A Irlanda é o primeiro país da Europa a retomar o lockdown. O anúncio foi feito nesta terça-feira (20) e vale a partir da meia-noite de amanhã.
O novo bloqueio na Irlanda fechará lojas não-essenciais e restaurantes e bares só poderão funcionar para retirada ou delivery. Os cidadãos ficam impossibilitados de se deslocar para endereços a mais de cinco quilômetros de casa. Reuniões sociais também estão proibidas. A recomendação é só sair em casos essenciais.

Irlanda é o primeiro país da Europa a retomar o lockdown, mas escolas seguem abertas

As escolas e creches, no entanto, permanecem abertas, o que vem causando certa indignação, especialmente entre os professores. Sindicatos alegam que a testagem dos profissionais e dos alunos não está sendo feita adequadamente para garantir um funcionamento seguro.
A construção civil também prossegue. Os demais profissionais, dos serviços não-essenciais, estão sendo estimulados a voltar para o esquema de trabalho home-office.

Quanto tempo vai durar o lockdown?

As novas regras valem, a princípio, por seis semanas, segundo disse o primeiro-ministro Micheal Martin.
Se der certo, o país poderá “comemorar o Natal de forma significativa”, argumentou.
O governante reconheceu que o isolamento social causa ansiedade e que este é um problema real para muitas pessoas. Mas reforçou a necessidade das medidas, pedindo aos irlandeses para se apoiarem mutuamente, em um grande grupo de apoio entre as famílias.

Por que foi decretado o lockdown? Era necessário mesmo?

As medidas visam conter a nova escalada do coronavírus e evidencia o receio dos governantes de haver um novo colapso no sistema de saúde.
A Irlanda estabeleceu um novo recorde de novos casos diários de Covid-19 no domingo, pela quinta vez em nove dias. O país tem a 12ª maior taxa de contaminação entre os 31 países monitorados pelo Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças.
De acordo com o primeiro-ministro, a incidência de novos casos subiu de 88 para 240 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. O número de internações hospitalares também subiu consideravelmente.

“A evidência de uma situação potencialmente grave chegando nas próximas semanas é muito forte”, disse Martin em discurso televisionado.

De acordo com a Universidade Johns Hopkins, a Irlanda tem 50.993 casos positivos de Covid-19 e 1.852 mortes pela doença registradas desde o início da pandemia.

“Embora tenhamos retardado a propagação do vírus, isso não foi suficiente. E agora é necessário mais ação”, complementou.

Irlanda é o primeiro país da Europa a retomar o lockdown estrada

Covid-19 pela Europa

Os países da Europa estão endurecendo as restrições para combater a pandemia e evitar sobrecarregar os hospitais. O maior temor é ver novamente se repetir cenas como do início da pandemia, quando a Itália, por exemplo, não dispunha de leitos suficientes para todos os pacientes que demandavam UTI.
No entanto, ao mesmo tempo, os governantes encaram o receio de infligir danos econômicos duradouros a seus países. Parcela da sociedade também se mostra bastante cansada das medidas restritivas.
Diante deste impasse sem respostas científicas certeiras, as nações vêm adotando abordagens diferentes para se proteger.

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Portugal

Portugal decretou estado de calamidade até 31 de outubro. Entre as determinações, está a proibição de venda de bebidas alcoólicas para consumo em espaços públicos e nos supermercados e hipermercados após as 20h. Também ficam proibidas festas e eventos de estudantes que não estejam dentro do calendário letivo.
Reuniões acima de cinco pessoas estão proibidas, exceto para pessoas da mesma família. Casamentos, batizados e eventos familiares ficam restritos a 50 participantes, com cumprimento de distanciamento social e uso de máscaras. Há restrição para estabelecimentos comerciais só abrirem após 10h.
O uso de máscara é recomendado para todos nas vias públicas, assim como o uso do aplicativo StayAway Covid, que auxilia no rastreio de contatos, alertando caso alguém que a pessoa tenha contactado nos últimos dias teve diagnóstico positivo para Covid.

Espanha

Na Espanha, na capital Madri e também em Fuenlabrada, Alcorcón, Parla, Getafe, Leganés, Móstoles, Alcobendas e Torrejón de Ardoz foi declarado estado de alerta, com restrição à entrada e saída de pessoas, salvo em situações essenciais, como trabalho, estudo e tratamento médico. As reuniões sociais em todas as regiões citadas são limitadas a seis pessoas.
Já a região da Catalunha adotou o fechamento de bares e restaurantes por 15 dias, desde 15 de outubro.

Inglaterra

Em Londres, reuniões sociais com pessoas de famílias diferentes em ambientes fechados estão proibidas.

França

Na França, foi implantado toque de recolher em Paris e mais oito cidades (Lille, Grenoble, Lyon, Aix-Marselha, Montpellier, Rouen, Toulouse e Saint-Etienne). Os cidadãos não podem sair das 21h às 6h, pelo menos por quatro semanas.

Itália

Na Itália, o primeiro-ministro Giuseppe Conte luta para não decretar um novo lockdown. “Não podemos nos dar esse luxo”, disse, em referência à realidade econômica do país. Mas a região da Lombardia já pediu autorização, ainda em análise, para implantar um toque de recolher.

Bélgica

Na Bélgica, por exemplo, todos os restaurantes, bares e cafés do país permanecerão fechados por quatro semanas, a partir de segunda-feira (26 de outubro). Também entrará em vigor um toque de recolher da meia-noite às 5h, todos os dias.
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