Muitos brasileiros migram em busca de melhor qualidade de vida na Europa. A US News & World Report atualizou o ranking de países com melhor qualidade de vida em 2022 que, liderado pelo Canadá, é seguido por vários países europeus.

Neste artigo, você saberá quais são os melhores países da Europa para se viver, além de saber quais são as condições de saúde, educação, segurança e lazer no velho continente. Aproveite a leitura!

A qualidade de vida na Europa é boa?

Sim, é boa.

Do ranking de 10 países com melhor qualidade de vida no mundo da US News & World Report, 7 são países europeus. Esse é um número gigantesco, que demonstra que a qualidade de vida no continente é indiscutível. A título de comparação, nesse mesmo ranking o Brasil aparece em 52° lugar.

Além disso, de acordo com a Eurostat, a pontuação de satisfação geral de vida na Europa é de 7.3 de 10. Esse é um número bastante alto e, desse número, 25% da população está altamente satisfeita. No site do Eurostat, você pode escolher os indicadores e ver o resultado por país ou por toda a União Europeia.

Eurostat Qualidade de vida na Europa é boa
A Qualidade de vida na Europa é boa e atrai muitos brasileiros para o continente

Indicadores europeus de qualidade de vida

Para avaliar se um continente, um país e/ou uma cidade tem ou não qualidade de vida, alguns indicadores precisam ser considerados. Saúde, educação, segurança, custo de vida, estabilidade política, empregabilidade, cultura e lazer são fatores que contribuem ou não para um local ser bom de se morar.

Na pesquisa de qualidade de vida elaborada pelo gráfico cima da Eurostat, são esses os fatores analisados, considerando toda a União Europeia e também países individuais. Confira agora como andam esses indicadores no continente.

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Saúde

A saúde no continente europeu é considerada muito boa ou boa por 68.6% da população. Além disso, 22.8% considera o sistema de saúde justo, enquanto apenas 8.5% o consideram ruim ou muito ruim.

Vale destacar que o sistema de saúde na Europa não é unificado. Isso quer dizer que enquanto alguns países europeus possuem sistema de saúde privado, como a Suíça, a Bélgica e Holanda, outros possuem sistema de saúde público, como a Espanha, a França e o Reino Unido.

Nos países em que o sistema de saúde é privado, os moradores precisam pagar pelos atendimentos médicos. Apenas depois do atendimento, são reembolsados pelo governo ou por empresas de planos de saúde terceirizadas. O tempo de reembolso varia conforme a fonte financeira, o que pode gerar boa parte da insatisfação dos moradores desses locais. Já nos países onde a saúde é pública, também não costuma ser totalmente gratuita, mas com taxas super acessíveis — a saúde pública em Portugal é um exemplo disso.

Educação

A educação na Europa também é muito boa, e países do continente costumam aparecer sempre em bom posicionamento nos rankings mundiais, perdendo apenas para alguns países da Ásia.  Dos moradores da União Europeia, 33.4% consideram o sistema de ensino bom. Enquanto isso, 45.9% o consideram médio, e 20.7% consideram a educação baixa.

No Best Countries Report de 2021, ranking conduzido pela US News and World Report, o Reino Unido ocupa o segundo lugar, ficando na frente da Alemanha. Mas a França, Suíça, Suécia e Holanda também estão presentes nas 10 primeiras posições da pesquisa.

Segurança

Segundo a Eurostat, dois terços da população europeia considera a segurança muito boa ou justa. Em contrapartida, 27.7% considera a segurança baixa, e se sente insegura, por exemplo, em caminhar à noite pelas ruas. Dessas pessoas, 10.7% reportaram problemas com crimes, violência e vandalismo em suas vizinhanças.

Apesar desses números, é interessante ressaltar que o Global Peace Index de 2022 identificou, dentre os 10 países mais seguros do mundo, 6 pertencentes à Europa. Esse ranking é liderado pela Islândia, seguido de Portugal, Áustria, Dinamarca, República Tcheca e Suíça.

Foto do centro de uma cidade da Europa, de noite
Na Europa, caminhar na rua durante a noite é mais seguro que no Brasil.

A Islândia se destaca nesse ranking em muitas frentes. Por exemplo, a polícia do país não carrega armas de fogo, apenas spray de pimenta, tão pouca é a violência no local. Ainda, o país conta com legislações que protegem casamento e adoções por casais de pessoas do mesmo sexo e que defendem liberdade religiosa. Essas leis, consequentemente, tornam menos frequentes casos de violência envolvendo esses grupos de pessoas.

Acesso à cultura e lazer

O acesso à cultura e lazer na Europa também é considerado bom. Esse acesso é associado à satisfação com o uso do tempo dos europeus, que é alta para 21.9% da população e média para 50.1% dela. O tempo médio de trabalho por semana na União Europeia é 31.8 horas, tempo considerado baixo em comparação à média mundial, que fica em 37.5 horas semanais.

Com menos tempo de trabalho, sobra mais tempo para dedicação ao lazer e a atividades culturais, o que contibui para a qualidade de vida na Europa. O continente mundialmente conhecido pelo amplo investimento em cultura. Iniciativas como o European Year of Cultural Heritage são bons exemplos disso.

Foto de cidade europeia durante a noite, com várias luzes e pessoas na rua
O acesso a cultura e lazer também fazem parte da qualidade de vida na Europa

Outro indicador que contribui com a satisfação com a cultura e lazer, que são bases da vida de todo ser humano, é a satisfação geral com a vida. Nesse indicador, 25% dos cidadãos europeus a consideram alta e 58.6% a consideram mediana, enquanto 16% a consideram baixa.

Custo de vida

Países da Europa fazem parte do ranking dos locais com maiores custos de vida. Suíça, Islândia, Noruega, Dinamarca e Luxemburgo estão entre os 20 países mais caros de se viver, conforme dados do Numbeo de 2022.

Entretanto, ao mesmo tempo, países da Europa também estão no topo do ranking de países com maior poder de compra do mundo. Esse dado equilibra o alto custo de vida.

Ainda, é bom destacar que mais de 65% da população europeia está muito satisfeita ou satisfeita com as finanças e com as condições de vida material. Esse é mais um fator que ressalta o bom poder de compra europeu.

Empregabilidade

Na Europa, 58.5% dos cidadãos consideram média a satisfação com empregabilidade, enquanto 24.6% estão muito satisfeitos.

A empregabilidade no continente é boa, mas nesse indicador, é necessário considerar que as condições podem ser um tanto diferentes para estrangeiros. Primeiro, têm prioridade para conseguir emprego pessoas com cidadania europeia. Imigrantes sem cidadania podem apresentar mais dificuldades em conseguir trabalho na Europa, sobretudo quando se fala de currículo.

Afinal, o currículo de uma pessoa que estudou na Europa pode ser muito destoante do currículo de um brasileiro, já que os sistemas de ensino são completamente desiguais. Salvo essas considerações, trabalhar na Europa tem as suas vantagens que contribuem para a qualidade de vida: a carga horária é justa, vários países europeus já permitem semanas com quatro dias úteis e os salários são justos e satisfatórios.

Estabilidade política

Estabilidade política é mais um dos fatores que contribuem para uma boa qualidade de vida na Europa. No ranking de países mais politicamente estáveis, novamente a Europa está presente, com Suíça no topo. Holanda, Dinamarca, Noruega, Suécia, Alemanha e Finlândia também fazem parte dos 10 melhores países nesse quesito.

Estabilidade política da União Europeia contribui na qualidade de vida da Europa
A estabilidade política da União Europeia contribui e muito para a qualidade de vida na Europa.

Esse fator é importante ao considerar a qualidade de vida em um continente. Afinal, um país com boa estabilidade política possui, consequentemente, mais qualidade de saúde, educação, segurança, etc.

Políticas para imigrantes

Se você pensa em morar no continente em busca de mais qualidade de vida na Europa, esse é o indicador mais importante. O MPG (Grupo para as Políticas de Migração), grupo financiado pela Comissão Europeia, divulgou um ranking em 2020 de países com melhores políticas para imigrantes.

O ranking é liderado pela Suécia, seguida pela Finlândia, Portugal, Holanda, Bélgica e Noruega. Diversos outros países europeus pertencem ao topo do ranking.

Quais os países com melhor qualidade de vida no continente?

A US News & World Report atualizou, em 2022, o ranking de países com melhor qualidade de vida. Nesse ranking, a Dinamarca fica em segundo lugar, perdendo apenas para o Canadá, país da América do Norte.

Depois da Dinamarca, a Suécia aparece, ocupando o terceiro lugar do ranking. Noruega e Suíça ocupam, consecutivamente, o quarto e quinto lugar. No sétimo, oitavo e nono lugar, temos Holanda, Finlândia e Alemanha.

Entretanto, o ranking não para por aí. Confira outros países europeus que estão bem localizados na pesquisa:

  • 12º : Bélgica;
  • 14º : Reino Unido;
  • 15º : Irlanda:
  • 17º : França;
  • 19º : Espanha;
  • 21º : Portugal;
  • 22º : Itália;
  • 25º : Polônia;
  • 26º : Grécia;
  • 27º : República Tcheca;
  • 30º : Hungria.

Como você pôde observar, a Europa tem presença em peso quando se trata de qualidade de vida. Dos 30 melhores países do mundo, o continente europeu ocupa 18 posições, o que representa 60% do total. Além disso, no Global Peace Index de 2021, boa parte dos países da Europa aparecem no índice entre paz muito alta e alta, salvo pouquíssimas excessões.

E os países com pior qualidade de vida?

A pesquisa elaborada pela US News indica que, em 2022, os dois países com pior qualidade de vida são a Ucrânia e a Rússia. Esses são países que, desde 2021, aparecem no ranking entre paz ruim e muito ruim no Global Peace Index.

Isso se agravou em 2022 devido ao contexto de guerra atual, que afetou inúmeros indicadores desses países, como saúde, educação, qualidade de vida, etc. Mesmo após o fim da guerra, não se sabe ao certo quando ambos os países conseguirão se recuperar totalmente desses acontecimentos.

Além de Rússia e Ucrânia, Eslováquia, Eslovênia e Estônia também estão bem abaixo do ranking de melhores países, ocupando posições abaixo da 50º.

O que torna a qualidade de vida na Europa tão atrativa para brasileiros?

São muitos os fatores que tornam a qualidade de vida na Europa atrativa, mas poder de compra elevado e segurança muito boa podem ser destacados como os principais. É possível perceber isso porque o Brasil se encontra em baixo ranking de países seguros e também apresenta poder de compra baixo, segundo as pesquisas aqui apresentadas.

Mas não são apenas esses os motivos. Condições melhores de saúde, educação de qualidade e completa, acesso amplo à cultura e lazer e relação saudável com o trabalho também são fatores importantíssimos que faltam no Brasil e sobram na Europa. Em 2020, mais de 1,3 milhões de brasileiros migraram para a Europa, em busca de melhores condições de vida, a trabalho ou a estudos. De acordo com uma pesquisa da Fragomen, nos últimos 5 anos houve um aumento de 200% de brasileiros deixando o país.

Se você pensa em migrar para a Europa em busca de melhor qualidade de vida, saiba que há muitas chances de conseguir. Afinal, diversos países europeus possuem políticas muito boas para imigrantes. Quer uma inspiração, recomendo o ebook “O sonho de viver na Europa” que reúne histórias de vários brasileiros que vivem no continente e que compartilharam os seus aprendizados e dificuldades de adaptação. Vale a pena para refletir se a mudança é mesmo para você!

Boa sorte na sua jornada!