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Abrir Conta Agora →Como funciona a educação na França, dos níveis mais elementares à pós-graduação? A educação é boa? É gratuita? Quando começa o ensino obrigatório na França? Pegue café e croissant e venha comigo descobrir o que o hexágono oferece em termos de ensino, do jardim da infância à universidade, se vale a pena matricular os seus filhos ou, ainda, se vale a pena ingressar em uma instituição de ensino francesa para cursar a graduação ou a pós-graduação.
Pergunta | Resposta |
A educação pública na França é boa? | Sim, a educação pública na França é boa e pode ser medida pela grade curricular diversificada, que valoriza ciência e tecnologia, mas também artes e humanidades. |
A educação na França é gratuita? | A educação primária pública gratuita integra a constituição do país e foi estabelecida no final do século XIX. |
Quando começa a educação obrigatória na França? | A educação é obrigatória entre os 3 e os 16 anos de idade. |
Índice do artigo
A estrutura da educação na França parece complexa, mas grande parte da dificuldade em compreendê-la está nas siglas (são muitas) e nos períodos em que começam e terminam as aulas (do ponto de vista brasileiro, as coisas mudam bastante). De resto, a grade curricular que compõe o ensino na França é simples.
O guia a seguir sintetiza os aspectos mais relevantes da educação na França: do jardim de infância às facs (faculdades). Veremos com frequência a expressão “ciclo” nos próximos parágrafos, isso porque esse é o termo responsável por agrupar as seções que compõem as várias fases do ensino.
O jardim de infância começa com o ciclo 1, que compreende a aprendizagem precoce (nomeadas seção infantil, média e grande). De modo geral, os pequenos acessam a seção petite aos 3 anos de idade, partem para a moyenne aos 4 anos e concluem o jardim de infância aos 5 anos, na seção grande.
O jardim de infância é, possivelmente, a fase mais gostosa da vida! É nessa etapa que as mulheres e homens do amanhã começam a se familiarizar com o universo ao seu redor, que começam a estabelecer os primeiros laços com o mundo (novos ambientes) e com os outros (coleguinhas e professores).
Segundo o Ministério da Educação francês, a école maternelle oferece aos pequerruchos os primeiros passos para:
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Cotar Agora →O jardim da infância na França é gratuito por lei. No entanto, algumas tarifas podem ser aplicadas dependendo da região/cidade em que a criança estiver matriculada. Essas tarifas são variáveis, conforme comunicado do Serviço Público francês, e eventualmente os pais podem ser solicitados a contribuir com o custeio de material escolar, refeições e fotografias de classe ou de documentos.
Se vai morar na França e deseja matricular o seu filho no jardim de infância na França, é necessário ir à prefeitura da cidade até o mês de junho anterior ao ano letivo em que pretende inscrever a criança. Os documentos obrigatórios são:
Existem jardins de infância públicos (gratuitos) e privados (pagos). As informações acima são destinadas aos casos gerais. É normal que as famílias tenham necessidades diferentes e, por isso, vale a pena consultar o Ministério da Educação da França.
Na França, as escolas primárias, que oferecem formação equivalente aos cinco primeiros anos do ensino fundamental, são divididas em duas categorias: ciclo 2 e ciclo 3. Ambos os ciclos são fragmentados em uma sopa de letrinhas que destrinchamos abaixo.
É importante entender as nomenclaturas para compreender o funcionamento dessa fase educacional, uma vez que as escolas na França se organizam desta forma e, mais importante, se comunicam a partir dessas siglas!
O ciclo 2 (chamado ainda de aprendizagens fundamentais ou apprentissages fondamentaux) inclui:
Tal qual no Brasil e em outros países ocidentais, a escola elementar ou primária valoriza o ensino na França para o pleno domínio da língua materna. O currículo do segundo ciclo favorece ainda um aprofundamento relevante em matemática, disciplina básica para o que será visto no ciclo 3.
Desde o primeiro ano da escola primária (ciclo 2), os alunos têm a oportunidade de conhecer, ainda que superficialmente, um idioma moderno, que pode ser tanto estrangeiro ou regional, além de serem apresentados a noções oriundas da filosofia capazes de permitir que questionem o ser e as suas relações com o mundo.
O ensino de artes, quer sejam artes visuais ou educação musical, bem como educação física, também fazem parte do currículo do CP (cours préparatoire).
O ciclo 3 (ciclo de consolidação ou cycle de consolidation) compreende as seguintes fases:
O terceiro ciclo é um aprofundamento dos currículos vistos em CP, CE1 e CE2. É nesta etapa que os alunos (élèves) consolidam o seu aprendizado nas áreas introdutórias. De acordo com o currículo francês, no ciclo 3 (CM1 e CM2) os alunos estão preparados para serem apresentados à ciência e tecnologia, história e geografia, bem como em temas mais densos da história da arte.
A grade curricular dos ciclos 2 e 3 é publicada no Boletim Oficial da Educação Nacional e convém ser consultada no Ministério da Educação da França, uma vez que as informações podem ficar rapidamente datadas.
Embora existam escolas primárias privadas (pagas), o ensino primário na França também é gratuito pela lei francesa. No entanto, tal qual no jardim de infância, algumas tarifas podem ser aplicadas. Isto é: eventualmente os pais podem ser solicitados a contribuir com o custeio de material escolar, refeições e fotografias de classe ou de documentos.
Para matricular o seu filho na école élémentaire existem particularidades. Se a criança concluiu o maternal em uma cidade e a família planeja permanecer na mesma cidade, a inscrição em uma instituição de ensino primário costuma ser automática. Caso a criança não tenha frequentado o jardim de infância, cabe à família comparecer à prefeitura da cidade onde habita e apresentar:
O acesso aos collèges (11 a 14 anos) acontece de modo praticamente automático após a conclusão do terceiro ciclo. Essa etapa da vida estudantil é dividida em quatro ciclos: 6ème, 5ème, 4ème, 3ème. Os alunos terão na sua grade curricular do collège as seguintes disciplinas (que podem variar em profundidade dependendo da instituição de ensino escolhida, se pública ou privada):
Quando o aluno chega ao fim do collège (no 3ème cycle), passa pelo seu primeiro grande exame: o Diplôme National du Brevet (DNB). Conforme o Ministério da Educação, essa prova geral é aplicada para avaliar os conhecimentos adquiridos ao longo do percurso do ensino fundamental (anos 6 a 3 do collège).
As competências avaliadas no DNB são divididas em quatro provas escritas e em uma prova oral. As provas escritas são formuladas da seguinte forma:
Uma prova oral, com duração média de 15 minutos para entrevistas individuais ou 25 minutos na modalidade coletiva, avalia a capacidade de expressão oral do aluno. Ela normalmente versa sobre História da Arte.
Embora existam collèges privados (pagos), o ensino fundamental é oferecido gratuitamente na França. No entanto, tal qual no maternelle e nas écoles élémentaires algumas tarifas podem ser aplicadas. Isto é: eventualmente os pais podem ser solicitados a contribuir com o custeio de material escolar, refeições e fotografias.
A matrícula no collège pode ser feita online ou presencialmente, direto na escola. Se o adolescente e a família planejam permanecer na mesma cidade, a inscrição em uma collège costuma ser atribuído conforme a localização geográfica pela própria prefeitura.
A essa altura da vida escolar, o processo é diferente das outras etapas. À família (incluindo ao aluno) cabem escolhas, dentre as quais:
Diferente das outras etapas da vida estudantil em que há um passo a passo comum, é importante consultar os procedimentos de inscrição diretamente com a instituição de ensino onde deseja matricular o seu filho, uma vez que há diferenças entre as escolas na França.
Segundo o Ministério da Educação, é o collège de interesse que informará sobre os procedimentos de matrícula e esta deve ser confirmada com a instituição sob pena de a vaga ser perdida pela ausência de confirmação dos pais.
Após concluir o 3º ano do collège, o estudante está apto a ingressar no lycée. Lembra-se dos ciclos da Educação na França? Aqui estão eles novamente. O lycée é dividido entre seconde (2ème), première (1ère) e terminale. Essa fase de estudos começa aos 15 e pode se estender até os 18 anos.
A essa altura você chega à conclusão de que, no ensino francês, tudo é contado de trás para a frente!
Há dois tipos de lycée: o général ou technologique e o professionel, cujo equivalente no Brasil seria o ensino médio cursado junto ao técnico ou profissionalizante. As diferenças entre ambos podem ser explicadas nos seguintes termos:
Em ambos os casos, os alunos são submetidos a um exame conhecido como baccalauréat.
A grade curricular desta modalidade implica na escolha de uma corrente de estudos, que pode ser humanística, econômica e social ou científica. Quando o aluno chega à etapa terminale do lycée, o que ocorre em junho do calendário escolar, o estudante passa pelo baccalauréat (bac).
O bac permite o acesso do aluno tanto às universidades como às grandes écoles, ou seja, é condição indispensável para se matricular no ensino superior.
Podemos chamar essa modalidade de escola profissionalizante. É voltada aos alunos que, desejando acessar o mercado de trabalho mais rapidamente, optam por uma formação que permite aprender um ofício o quanto antes.
Nessa categoria, o estudante pode obter diferentes certificações (diplomas). Nesta modalidade, parte da formação se desdobra em um ambiente profissional:
Quando o aluno chega à etapa terminale do lycée, o que ocorre em junho do calendário escolar, o estudante passa então pelo seu segundo grande exame: o baccalauréat (bac)!
O bac permite o acesso do aluno tanto às universidades como às grandes écoles, ou seja, é condição indispensável para se matricular no ensino superior ou para seguir a sua formação profissional. Ao passar pelo bac, o aluno obtém um diploma. O exame é estruturado da seguinte forma, segundo última atualização de formato estipulada pelo Ministério da Educação:
Você deve ter observado que, em ambos os casos nessa fase da educação na França, a soma das porcentagens vão até 60%. É normal! Os outros 40% para “fechar a conta” fazem parte do chamado contrôle continu. Isso significa que o aluno é avaliado ao longo da sua formação no lycée e o seu progresso durante a formação é considerado para computar a nota final do bac.
Finalmente, os alunos podem receber “menções” (mentions) em função da sua pontuação no bac. Elas começam em assez bien (suficiente), passam pelo bien (bom) e chegam até très bien (muito bom). Se o aluno for reprovado no bac, é possível refazer o exame. Contudo, nessa “repescagem”, o estudante fica impossibilitado de postular a uma menção.
Agora que já entendeu como funcional os ciclos de estudo da educação na França, vamos às escolas em si.
O calendário letivo do ensino na França obrigatório é dividido em três zonas: A, B e C. Essa agenda, atualizada para o ano letivo 2022-2023, engloba todos os períodos de férias. As Zonas na França, em termos de calendário escolar, são as seguintes:
Se deseja estudar na França, deve se atentar que o ano letivo encontra-se dividido em cinco períodos de aulas entre os quais se intercalam o Dia de Todos os Santos (Toussaints), o Natal, as férias de inverno e de primavera. O início das férias de verão estabelecem o final do ano letivo.
Veja o calendário de 2022/2023:
Atividade | Zona A | Zona B | Zona C |
estudar na França | 1º de setembro de 2022 | idem à Zona A | idem à Zona A |
Férias Toussaint 2022 | 22 de outubro a 7 de novembro | idem à Zona A | idem à Zona A |
Férias de Natal 2022 | 17 de dezembro a 3 de janeiro de 2023 | idem à Zona A | idem à Zona A |
Férias de Inverno 2023 | 4 a 20 de fevereiro de 2023 | 11 a 27 de fevereiro de 2023 | 18 de fevereiro a 6 de março de 2023 |
Férias de Primavera 2023 | 8 a 24 de abril de 2023 | 15 de abril a 2 de maio de 2023 | 22 de abril a 9 de maio de 2023 |
Férias da Ascensão | 17 a 22 de maio de 2023 | idem à Zona A | idem à Zona A |
Início das férias de Verão | 8 de julho de 2023 | idem à Zona A | idem à Zona A |
O progresso dos alunos na França é medido em uma escala que vai de 0 (nota mais baixa) a 20 (a mais alta) no ensino secundário e superior. No ensino primário, por sua vez, a nota vai de 0 a 10, também do mais baixo para o mais alto.
As escolas na França também gostam de utilizar menções, que por sua vez fazem referência à escala numérica. A correspondência pode ser descrita da seguinte forma:
Nota atribuída | Significado | Equivalência numérica |
TB | Très bien (muito bom) | 17 a 20 |
B | Bien (bom) | 13 a 16 |
M | Moyen (médio) | 9 a 12 |
I | Insuffisant (insuficiente) | 6 a 8 |
TI | Très insuffisant (muito insuficiente) | 0 a 5 |
A frequência das escolas na França é rigorosamente controlada. Faltas podem ocorrer, desde que justificadas pelos pais ou responsável. A ausência do aluno pode ser justificada em caso de doenças, solenidades familiares (casamentos, nascimentos, velórios) e acidentes, por exemplo.
Em sala de aula, os professores fazem a chamada dos alunos. Se a ausência for identificada, será comunicada à direção que, por sua vez, comunicará aos pais sobre a importância da presença.
A chamada é feita como no caso do ensino fundamental e, da mesma forma, em caso de ausência, a falta será comunicada à direção.
A carga horária na França estabelece as bases para o jardim de infância e ensino fundamental. Segundo o Serviço Público, a semana escolar é composta por 24 horas de aulas. As escolas também têm liberdade para flexibilizar os seus horários, desde que o currículo do ano letivo tenha, pelo menos 24 horas de aula por semana, ao longo de 36 semanas.
Não.
É possível estudar na França de graça, pois a educação pública é gratuita, bem como a distribuição de materiais didáticos em certos casos. Conforme a documentação disponível no site do Ministério da Educação, na fase do lycée, porém, a aquisição dos livros didáticos são, em grande parte, de responsabilidade das famílias – os valores variam ano a ano e em função das escolas na França.
Outras cobranças podem ocorrer:
Observe que não há como calcular com exatidão os custos com os alunos, uma vez que em certos casos os valores variam de prefeitura para prefeitura (como no caso das cantinas) e materiais de consumo (que variam mais ainda, de loja para loja).
No entanto, é possível dizer que a educação na França tem um custo praticamente irrisório quando considerada a sua qualidade. Além do mais, é preciso lembrar que:
Já os cursos de graduação e pós-graduação são gratuitos para alunos bolsistas; sem bolsa de estudo na França, os valores para o ano universitário 2021-2022 são os seguintes:
Os valores apresentados são pagos anualmente, não mensalmente. A Campus France, órgão oficial responsável por intermediar as relações entre alunos e instituições francesas, atualiza os valores anualmente.
Como vimos nos tópicos anteriores, há similaridades no jardim de infância e no ensino fundamental. Os procedimentos são relativamente diferentes no collège e no lycée, pois se pressupõe que o aluno já tem uma espécie de “ficha” na prefeitura ou na escola.
De todo modo, existem documentos essenciais que devem estar sempre em mãos.
Os alunos não são obrigados a realizar um curso superior, uma vez que o ensino obrigatório se encerra com o lycée. No entanto, cursar uma universidade expande as oportunidades profissionais.
O ensino superior na França é acessível a todos os candidatos que seguiram a educação formal, explicada ao longo deste artigo. De modo geral, não há um exame de ingresso ao ensino superior, e os candidatos franceses (ou com cidadania europeia) devem acessar a plataforma Parcoursup para postular a uma oportunidade na faculdade.
Brasileiros interessados em fazer faculdade na França podem consultar procedimentos completos no site da Campus France.
A formação superior acontece em três etapas básicas:
O bac + número equivale à quantidade de anos de estudo. Essas informações aparecem frequentemente em vagas de emprego, quando a empresa exige que o candidato possua experiência/formação de bac + um certo número de tempo de atuação ou formação na área.
Se você se formou no Brasil e deseja fazer pós-graduação na França, saiba que é necessário ter visto de estudante para a França.
Sim, o ensino na França é bom.
Mas por quê? Existem critérios subjetivos, muitos deles atribuídos pelos próprios pais (o amor pelo idioma, a herança filosófica e histórica que o país carrega) e critérios objetivos. Sob este aspecto, e considerando as primeiras etapas do ensino (básico e secundário) podemos destacar, além da gratuidade, outros dois aspectos:
Em termos de um ensino neutro, as leis francesas estabelecem que tanto a neutralidade filosófica quanto política são impostas a professores e alunos. Isto é, fica vedada a professores e alunos campanhas políticas travestidas de ensino (por exemplo, numa aula de história não seria ético, de nenhum dos lados, insinuar que “o presidente X foi melhor que Y, portanto, vote ou defenda o político Z”). Segundo a lei, a educação da França estrutura-se na ciência e apenas na ciência.
Já do ponto de vista religioso, a educação pública é laica e assegurada pelas leis de 28 de março de 1882 e 30 de outubro de 1886. Na prática, o que isso quer dizer?
Ao matricular o seu filho ou filha numa escola do hexágono (ou ao se matricular em uma universidade) esses valores deverão ser respeitados por ambos os lados.
Veja também os hábitos que mudei desde que me instalei na França.
Será que depois desse guia, ainda existem dúvidas sobre a educação na França? Separamos duas perguntas frequentes dos nossos leitores.
As famílias podem optar por educar os seus filhos em casa. Neste caso, os pais precisam apresentar uma declaração à prefeitura e ao responsável pelo setor de educação da cidade. Esse procedimento deve ser renovado a cada ano que a criança estiver em estudo domiciliar.
Conforme o órgão de educação, serão feitas verificações para garantir o nível de educação e o estado de saúde da criança. Para mais detalhes sobre essa modalidade de ensino é recomendável consultar a documentação no site do governo francês.
Os alunos surdos ou com deficiências auditivas podem se beneficiar de um programa de escolarização personalizado, chamado de PPS ou projet personnalisé de scolarisation. Este programa inclui, de acordo com o Ministério da Educação:
Alunos com deficiência auditiva são imersos na rotina escolar da forma mais natural possível. A estrutura das instituições de ensino aptas a receber alunos surdos incluem dispositivos que ficam de posse dos professores, como microfones de lapela usados para transmitir mensagens diretamente para o aparelho auditivo do aluno.
Os alunos também recebem acompanhamento médico e social, contando com o suporte de intérpretes, terapeutas fonoaudiólogos, equipamentos codificadores e um especialista no ensino de alunos deficiência. Crianças e jovens com deficiências relacionadas à audição recebem, ainda, material didático personalizado.
É possível buscar no site do Ministério da Educação, a partir de um mapa interativo, os locais que oferecem atendimento especializado. Tal qual o ensino tradicional, o ensino para surdos é gratuito em instituições públicas na França.
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