Pular para o conteúdo

Rebeca Leite

Autor

Rebeca é formada em Letras e ama viajar! Nascida no Rio de Janeiro, atualmente mora em Lisboa e trabalha desde 2018 com produção de conteúdos. Para aprimorar os seus conhecimentos fez uma especialização em marketing digital e uma pós-graduação em storytelling.

Conteúdos recentes
Parque em dia de sol. Apesar da qualidade de vida, morar em Portugal não vai resolver seus problemas
Brasileiros na Europa Portugal

Morar em Portugal não vai resolver seus problemas

Viver fora é uma oportunidade incrível, é ter a chance de mergulhar em um período único de aprendizado e de crescimento. Mas também pode ser uma cilada, dependendo do que motivou a sua saída do Brasil. Saiba porque morar em Portugal não vai resolver seus problemas. Informe-se bem antes de fazer uma mudança tão radical na sua vida, especialmente se essa reviravolta for movida por uma tentativa de fuga dos problemas que tem em casa. A mudança para Portugal não é uma solução mágica Estar distante ajuda a refletir sobre os problemas que tinha e dar outro peso aos conflitos, é verdade. Com os quilômetros que nos separam percebemos quem realmente faz falta e quem passou pela nossa vida e acabou sendo só uma fase. Mudar também ajuda a resolver aqueles conflitos cotidianos pontuais como quem deixou a toalha molhada em cima da cama ou não lavou a louça quando deveria. Mas o tempo separado e a distância não salvam nenhuma relação, talvez faça apenas com que os problemas fiquem em “banho-maria”. Se a relação com a família já era problemática antes da mudança, provavelmente vai continuar a ser, possivelmente com menor intensidade porque vai haver menos convívio. Os problemas vão junto na bagagem Infelizmente os problemas viajam com a gente. Se a ideia é fugir de situações que te incomodam, é bastante possível que as questões continuem te assombrando mesmo que já não façam mais parte do seu dia a dia. Traumas e conflitos não desaparecem, podem até brotar com mais frequência em pesadelos, por exemplo. E o fato de estar distante tem potencial de gerar um sentimento de culpa, além de, muitas vezes, empurrar os envolvidos para uma maior comunicação por obrigação (seja ela por Skype, WhatsApp, etc), o que com frequência traz ainda mais conflitos à tona. Por isso, antes de tomar uma decisão impulsiva e fazer a mala lembre-se que morar em Portugal não vai resolver problemas com relação aos seus conflitos emocionais. Saudade de quem fica — e não só Além da saudade dos familiares e amigos, também bate uma falta forte da paisagem e dos hábitos que tínhamos, que muitas vezes não podem ser reproduzidos aqui. Especialmente no inverno, quando o clima é rigoroso e todo mundo fica mais recluso, bate uma solidão danada. A gente quer bater papo com vizinho porque a gente sai do Brasil, mas o Brasil não sai da gente, mas passa semanas sem cruzar com ninguém. Ter que lidar com uma solidão absoluta durante semanas a fio não é nada fácil, confesso. Vai ser preciso recomeçar O início da mudança para morar em Portugal é muito complicada, tanto em termos burocráticos como principalmente afetivos. É preciso ter muita paciência e resiliência. Em termos práticos é necessário correr atrás de documentos — alugar casa, pedir instalação das contas básicas, é um trabalho danado até a nova rotina se estabilizar. Do ponto de vista emocional, quando chegamos, somos completamente estranhos no ninho: ninguém nos conhece e as pessoas já têm as suas próprias rotinas e amizades. Há toda uma engrenagem que funciona apesar de nós. Principalmente para quem vem sozinho é difícil encontrar o seu espaço e a sua turma. Eu e alguns conhecidos penamos mais de um ano até sentirmos que efetivamente pertencíamos. E mesmo assim, ainda noto que ainda há altos e baixos nesse quesito. [caption id="attachment_141825" align="alignnone" width="750"] Frequentemente há eventos gratuitos organizados em espaços públicos em Portugal, especialmente no verão.[/caption] O europeu em geral, e o português em particular, são muito fechados. São educados, mas raramente expansivos e é muito difícil encontrar alguém que possua abertura para fazer amizade na fase adulta da vida. Pense que eles já têm os amigos que fizeram na infância, na escola, na faculdade, na vizinhança. Por isso o mais fácil é acabar fazendo amigos brasileiros em Portugal. É preciso estar disposto a se adaptar à cultura Diz o ditado: “Quando em Roma, faça como os romanos”. Não concordo 100% com o dito popular, mas sem dúvida precisamos conhecer como a sociedade funciona para podermos nos integrar melhor. Apesar de falarmos a mesma língua, a cultura portuguesa é bastante diferente do Brasil. Não são só regras e leis estranhas para brasileiros, há muitos hábitos que são mesmo bem distintos. A espontaneidade do brasileiro, por exemplo, pode ser vista com incômodo por aqui — nem pense em tocar na casa de alguém sem ter combinado com antecedência. Há uma certa formalidade implícita, muitos vizinhos se tratam por “doutor”, “engenheiro” mesmo que não sejam médicos ou sequer tenham colocado os pés na faculdade de engenharia. Nas universidades vemos uma série de rituais que no Brasil já foram abolidos há tempos como solenidades e eventos com togas e trajes específicos. A divisão da conta nos restaurantes, a questão do churrasco na varanda e outras pequenas diferenças Se um grupo de amigos for a um restaurante por aqui, a conta será provavelmente dividida pelo número de pessoas e não pelo que cada um efetivamente consumiu. E por falar em jantares de grupo, numa típica mesa portuguesa só se começa a comer depois dos pratos estarem a frente de todos, o que não é nada prático porque se a mesa for grande muitas vezes a comida esfria. Tradicionalmente os portugueses têm o costume de tomarem muita sopa — e não como refeição, mas como entrada. Para mim até hoje é estranhíssimo devorar um prato enorme de sopa e ainda ter espaço para almoçar ou jantar a seguir. Outro costume de Portugal é o hábito bem diferente de festejar em casa. Prepare-se: é bastante provável que os seus vizinhos reclamem se fizer churrasco na varanda (em muitos prédios é mesmo proibido). Ou toquem a campainha para darem uma reprimenda se estiverem falando alto. Há uma preocupação enorme em não invadir o espaço do outro e é importante que tenhamos consciência dos nossos limites. Portugal tem qualidade de vida, mas também tem problemas Em um primeiro momento, especialmente se vier como turista, Portugal pode parecer um lugar dos sonhos. Mas a verdade é que encontramos algumas dificuldades substanciais no dia a dia, sublinho algumas delas. Há xenofobia sim — e não é pouca Existe na Europa muita xenofobia — especialmente se você for uma mulher brasileira. A xenofobia em Portugal contra brasileiros se vê nos pequenos gestos no dia a dia, como uma resposta mais grosseira dada por um funcionário dos correios ou a impaciência especial da recepcionista do centro de saúde. O que era apenas impressão pessoal acabou por ser confirmada através de uma pesquisa recente, que mostra que a maioria dos brasileiros que vivem em Portugal já sentiu discriminação especialmente nos serviços públicos. E quando falo do preconceito não me refiro apenas aquele preconceito escancarado — as cantadas que muitos homens nativos mandam para as mulheres quando notam o sotaque brasileiro. Por pior que essas situações sejam, elas felizmente são raras (pelo menos comigo), o que pesa mais são as alfinetadas que recebemos no cotidiano. São apartamentos para alugar ou carros para comprar que subitamente parecem não estar mais disponíveis quando se escuta o sotaque brasileiro do outro lado da linha, mas voltam ao mercado quando se pede para algum amigo português telefonar. Uma parcela da população deixa bem claro que imigrantes não são bem vindos O preconceito que vemos não é uma exclusividade contra brasileiros. Já testemunhei situações constrangedoras com imigrantes oriundos de Angola, de São Tomé e Príncipe, da Ucrânia, de Bangladesh, do Nepal, da Índia. Quando não se fala português a situação costuma ser ainda pior. Vi uma série de serviços onde os estrangeiros não conseguiam se comunicar porque não falavam português e a solução da pessoa do outro lado do balcão não era procurar alguém que pudesse ajudar, mas sim continuar falando em português de maneira áspera, diminuindo o outro. Apesar de contribuírem para a segurança social e melhorarem a taxa de natalidade do país, os imigrantes ainda são muitas vezes vistos como vilões que roubam empregos e cônjuges portugueses. Recentemente em Olhão, imigrantes foram agredidos por jovens portugueses que tinham entre 14 e 16 anos sem qualquer motivo. Em 2019 alguns alunos da Universidade de Lisboa colocaram cartazes na entrada oferecendo “pedras grátis para atirar em zucas”. Esses são casos pontuais que ilustram um cenário real. Em resumo: além de que morar em Portugal não vai resolver seus problemas, prepare-se para vir com uma casca bem grossa, ela possivelmente será necessária para enfrentar situações desagradáveis. Se você acha o Brasil burocrático, prepare-se para viver em Portugal Muitas vezes me queixava da burocracia brasileira — até viver aqui. Por pior que seja a burocracia tropical, no nosso país, eventualmente encontramos alguém que consegue “dar um jeitinho” e resolver uma situação meramente formal que parece intransponível. Imagine que no país luso funciona de maneira semelhante, mas existem muito mais exigências burocráticas em Portugal e frequentemente sem ninguém disposto a ter jogo de cintura e resolver o caso. Especialmente nos serviços públicos em Portugal, o atendimento pode ser lento, grosseiro e sem nenhuma margem para reflexão. As regras são cumpridas cegamente e não há margem para desvios. Uma das vezes que precisei renovar o visto de residência foi exigido pela junta de freguesia que levasse duas testemunhas que provassem que eu vivia ali na região. O contrato de aluguel não era suficiente. E não bastava serem residentes no bairro, tinham que votar ali. Há pouquíssima gente que se enquadra nesse perfil, já que muitos moram na região, mas votam nos seus antigos endereços. Não se engane: morar em Portugal não vai resolver seus problemas e dá muito trabalho, especialmente no início da vida nova. Além da burocracia, conheça outras coisas que nenhum brasileiro gosta em Portugal. O governo de Portugal investe no bem-estar social Mas há também coisas muito boas por aqui: em Portugal há uma preocupação bastante forte com os mais vulneráveis. Há abonos de família — prestações que são pagas mensalmente para famílias de crianças e jovens com menos recursos. Os valores pagos mudam conforme o escalão, isso é, com os rendimentos que a casa possui. Também existem programas de arrendamento acessível especialmente voltados para jovens e estudantes. Em termos de saúde oral, há um programa de cheques-dentista direcionado para grávidas, crianças e jovens até os 18 anos, portadores do vírus HIV e beneficiários do Complemento Solidário. [caption id="attachment_141831" align="alignnone" width="750"] Nos dias de sol você pode aproveitar as piscinas públicas em Portugal e tê-las como opção de lazer.[/caption] Recentemente em Lisboa passou a existir uma espécie de seguro saúde para moradores idosos acima de 65 anos que garante teleconsultas e assistência médica ao domicílio. Esses são só alguns exemplos pontuais para mostrar como em Portugal há uma preocupação muito forte com o bem-estar social. O aborto legalizado, o suporte aos dependentes químicos e a (quase) aprovação da eutanásia Há outros aspectos muito bacanas de se viver em Portugal. Por aqui desde 2007 a interrupção voluntária da gravidez é autorizada até a décima semana de gestação. Caso a mulher opte por avançar com um aborto, poderá fazê-lo em estabelecimentos de saúde públicos e sem custos após passar por consultas específicas para esse fim. Existe também uma discussão mais ampla e liberal sobre o tema das drogas e recentemente está sendo implementado um Programa de Consumo Vigiado que dá suporte aos dependentes químicos. Sinto que o debate das drogas é muito mais aberto e realista desse lado do oceano. Apesar de mais avançado numa série de assuntos, em Portugal ainda há temas importantes para debater como a questão da eutanásia. A aprovação iminente se arrasta há alguns anos, mas eventualmente imagino que a prática seja autorizada para casos específicos. Tenha consciência de que morar em Portugal não vai resolver os seus problemas, mas, ao mesmo tempo, lembre-se que pode encontrar por aqui uma sociedade mais de acordo com os valores que acredita. A desigualdade social é menor Em Portugal a classe média é enorme e não há um abismo social como vemos no Brasil. A educação pública funciona, desde a creche até a universidade. Inclusive, vale a pena enteder melhor como funciona a creche em Portugal. Os hospitais do Estado são conhecidos pelos profissionais de excelência e pelos bons tratamentos, apesar de alguns terem longas filas de espera. O único problema pode ser a demora para ser chamado para uma consulta com um especialista, mas a verdade é que a infraestrutura, em geral, é boa. [caption id="attachment_141835" align="alignnone" width="750"] Há uma preocupação da comunidade de manter os parques sempre limpos.[/caption] No dia a dia também faz uma enorme diferença sentir que não há grandes problemas de segurança. Andar na rua sem estar preocupado com a bolsa ou com o celular é um luxo que traz enorme qualidade de vida em Portugal. Portanto, apesar de morar em Portugal não resolver os seus problemas, o peso e o stress que sentimos no dia a dia reduz significativamente. Os espaços são mais democráticos Como uma enorme parcela da população é composta pela classe média, os espaços acabam sendo frequentados por todos. Não há propriamente conceitos como bancos “prime”, escolas de elite, condomínios fechados. Aliás, eles até existem, mas são raros se comparados com a realidade das grandes metrópoles brasileiras. Todos estão matriculados nas mesmas escolas, nos mesmos centros de saúde, usam o mesmo transporte público, fazem picnics nos mesmos parques. As juntas de freguesia organizam eventos abertos para a comunidade como sessões de cinema ao ar livre, festas temáticas, feiras de artesanato, piscinas durante o verão. Morar em Portugal não vai resolver seus problemas, é verdade, mas ter essa noção de que somos todos iguais e de que não precisamos ter medo do outro é muito bacana. Há uma preocupação com o meio ambiente forte por aqui Todo mundo que conheço (e não é exagero, são pessoas de várias idades e classes sociais) separa o lixo em casa. Temos todos recipientes para plástico, metal, papelão, lixo orgânico, vidro. A recolha do lixo reciclável é feita nos próprios prédios ou numa série de ecopontos distribuídos pelas regiões — e há mesmo muitos. Baterias, pilhas, lâmpadas e eletrodomésticos antigos também são recolhidos em lugares específicos como lojas e supermercados. E há uma série de contentores grandes espalhados por Lisboa onde é possível doar roupas, bolsas e sapatos. Existe uma consciência coletiva ímpar de que é preciso fazer a nossa parte pelo bem comum. Reflita: por que você quer mudar para Portugal? Depois de tantas considerações, o nosso maior objetivo não é te desanimar, mas te dar ferramentas para pensar nos prós e contras antes de uma mudança assim tão radical. É importante que venha com expectativas realistas, que esteja consciente de que a sua rotina irá mudar completamente. Em alguns aspectos irá ganhar enquanto em outros irá perder. Na minha opinião, Portugal é um bom lugar para morar. Mas morar em Portugal não vai resolver os seus problemas, eles com certeza vão embarcar na mala junto com você. O período de adaptação em Portugal é bem complicado para praticamente todos os brasileiros que chegam, especialmente os que se mudam sozinhos. Por isso prepara-se: informe-se, leia, pense com calma sobre o assunto, converse com amigos e venha com uma boa almofada financeira para aguentar os primeiros tempos. E se tomar a decisão da mudança, recomendo o Programa Morar em Portugal, que reúne uma série de videoaulas e um ebook completo para te ajudar a preparar todo o planejamento e fazer a sua mudança da melhor maneira possível e de forma legal. *A opinião dos colunistas não reflete necessariamente a opinião do Euro Dicas.

Cidadania portuguesa pode morar nos EUA por um período inferior a 90 dias.
Portugal

Com cidadania portuguesa posso morar nos EUA? Entenda

Com cidadania portuguesa posso morar nos EUA? Eu vejo muitas pessoas terem essa dúvida, principalmente brasileiros que conseguiram solicitar o tão sonhado passaporte vermelho através do processo de naturalização por tempo de residência. Então, neste artigo vou esclarecer essa dúvida de uma vez por todas e te explicar as condições que permitem o ir e vir dos portugueses para os EUA. Antes de aprofundar no assunto, deixa eu responder de forma bem simples e rápida a duas perguntinhas. Perguntas Respostas Cidadão português pode morar nos Estados Unidos? Sim, desde que não ultrapasse 90 dias. Caso contrário, é necessário solicitar um visto de residência para os Estados Unidos. Como morar nos EUA com cidadania portuguesa? O primeiro passo é solicitar o visto de residência via consulado dos EUA. Se o pedido for aceito, poderá fazer as malas e comprar as passagens. Com cidadania portuguesa posso morar nos EUA? Não necessariamente. A cidadania portuguesa não permite que você more nos Estados Unidos por um período superior ao de 90 dias. Portanto, se você pretente morar, trabalhar ou estudar na terra do Tio Sam por um período superior aos 90 dias, deverá seguir os passos burocráticos para fazer a solicitação de visto para os Estados Unidos e torcer para ele ser aceito. Se ainda está se perguntando se “com cidadania portuguesa posso morar nos EUA?”, recomendo a entrar no site da Embaixada dos Estados Unidos para verificar quais são os vistos disponíveis que permitem a residência legal e qual a documentação necessária. O país é conhecido por ser bem rigoroso na emissão de vistos, tanto que é bem comum ver casos de vistos sendo negados. Por outro lado, se você reunir toda a documentação certinha e treinar para a entrevista, a chance de ter o visto aprovado será maior. Como morar nos EUA com passaporte europeu? Bom, se você tem algum passaporte europeu e deseja morar nos Estados Unidos, deverá solicitar o visto de residência na Embaixada ou Consulado que faz parte da sua jurisdição. É possível solicitar visto com base em laços familiares (caso o familiar viva legalmente), trabalho e investimento, adoção, especial (para categorias governamentais) e o de diversidade. Desde dezembro de 2022 é igualmente possível solicitar dois vistos específicos, o E1 e E2, voltados para quem realiza transações comerciais ou investimentos e autorizam o cidadão a permanecer durante um período determinado (dois anos) nos Estados Unidos. Apesar de não serem permanentes, os vistos E1 e E2 podem ser renovados por prazo indefinido. Você pode consultar a lista de cada categoria de visto no site do Consulado dos EUA. Também recomendo entrar em contato com a National Visa Center (NVC) pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone +1 603 334 0700 para tirar todas as dúvidas que possam surgir com relação à documentação e o tipo de visto que deverá ser solicitado. Após entender qual o melhor visto que se enquadra com os seus objetivos, você deverá entrar no site U.S. Citizenship and Immigration Services e preencher o formulário correto de solicitação do visto para morar nos EUA com passaporte europeu. Após o envio do formulário e pagamento das taxas, deverá agendar a sua entrevista com o agente de imigração e torcer para a sua solicitação ser aprovada. Só após a aprovação é que você poderá morar nos EUA com cidadania portuguesa, europeia ou até mesmo a brasileira. Tudo depende da aprovação do visto. Vistos E1 e E2 para quem tem cidadania portuguesa Existem dois vistos específicos recentes, assinados por Joe Biden em dezembro de 2022, que podem favorecer brasileiros com dupla cidadania portuguesa. São eles: E1 (Tratado de Comércio) e E2 (Tratado de Investidor). Os vistos são especialmente destinados para países que possuem acordos de comércio com os Estados Unidos. Mas atenção: nem todos os países da União Europeia possuem esse acordo. Recentemente, Joe Biden incluiu Portugal na lista dos países elegíveis para os vistos E1 e E2. Até então, o país era dos poucos europeus que não constavam na relação. [caption id="attachment_136877" align="alignnone" width="750"] Com cidadania portuguesa posso morar nos EUA apenas após a aprovação do visto.[/caption] Para conferir se a dupla cidadania que possui se aplica ao caso, confira a lista de países com os quais os Estados Unidos estabelecem relação de acordo. Requisitos para os vistos E1 e E2 Para esclarecer um pouco mais sobre esses dois tipos específicos de visto vamos fazer um breve resumo de cada um. O visto E1 está voltado para comerciantes, empresas ou indivíduos que possuam transações comerciais contínuas com os Estados Unidos. Em termos legais, isso significa um mínimo de 6 meses de continuidade de transações comerciais com um valor considerável, idealmente acima de 250 mil dólares, segundo especialistas na área; Já o visto E2 é focado em empreendedores (individuais ou coletivos) que querem investir nos Estados Unidos para criar ou dirigir uma empresa com valores idealmente acima de 100 mil dólares. Os valores citados não são definitivos, já que o acordo menciona apenas a expressão valor “substancial”. Há um detalhe importante no processo de obtenção dos vistos E1 e E2. Em caso de dupla cidadania obtida por investimento, é preciso que a pessoa tenha residido de modo contínuo no país por, pelo menos, três anos antes de solicitar o visto E1 ou E2 em uma embaixada dos Estados Unidos. Imagine que é brasileiro e possui dupla cidadania portuguesa obtida via investimentos, através do Golden Visa, por exemplo. Nesse caso só poderá pedir o visto E1 ou E2 após morar em Portugal consecutivamente por pelo menos três anos. Caso a sua dupla cidadania tenha sido obtida por parentesco ou alguma outra modalidade não haverá essa exigência extra. Os vistos E1 e E2 são permanentes? Não. Os vistos E1 e E2 possuem duração de 2 anos, ou seja, eles não são uma espécie de Green Card embora no futuro possam servir de base para o pedido do mesmo. Apesar de darem direito a permanecer em solo norte-americano por apenas dois anos, os vistos podem ser renovados de forma ilimitada, quantas vezes desejar. Os vistos E1 e E2 para quem possui dupla nacionalidade portuguesa já estão valendo? Ainda não. Apesar de o documento ter sido assinado por Joe Biden em dezembro de 2022, os novos vistos só começam a valer com o novo ano fiscal, ou seja, a partir de 1º de outubro de 2023. Vantagens dos vistos E1 e E2 Os vistos E1 e E2 abriram uma possibilidade real para a enorme comunidade de brasileiros que possuem dupla cidadania portuguesa — são mais de 400 mil pessoas. Se antes só era possível tentar aplicar para um visto norte-americano com valores de investimento muito mais elevados, agora o processo se tornou mais simples, célere e com custos de investimento menores. Há também outras duas vantagens significativas nos vistos E1 e E2. A primeira é que os cônjuges se tornam elegíveis para trabalharem nos Estados Unidos. A segunda é que os dependentes até os 21 anos ficam com autorização para permanecerem em solo americano. Onde solicitar os vistos E1 e E2? Se estiver fora do solo norte-americano, deverá solicitar o seu visto na Embaixada dos Estados Unidos do país onde vive. Caso tenha dupla cidadania portuguesa, é possível solicitar tanto o visto E1 como o E2 nos Consulados Gerais dos Estados Unidos no Rio de Janeiro ou em São Paulo. Em Portugal, a embaixada norte-americana está situada em Lisboa, mas só processa vistos para não emigrantes. Caso não seja a sua situação e pretenda mesmo residir fora, deverá ser direcionado para a Embaixada dos Estados Unidos em Paris. De modo geral, o interessado só precisará comparecer presencialmente uma vez em Paris, para realizar a entrevista. Vale sublinhar que a Embaixada de Paris possui tradutores caso o candidato necessite de ajuda por não falar francês ou inglês. Mas atenção, não basta ter dupla cidadania portuguesa (ou de outro Estado-membro europeu que também esteja na lista dos países parceiro) e possuir o montante em questão para pedir os vistos E1 e E2. Fique de olho nas exigências. Quem tem cidadania portuguesa precisa de visto para os EUA? Se a intenção é permanecer por até 90 dias, quem tem cidadania portuguesa não precisa de visto para os EUA. Isso, acontece graças ao Visa Waiver Program (VWP) ou Programa de Isenção de Vistos, no qual permite que cidadãos de 40 nacionalidades possam viajar para a terra do Tio Sam por até 90 dias. Atenção, o acordo VWP é para viagens de lazer e negócios. Se você pretende estudar ou trabalhar nos Estados Unidos, deverá solicitar o visto como qualquer outro emigrante. Fique de olho nos vistos E1 e E2, que são uma novidade para quem possui cidadania portuguesa e deseja investir e fazer negócios nos Estados Unidos. Agora se você tem cidadania portuguesa (ou europeia) e deseja viajar para os EUA sem a intenção de morar no país, deverá solicitar o ESTA USA. O Electronic System for Travel Authorization na nada mais é do que uma autorização de viagem, bem similar ao ETIAS, que a Europa implementará em 2025. Como solicitar o ESTA? Você precisa estar com o passaporte europeu em mãos e solicitar a autorização de viagem através do site oficial do ESTA. Primeiro deve se atentar aos requisitos para a solicitação, são eles: Ter o passaporte europeu; Não ter nenhum visto de imigrante ou de visitante para os EUA; Programar uma viagem de lazer ou negócios de no máximo 90 dias. Cumpre os requisitos? Então, o próximo passo é preencher o formulário de pedido do ESTA informando alguns dados pessoais e da viagem. Após o preenchimento, deverá pagar a taxa do ESTA, que é de USD 21. É possível pagar com cartão de crédito MasterCard, Visa, America Express, Discover (JCB ou Diners Club) e PayPal. [caption id="attachment_142595" align="alignnone" width="750"] Apesar do passaporte vermelho não permitir morar nos EUA sem visto, facilita bastante para viagens de turismo.[/caption] Caso tenha cidadania europeia e não queria solicitar o ESTA por querer ter o visto colado no passaporte, você pode optar por solicitar o visto de visitante (B) no Consulado dos EUA. Mas para que complicar se você pode apenas preencher um formulário na internet, não é mesmo? Quanto tempo posso ficar nos Estados Unidos com o passaporte europeu? Já sabe a resposta para a pergunta: “com cidadania portuguesa posso morar nos EUA?”. Portanto, também já sabe que você pode ficar nos Estados Unidos com passaporte europeu por no máximo 90 dias. Europeu pode trabalhar nos Estados Unidos? Não. Europeu não pode trabalhar nos Estados Unidos sem um visto que permita tal atividade. Lembre-se que o ESTA permite que você faça viagens de lazer ou a negócios. Porém, entende-se que em uma viagem corporativa, você estará no país a trabalho, mas não para trabalhar nas empresas americanas, gerando impostos e contribuindo para o sistema previdenciário. Quais países exigem visto para quem tem cidadania portuguesa? Na verdade, com exceção dos países da União Europeia, qualquer outro país exige um visto se você tiver a intenção de morar, incluindo os Estados Unidos e Reino Unido, que após o Brexit, também passou a exigir visto de quem tem cidadania portuguesa. Agora se a intenção é viajar a turismo, saiba que o passaporte português está na lista dos mais valiosos do mundo, permitindo entrada em mais de 150 países e territórios. Com a sua cidadania portuguesa, você poderá viajar a turismo e sem a necessidade de visto para destinos como: Qualquer país europeu; América Latina: Brasil, Peru, Venezuela, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Argentina, Chile, Equador, México, Colômbia, Guatemala, República Dominicana; Ásia; Tailândia, Japão, Hong Kong, Coréia do Sul, Indonésia, Filipinas, Malásia, Timor-Leste; Ocêania: Nova Zelândia; África: Namíbia, São Tomé e Príncipe, Marrocos, Senegal. Países como Austrália, China, Rússia, Cuba, Estados Unidos, Canadá, Índia, Camboja, Laos e Myanmar, por exemplo, quem tem cidadania portuguesa precisa solicitar uma autorização de viagem prévia por meio de formulários disponíveis pelas autoridades de cada país, como o ESTA nos EUA. Quem tem cidadania portuguesa pode morar em quais países? Quem tem cidadania portuguesa pode morar em Portugal ou qualquer outro país que faça parte da União Europeia, são atualmente 27 países. Nesse caso, se optar por morar fora de Portugal, você deverá ir até à prefeitura da cidade que irá morar para realizar o seu registro como cidadão europeu de país terceiro. Não tem muito segredo e geralmente, você deve apresentar o passaporte, comprovante de residência e financeiro. Porém, é bom confirmar a documentação no país da UE que pretende viver com a sua cidadania portuguesa, pois pode haver alguma variação. Indicações de assessoria para solicitar cidadania portuguesa Existe uma infinidade de escritórios e advogados que trabalham com a solicitação da cidadania portuguesa. Mas é preciso ser muito criterioso na escolha do profissional que irá orientar o seu processo. É um serviço que exige experiência e seriedade, portanto não é indicado solicitar o serviço com um escritório que você não conheça o trabalho realizado pelos profissionais. Para melhor orientar os nossos leitores, o Euro Dicas fez uma pesquisa extensa dos melhores escritórios que solicitam cidadania portuguesa no Brasil e temos 2 indicações: a Cidadania4U e a Cidadania Já. Ambos os escritórios são de confiança e realizam um excelente trabalho, e indicamos que você conheça cada um deles e escolha aquele que melhor se encaixa no seu perfil e na sua necessidade. Cidadania4U A Cidadania4U é um escritório que declara ter o atendimento mais rápido do Brasil. O escritório possui atendimento automatizado através do site e de um aplicativo próprio, que possibilita o acompanhamento do processo e contato com a equipe. De acordo com a Cidadania4U: Nós temos a cidadania italiana mais rápida do Brasil por conta da implementação de tecnologia na execução de todo o processo. Sendo assim, conseguimos finalizar toda a parte burocrática muito mais rápido que nossos concorrentes. O cliente pode optar pelo processo 100% virtual ou presencial, a marca possui escritórios em 6 cidades: São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Florianópolis. A avaliação geral da marca no Reclame Aqui é boa, nota 7.6. Todas as reclamações registradas na plataforma foram respondidas pela empresa. Para saber mais sobre a Cidadania4U, leia também esse artigo que escrevemos sobre a marca. Visite o site da Cidadania4U para iniciar o seu processo para se tornar cidadão português com auxílio da tecnologia dessa marca. Cidadania Já A Cidadania Já possui mais de 10 mil casos de solicitação de cidadania europeia bem sucedidas. A empresa trabalha atendimento automatizado, por isso é muito rápido iniciar o seu processo. Segundo a própria Cidadania Já: “a nossa principal vantagem competitiva é o atendimento rápido e humanizado em todas as etapas. Além disso, nossos números de procedimentos concluídos nos colocam hoje como a maior empresa de assessoria de cidadania do Brasil”. Outros diferenciais da Cidadania Já A empresa possui nota geral 8.4 no Reclame Aqui e todas as reclamações de clientes foram respondidas; Caso algum imprevisto ou erro aconteça no processo, a empresa devolve o investimento do cliente; Possui preço competitivo, não são os mais baratos do mercado, nem os mais caros; Oferecem possibilidade de parcelamento do valor pago; O tempo de conclusão dos processos não dependem exclusivamente da empresa, mas também dos cartórios e conservatórias, mas em média a solicitação da cidadania italiana demora entre 2 e 3 anos; Possuem lojas físicas em São Paulo, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro e Criciúma, o que agrega maior confiança a alguns clientes, e seus funcionários estão capacitados para realizar atendimento mais próximo e ter escuta ativa para a história de cada cliente. Se quiser conhecer melhor o escritório Cidadania já, leia esse artigo que escrevemos sobre a marca. Para ser atendido pela Cidadania Já, acesse o site e prepare-se para se tornar um cidadão português.

Nice tem um carnaval dos mais celebrados na Europa
Europa

Carnaval na Europa: melhores cidades para aproveitar a festa

Esqueça os carros alegóricos das escolas de samba do eixo Rio-São Paulo e o Carnaval de rua em Salvador. No velho continente a festa também existe, mas o Carnaval na Europa possui moldes bastante diferentes do que os brasileiros estão habituados. Separamos um breve apanhado da história do Carnaval na Europa e no Brasil e as principais cidades onde pode acompanhar os festejos se estiver em viagem. Existe Carnaval na Europa? Existir existe, mas é bem diferente do que estamos acostumados a assistir no Brasil. As comemorações aqui ganharam contornos diferentes: enquanto em Veneza, por exemplo, ainda vigoram os famosos bailes de máscaras, em Lisboa é possível encontrar uma série de festas privadas realizadas em hotéis e clubes noturnos. Em resumo: não dá para dizer que não existe Carnaval na Europa, mas o feriado está bastante distante daquele que nos habituamos a assistir nas grandes cidades do Brasil. Origem do Carnaval na Europa É surpreendente, mas o Carnaval brasileiro vem, na verdade, da Europa. A festividade tem uma origem religiosa. A palavra "Entrudo" deriva de "começo" e era o termo que a igreja católica usava para rotular o princípio das solenidades da Quaresma. Foi assim que uma espécie de Carnaval - os primeiros passos - começou a existir no Velho Continente. Mas mesmo antes da igreja católica absorver as comemorações, já os pagãos celebravam o início da primavera por volta da mesma época. Durante o período medieval na Europa, o Carnaval passou a ser uma espécie de festa da subversão, onde a norma e as duras regras poderiam ser descumpridas. A origem do Carnaval na Itália No período Renascentista italiano, havia a cultura de se realizarem brincadeiras de rua muitas vezes violentas, especialmente entre escravos. Eles atiravam uns nos outros ovos, farinha, frutas podres, sobras de comidas, enquanto as famílias lançavam água suja pelas janelas. Em Portugal, quando começou a existir Carnaval? O maior responsável por aquela que viria a se tornar uma festa carnavalesca foi o rei Afonso III, que assinou em 1252 um documento chamado Entrudo (que queria dizer "entrada") e tinha a ver com as comemorações do ano religioso. Naquela ocasião se criou o hábito dos populares saírem pelas ruas jogando água e ovos, além de acontecerem cortejos em carros alegóricos e alguns bailes de máscaras e desfiles na corte. O Carnaval de Portugal hoje Ainda hoje o Carnaval em Portugal é celebrado com algumas paradas. As principais cidades onde pode encontrar festas são: Ovar, Torres Vedras, Loulé, Macedo de Cavaleiros e Lisboa. Em Lisboa os eventos de Carnaval começaram a ganhar força principalmente depois da nova leva de imigrantes brasileiros que chegaram na cidade. Vale lembrar que em Portugal o Carnaval, apesar de já ter sido um feriado, se tornou um ponto facultativo. Em geral, os funcionários do governo recebem tolerância de ponto - mas o hábito não é regra e pode mudar de ano para ano. E no Brasil, como foram os primeiros passos do Carnaval? O Carnaval só chegou no Brasil, mais precisamente no Rio de Janeiro, em 1641, graças ao Entrudo, documento assinado pelo rei de Portugal Afonso III séculos antes, em 1252. O Entrudo, quando desembarcou no nosso país através da corte portuguesa, era inicialmente praticado apenas pelos escravos. Em meados do século XIX, no Brasil, o Entrudo chegou mesmo a ser criminalizado nas ruas e o Carnaval de uma elite começou a se desenvolver através de bailes realizados em espaços fechados para convidados. Em um segundo momento, essa mesma elite começou a organizar as chamadas "sociedades" para desfilarem nas ruas da capital carioca. A primeira sociedade foi o Congresso das Sumidades Carnavalescas. As músicas mais parecidas com as que ouvimos hoje só surgiram bem mais tarde, no século XIX. E o samba só ganhou força a partir de 1910. Carnaval pelo país todo Enquanto o Carnaval carioca foi pioneiro no país, entre os séculos XIX e XX começaram a surgir comemorações na Bahia, com raízes mais vincadas da cultura africana, e em Recife e Olinda, onde o frevo e o maracatu ganharam corpo. Quando é o Carnaval na Europa? O Carnaval na Europa acontece, de modo geral, no mesmo período que no Brasil. Em 2023 a festa cai entre os dias 20, 21 e 22 de fevereiro. Vale lembrar que todos os anos a data do Carnaval muda, já que se trata de uma data móvel. A comemoração acontece sempre 47 dias antes da Páscoa. Em 2022, por exemplo, a Páscoa aconteceu no dia 17 de abril e o Carnaval em 1 de março. Onde passar o Carnaval na Europa? Pensando em te dar um panorama de como o Carnaval se comemora por aqui, separamos os dez carnavais mais conhecidos da Europa. 1. Veneza Historicamente o Carnaval de Veneza surgiu no século XI como uma comemoração das elites. Formalmente o Carnaval foi assinado através de um decreto feito pelo Senado em 1926. Hoje em dia a festa principal acontece em torno da famosa Praça de São Marcos e reúne uma série de turistas. A celebração em Veneza também é mais longa que o habitual, são cerca de 10 dias de programação intensa. [caption id="attachment_140992" align="alignnone" width="750"] O Carnaval em Veneza é bastante tradicional e é celebrado até os dias de hoje com máscaras e trajes típicos. No século XI, o carnaval de Veneza chegava a durar seis meses.[/caption] Há o tradicional uso das máscaras de baile e vemos muita gente usando trajes típicos que procuram imitar aqueles usados entre os séculos XVII e XVIII. Existem também muitas fantasias de grupo. Acontecem também belos desfiles nos canais, mas chegue cedo porque os lugares de onde pode assistir confortavelmente enchem logo. 2. Torres Vedras O primeiro Carnaval de Torres Vedras aconteceu em 1923. É um hábito da região dizerem que enquanto o Carnaval dura 3 dias, em Torres Vedras a festa é celebrada em 6. Em 2023 a festa vai de 17 a 22 de fevereiro e vai ter como tema "100 anos de Carnaval de Torres Vedras". A cidade fica relativamente perto de Lisboa, são apenas 50 quilômetros que separam a capital do local da festa. Uma dica é arrumar alojamento pela cidade para não terem que voltar para a capital, já que um grande barato da ocasião é ficar bebendo na rua e aproveitando a paisagem. O Carnaval de Torres Vedras é conhecido por ser uma festa de rua comemorada com homens vestidos de mulheres (por aqui chamados de "matrafonas") e alguns desfiles de bonecos gigantes, tipo os de Olinda. A festa é tão grande que chega a receber mais de meio milhão de pessoas. 3. Tenerife Tenerife é uma ilha vulcânica que costuma ser destino dos sonhos para os apaixonados por praia e durante o Carnaval ganha um gostinho ainda mais especial. Durante 15 dias a ilha recebe mesmo muitos turistas que querem celebrar o Carnaval mais brasileiro da Europa. [caption id="attachment_140993" align="alignnone" width="750"] Em Tenerife, na Espanha, não perca o Baile de Eleição da Rainha das festas, que apresenta para os foliões trajes bem diferentes, alguns suntuosos e muito pesados[/caption] O Carnaval em Tenerife tem uma programação longa que envolve desde eventos voltados especificamente para crianças até concursos de fantasia. É bom ficar de olho no programa de 2023 - as atrações mudam todos os anos - e comprar as entradas para os eventos que deseja ir com antecedência. 4. Colônia A história do Carnaval em Colônia começou em 1823, quando houve o primeiro desfile. Apesar do frio, Colônia, na Alemanha, tem dos Carnavais mais quentes da Europa sendo mesmo o maior do país. Mas o Carnaval em Colônia já começa diferente dos outros destinos: por lá todos os anos a festa tem início na mesma data - dia 11/11 às 11:11h - e vai até a quarta-feira de cinzas. Mas apesar da "abertura" acontecer sempre em novembro, os dias mesmo de festa são mais tarde, como normalmente se comemora no resto da Europa. O Carnaval de Colônia é marcado por festas privadas (vale a pena comprar com antecedência), festas de rua e desfiles com carros alegóricos, em geral bastante politizados. 5. Nice Na famosa Costa Azul francesa, em Nice, também tem Carnaval todos os anos desde 1294. A festa, que dura 15 dias, é mesmo considerada dos maiores eventos da região da Riviera e o Carnaval em Nice todos os anos conta com um programa oficial diferente. Em 2023 a festa será ainda maior porque irá celebrar os 150 anos do evento. A comemoração acontecerá entre 10 e 26 de fevereiro e vai contar com um enorme desfile com luzes e carros alegóricos. É importante comprar os ingressos, que custam 7€ (inclusive para crianças de qualquer idade), com antecedência. O Carnaval em Nice é um evento realmente enorme, que atrai todos os anos mais de um milhão de pessoas. 6. Lisboa O Carnaval da capital portuguesa tem ganhado força nos últimos anos com a grande leva de imigrantes brasileiros que chegaram recentemente. Já há pequenos blocos organizados e uma turma animada que toca maracatu pelas ruas do centro da cidade. [caption id="attachment_140994" align="alignnone" width="750"] O Coletivo Colombina surgiu em Lisboa em 2017 e é dos principais responsáveis pela organização dos carnavais nas ruas da cidade[/caption] Há também uma série de festas privadas à fantasia que costumam ser organizadas em hotéis e boates. Caso tenha interesse, é importante comprar os ingressos com antecedência porque eles costumam esgotar logo. 7. Ovar O Carnaval começou em Ovar em 1952 e cresceu gradualmente. A pequena cidade fica a 40 minutos do Porto (são cerca de 39 quilômetros). Nos dias de hoje já é possível encontrar por lá mais de 20 grupos de Carnaval organizados, além de 4 escolas de samba. A festa, que lembra bastante os moldes cariocas, também conta com um Rei e uma Rainha que são pessoas da região que apadrinham o evento. 8. Rijeka Por incrível que pareça, na Croácia também tem Carnaval - e dos bons. A cidade que abriga a festa é Rijeka, a terceira maior do país, e a primeira celebração não é assim tão antiga, aconteceu em 1982. O Carnaval em Rijeka é marcado por shows, festas privadas e celebrações de rua que arrastam milhares de participantes. Em geral, os turistas costumam aproveitar todas as oportunidades saltando num mesmo dia de uma festa para a outra, por isso é importante comprar ingressos para os eventos que desejar de modo antecipado. 9. Sitges Sitges é um pequeno município situado entre o mar e a montanha na província de Barcelona, na Espanha, que abriga um dos grandes Carnavais do continente Europeu. De Barcelona até lá são cerca de 35 quilômetros percorridos por muitos foliões animados a procura de festa. Em 2023 a festa está marcada para os dias entre 15 e 22 de fevereiro. As comemorações acontecem, em geral, na rua, com o público fantasiado, e avançam também para bares e boates. Há desfiles para adultos e também eventos específicos para as crianças. [caption id="attachment_140464" align="alignnone" width="750"] O Carnaval em Sitges é dos maiores da Europa e é especialmente frequentado pela comunidade LGBTQIA+[/caption] O Carnaval de Sitges é também muito procurado pela comunidade LGBTQIA+ porque a região é conhecida como uma das capitais gay da Europa com muitos espaços voltados especificamente para o público. 10. Nothing Hill Na Inglaterra também há Carnaval! E é a maior festa de rua da Europa. Nothing Hill é a casa do Carnaval britânico. A comemoração surgiu em 1966, tendo sido cancelada durante os dois anos de pandemia. Uma curiosidade: por causa do frio, o Carnaval de Nothing Hill é tradicionalmente celebrado em agosto - em 2023 será entre os dias 27 e 28. Apesar da data ser bem diferente, assim como no Carnaval brasileiro existe desfile com carros alegóricos e competição entre as escolas de samba. Há também muita comida caribenha vendida na rua através de ambulantes para os foliões experimentarem. Atualmente a festa reúne mais de 2 milhões de espectadores nas ruas de Londres que vão a procura da cultura latina - o Carnaval da região tem muita influência da cultura caribenha além de ter laços com as comunidades brasileira e africana. Diferenças entre o Carnaval na Europa e o Carnaval no Brasil Pensando nas semelhanças e principalmente nas diferenças entre o Carnaval dos dois continentes, separei aqueles que considero serem os três maiores divisores de água. 1. A temperatura das cidades é completamente distinta A principal diferença entre um Carnaval tropical e acima da linha do Equador é a temperatura: enquanto no Brasil o Carnaval costuma ser celebrado no calor, na Europa estamos em pleno tempo frio, o que por si só já faz uma enorme diferença na hora da comemoração. Ficar na rua com temperaturas muito baixas pode ser desagradável, por isso o Carnaval aqui costuma ser regado com muita bebida para esquentar os foliões. 2. As fantasias são bastante diferentes Outra diferença enorme diz respeito as roupas - e é uma consequência da diferença do clima. Nos carnavais brasileiros é bastante comum usarmos fantasias mais abertas e com pouco tecido, na Europa o hábito costuma ser distinto: as fantasias são mais compostas e quentinhas. É também mais comum por aqui ver fantasias de grupo, em geral usadas por amigos ou em família. E há muitos modelos artesanais, feitos em casa, já que não é assim tão fácil de comprar fantasias originais como no Brasil. 3. As cidades na Europa não param nem mudam completamente de dinâmica por causa do Carnaval Nas principais cidades onde há Carnaval no Brasil - caso do Rio de Janeiro, Salvador ou Olinda - sentia que havia uma espécie de pausa no calendário. Tudo ficava para depois do Carnaval. As empresas fechavam, muitas ruas eram bloqueadas e os blocos ou comemorações ditavam basicamente o ritmo da cidade - quer os moradores quisessem ir para a folia, quer não. Na Europa jamais vivi essa experiência. Há quem vá a algumas festas pontuais, as crianças costumam ir de fantasia para a escola em um dia específico, mas o Carnaval não é um evento que interrompe completamente a rotina das pessoas. Vale a pena passar o Carnaval na Europa? Se você é muito fã do Carnaval brasileiro, curtir o Carnaval na Europa pode ser bastante decepcionante. Agora se for daqueles que quer experimentar de coração aberto outras culturas e hábitos, pode ser uma experiência única passar o Carnaval por aqui. Em outras palavras: quem resolver investir num Carnaval fora de casa deve pensar bem nas expectativas que carrega. Veneza durante o Carnaval é bastante interessante, mas não tem nada a ver com os blocos que estamos habituados no Rio de Janeiro, por exemplo. Resumindo: venha preparado para viver novas experiências e tente não comparar com aquilo que experimentava quando estava no Brasil. Bom Carnaval!

Guias e dicas sobre a Europa

Mais dicas sobre

Portugal

Mais dicas sobre

Espanha

Mais dicas sobre

Itália

Mais dicas sobre

França

Mais dicas sobre

Inglaterra

Mais dicas sobre

Alemanha

Mais dicas sobre

Irlanda

Mais dicas sobre

Outros países
Conteúdo exclusivo da Europa no seu email!
Receba na sua caixa de entrada os artigos, notícias e colunas da sua preferência para mergulhar no mundo europeu e preparar sua mudança!
Assine já nossa Newsletter