Uma das frases mais famosas do filósofo Immanuel Kant diz que “podemos julgar o coração de um homem pela forma como ele trata os animais”. Se isso é verdade pode-se dizer que os suíços têm um coração nobre, pois as diversas leis de bem-estar animal na Suíça são um exemplo para o resto do mundo. Saiba quais são abaixo.

4 leis de bem-estar animal na Suíça que mostram a importância do tema

Estima-se que existam 17 milhões de animais na Suíça e mais de sete milhões animais de estimação. O país leva a sério os direitos dos bichos e desde 2008 introduziu uma série de leis para garantir a saúde e bem-estar dos animais.
Morar na Suíça é o sonho de todo protetor de animais. A preocupação com a dignidade e o bem-estar dos bichos é enorme, e aqueles que desrespeitam, maltratam, abandonam e matam animais sofrem punições severas.
Entre os exemplos mais louváveis estão o uso de animais em experiências científicas somente quando o sofrimento e as perdas não forem desproporcionais em relação aos resultados e a proibição da castração de leitões sem anestesia.
O transporte de animais pode ser feito respeitando o limite máximo de seis horas de carreamento. A importação e fabricação de produtos feitos com pele de gato e cachorro são totalmente proibidos, assim como o abate ritual (salvo exceções para atender os costumes das comunidades judaica e muçulmana).
Assim, a Suíça mostra que ser um país desenvolvido vai além da economia estável e dos baixos índices de desigualdade social. A preocupação com o meio ambiente e com os animais deve constar nos planos de governo e não pode ser tratada como secundária.
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A seguir, confira leis de bem estar animal na Suíça que mostram o quanto esse país tem a ensinar sobre qualidade de vida para os bichos.

1. Atordoar crustáceos antes do cozimento

A lagosta é um dos pratos mais sofisticados da alta gastronomia, mas o modo de preparo é bastante cruel: elas são mantidas em aquários, escolhidas a dedo pelos clientes do restaurante e cozidas vivas. Segundo alguns chefs de cozinha, esse procedimento preserva a textura e o sabor da carne.
Alguns estudiosos acreditam que o sistema nervoso simples não permite que o crustáceo sinta dor, mas um estudo de 2012 do Journal of Experimental Biology observou que caranguejos e lagostas evitavam um determinado percurso após serem submetidos a choques elétricos ao tentar atravessá-lo.
Desde 1º de março de 2018 o governo suíço não permite mais o transporte de crustáceos ainda vivos sobre gelo ou água gelada. Antes de serem cozidas, as lagostas devem ser atordoadas com choques elétricos ou destruição mecânica do cérebro, de modo que seu sofrimento seja amenizado.
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2. Adotar animais em pares

Só quem passa o dia todo fora de casa sabe o quanto os pets sentem a ausência e podem ficar ansiosos e estressados. Quando os animais são altamente sociáveis esse quadro pode ser ainda mais grave.
Uma das mais conhecidas leis de bem-estar animal na Suíça é a que obriga a adoção de porquinhos-da-índia em pares para que um faça companhia ao outro. O mesmo vale para papagaios, periquitos e cacatuas, que podem até falecer se ficarem sozinhos. Ah, e eles não podem viver em gaiolas!
Em 2008 o país também passou a exigir que gatos que vivem em ambientes fechados, como apartamentos, tenham acesso à área externa ou possa observar outros felinos pela janela. Se isso não for possível, o tutor deve, pelo menos, adotar outro gato para que faça companhia ao pet.
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3. Microchip e taxas para adoção de cães

Entre as principais leis de bem-estar animal na Suíça está a obrigatoriedade da instalação de um microchip de identificação no cachorro, além da necessidade de registrar licença, manter o pet sempre com coleira e pagar uma taxa anual de 100 francos suíços – conhecida como Imposto do Cão.
E não basta apenas comprar ou adotar! É preciso fazer um curso com lições teóricas e treino prático para comprovar que você está apto a cuidar do cãozinho.
Uma curiosidade: os parques e áreas verdes dispõem de caixas metálicas com sacos plásticos para recolher os dejetos dos cães, além de bebedouros de diferentes alturas para saciar a sede dos bichinhos.
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4. Curso de pesca sustentável

Para trabalhar como pescador é necessário realizar um curso de pesca sustentável, que visa o não sofrimento dos peixes e evita a extinção de espécies, assim como a destruição e impactos negativos no ecossistema.
O abate humanitário é recomendado. Algumas lojas vendem anestesias para aplicar nos peixes após a pesca e, com isso, não prolongar o sofrimento do animal.
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Leis em processo de aprovação

Grupos de defesa dos animais, como a Associação Suíça de Proteção aos Animais e Tier im Recht, ressaltam que muitos animais ainda sofrem com condições ilegais e degradantes, que muitas vezes não são investigadas e punidas.
Ainda assim, o governo faz o possível para reverter a situação. Entre as leis que podem ser aprovadas em breve estão a nova regulamentação sobre o abate de animais doentes e ferido, a proibição de aparelhos que punem os cães ao ladrar e o impedimento do comércio ilegal de cachorros.
No caso de eventos públicos, as leis de bem-estar animal na Suíça pretendem responsabilizar os organizadores pelo bem-estar e cuidados com os animais utilizados.
E se ainda restam dúvidas da seriedade com a qual a Suíça trata a questão animal, saiba que em 2010 foi realizado um referendo popular no qual a população votou se os animais tinham direito ou não a advogados que pudessem representá-los nos tribunais. A proposta não foi adiante sob a justificativa do alto custo para o contribuinte.
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