o salário da Irlanda também é muito mais alto e isso reflete no poder de compra dos cidadãos. Confira os dados pesquisados no dia 11 de junho de 2024 no Numbeo. Preços ao consumidorEm Lisboa é 29% menor do que em DublinPreços ao consumidor incluindo aluguelEm Lisboa é 32% menor do que em DublinPreços do aluguelEm Lisboa são 36% mais baixos do que em DublinPreços dos restaurantesEm Lisboa são 38% mais baixos do que em DublinPreços de supermercadoEm Lisboa são 24% mais baixos do que em DublinPoder de compra localEm Lisboa é 46% menor do que em Dublin Clima em Portugal e Irlanda Nesse quesito, Portugal vence facilmente. O país luso tem um clima ótimo. Um verão maravilhoso com muito sol e calor para curtir as praias, rios e cachoeiras. Os festivais de verão pipocam por várias cidades e a “vibe” é incrível. Já o inverno, digamos que tem para todos os gostos. Na região norte, o frio e a chuva são intensos. A região central é marcada por uma mistura entre frio e dias ensolarados. E no Algarve, a região sul de Portugal, o inverno tem um clima super ameno e com muito sol durante o dia, mas a noite a temperatura pode cair bastante. O clima da Ilha da Esmeralda é bastante característico. A presença do sol é rara, independentemente da estação do ano - primavera, verão, outono ou inverno. A chuva é frequente e os habitantes precisam se acostumar com ela, sendo que o país é constantemente afetado pelas condições climáticas. Para a brasileira Viviane Okubo, o clima da Irlanda foi um obstáculo: “Morei 2 anos em Dublin e, por mais que eu tenha adorado esta experiência, não me adaptei muito com o clima. Morando lá, percebi que eu gosto muito de dias ensolarados e quentinhos, o que não acontece com muita frequência. Eu também queria focar mais na minha carreira profissional e percebi que lá eu teria mais dificuldades para isso." Durante o verão, é raro que a Irlanda registre temperaturas acima de 20ºC, enquanto no inverno as temperaturas variam entre 3ºC e 7ºC. Embora a ocorrência de neve seja incomum, ainda existe essa possibilidade, sendo a última nevasca registrada em 2017. Segurança De modo geral, tanto em Portugal quanto na Irlanda, a segurança é grande - embora existam situações de violência como em qualquer lugar do mundo. Ambos os países são tranquilos nesse aspecto, especialmente se comparados ao Brasil. É comum sentir-se seguro ao utilizar caixas eletrônicos nas ruas, sem preocupações. Saúde No país luso existe saúde pública. Desde 2020, o governo de Portugal trabalha para eliminar as taxas de acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS). Em 2022, quase todas as taxas foram extintas. Agora, as taxas moderadoras são cobradas apenas quando o paciente procura atendimento de emergência hospitalar sem prévio encaminhamento médico ou pelo atendimento telefônico na Linha SNS 24. Mesmo nesses casos, há exceções onde as taxas não são cobradas. Mesmo assim, a taxa é bem pequena e até simbólica se comparada a saúde privada no país. O Hospital Santa Maria, em Lisboa, é o maior hospital público do país e funciona desde 1953. Já a saúde na Irlanda é completamente diferente. Basicamente não existe saúde pública, a não ser em casos extremamente específicos ou para os cidadãos europeus que possuem o Medical Card (um plano da União Europeia para quem não pode arcar com os custos). Sem saúde pública, sempre que você precisar de alguma consulta, procedimento médico ou exames terá que arcar com os custos. Por isso, o seguro saúde é exigido no país para todos os estrangeiros. Considerando essas diferenças na área da saúde, pode-se argumentar que Portugal tem vantagens nesse aspecto. Burocracia É impossível fugir de burocracia, a não ser que tenha cidadania europeia. Mesmo assim, você não vai fugir completamente dela. Ambos os países fazem a exigência do visto para residir legalmente. Além disso, cada visto possui uma especificidade. Visto para Portugal Existem vários tipos de visto para Portugal para atender de estudantes a aposentados e as exigências de cada um não são tão grandes. Por exemplo, existe um tipo de visto chamado Visto D7, que é especificamente destinado a aposentados ou pessoas com rendimentos próprios. Este visto permite que o titular resida em Portugal com base em rendimentos provenientes de fontes externas. Visto para Irlanda Já os tipos de visto para a Irlanda são mais limitados, sendo os mais atrativos, os vistos de estudante e/ou trabalho. Há um visto de trabalho conhecido como Stamp 1, que permite ao trabalhar em tempo integral. Legalização e aquisição de nacionalidade Seja para Portugal ou Irlanda, o correto é reunir todos os documentos necessários e realizar a mudança com muito planejamento e dentro da lei. Dessa forma não nenhum problema. Portugal permite a aquisição da nacionalidade após cinco anos vivendo legalmente no país. Já a cidadania irlandesa pode ser solicitada por pessoas que viverem no país por cinco anos e nos últimos nove anos anteriores ao pedido. Além disso, o último ano (o quinto) precisa ser uma vivência contínua, ou seja, 365 dias sem sair do país. Mais facilidade com cidadania europeia Para morar na Irlanda com cidadania europeia, basta registrar-se junto às autoridades locais após a chegada. Como cidadão da União Europeia, não é necessário visto ou permissão de residência, e você terá direito a trabalhar, estudar e acessar serviços públicos no país. O mesmo vale para Portugal. Idioma Portugal fala português, apesar da diferença com o português brasileiro. Ainda assim, a facilidade de comunicação é grande e acaba por se sentir bastante confortável ao morar no país. A Irlanda, por sua vez, tem o inglês como idioma nativo e pode ser um grande aprendizado para os imigrantes brasileiros. Não é à toa que é um dos países mais procurados por intercambistas. A experiência de morar na Irlanda para aprender ou aperfeiçoar o inglês é altamente recomendada, pois o idioma pode abrir muitas portas na Europa, inclusive em Portugal. O domínio do inglês é uma habilidade valorizada no mercado de trabalho português, com muitas vagas exigindo proficiência no idioma. A imersão na Irlanda, por sua vez, oferece uma oportunidade eficaz para aprimorar essas habilidades linguísticas, tornando-se um diferencial competitivo em diversas áreas profissionais. Gastronomia A culinária irlandesa é marcada por pratos tradicionais que refletem a herança cultural do país. Entre os mais conhecidos, estão o Irish stew, um ensopado de carne, batatas e vegetais; o boxty, uma espécie de panqueca de batata; e o colcannon, uma mistura de batatas com repolho ou couve. A cozinha irlandesa valoriza ingredientes frescos e locais, como peixes, frutos do mar e laticínios de alta qualidade. A gastronomia de Portugal é extraordinariamente rica e deliciosa. Os pratos típicos, como o bacalhau, a francesinha, a sardinha grelhada, o arroz de pato e o cozido, destacam-se pela sua diversidade e sabor. Além disso, os doces portugueses são irresistíveis e deixam qualquer um com água na boca só de pensar. Bebidas também se destacam em ambos A Irlanda se destaca na produção de bebidas alcoólicas, sendo o lar da Guinness, uma das cervejas mais apreciadas mundialmente. Além disso, o país é conhecido por seu excelente whisky e pelo famoso licor de café, o Irish Cream Liqueur. Por outro lado, Portugal é renomado por seus vinhos de alta qualidade, que são tanto saborosos quanto acessíveis. Ainda em dúvida? Entenda se Portugal é o melhor país para você. Ou veja uma lista de coisas que podem surpreender ao morar na Irlanda. Cultura e acolhimento do povo Ambos os países acolhem imigrantes e têm uma política de abertura em relação a eles. No entanto, a Irlanda destaca-se pelo seu acolhimento, com uma população mais receptiva e uma abordagem facilitada para a integração dos imigrantes. Por outro lado, Portugal, que historicamente recebia poucos imigrantes, experimentou uma mudança significativa nos últimos anos. Embora os portugueses possam inicialmente parecer reservados ou desconfiados, uma vez superada essa barreira, revelam-se pessoas incríveis e grandes amigos. O casal Luisa e Fernando, de forma geral, não sofreu grandes dificuldades em se adaptar em nenhum dos dois países. Para eles, a cultura da Irlanda é muito interessante e o país é muito bonito. Na opinião do casal, portugueses e irlandeses possuem algumas similaridades, talvez porque ambos têm uma relação forte com o mar, mas os irlandeses são mais abertos, comunicativos e festeiros, já os portugueses são um povo um pouco mais fechado. Já Viviane conta que sempre fui muito consciente de que estava morando num país com uma cultura diferente e que era preciso manter a mente aberta. Como é do interior de São Paulo, diz que muitas coisas foram "novas" para ela, até os pubs. Algo que Viviane adorou foi que no verão os parques lotam, pois, todos vão para aproveitar o sol e os dias mais longos da temporada. Em Portugal, o mais difícil no começo foi se acostumar com o sotaque português ou com algumas palavras que são bem diferentes do nosso português. Onde é melhor, Portugal ou Irlanda? Escolher entre Portugal e Irlanda pode ser desafiador. Somos suspeitos para opinar, pois vivemos em Portugal e temos um grande amor por esta terra que chamamos de casa. No entanto, ainda não tivemos a oportunidade de morar na Irlanda para fazer uma comparação justa. Viviane Okubo diz que não tem preferência: “Ambos possuem prós e contras na minha lista. Sou feliz aqui em Portugal e fui feliz enquanto morei na Irlanda. Não sinto que me mudaria para a Irlanda novamente, assim como não sinto que vou morar para sempre aqui em Portugal. Portanto, não tenho um preferido, mas ambos têm muito a oferecer e super recomendo que as pessoas conheçam os dois lugares.” O casal Luisa e Fernando concorda com Viviane: “Pode ser os dois? Portugal e Irlanda são maravilhosos, por motivos bem diferentes. Ambos são países pequenos e muito bonitos, com ótima qualidade de vida e muito seguros. A Irlanda tem um povo acolhedor e historicamente resistente, com um senso forte de comunidade. Portugal tem o clima a seu favor e é geograficamente mais próximo do Brasil. O que para nós, tem peso em dobro.” Como mencionado no artigo, cada país tem seus pontos fortes. Conhecer as vivências de diferentes pessoas pode oferecer uma visão mais abrangente e ajudar na tomada de decisão. Perguntas frequentes A seguir, apresentamos algumas questões comuns frequentemente enfrentadas por aqueles que desejam residir em Portugal ou na Irlanda. Fazer faculdade na Irlanda ou Portugal? A Irlanda oferece ensino em inglês, facilitando o acesso ao mercado global. Portugal possui qualidade acadêmica semelhante, com a vantagem do idioma português e menor custo de vida. Ambas têm boas universidades, mas a escolha depende do idioma e das oportunidades desejadas. Qual melhor país para migrar: Irlanda ou Portugal? Portugal é ideal para quem prefere facilidade com o idioma e uma comunidade brasileira estabelecida. Irlanda é atraente para quem busca empregos em empresas multinacionais e deseja aprender inglês. A escolha depende dos objetivos pessoais e profissionais de cada indivíduo. Qual país é mais frio: Portugal ou Irlanda? A Irlanda é mais fria que Portugal. O clima irlandês é caracterizado por temperaturas mais baixas e maior umidade, enquanto Portugal tem um clima mais ameno e ensolarado, especialmente nas regiões do sul. E aí, conseguiu decidir entre Portugal ou Irlanda para morar? Se optar pelo país luso, recomendamos o Programa Morar em Portugal, que conta com 22 videoaulas e um ebook com mais de 300 páginas para te ajudar em todas as fases de planejamento da mudança, desde o Brasil até a adaptação em terras lusitanas.

Casal que decidiu morar no exterior depois dos 50
Europa

Morar no exterior depois dos 50: como planejar sua mudança

Morar no exterior depois dos 50 vai muito além de uma simples mudança de endereço. É uma oportunidade incrível para reinventar a vida. Mas vamos com calma, porque nem tudo é um mar de rosas. Para que essa mudança seja épica e não um pesadelo, é preciso se planejar bem. Escolher um país com um clima agradável e um custo de vida que caiba no seu orçamento é essencial. Com um pouco de organização e pesquisa, você pode embarcar nessa nova jornada e viver os melhores capítulos da sua história! Por que morar no exterior depois dos 50 pode ser a melhor decisão da sua vida? Por uma série de motivos. Morar no exterior depois dos 50 anos pode ser uma das aventuras mais recompensadoras e transformadoras da vida. Além de promover um crescimento pessoal significativo, essa escolha pode melhorar consideravelmente sua qualidade de vida. Crescimento pessoal Nessa fase da vida, muitas pessoas já criaram seus filhos, consolidaram suas carreiras e adquiriram uma sabedoria inestimável. Uma pessoa de 50 anos, hoje em dia, está em uma fase da vida que pode ser marcada por uma mistura de experiência, maturidade e uma visão de mundo moldada por décadas de vivência. É uma fase em que muitos estão estabelecidos em suas carreiras ou já se aposentaram, o que pode trazer uma sensação de realização pessoal e profissional. Vivenciar uma nova cultura, aprender uma nova língua e se adaptar a um ambiente diferente pode trazer um crescimento pessoal enorme. Essa experiência desafia preconceitos, quebra a rotina e amplia horizontes, permitindo um autoconhecimento mais profundo e a descoberta de novas paixões e interesses. Aos 50 anos, uma pessoa pode estar no auge de suas capacidades e pronta para novos desafios, como morar no exterior. Qualidade de vida Buscar uma melhor qualidade de vida é um dos principais motivos para se mudar. Muitos países oferecem um ambiente mais tranquilo e saudável, com mais segurança e ótimos sistemas de saúde. Imagine viver em uma cidade europeia com transporte público eficiente, mercados de produtores locais e uma comunidade acolhedora. Ou quem sabe aproveitar a tranquilidade de uma vila costeira com acesso fácil a praias paradisíacas e várias atividades ao ar livre. Alguns lugares ainda têm um custo de vida mais baixo, permitindo que seu dinheiro renda mais e garantindo um estilo de vida confortável, sem preocupações financeiras. Essa faixa etária muitas vezes valoriza mais a manutenção da saúde física e mental, e pode estar mais consciente da importância de hábitos saudáveis. Além disso, a perspectiva de vida pode ser mais focada no equilíbrio entre trabalho, família e lazer. E foi atrás da tão falada qualidade de vida que a jornalista Elizabete Antunes e o marido Jorge escolheram Portugal. Ambos possuem cidadania portuguesa, o que facilitou bastante o processo. Visitaram algumas vezes o país antes de decidirem pela mudança. [caption id="attachment_83844" align="alignnone" width="750"] Elizabete e Jorge largaram a vida que tinham no Brasil e mudaram para Portugal em 2019. Foto: Elizabete Antunes.[/caption] Ela conta que 2019 foi um ano de decisões importantes na vida do casal: “Exatamente no ano que fiz 50 anos, em 2019, surgiu a oportunidade de nos mudarmos para Portugal. Meu marido arrumou um emprego na área de TI e fizemos as malas. Na época, eu estava trabalhando como jornalista freelancer para uma revista. Confesso que não foi fácil abrir mão da minha profissão no Brasil, assim de uma hora para a outra. Mas parece que os ventos sopravam nesta direção.” Elizabete queria que o marido realizasse o sonho de morar no exterior, algo que ele desejava há muito tempo. Juntos, compartilhavam a visão de uma vida diferente após os 50 anos. Ela já conhecia bem o país, seus costumes e os melhores lugares. Olhou para o marido e pensou: por que não? Melhores países da Europa para morar depois dos 50 Escolher o destino certo para morar no exterior depois dos 50 anos pode transformar sua vida em uma experiência enriquecedora e cheia de novas oportunidades. Para ajudar nessa decisão, destacamos cinco países europeus que oferecem uma excelente qualidade de vida para quem deseja aproveitar os anos dourados. 1. Portugal Que tal morar em Portugal? Esse é um dos destinos mais recomendados na Europa para quem quer viver bem depois dos 50 anos. O clima é agradável, as paisagens são incríveis e a história cultural é rica. Além disso, o custo de vida em Portugal é mais acessível comparado com o resto da Europa. Cidades como Lisboa e Porto são cosmopolitas e cheias de vida cultural, enquanto as cidades pequenas oferecem tranquilidade e um estilo de vida mais relaxado. O sistema de saúde é de qualidade e acessível, e os portugueses são famosos por sua hospitalidade. 2. Espanha Já pensou em morar na Espanha? O país atrai muitos expatriados mais velhos graças ao seu clima ensolarado, praias deslumbrantes e gastronomia incrível. Cidades como Barcelona e Valência combinam história e modernidade, oferecendo uma variedade de atividades culturais e sociais. O custo de vida espanhol é razoável comparado com outras partes da Europa Ocidental, e o sistema de saúde é muito bem avaliado. 3. Itália Morar na Itália é simplesmente encantador, com seu patrimônio artístico e cultural de tirar o fôlego, além de uma culinária que dispensa apresentações. [caption id="attachment_67201" align="alignnone" width="750"] A Itália oferece um clima mediterrâneo agradável, especialmente nas regiões costeiras.[/caption] Cidades como Roma, Florença e Milão são um prato cheio para quem ama história, arte e um estilo de vida sofisticado. E se você está atrás de tranquilidade e paisagens de cartão postal, as regiões rurais como a Toscana e a Úmbria são perfeitas. O sistema de saúde por lá é ótimo e foca bastante na qualidade de vida, como em boa parte da Europa. Quem não gostaria de viver em um lugar assim? 4. França Morar na França é uma opção para que está buscando morar no exterior depois dos 50. O país é conhecido pela sua elegância, gastronomia refinada e cultura riquíssima. Paris, Lyon e Nice são simplesmente apaixonantes, cada uma com sua história, arquitetura icônica e um charme cosmopolita que é de tirar o fôlego. E não podemos esquecer das pequenas cidades francesas, as quais são um convite para um estilo de vida mais relaxado, com paisagens naturais de tirar o chapéu. 5. Grécia Viver na Grécia é um verdadeiro paraíso, especialmente para quem já passou dos 50 anos. O clima mediterrâneo, as paisagens de tirar o fôlego e a herança histórica rica são simplesmente irresistíveis. Cidades como Atenas e Thessaloniki combinam tradição com modernidade, oferecendo uma vida cultural vibrante e uma gastronomia de dar água na boca. E não podemos esquecer das ilhas gregas, famosas pela sua beleza natural e pelo estilo de vida super relaxado. A melhor escolha depende do que você procura em termos de clima, cultura, custo de vida e qualidade de vida na Europa. Se possível, vale a pena fazer uma visita a esses países e sentir qual deles mais se alinha com seus desejos e necessidades. O que considerar na escolha do país para morar no exterior depois dos 50 Escolher um país para morar no exterior depois dos 50 anos é uma decisão significativa e cheia de nuances. É importante considerar uma série de fatores que vão além do simples desejo de mudança. Levantamos aqui alguns pontos importantes: Fatores O que verificar Requisitos Legais e Documentação Cada país tem suas próprias regras, então comece o processo cedo para evitar contratempos. Ambiente Político e Social Avalie o ambiente político, a estabilidade econômica, os níveis de criminalidade e a infraestrutura de segurança. Planejamento Financeiro Deve incluir o custo de vida em relação à sua renda e economias disponíveis. Sistema de Saúde Informe-se sobre a saúde, a qualidade dos cuidados médicos e a cobertura de seguro de saúde. Adaptação Cultural Dominar o idioma local favorece a integração social e facilita interações e conexões. Preferências Climáticas Calor ou frio? Considere o que você mais gosta para garantir conforto e bem-estar. Redes de Apoio e Família Avalie a proximidade de familiares e redes de apoio para uma melhor adaptação social e emocional. Resiliência emocional e Capacidade de adaptação Você vai passar por uma verdadeira montanha-russa de emoções todos os dias. Esteja preparado. Vamos detalhar muitos destes aspectos mais para a frente no artigo. O fato é que a escolha do país para morar no exterior após os 50 anos deve ser feita com muito cuidado e planejamento. Trata-se de uma decisão que pode transformar sua vida de maneira positiva. Como morar no exterior depois dos 50? Dar o salto e mudar para o exterior depois dos 50 anos pode ser emocionante, mas requer um planejamento cuidadoso e atenção a detalhes importantes. Aqui vão algumas dicas essenciais para tornar essa transição mais tranquila: Planejamento financeiro é fundamental Antes de mais nada, você precisa avaliar suas finanças e elaborar um orçamento detalhado para viver no exterior. Considere o custo de vida no país escolhido, incluindo moradia, alimentação, saúde e outras despesas diárias. [caption id="attachment_172499" align="alignnone" width="750"] É essencial ter uma reserva financeira sólida antes de se mudar para o exterior.[/caption] Certifique-se de que suas economias e rendimentos são suficientes para sustentar o estilo de vida que você planeja, considerando flutuações cambiais e possíveis gastos imprevistos. Tradução de documentos Quando você decide se mudar para outro país, geralmente é necessário fazer a tradução de documentos pessoais para fins legais e administrativos. Certidões de nascimento, de casamento, passaporte e comprovantes de renda podem precisar ser traduzidos por um tradutor juramentado, garantindo que sejam autênticos e aceitos no país de destino. É importante realizar essa tradução com antecedência para evitar atrasos em processos burocráticos. Para fazer as traduções com confiança, indicamos a Yellowling, uma empresa que trabalha com tradutores certificados e que oferece um procedimento inteiramente online. Validar diploma para o exterior Se você planeja trabalhar ou até mesmo estudar no exterior depois dos 50, pode ser necessário validar seu diploma acadêmico no país de destino. Isso inclui verificar se sua formação educacional atende aos requisitos locais e obter as equivalências ou reconhecimentos necessários. O processo pode variar conforme o país e a instituição de ensino, sendo aconselhável iniciar essa validação com bastante antecedência. Para ter uma ideia, você pode se informar sobre como validar diploma em Portugal ou como validar seu diploma na Espanha. Visto para morar no exterior Para morar legalmente em outro país, é necessário geralmente obter um visto adequado. Não basta apenas chegar e morar. Os tipos de visto variam conforme o país e o motivo da sua mudança, seja para trabalho, estudo, aposentadoria ou investimento. É muito importante pesquisar detalhadamente os requisitos específicos de cada local e iniciar o processo de visto em tempo hábil, garantindo que você tenha todos os documentos necessários em mãos. Morar no exterior depois dos 50 e com filhos Mudar-se para o exterior depois dos 50 anos, especialmente com filhos, é uma aventura que pede um planejamento ainda mais cuidadoso. Vamos começar falando sobre a educação dos filhos. Você precisa pesquisar bastante sobre o sistema educacional do país para escolher entre as escolas ou universidades. Minha sugestão é que você explore o assunto e descubra até como estudar na Europa de graça. E os aspectos financeiros? Prepare uma reserva financeira boa e robusta. Além das despesas básicas como moradia e comida, tem que incluir mensalidades escolares, cursos extracurriculares, atividades fora da escola, seguro de saúde e, claro, guardar um dinheiro extra para qualquer emergência que pintar. Se você já decidiu que pretende se mudar para o Velho Continente ou se continua avaliando a mudança, precisa conhecer em detalhes o custo de vida na Europa. Melhor prevenir do que remediar, sempre! E não esqueça das burocracias. Garanta que todo mundo da família tenha os vistos para viver legalmente no país. Olhe também os requisitos de saúde e seguro. E nada de deixar tudo para última hora. Organize todos os documentos pessoais com antecedência para evitar dor de cabeça. Integração E por fim, mas super importante, a integração e socialização. Informe-se sobre a cultura local e os costumes. Participar de grupos de imigrantes e eventos da comunidade é uma ótima forma de fazer amigos novos e se sentir mais em casa no país novo. E isso vale tanto para os pais quanto para os filhos. Morar no exterior depois dos 50 para trabalhar Trabalhar no exterior depois dos 50 anos pode ser uma grande aventura, mas também envolve certas dificuldades. Para conseguir um emprego na Europa, informe-se sobre os vistos e permissões de trabalho do país para onde você está indo. Depois, é hora de explorar o mercado de trabalho local. Descubra as oportunidades na sua área e quais habilidades são mais valorizadas. Isso vai te ajudar a focar sua busca por emprego e aumentar suas chances. Se a sua pergunta é se precisa falar inglês para morar na Europa, a resposta é sim! Esteja aberto para aprender um novo idioma — se for o caso — e entender as diferenças culturais que podem influenciar seu trabalho. Mostrar essa disposição vai te ajudar a se integrar melhor no ambiente profissional. Invista em networking Networking é fundamental nessas horas. Conecte-se com profissionais locais, participe de eventos da sua área e mantenha atualizada sua rede de contatos. Essas conexões podem abrir portas importantes e facilitar sua entrada no mercado de trabalho estrangeiro. Planejamento financeiro e de aposentadoria No lado financeiro, insistimos que você planeje com cuidado. Considere o impacto da mudança nos seus planos de aposentadoria e na gestão dos seus investimentos. Ter uma reserva financeira sólida vai te dar mais segurança durante essa transição. Nunca se sabe quanto tempo pode demorar para conseguir uma vaga de emprego. E, finalmente, encare essa fase como uma oportunidade de crescimento pessoal e profissional. Se a busca por vagas na sua área estiver difícil, esteja aberto a novas experiências e pronto para aprender e se desenvolver. A palava-chave aqui é reinvenção. Como encontrar emprego no exterior? Com o planejamento certo e algumas estratégias, você pode realmente alcançar sucesso na busca por oportunidades profissionais no exterior depois dos 50. Primeiramente, entenda como anda a economia da Europa. Compreender o cenário atualizado da região é primordial para saber onde encontrar emprego. É essencial fazer uma boa pesquisa do mercado de trabalho. Identifique os setores que estão crescendo e onde há demanda por suas habilidades. Portais de emprego internacionais, como o LinkedIn e sites locais são ótimos recursos. Conectar-se com profissionais que já morem na Europa, ex-colegas de trabalho, amigos e membros de grupos de expatriados pode abrir portas importantes. Nunca se saber de onde pode surgir uma indicação. Participar de eventos de networking, conferências e feiras de emprego pode também ser decisivo para ampliar sua rede de contatos e aumentar suas chances. Plataformas de emprego e sites de recrutamento Em muitos países, existem plataformas especializadas em vagas para profissionais internacionais. Por exemplo, o site Europass, mantido pela União Europeia, oferece busca por vagas de empregos e uma ferramenta para formatação do seu currículo no padrão europeu. Vale a visita. Agências de recrutamento também são uma boa opção. Elas não só ajudam a encontrar oportunidades que combinem com seu perfil, mas também oferecem orientação sobre requisitos de visto e apoio no processo de candidatura. Prepare-se adequadamente para as entrevistas. Dependendo da localização do empregador, você pode ser entrevistado por telefone, videoconferência ou pessoalmente. Pesquise sobre a cultura da empresa e pratique suas respostas para perguntas comuns de entrevista. Por último, se o idioma local for diferente do seu, considere investir em aulas de idiomas ou certificações para melhorar suas habilidades linguísticas. Adapte seu currículo para o mercado internacional Comece pelo básico: seu currículo deve ser claro e profissional. Use fontes simples e organize as informações de forma que tudo fique fácil de ler. Não se esqueça de incluir seu nome, informações de contato (telefone e e-mail) e sua nacionalidade, se achar que é relevante. Um ponto-chave é definir um objetivo profissional, adaptado à posição e ao país onde você quer trabalhar. Isso ajuda os recrutadores a entenderem suas intenções e como você se encaixa na cultura da empresa. Quando listar sua experiência profissional, foque nas realizações mais importantes e relevantes para o mercado internacional. Descreva suas responsabilidades de maneira direta e destaque conquistas que mostrem suas habilidades e competências. [caption id="attachment_84630" align="alignnone" width="750"] Preencher o currículo no modelo Europass é fundamental para buscar vagas de trabalho em países europeus.[/caption] Na parte da formação acadêmica, seja conciso. Informe o nome da instituição, o curso e as datas de conclusão. Se tiver certificados ou diplomas relevantes para o país onde está se candidatando, é bom mencioná-los também. Além das habilidades técnicas necessárias para o cargo, como idiomas e softwares específicos, é fundamental destacar suas habilidades comportamentais. Características como liderança e trabalho em equipe são muito valorizadas em qualquer lugar do mundo. Ao se candidatar diretamente a vagas, lembre-se de personalizar seu currículo e de ter uma carta de apresentação para destacar suas habilidades e experiências relevantes para o mercado específico. E não se esqueça de mencionar sua capacidade de se adaptar a novas culturas e situações. Experiências como estudos no exterior, trabalho em equipes multiculturais ou viagens internacionais são aspectos que os recrutadores europeus costumam valorizar bastante. Melhores áreas no exterior para profissionais com mais de 50 anos Profissionais com mais de 50 anos têm algumas opções de áreas e setores para explorar ao considerar uma mudança para o exterior. Setor Descrição Consultoria e Assessoria Profissionais com vasta experiência em consultoria empresarial, financeira, jurídica ou de gestão são altamente valorizados internacionalmente. Educação e Treinamento Escolas internacionais, universidades e programas de treinamento corporativo buscam profissionais qualificados para compartilhar conhecimento e habilidades. Tecnologia da Informação Profissionais com experiência em TI, desenvolvimento de software, análise de dados e segurança cibernética são extremamente procurados. Saúde e Bem-estar A área continua a crescer globalmente, com demanda por profissionais de saúde qualificados, incluindo médicos, enfermeiros, terapeutas e especialistas em saúde pública. Gestão de Projetos e Logística Quem tem experiência em gestão de projetos, cadeia de suprimentos, logística e operações é considerado essencial para empresas europeias. Na Europa, o conceito de “envelhecimento ativo” tem sido cada vez mais valorizado e promovido. Essa abordagem reconhece que os indivíduos mais velhos têm muito a contribuir para a sociedade, não apenas em termos de experiência profissional, mas também em atividades sociais, culturais e comunitárias. Países como Holanda e Alemanha são conhecidos por suas políticas inclusivas que incentivam a participação ativa dos idosos na vida econômica e social. Esses países oferecem programas e políticas que apoiam a continuidade da vida profissional para pessoas com mais de 50 anos, incentivando o desenvolvimento contínuo de habilidades, requalificação profissional e a adaptação de ambientes de trabalho para atender às necessidades de uma força de trabalho diversificada em termos etários. Além disso, promovem atividades de lazer, esportivas e culturais voltadas para os idosos, visando manter uma vida ativa e saudável após a aposentadoria. Morar no exterior depois dos 50 e aposentado Morar no exterior depois dos 50 anos, como aposentado, é uma decisão que pode realmente mudar sua vida. Sem exagero! Muito países da Europa são super populares entre aposentados. Imagina só o clima agradável, o custo de vida mais em conta e toda a cultura rica desses lugares? É um prato cheio para quem quer relaxar e aproveitar a vida. Mas antes de fazer as malas, é importante entender os trâmites burocráticos e conferir se vale a pena para você viver a sua aposentadoria na Europa. Como já dissemos, você precisa verificar os vistos de longa duração e as permissões de residência. E claro, planejar direitinho sua aposentadoria financeira. Investimentos, renda de aposentadoria — tudo isso precisa estar no radar para garantir que seu bolso fique seguro. Não esqueça de fazer as contas do custo de vida no geral. É importante ter certeza de que suas economias vão dar conta do recado. [caption id="attachment_172501" align="alignnone" width="750"] Cada país europeu tem suas próprias leis fiscais e alguns oferecem benefícios para aposentados estrangeiros.[/caption] Outra coisa importante é que alguns países têm benefícios fiscais para aposentados. Pode ser uma mão na roda na hora de pagar menos impostos. Verifique também se há acordos de reciprocidade de saúde para não ficar na mão na hora que precisar de cuidados médicos. E como não é só de burocracia que a vida é feita, participar de atividades sociais, ficar de olho na agenda cultural e mergulhar na programação local é o que deixa tudo mais leve. Afinal, a vida no exterior é para ser aproveitada ao máximo. Quais os desafios de morar no exterior depois dos 50? Morar no exterior depois dos 50 anos é uma aventura que vem com seus desafios e recompensas. Mesmo que você vá para um lugar como Portugal, que tem suas semelhanças com o Brasil, ainda vai ser necessária uma dose de adaptação. Mudar de país significa entender novos costumes, novos hábitos e até novas formas de fazer várias coisas que você já estava acostumado. Mas relaxa, tudo isso faz parte da experiência. Se estiver pensando em arranjar um emprego novo ou até começar uma nova carreira, é bom entender antes o panorama que vai enfrentar. Conversão de moeda, custo de vida e planejamento de aposentadoria também entram nessa equação. A ideia é se preparar o máximo possível para garantir uma transição financeira mais tranquila. A burocracia é sempre um desafio à parte. Pode levar tempo lidar com vistos de residência e outros documentos importantes, então é melhor estar preparado para essa maratona. Quando a gente tem um pouco de noção do que está por vir, fica mais fácil lidar com a lentidão dos processos. Esteja disponível para mudar e se adaptar No fim das contas, você vai precisar estar aberto para aprender sobre tudo, ser resiliente e, claro, ter um plano B na manga para tudo. Essas são as chaves para lidar com os desafios, mas não engane: não será uma tarefa fácil. A jornalista Elizabete Antunes revela que ainda é difícil encarar certas situações, mesmo depois de tanto tempo da mudança. Ela e o marido chegaram à Europa em plena pandemia, quando ninguém sabia bem o que ia acontecer. No momento em que mais precisava estar com família e amigos, ninguém podia estar junto. Lidar com a saudade é até hoje um dos maiores desafios da sua decisão, conta Elisabete: “Saudade dos parentes, dos amigos, dos lugares, saudade do pertencimento. Eu amo o Rio de Janeiro, amo o Brasil, então, sinto muita saudade. Mas quando penso na violência, no medo que eu sentia ao pegar a Avenida Brasil, nas coisas que eu deixava de fazer para não chegar tarde em casa, a saudade dói menos.” Como superar os desafios e lidar com a saudade? Como ressaltou Elizabete, morar no exterior após os 50 anos pode te pegar de jeito na saudade dos amigos e familiares que ficaram para trás. Sentir essa falta é mais comum do que se imagina. A distância pode bater forte no emocional, especialmente em momentos como aniversários e festas familiares. Como você planeja lidar com isso? Possivelmente você vai enfrentar uma montanha-russa de emoções. Um dia vai estar tudo bem, outro dia nem tanto.  A resiliência emocional será sua grande aliada. O preparo psicológico tem que fazer parte do seu plano. Aceitar as mudanças e focar nas oportunidades positivas que a nova vida oferece pode ajudar a enfrentar esses desafios. Manter contato frequente com amigos e familiares por videochamadas, mensagens e redes sociais diminui um pouco a sensação de distância e solidão, mas não resolve o problema. Estabelecer uma rotina de comunicação pode ser uma boa para manter esse vínculo emocional. Novo círculo social e novas atividades Construir novas amizades também é uma boa estratégia para se sentir mais conectado e evitar o isolamento social. É como montar uma nova rede de apoio, que você vai acabar perdendo ao sair do Brasil. Além disso, explorar hobbies e interesses pessoais no novo país pode te ajudar a se sentir mais integrado e realizado. Investir tempo em atividades prazerosas melhora seu bem-estar. E se tudo isso parecer demais, o que é completamente normal, não hesite em buscar ajuda profissional, como fazem muitos imigrantes. Fazer uma terapia online ou presencial pode oferecer um espaço seguro para falar sobre sentimentos de saudade e adaptação cultural. Como fazer novas amizades ao morar no exterior depois dos 50? Fazer novas amizades ao morar no exterior depois dos 50 anos pode ser complicado, mas com algumas dicas práticas, é totalmente viável. Grupos no Facebook Participar de grupos no Facebook voltados para imigrantes, interesses específicos ou comunidades locais pode ser uma excelente forma de conhecer pessoas com afinidades semelhantes. Esses grupos muitas vezes organizam encontros, eventos sociais e atividades que facilitam a interação e o estabelecimento de novas amizades. Pode ser um bom caminho. Aplicativos de amizades Outra dica são os aplicativos de amizades, como o MeetMe e Slowly, feitos para conectar pessoas interessadas em criar laços de amizade de verdade. É uma maneira prática de encontrar novos amigos com quem compartilhar interesses comuns. Participação em eventos Participar de eventos locais também é uma ótima estratégia. Festivais de música, teatro, exposições de arte, palestras e workshops não apenas proporcionam entretenimento, mas também são oportunidades para conhecer pessoas e expandir sua rede social. Além dessas sugestões práticas, é essencial manter uma mente aberta, demonstrar interesse genuíno pelas histórias e experiências dos outros, e estar disposto a se envolver em conversas e atividades sociais. Construir amizades verdadeiras leva tempo e esforço, mas com persistência e iniciativa, é possível estabelecer uma rede de apoio e amizades significativas durante sua jornada no exterior após os 50 anos. Vale a pena morar no exterior depois dos 50? Depende. A resposta a essa pergunta não pode ser simplificada em um simples “sim” ou “não”, por depender de muitos fatores pessoais, familiares e contextuais. Para algumas pessoas, morar no exterior depois dos 50 anos pode ser uma experiência extremamente positiva e enriquecedora, oferecendo novas oportunidades, crescimento pessoal e qualidade de vida. Para outros, os desafios associados à mudança podem tornar essa decisão menos atrativa. Morar no exterior depois dos 50 anos é uma decisão que pode transformar sua vida de um jeito incrível. Ao considerar se vale a pena morar no exterior após essa idade, é importante avaliar cuidadosamente todos os aspectos envolvidos, como adaptação cultural, suporte familiar, questões financeiras, acesso a serviços de saúde e as próprias expectativas e desejos pessoais. Você precisa colocar na balança os aspectos positivos e negativos. A decisão não pode ser tomada do dia para noite e nem no calor da emoção. Na visão da jornalista Elizabete Antunes, morar no exterior depois dos 50 não é para todo mundo: “Depois dos 50, é preciso ter muita coragem, sim! Deixar tudo que você conquistou para trás e recomeçar, não é moleza. É o preço da tal qualidade de vida! Ainda estou fazendo esse cálculo.” Fazer essa mudança exige um bom planejamento e preparação, mas também pode ser a chance de realizar um sonho de vida e curtir essa fase com mais liberdade, conhecimento e autodescoberta. Afinal, não dizem por aí que a vida começa aos 50? E se você deseja cruzar o Atlântico, não deixe de conferir o ebook O Sonho de Viver na Europa. Lá você encontra a história de muitos brasileiros que resolveram fazer a mudança e compartilham as suas dificuldades, aprendizados e experiências. Vale a pena para se inspirar e até mesmo refletir se morar no exterior depois dos 50 é mesmo a decisão mais assertiva para você!

Novo primeiro-ministro fala sobre resultado das eleições na Inglaterra
Notícias Inglaterra

Eleições na Inglaterra: novo primeiro-ministro quer acabar com “crise de confiança” no governo

O resultado das eleições na Inglaterra, realizadas no dia 4 de julho, mostra um retorno histórico dos Trabalhistas ao poder após 14 anos, conquistando uma maioria absoluta. Com mais de 400 deputados eleitos, o partido obteve uma vitória que surpreendeu os Conservadores. Agora, o trabalhista Keir Starmer é o novo primeiro-ministro do Reino Unido. Conheça o que está por trás desse resultado e o que deve acontecer com a política britânica daqui para frente. Maioria trabalhista e aumento de deputados O Partido Trabalhista, de centro-esquerda, teve sucesso eleitoral em todo o país, aumentando significativamente o número de seus deputados. Obteve uma maioria semelhante à alcançada por Tony Blair em 1997. Os votos nas eleições foram distribuídos assim: Trabalhistas 33,8% Conservadores 23,7% Reformistas 14,3% Liberais Democratas 12,2% Os Verdes 6,8% Partido Nacional Escocês 2,5% Plaid Cymru (País de Gales) 0,7% O resultado das eleições na Inglaterra foi definido por especialistas como uma mensagem de insatisfação dos eleitores após anos de política conservadora no Reino Unido, marcados por vários escândalos e a renúncia de dois primeiros-ministros: Liz Truss e Boris Johnson. Nas eleições gerais do Reino Unido, um partido precisa de 326 assentos para formar um governo com maioria absoluta ou formar uma coligação se não atingir esse número. Com mais da metade dos deputados eleitos, Keir Starmer, o novo primeiro-ministro, foi logo encarregado de formar governo pelo Rei Carlos III. Primeira eleição pós-Brexit na Inglaterra Foi a primeira eleição geral do Reino Unido desde que o país deixou oficialmente a União Europeia (UE). Não há planos, por enquanto, para reverter o Brexit. Apesar de ter apoiado a permanência do país na União Europeia, Klein Starmer descartou a ideia de retorno, embora tenha dito que gostaria de melhorar o acordo do Brexit de Boris Johnson. Resultado das eleições não surpreendeu? O que veio das urnas não foi inesperado. Antes mesmo de serem divulgados os primeiros resultados eleitorais, as pesquisas de opinião já indicavam uma clara liderança do partido de oposição trabalhista. As previsões iniciais mostravam que o Partido Conservador teria a pior votação de sua história. Isso se confirmou, pois o partido elegeu apenas 121 deputados. Durante os 14 anos em que estiveram no poder, os Conservadores enfrentaram muitos problemas e desgastes, o que contribuiu para o partido perder apoio popular. Promessa de acabar com a crise de confiança No seu primeiro discurso como novo primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer prometeu que o trabalho para mudar o país começa imediatamente, mas sublinhou que não será uma mudança instantânea. O novo líder enfatizou que seu governo colocará o país em primeiro lugar, antes do partido, comprometendo-se a governar para todos os britânicos, não apenas para os eleitores trabalhistas. [caption id="attachment_174190" align="alignnone" width="750"] Novo primeiro-ministro britânico ao lado da esposa, Victoria, com quem tem dois filhos. Foto: Instagram Keir Starmer[/caption] Ele também se comprometeu a unificar a nação e destacou a "perda de confiança" da população no governo nos últimos anos de administração Conservadora. "Quando a diferença entre os sacrifícios feitos pelo povo e o serviço que eles recebem dos políticos se torna tão grande, isso leva a um cansaço no coração de uma nação, a um esgotamento da esperança, do espírito, da crença em um futuro melhor." Keir Starmer destacou a necessidade urgente de escolas e habitações acessíveis, e prometeu reconstruir a infraestrutura de oportunidades do Reino Unido, um passo de cada vez. Starmer definiu como urgentes os setores da saúde, da educação, do ambiente, defesa e administração interna. O ex-primeiro-ministro Rishi Sunak, líder do Partido Conservador, admitiu a derrota e parabenizou o adversário pelo resultado das eleições na Inglaterra. "Há muito a ser aprendido e refletido. Assumo total responsabilidade pela derrota", declarou Sunak. Com o partido virando oposição, pela primeira vez desde 2010, a corrida para encontrar o próximo líder só está começando. Com a vitória, a política britânica deve mudar Com o resultado das eleições na Inglaterra dando vitória aos Trabalhistas, provavelmente haverá aumentos de impostos para financiar maiores gastos, mas também reformas para estimular o investimento e a produtividade, o que pode ter efeitos positivos no potencial econômico do país. O Goldman Sachs aumentou suas previsões de crescimento para a economia britânica este ano e no próximo. O banco de investimento prevê um aumento nos gastos públicos no Reino Unido, apesar de um perfil governamental muito parecido com o dos governos anteriores. Situação dos imigrantes na Inglaterra Keir Starmer anunciou o cancelamento do plano de deportação de imigrantes irregulares do governo anterior. O primeiro-ministro declarou: "O projeto do Ruanda estava morto e enterrado antes de começar. Nunca funcionou como um elemento desencorajador. Quase o contrário." Na campanha eleitoral, a imigração foi um dos temas principais. O líder trabalhista já havia prometido cancelar o plano conservador de enviar imigrantes para Ruanda por meio de aviões fretados, uma medida fortemente criticada por várias organizações de direitos humanos. No início do ano, o Parlamento britânico aprovou uma lei que permitia essas deportações. O ex-primeiro-ministro Rishi Sunak planejava iniciar as expulsões durante o verão europeu. O resultado das eleições na Inglaterra pode indicar que a maioria da população estava em desacordo com a medida. Keir Starmer propõe agora usar estratégias semelhantes às da luta contra o terrorismo para combater os traficantes de pessoas e planeja fortalecer a colaboração com a Europa, especialmente com a França. Além disso, prometeu aumentar os recursos para lidar com os pedidos de asilo, considerando que o sistema está sobrecarregado há anos. Foco na segurança de fronteiras A nova Ministra do Interior, Yvette Cooper, anunciou planos ambiciosos para reforçar a segurança nas fronteiras do país. Ela destacou a criação de um novo Comando de Segurança Fronteiriça como uma das suas prioridades. Cooper prometeu dar início às discussões oficiais para estabelecer o novo comando, visando fortalecer as medidas de segurança e controle na entrada de pessoas no Reino Unido. Em 2024, mais de 13 mil pessoas chegaram ao Reino Unido em pequenas embarcações através do Canal da Mancha, marcando um aumento de 18% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Presença de mais mulheres no governo Um governo mais feminino: este é um dos principais efeitos do resultado das eleições na Inglaterra. O novo primeiro-ministro britânico formou um governo trabalhista com um número recorde de mulheres. É o maior número de mulheres ministras na história. Além disso, mais de 40% dos deputados trabalhistas na Câmara dos Comuns são mulheres. Além da nomeação da Ministra do Interior, Yvette Cooper, pela primeira vez, uma mulher será ministra das Finanças do Reino Unido. Rachel Reeves, ex-economista do Banco de Inglaterra, será uma figura-chave no novo governo trabalhista. Este é o segundo cargo mais importante do governo, após o de primeiro-ministro. Aos 45 anos, Reeves comandará as finanças britânicas e vai se relacionar com instituições financeiras internacionais. [caption id="attachment_174189" align="alignnone" width="750"] Keir Starmer nomeou um governo com mulheres em cargos de muito destaque. Foto: Instagram Keir Starmer[/caption] Angela Rayner, de 44 anos, será a Vice-Primeira-Ministra e Ministra da Igualdade Social, Habitação e Comunidades. Vice-líder do partido desde 2020, Rayner fala frequentemente sobre as dificuldades que enfrentou na infância. Criada em Manchester, cresceu em habitação social, tornou-se mãe aos 16 anos e deixou a escola. Atribui às políticas sociais do ex-primeiro-ministro trabalhista Tony Blair a oportunidade de não ter sido "descartada". A nova Ministra da Justiça é Shabana Mahmood. Em 2010, tornou-se a primeira mulher muçulmana eleita para a Câmara dos Comuns. Já Yvette Cooper, de 55 anos, é a nova Ministra do Interior, encarregada de questões cruciais como imigração e policiamento. Por enquanto, o resultado das eleições na Inglaterra trouxe mais representatividade ao governo. Quem é o novo primeiro-ministro? Nascido em 1962 em Londres, Keir Starmer começou como advogado especializado em direitos humanos antes de se tornar diretor do Ministério Público de 2008 a 2013. Durante a campanha eleitoral, destacou suas raízes na classe trabalhadora, mencionando que seu pai era fabricante de ferramentas e sua mãe enfermeira. É vegetariano, amante de futebol, tem um gato e já declarou ser fã de Taylor Swift. Sua família segue a religião anglicana, mas não pratica regularmente. É casado desde 2007 com Victoria Alexander Starmer. O pai de Victoria emigrou da Polônia para a Inglaterra e é judeu. Victoria se formou em direito e sociologia na Universidade de Cardiff, no País de Gales. O casal tem dois filhos. Eleições foram antecipadas Os Conservadores estavam no controle da política britânica desde 2010, com várias mudanças no cargo de primeiro-ministro. Houve cinco primeiros-ministros diferentes desde então. Rishi Sunak foi o terceiro primeiro-ministro em apenas dois anos e não completou dois anos de mandato. Em maio, ele pegou muita gente de surpresa ao anunciar eleições gerais na Inglaterra para o dia 4 de julho. O prazo máximo para realizá-la era janeiro de 2025. A decisão marcava a primeira vez que ele enfrentaria os eleitores desde que tinha se tornado líder do governo. Sunak assumiu o cargo após substituir Liz Truss, em um momento crítico para o Partido Conservador e para o Reino Unido. Trajetória conservadora conturbada O Partido Conservador vinha enfrentando dificuldades no poder nos últimos anos. Em 2010, David Cameron ganhou as eleições, mas sem maioria parlamentar, teve que formar uma coalizão com os Liberais Democratas. Contra todas as expectativas, manteve a coalizão unida até 2015, quando conseguiu uma maioria que surpreendeu. No entanto, não durou muito. O referendo do Brexit em 2016 dividiu o partido e tornou a governança quase impossível para seus quatro sucessores, começando por Theresa May. Renúncias e nova nomeação May foi substituída por Boris Johnson em 2019, após uma eleição antecipada fracassada e a incapacidade de aprovar o acordo do Brexit. Johnson, envolvido em vários escândalos, incluindo festas ilegais durante a pandemia, foi forçado a renunciar em 2022. Liz Truss assumiu brevemente, mas sua gestão de 45 dias causou estragos econômicos, fazendo a libra cair para o valor mais baixo da história em relação ao dólar e disparando as taxas de juros e inflação. Então, o Partido Conservador colocou Rishi Sunak no comando do Reino Unido, na esperança de que ele pudesse criar um ambiente de estabilidade. O que aconteceu, na verdade, foi o inverso, refletindo diretamente no resultado das eleições de julho na Inglaterra. Economia representa o principal obstáculo Atualmente, a economia é o maior desafio enfrentado pelo Reino Unido, de acordo com a própria população. Uma pesquisa recente da consultoria YouGov revelou que 52% dos britânicos entrevistados consideram esse o problema mais grave, à frente de questões como saúde pública, segurança ou imigração. Muitos analistas acreditam que a vantagem dos Trabalhistas nas eleições não se deve tanto à adesão dos eleitores aos projetos do partido, mas sim à insatisfação com o custo de vida. Críticos argumentam que o Brexit tem contribuído para desacelerar a economia britânica nos últimos anos, ao impor barreiras para empresas britânicas que negociam com a Europa e para empresas estrangeiras que utilizam o Reino Unido como base na Europa.

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