Os veículos elétricos ganham cada vez mais espaço na Europa. O aumento é evidenciado pelo contínuo crescimento das vendas, mesmo com a redução de incentivos fiscais em países como Alemanha, França e Espanha.
Várias ações têm conseguido aquecer o mercado, como os subsídios diretos que ainda são mantidos e outras ações inovadoras. Os investimentos em infraestrutura de recarga também seguem se espalhando pelo mundo.
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Preço alto é uma barreira, mas países europeus tem metas
Apesar de uma leve desaceleração, o setor de mobilidade elétrica continua em ascensão no continente. Os carros totalmente elétricos mantêm uma posição de destaque, representando 13% do mercado.
De acordo com dados da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), esses veículos agora respondem por pouco mais de 14% do mercado total de vendas na região.
Essa marca histórica ultrapassa pela primeira vez a parcela de carros a diesel. No acumulado do ano de 2023, houve um aumento de 53,1% nas vendas em relação a 2022.
Apesar dos avanços, os altos juros e os preços elevados ainda são obstáculos no caminho dos elétricos. As vendas estão perdendo ritmo no Velho Continente, preocupando os fabricantes.
Consumidor quer veículo mais em conta
A maioria dos consumidores europeus aguarda por carros elétricos que não sejam apenas melhores, mas também mais acessíveis. Atualmente, esses veículos têm um preço cerca de 33% mais alto em comparação com os de combustão.
Embora os mercados francês, italiano e espanhol mantenham-se aquecidos, a Alemanha — o maior consumidor de produtos de mobilidade elétrica do continente — registrou uma queda significativa recentemente. Isso se deve ao término dos subsídios para a compra de automóveis elétricos.
Portugal acelera na adoção da mobilidade elétrica
Portugal passa por uma transformação nas estradas, liderada pelos elétricos. A cada dia, é mais comum ver esses veículos silenciosos percorrendo as ruas. E os portugueses têm uma forte aceitação pela novidade: um estudo revelou que 55% dos portugueses consideram mudar para um carro elétrico em breve.
O primeiro Programa de Mobilidade Elétrica foi aprovado em 2009. Incluía medidas de incentivo, como um subsídio de até 6.500€ para a compra de veículos elétricos e a criação de uma infraestrutura de pontos de carregamento.
Os incentivos em 2024, tanto para empresas quanto para particulares, continuam a impulsionar a transição para uma mobilidade mais sustentável.
Apesar da redução no valor dos incentivos do Fundo Ambiental, ainda existem benefícios significativos para quem opta pela solução mais sustentável.
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Na Espanha faltam incentivos e postos de carregamento
A escassez de subsídios e incentivos fiscais, além da falta de pontos de recarga, são obstáculos que impedem o crescimento no país. O programa de ajuda para a compra de carros elétricos não gerou crescimento significativo nas vendas, mesmo com um investimento de 100 milhões de euros.
Os preços e a estrutura do programa podem ser fatores que contribuíram para o fracasso, já que exigia que o cliente pagasse 100% do valor inicial e aguardasse pelo reembolso do subsídio.
Além disso, a falta de uma rede de carregamento adequada também contribui para o problema, não acompanhando a crescente necessidade de infraestrutura.
Apesar de ter um grande potencial de energia solar, a Espanha ainda precisa investir na instalação de postos de carregamento.
França aperta o cinto e faz cortes nos subsídios
Em 2023, os carros elétricos representaram 17% das vendas de veículos novos no país, superando as expectativas do governo e levando ao esgotamento do orçamento de 400 milhões de euros antes do previsto. Essa decisão de ajustar os incentivos visa equilibrar o crescimento do mercado com a responsabilidade fiscal.
Em resposta à redução do subsídio, algumas marcas chinesas já oferecem descontos para compensar a perda para os consumidores franceses.
Outra mudança importante foi a suspensão do subsídio para carros elétricos fabricados em países com matriz energética poluente, mesmo que utilizem energia limpa durante seu uso.
Essa medida tem o objetivo de estimular a produção local e reduzir a pegada de carbono do setor automotivo. A mudança afeta principalmente fabricantes chineses, mas também marcas que produzem na China, incluindo algumas europeias e norte-americanas.
Itália investe em subsídios, mas resiste à proibição
O governo da Itália está considerando um plano de 930 milhões euros em incentivos para impulsionar a transição para a mobilidade elétrica.
O foco é incentivar a renovação do parque automotivo do país, que enfrenta o desafio de ter pelo menos 11 milhões de veículos com mais de 20 anos. A meta é estimular a compra de carros elétricos e híbridos, substituindo modelos mais antigos e poluentes.
Em paralelo, assim como a França, a Itália estuda novos incentivos fiscais para proteger sua indústria automotiva local da crescente concorrência dos carros da China.
A proposta italiana visa desestimular a importação de modelos chineses, concentrando os benefícios em veículos produzidos internamente com emissões mais baixas em todo o processo de fabricação.
País deseja transição gradual
No entanto, o país se opõe à proposta da União Europeia de banir a venda de veículos e motores não elétricos a partir de 2035, considerando-a “precipitada” e “prejudicial”.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, alerta que essa medida poderia resultar na perda de 70 mil empregos na indústria automotiva italiana.
A Itália defende um ritmo de transição mais gradual, que considere os impactos sociais e econômicos, buscando um equilíbrio entre sustentabilidade ambiental e viabilidade econômica.
Transição em andamento na Irlanda
Aqui o investimento em infraestrutura acompanha o aumento nas vendas. Um em cada sete carros novos vendidos é elétrico. A instalação de novos carregadores visa incentivar ainda mais os motoristas a adotarem veículos ambientalmente amigáveis.
Apesar do progresso, ainda há desafios. O alto custo é um obstáculo para 70% dos irlandeses, enquanto a falta de infraestrutura de carregamento impede a escolha para quase metade da população.
O governo da Irlanda reconhece os obstáculos no caminho. Vem implementando medidas para aumentar a acessibilidade e a viabilidade dos veículos elétricos. A combinação de investimentos em infraestrutura, incentivos fiscais e programas de conscientização pública tem sido fundamental para alcançar as metas.
Na Alemanha, uma possível virada de rota
Embora seja referência mundial em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias de mobilidade elétrica, o país enfrenta desafios na sua meta ambiciosa de ter 15 milhões de veículos elétricos em circulação até 2030.
Apesar do forte investimento na expansão da infraestrutura de recarga e dos limites rigorosos de emissão para empresas, a Alemanha vive uma inesperada queda nas vendas dos elétricos.
Em 2022, era celebrado um marco: 25% dos carros novos vendidos eram elétricos. Essa trajetória, que se sustentou por oito anos, foi abruptamente revertida nos últimos meses. O fim do programa de subsídios estatais e os preços ainda elevados são os principais responsáveis por essa mudança.
A percepção de um ritmo lento na expansão da infraestrutura de recarga também contribui para a insegurança dos consumidores. A meta de alcançar 1 milhão de pontos de recarga até 2030 ainda parece distante, com apenas 50 mil pontos instalados até o momento.
Reino Unido adota medidas agressivas
O governo britânico implementou medidas ousadas para eletrificar sua frota. Uma delas é a redução de taxas para carros corporativos elétricos, de propriedade de empresas e oferecidos a determinados cargos como benefício.
Inspirado em modelos bem-sucedidos, como o da China, o Reino Unido projeta um sistema que estabelece quotas mínimas de vendas para os elétricos. A previsão é que em 2024, 22% das vendas totais sejam de veículos novos de zero emissões. A iniciativa visa acelerar progressivamente a transição para a mobilidade elétrica em 2035.
De acordo com autoridades, esse é um dos sistemas regulatórios mais avançados e ambiciosos do mundo, destinado a ampliar a adoção de veículos elétricos e apoiar consumidores que não têm acesso direto a incentivos para aquisição.
Postos de carregamento serão implementados nas estradas europeias
O mercado global de carros elétricos tem números cada vez mais expressivos, ano após ano. Em 2023, a China dominou o setor, abocanhando 5,1 milhões de vendas, representando uma fatia considerável de 57% do mercado global.
Logo atrás, a Europa aparece com cerca de 2 milhões de veículos elétricos vendidos, enquanto os Estados Unidos seguem o ritmo com 1,2 milhão de unidades comercializadas.
O futuro está em movimento: até 2026, as autoestradas da União Europeia vão receber pontos de carregamento para veículos elétricos (VEs) a cada 60 quilômetros. A promessa é ousada, mas marca um grande avanço rumo à mobilidade elétrica, facilitando muito a vida dos condutores.
Afinal, hoje em dia, uma das grandes dúvidas de quem planeja adquirir um carro movido à eletricidade é se terá autonomia para dirigir numa viagem mais longa.
A falta de pontos de recarga tem sido um desafio para os donos de carros elétricos, que precisam de uma recarregar a cada 300 a 400 quilômetros em média. Mas com a expansão da rede de recarga rápida ao longo das autoestradas europeias, esse cenário deve mudar.
Fim dos carros a combustão na Europa
Em dezembro de 2019, a União Europeia definiu metas ambiciosas para reduzir as emissões de CO₂ de novos veículos. Uma das medidas é a proibição total da venda de carros novos a gasolina ou diesel a partir de 2035.
A Noruega lidera o ranking mundial de adoção de carros elétricos, mais de 50% das vendas de veículos novos são de elétricos.A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que a proibição será reavaliada em 2026. Essa revisão visa garantir que a medida seja justa e viável para consumidores e fabricantes.
Transição elétrica sofre críticas
O CEO da Stellantis, conglomerado automotivo que inclui marcas como Peugeot, Citroën, Opel, Fiat e Alfa Romeo, criticou à regulamentação europeia sobre a transição para carros elétricos.
Carlos Tavares alertou que as medidas podem prejudicar a mobilidade da classe média e levar a uma “guerra de preços” com a China. Tudo isso pode impactar o futuro do setor automotivo.
Tavares argumenta que o foco na obrigatoriedade dos elétricos, com preços atualmente altos na Europa, impede que a classe média tenha acesso a essa tecnologia.
Ele teme que a indústria europeia, ao tentar competir com os preços baixos dos carros elétricos chineses, possa enfrentar perdas significativas e sofrer uma reestruturação, com consequências sociais negativas.
Para enfrentar esses desafios, sugere que a Europa se concentre em incentivar a produção de carros elétricos mais acessíveis, em vez de apenas impor a venda de modelos premium.
Ele também propõe a criação de um “escudo” para proteger a indústria europeia da concorrência chinesa. Essa seria a única forma de garantir sua competitividade no mercado global.
No entanto, o líder da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), disse que as montadoras europeias não pretendem contestar a proibição. Luca de Meo reconhece que a meta de proibição é viável, mas pede por condições adequadas para sua implementação.
O futuro elétrico da Europa entre o sonho e a realidade
Na corrida rumo a um futuro mais limpo e sustentável, os governos europeus traçaram metas ousadas. Esperam que 80% de todos os carros vendidos sejam elétricos. Apesar do crescente interesse e das vendas em ascensão, há um problema: muitas pessoas simplesmente não podem comprar um elétrico.
A raiz desse dilema está na falta de opções acessíveis. Os modelos disponíveis no mercado europeu costumam começar em torno de 25.000€, um preço fora da realidade para muitos bolsos.
Essa situação coloca a Europa diante de alguns desafios e riscos consideráveis. Se não conseguir produzir VEs acessíveis, em massa, corre o risco de não atingir suas metas de vendas. Pode também perder espaço para a concorrência chinesa e até mesmo sofrer sanções financeiras por não cumprir as diretrizes.
E o que fazer? Proteger sua própria indústria ou promover a mobilidade elétrica? Algumas medidas protecionistas já estão sendo adotadas, como investigar fabricantes chineses e flexibilizar as regras para motores a combustão interna.
Há também soluções promissoras
A Europa precisa incentivar a produção de carros elétricos que caibam no bolso da maioria. Seja por meio de subsídios, investimentos em pesquisa e desenvolvimento ou até mesmo fazendo parcerias com empresas chinesas para reduzir custos.
Além disso, fortalecer a indústria local é fundamental. Isso inclui investir em pontos de carregamento, capacitar profissionais e estimular a inovação tecnológica. Tudo para aumentar a competitividade do mercado europeu. Encontrar o equilíbrio certo entre proteção e competição é essencial.