Para que você possa passar tranquilamente pela imigração na França, vale organizar seus documentos com antecedência.
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PEDIR MEU CARTÃO →A passagem pela imigração de um país é, por vezes, motivo de ansiedade entre os viajantes. O cansaço da viagem, não falar o idioma do lugar e a quantidade de documentos a serem apresentados só contribui com a imagem negativa desse procedimento tão importante para a segurança dos países, dos residentes e dos turistas. Neste artigo, você vai saber um pouco mais sobre como funciona a Imigração na França, assim quando chegar a sua vez de passar pelo controle, você estará tranquilo!
Índice do artigo
De maneira geral, um controle documental é feito pela Polícia da imigração na França nos seguintes casos:
Dessa forma, ao passar pela imigração na França você precisará apresentar:
Mas, o conteúdo de cada documento dependerá muito do seu caso: as demandas no controle de fronteiras vão depender do status que você possui ao chegar no país, isto é, se você vem como turista, com algum tipo de visto ou se possui alguma cidadania.
Vale deixar claro que você só passa pela imigração do primeiro país que você entra da Europa. Sendo assim, caso o seu voo saindo do Brasil seja direto, você vai passar pela imigração na França e receber o carimbo do país.
Contudo, caso você tenha alguma conexão no meio do caminho, você passará pela imigração do país europeu onde você fará essa conexão. Chegando na França, você entra diretamente no país, sem esse controle adicional e, consequentemente, sem o carimbo do país.
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Cotar Agora →Se você é brasileiro ou brasileira, você só precisará de visto para França caso a sua estadia seja acima de 90 dias. Mas, mesmo com um visto, é preciso que você apresente todos os elementos acima, considerando as especificidades do seu tipo de visto.
Por exemplo, o passaporte, sempre deverá ter a validade de pelo menos três meses a partir da data de saída do território europeu. Portanto, se a sua estadia na França vai durar um ano, é preciso que a validade do passaporte seja de pelo menos 1 ano e 3 meses.
O seguro viagem França, que se responsabilize pelas despesas médicas e hospitalares durante a estadia no país, de no mínimo 30.000 euros, para todo o período da viagem também deve ser apresentado. O mesmo para as garantias de repatriamento.
O comprovante de meios de subsistência para o período da estadia, por sua vez, varia conforme o tipo de visto. Por exemplo, para vistos relacionados à educação (como o de visto de estudante para a França ou de pesquisador), você deverá apresentar uma das duas opções:
Por fim, é preciso algo que comprove o tipo de viagem que você está prestes a fazer. Se você está entrando na França visando o reagrupamento familiar, é preciso que você justifique tal especificidade. Se você está com um visto de estudante, é necessário que você apresente a sua carta de aceite da Universidade que vai te acolher. Já se você vai iniciar uma atividade de trabalho, você deve apresentar documentos que comprovem essa condição.
Nas duas vezes que vim à França, eu estava em posse de um visto de long séjour, isto é, de uma estadia longa.
Da primeira vez, em posse de um visto de estudante, a minha entrada no país se deu pelo aeroporto Charles de Gaulle. Eu falava um francês muito básico, mas ainda assim resolvi cumprimentar o responsável pela minha passagem com um “bonjour”. Ele respondeu de maneira simpática e me pediu o passaporte, que eu entreguei aberto na página do visto. Ele checou, carimbou e me liberou. Foi realmente muito rápido.
Já da segunda vez, em posse de um outro tipo de visto, a minha entrada na Europa se deu em Lisboa, em Portugal — de onde sairia o meu voo de conexão até Paris. Portanto, aqui valeu a regra que mencionamos acima: você passa pelo controle de imigração do primeiro país da Europa que você entrar.
Aqui, o pessoal acabou sendo um pouco mais rígido: checou o meu visto e perguntou o que eu estava indo fazer na França durante tanto tempo. Ainda que constasse essa informação no documento, eu expliquei novamente para ele, que me liberou logo em seguida. Nesse caso, por ter entrado via Portugal, não ganhei um carimbo da França no meu passaporte.
No que se refere aos brasileiros turistas que vão passar pela imigração na França, isto é, que vão permanecer até 90 dias no país, é preciso apresentar os documentos explicados no primeiro tópico, com as especificidades seguintes:
| Documento | Observações |
| Passaporte | Com validade superior a três meses após a data de saída da França. |
| Comprovante de meios de subsistência | Você deve comprovar que você possui disponível a quantia de 65€ por dia, caso já possua uma reserva de hotel; 120€ por dia, caso não possua uma reserva de hotel; ou 32,50€ por dia, caso você for ficar na casa de alguém. Nesse último caso, será preciso comprovar, por meio de uma carta convite (attestation d’accueil), que um residente legal francês aceita que você fique na casa dele. |
| Seguro viagem | Com cobertura de no mínimo 30.000€ para as despesas médicas e hospitalares durante a sua estadia na França. |
| Garantias de repatriamento | Um bilhete de avião com a volta para seu país de origem, por exemplo. |
| Comprovante do tipo de viagem | Qualquer documento que comprove o objetivo da viagem, nesse caso, o turismo. Ingressos de museus e estadia em hotel são exemplos de justificativas que podem ser apresentadas. |
Se você possui cidadania europeia, a passagem pela imigração na França é mais simplificada. Isso porque, com um passaporte da Suíça ou de um país do Espaço Econômico Europeu, você pode se instalar na França sem limite de tempo.
Sendo assim, há algumas facilidades que fazem a passagem pela imigração na França ser mais rápida (em até 30 segundos você está liberado) e até mesmo de forma autônoma. Uma delas é o dispositivo PARAFE, válido para os passaportes biométricos, emitidos a partir de 29 de junho de 2009.
Disponível nos controles de passaporte de alguns aeroportos do país (como o Charles de Gaulle, de Paris), basta que o passageiro se apresente na entrada dos portões automáticos PARAFE e coloque o seu passaporte no leitor, que fará a conferência dos seus dados. Uma vez feito isso, o visitante entra pelo portão, e então pode haver duas situações: um reconhecimento facial ou um reconhecimento digital.
No reconhecimento facial, o viajante se posiciona na marcação indicada no solo e olha para uma câmera. Uma vez que a identificação do rosto do passageiro é realizada, a porta se abre. Já no reconhecimento digital, basta posicionar o seu dedo em um captor biométrico.
Após o Brexit, isto é, a saída do Reino Unido da União Europeia, houve um período de transição para os viajantes. Durante esse período, o direito europeu ainda era válido e as pessoas podiam circular normalmente. Esse período terminou no dia 1º de janeiro de 2021. Dessa forma, o regime de circulação dos britânicos foi modificado.
Sendo assim, a partir dessa data, os detentores de cidadania britânica são recebidos na França como estrangeiros de fora da União Europeia.
Dessa forma, caso você tenha cidadania britânica e queira fazer uma viagem inferior a 90 dias, você não precisa de visto. Contudo, ao passar pela fronteira, você deve:
Já se você quiser permanecer por mais de 90 dias na França com uma cidadania britânica, você deve possuir um visto de long séjour.
A partir do dia primeiro de agosto de 2022, as regras relacionadas ao Covid-19 até então aplicadas aos que viajavam para a França deixaram de existir. Isso porque, dada a nova fase da pandemia, o sistema de controle sanitário nas fronteiras francesas foi suspenso. Sendo assim, os viajantes não precisam mais:
No entanto, indicamos que você sempre leve consigo o seu comprovante de vacinação, na versão em inglês, que pode ser baixado diretamente do aplicativo Conecte SUS. Não custa nada e assim, você fica mais tranquilo.
Sim, a imigração na França é rigorosa.
Que a França é um grande destino turístico, nós já sabemos. Só em julho e agosto de 2022, a França registrou a vinda de 25 milhões de estrangeiros no país. Nesse sentido, Paris, a capital da França, também se destaca: foram aproximadamente 10 milhões de turistas visitando a cidade-luz neste verão europeu.
Com esse fluxo enorme de pessoas e o histórico de atentados terroristas no país é de se esperar que o controle de turistas seja rigoroso (não tanto quando a imigração dos Estados Unidos, Egito ou Japão, por exemplo) mas, ao mesmo tempo, bastante prático.
Se você pensa em imigrar para morar na França visando uma instalação definitiva, seja em uma idade ativa ou durante a sua aposentadoria, saiba que o seu primeiro passo é conseguir ter um visto para Fraça de longa duração. Esse passo deverá ser feito no consulado do seu país de residência natal.
A título de ilustração, foi divulgado no Vie Publique que em 2021 a França entregou 733.070 vistos, apontado uma ligeira alta em relação à 2020, ano em que foram entregues 712.317 vistos. Ainda assim, esse número continua bastante inferior ao visto antes da crise ocasionada pelo Covid-19: em 2019, esse número foi de 3.534.999 vistos emitidos.
Como vimos, as permanências que são acima de 90 dias necessitam de um visto para entrar no país. Consequentemente, para que você consiga ter um visto de longa permanência, é necessário que você tenha justificativas suficientes para apresentar ao consulado, a fim de que ele seja emitido. Tais justificativas são, por exemplo, contratos de trabalho, cartas de aceite em universidades na França ou comprovantes de reagrupamento familiar.
Nesse sentido, é também preciso se atentar se o visto escolhido possuirá uma autorização para trabalhar na França, se você deverá pedir isso ao seu empregador ou se você se encaixa em alguma exceção. Caso você tenha uma família, também será necessário fazer um pedido de visto de acompanhante para os que virão com você.
Uma vez chegando no país, há ainda mais algumas formalidades a serem cumpridas, como:
Por fim, é necessário também continuar atento às regras relativas à duração do seu visto, para evitar a situação de ilegalidade. Há certos vistos que permitem uma renovação da permanência, algo que deve ser feito impreterivelmente antes do final da sua validade. O site Welcome to France informa todos os passos necessários da sua instalação no país, conforme a sua nacionalidade.
Segundo o INSEE, em 2021 havia 7 milhões de imigrantes vivendo na França, o que é equivalente a 10,3% da população total. Um dado curioso, ainda, é que dentre eles 2,5 milhões adquiriram a cidadania francesa após sua chegada no país.
Vale dizer que, de acordo com esse mesmo estudo, 47,5% dos imigrantes que viviam na França em 2021 são nascidos na África, enquanto 33,1% são nascidos na Europa. Confira o gráfico abaixo de distribuição dos imigrantes, segundo o seu continente de nascimento:
Esses dados apontam uma mudança fundamental na composição dos estrangeiros na França. Isso porque segundo o Vie Publique, tradicionalmente a China era o país que mais recebia vistos franceses, mas hoje, ela ocupa o oitavo lugar desse ranking. Por outro lado, os países que ocupam os quatro primeiros lugares são: Marrocos, Algeria, Arábia Saudita e Tunísia.
Dentre as Américas e a Oceania, as três maiores nacionalidades dos imigrantes na França são:
Através de um estudo publicado em setembro de 2021 pela direção de estatística do Ministério do Trabalho francês é possível ter uma ideia do perfil sociodemográfico dos trabalhadores imigrantes na França. Ele nos mostra que eles são, na sua maioria, trabalhadores que exercem atividades manuais e não possuem tanta participação em profissões intermediárias.
Por exemplo, 39% dos funcionários domésticos são imigrantes. Seguindo nessa linha, são imigrantes também 28% dos agentes de segurança e 27% dos trabalhadores de construção não qualificados.
Ainda, há uma concentração de imigrantes em agentes de limpeza, cozinheiros, empregados na hotelaria e em restaurantes. O estudo também destaca que atividades independentes como artesãos, comerciantes e chefe de empresa são comuns entre eles.
A dificuldade de acesso a outras profissões mais bem pagas na França se explica, segundo o estudo, por alguns motivos:
No que se refere ao nível de vida, um estudo do Institut national de la statistique et des études économiques (INSEE) publicado em 2021 afirma que os imigrantes possuem um nível de vida anual médio de 20.040 euros, o que seria equivalente a 1.670 euros por mês. No entanto, os imigrantes originários da África possuem um padrão de vida menor: 16.910 euros por ano, ou seja, 1.409 euros por mês.
Em outras palavras, de maneira geral, os imigrantes recebem um pouco mais que o salário mínimo na França, que atualmente está em 1.645,58€ mensais. Segundo o INSSE, ainda, o salário médio dos profissionais da França em 2022 é de 2.340€ líquidos por mês.
Nesse mesmo estudo de 2021, o INSEE sublinha a importância dos dispositivos do governo francês para atenuar as diferenças do nível de vida dos imigrantes em comparação com o dos não imigrantes. Por exemplo, sem esses dispositivos, é constatado que o nível médio de vida dos imigrantes é 26% menor que os dos não imigrantes. Com tais dispositivos, o padrão de vida dos imigrantes passa a ser 20% inferior.
Um dos elementos que mais impactam nessa questão do salário é o percurso educacional do imigrante. Pensando nessa questão da educação, portanto, é interessante ver que um outro estudo do INSEE de 2018 demonstra que o nível de diploma dos imigrantes tem aumentado nos últimos 30 anos. Ele demonstra que antes de 1998 somente 21% dos imigrantes possuíam um diploma de ensino superior. Contudo, a partir dessa data, esse número sobe para 33%.
Se você não estiver tentando entrar ilegalmente no país, contrabandeando drogas ou outros produtos, ou é um fugitivo da polícia, você não precisa ter medo de passar na imigração na França. Como mostramos, ainda que ela seja rigorosa por conta da segurança na França, ela é bastante prática.
O segredo é se preparar com antecedência e garantir que você tem todas as justificativas necessárias. Se você as tiver, pode ficar em paz que vai dar tudo certo!
O primeiro passo é se organizar com antecedência e separar todos os seus documentos e justificativas que podem ser solicitadas no momento da passagem. Colocá-los em uma pastinha ou salvá-los no celular acaba sempre sendo uma boa ideia.
Um pouco antes de viajar para França, pode valer a pena também saber como identificar e responder às perguntas normalmente feitas, como:
Nesse sentido, é inegável que conseguir falar algo em francês ou inglês pode te ajudar. Mas, caso esse não seja o seu caso, uma vez tendo todos os documentos necessários, não tem como dar errado.
Ao descer do avião, siga o fluxo dos passageiros até o espaço da imigração na França, mas se atente para pegar a fila correta para o seu caso. Na França, as opções são: detentores de passaportes da União Europeia (UE), do Espace Econômico Europeu (EEE) e da Association européenne de libre-échange (AELE) ou detentores de outros passaportes.
Juntamente disso, tenha o seu cartão de embarque às mãos, assim como o passaporte aberto na página de identificação e as outras justificativas necessárias.
No momento do contato com o segurança da fronteira, respire fundo e seja simpático. Em síntese, responda só o que lhe for perguntado e, da mesma forma, só mostre os documentos que forem solicitados.
Não tente mentir, contornar as perguntas ou dar mais informações do que foi perguntado: quanto mais objetivo você for, mais rápido você poderá começar a aproveitar a sua viagem!
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