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Julia Cardozo

Julia Cardozo

Colunista

Julia Cardozo é formada no Brasil em Psicologia pela PUC-Rio e especialista em Psicologia Clínica na abordagem gestalt-terapia. No Brasil teve experiências com atendimento individual, de casal, família e grupo. Hoje mora em Portugal e atua como Terapeuta Intercultural, trabalha na modalidade on-line e seu público são expatriados e imigrantes brasileiros que moram na Europa. Seu objetivo é trazer mais informação sobre a vida emocional dos estrangeiros e mais qualidade de vida, com muito respeito e acolhimento.

Localizações

Onde Nasceu?

Rio de Janeiro, Brasil

Onde mora?

Porto, Portugal

Onde já morou?

-

Parceiro Euro Dicas

Desde quando colabora com o Euro Dicas?

Formação

Pontifícia Universidade Católica (PUC) - RJ

Psicologia

Instituto de Gestalt-terapia

Especialização em Gestal-terapia e em atendimentos clínicos

Psi Terapia no Exterior

Curso de formação em Psicologia Intercultural

Eu tive experiências com atendimentos de família, casal e grupos, atualmente o meu foco é em atendimentos para imigrantes e expatriados que vivem na Europa.

Curiosidades

Tem filhos?

0

Tem pet?

0

Tem Cidadania Europeia?

Não

Clima preferido

Inverno

Mão dominante

Destro

Eu estou sempre buscando o autoconhecimento, e depois que me mudei para Portugal tenho me conectado com uma nova versão minha. Tem sido desafiador, mas estou aprendendo com as minhas experiências pessoais e profissionais a ter uma vida com mais qualidade emocional.
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Escolher morar fora pode ser uma oportunidade de se reinventar
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Morar fora pode ser uma oportunidade de se reinventar: saiba porque

Morar fora pode ser uma oportunidade de se reinventar e é uma experiência única que proporciona muitos aprendizados pessoais. É uma chance de se afastar do que é familiar para explorar um mundo totalmente novo. A maneira como cada pessoa lida com as consequências da vida pode influenciar sua relação com a imigração. É importante não romantizar esse processo, reconhecendo os desafios de ser estrangeiro, mas também não devemos ignorar a perspectiva positiva e enriquecedora de morar no exterior, que pode trazer mais significado e valor à sua jornada. Ao nos envolvermos com uma nova cultura, podemos nos conectar com a liberdade de descobrir quem somos e quem queremos ser. A liberdade da vida no exterior Viver no seu país de origem envolve seguir regras e características que nos são impostas desde o nascimento. Não escolhemos nossa família, nossa casa ou nossa sociedade. Embora isso não seja necessariamente um problema, aprendemos a lidar com os nossos desejos e consequências de nossas escolhas à medida que crescemos, moldando nosso futuro e individualidade. Quando decidimos mudar de país, aceitamos, também, todas as consequências que envolvem essa decisão, tanto as boas quanto as ruins. Uma das grandes lições que a vida no exterior pode oferecer é o amadurecimento e o autoconhecimento. Cada pequena decisão do dia a dia impacta diretamente você, tornando essencial conhecer suas próprias necessidades e se libertar das expectativas dos outros. Uma característica comum dos brasileiros é a preocupação excessiva com a opinião da sociedade sobre quem somos e sobre as nossas decisões. Por conta disso, estar longe do seu país pode proporcionar uma sensação de liberdade; em um lugar onde ninguém te conhece, você pode sentir que pode fazer escolhas sem ser julgado. Essa experiência pode ser transformadora e nos ensinar que é possível sentir essa liberdade também ao retornar ao Brasil para uma adaptação reversa. A liberdade promove o autoconhecimento, permitindo-nos ouvir nossas próprias necessidades e desejos sem a interferência das opiniões alheias. O questionamento leva ao crescimento pessoal Se conhecer verdadeiramente é muito mais difícil dentro da sociedade em que você foi criado. Ao se distanciar do que é familiar, você amplia sua visão sobre o mundo e, consequentemente, sobre si mesmo. É uma oportunidade de perceber como o mundo pode ser diferente da sua bolha ou da sua zona de conforto, levando-o a novos questionamentos sobre aquilo que sempre considerou simples ou imutável. Desafiar o que sempre foi óbvio para você é como confrontar sua própria zona de conforto e isso pode gerar uma insegurança emocional no início. No entanto, é através dos questionamentos que se alcança o amadurecimento e o autoconhecimento, permitindo construir uma relação mais forte consigo mesmo, por isso, morar fora pode ser uma oportunidade de se reinventar. Aprecie sua própria companhia Ao se mudar para um lugar novo, é essencial ter autoconhecimento e uma boa relação com sua própria companhia. Compreender suas emoções e suas necessidades pode ajudá-lo a ter mais carinho e compaixão por si mesmo. Embora você possa construir uma rede de apoio no exterior, estar feliz consigo mesmo faz uma grande diferença. Ter amigos e familiares por perto pode te oferecer muito suporte, mas ninguém pode substituir sua própria companhia. Isso facilita nos momentos para tomar uma decisão importante e se adaptar a elas, tornando a vida mais leve em qualquer lugar. Mesmo que o processo de adaptação cultural seja longo, você poderá encontrar refúgio ao lembrar das suas escolhas e sentimentos. [caption id="attachment_173323" align="alignnone" width="750"] Sair da zona de conforto e aprender a apreciar a sua própria companhia é fundamental para quem vive no exterior.[/caption] Na vida, não podemos controlar o resultado de nossas escolhas, precisamos primeiro viver para depois aprender com elas. Morar no exterior é desafiador e não há garantias de sucesso, mas certamente traz grandes aprendizados. Entre eles, a redescoberta de novas possibilidades, a coragem de mudar para outro lugar ou retornar ao Brasil, e o reconhecimento de uma nova versão da sua identidade. Celebre cada conquista Durante a adaptação no exterior, muitas pessoas podem encontrar dificuldades para focar nos aspectos positivos da experiência, especialmente no início, quando os desafios são mais intensos. Por isso, é importante praticar pensamentos positivos e se lembrar de seus objetivos. Frequentemente, é mais fácil notar nossos fracassos e dores, esquecendo das pequenas conquistas e das coisas boas do dia a dia. Valorizar essas vitórias é essencial para manter uma vida emocional mais saudável e reduzir o estresse e a ansiedade. Dicas para exercitar os pensamentos positivos Reserve alguns minutos do seu dia para refletir sobre quem você era antes da imigração e quem você se tornou agora. Isso pode ajudar a exercitar pensamentos positivos e, gradualmente, trazer mais equilíbrio para sua rotina. Os desafios da adaptação continuarão existindo, mas a forma como os encaramos pode mudar. Outra dica é reservar um tempo para realizar atividades prazerosas. Com a correria e as responsabilidades da vida adulta, é fácil esquecer de cuidar de si mesmo e de fazer coisas que gostamos, e não apenas aquelas que são obrigatórias. Dessa forma, você poderá se conectar mais consigo mesmo e trazer mais leveza para sua rotina. Morar fora pode ser uma oportunidade de se reinventar, mas é essencial reconhecer seus limites e o momento de buscar ajuda. Se estiver enfrentando dificuldades sérias ou questões emocionais graves, considere a possibilidade de fazer terapia. Todos temos facilidades e dificuldades ao longo da vida, e lidar com mudanças equilibradamente pode ser desafiador para algumas pessoas. Os processos individuais podem afetar diretamente a vida emocional. Questões mal resolvidas do passado podem dificultar que imigrantes lidem de forma saudável com certos desafios no exterior. Nesses casos, um terapeuta intercultural pode ajudar a acolher e entender seus sentimentos, e encontrar maneiras úteis de melhorar a qualidade de vida da sua rotina.

Mudei para a Europa e não me sinto mais pertencente ao Brasil
Psicologia para Expatriados

Imigrei e não me sinto mais pertencente ao Brasil: como lidar?

Quando nos tornamos imigrantes, é comum nos questionarmos sobre qual lugar pertencemos, já que criamos laços profundos com dois países diferentes. Essa situação pode nos deixar com a sensação de não pertencer totalmente a nenhum dos dois lugares, o que pode gerar conflitos emocionais em relação à identidade do estrangeiro. Você pode até pensar: “não me sinto mais pertencente ao Brasil”. É fundamental compreendermos como equilibrar nossos sentimentos em relação ao país onde nascemos, que representa a nossa história, e o novo país onde estamos construindo o nosso futuro. Encontrar esse equilíbrio pode ser desafiador, mas pode tornar a jornada no exterior mais leve e clara. Pertencimento e identidade O sentimento de pertencimento se refere a nossa conexão, identificação e inclusão em uma determinada comunidade ou lugar. À medida que crescemos, é natural nos sentirmos mais conectados com que é familiar e que faz parte da nossa rotina, isso é o que molda nossa identidade dentro desse ambiente. Esse processo de construção de identidade acontece gradualmente desde o nascimento sendo influenciado por eventos significativos ao longo da vida. Quando enfrentamos grandes mudanças, como mudar para uma nova casa ou um novo país, é comum sentirmos um certo estranhamento em relação a nós mesmos. Isso ocorre especialmente depois de passar muito tempo em um mesmo lugar, pois sair da zona de conforto pode gerar insegurança devido ao desconhecido. O processo de adaptação ao novo país Ao iniciar uma jornada em um país diferente, é natural passar por um longo período de adaptação e de não identificação. No entanto, muitos imigrantes não estão cientes de que, ao retornarem ao Brasil, seja permanentemente ou como turistas, provavelmente também experimentarão uma sensação semelhante ao não pertencimento. Isso significa que até mesmo aqueles imigrantes que se reconhecem completamente como brasileiros, ao visitar seu país de origem, podem começar a questionar a sua própria identidade, pois sentem que não pertencem a lugar nenhum. Percebendo as mudanças Alguns imigrantes criam grandes expectativas ao visitar sua terra natal, principalmente na primeira vez que voltam. É importante que essas expectativas sejam realistas, na minha coluna sobre as expectativas na imigração, você pode ler um pouco mais sobre esse tema. A saudade pode fazer com que queiram reviver momentos do passado que já não correspondem à realidade atual. Essa diferença entre expectativas e realidade pode fazê-los sentir-se ainda mais desconectados com o Brasil. O sentimento de estranhamento é natural, especialmente quando o imigrante passa muitos anos longe do Brasil. Durante sua jornada no exterior, eles passam por diversas transformações em sua maneira de pensar, ver o mundo e até mesmo em seus valores. Essas mudanças ocorrem à medida que eles se adaptam às novas circunstâncias e necessidades, desenvolvendo novas habilidades para se relacionar com o país onde estão vivendo. [caption id="attachment_171632" align="alignnone" width="750"] Fazer novas amizades e construir uma rede de apoio no novo país ajuda muito a se sentir acolhido e em casa.[/caption] Por exemplo, uma pessoa introvertida pode sentir a necessidade de estabelecer uma nova rede de apoio no exterior. Embora seja um grande desafio, ela pode aprender a desenvolver novas estratégias para se socializar, como participar de grupos online de brasileiros que vivem no exterior, algo que talvez não considerasse enquanto vivia no Brasil. É fundamental compreender e aceitar que as transformações são uma parte inevitável da vida, inclusive para aqueles que permanecem no Brasil. Portanto, devemos ter cuidado com nossas expectativas e estar abertos a reencontrar pessoas queridas, ao mesmo tempo, em que respeitamos suas mudanças, que são parte integrante da jornada de cada indivíduo. Como aceitar as mudanças? É natural que nós, imigrantes, carregamos conosco nossa história e raízes, pois são elas que moldaram quem somos hoje. Porém, é importante não ficarmos presos somente ao passado, pois isso pode nos impedir de avançar e realizar nossos sonhos individuais. Ao retornar ao Brasil, devemos buscar criar novas memórias em vez de reviver o passado exatamente como era, compartilhando momentos especiais com pessoas queridas em lugares significativos. Ao mesmo tempo em que devemos valorizar nossas raízes, é essencial nos conectar com a nova cultura e criar uma harmonia entre ambas. É comum não se sentir pertencente, pois é necessário tempo para nos integrarmos completamente. O novo país não substituirá o Brasil Devemos buscar um equilíbrio para que as duas culturas coexistem dentro de nós. É crucial entender que o sentimento de pertencimento é gradual e pode ser compartilhado entre mais de uma nação, isso faz parte da nossa identidade como imigrantes. É importante compreender e aceitar que as mudanças como parte fundamental da vida, que contribuem para nosso crescimento e capacidade de enfrentar momentos difíceis. A vida de um imigrante é repleta de desafios, e encará-los com sabedoria pode aliviar o peso e proporcionar aprendizados valiosos para seguir em frente no exterior com mais força e conhecimento. Buscando informação É fundamental conhecer seus próprios limites e buscar informações sobre o que esperar durante essa fase de transição para encontrar paz interior. Compreender de onde vêm e por que surgem dúvidas sobre identidade e pertencimento pode prepará-lo melhor para lidar com elas, evitando ser pego de surpresa. Estar informado pode ajudá-lo a reconhecer quando é necessário buscar auxílio profissional para lidar com questões pessoais e internas. Isso pode ser feito através da leitura das diversas colunas de sites, como o Euro Dicas ou conversando com outros imigrantes. Em casos mais graves, buscar a orientação de um terapeuta intercultural é uma excelente opção. Os profissionais de saúde mental estão disponíveis para auxiliá-lo a compreender seu próprio processo individual e fornecer apoio emocional para lidar com os desafios individuais que surgem. Além disso, são uma fonte valiosa para esclarecer dúvidas sobre questões técnicas relacionadas à saúde emocional e ao processo de imigração. Portanto, não hesite em buscar ajuda, pois manter uma saúde emocional equilibrada é essencial para enfrentar a migração com mais leveza, tranquilidade e suporte.

Brasileiro que decidiu voltar para o Brasil
Psicologia para Expatriados

Quando os planos não saem como se espera: voltar para o Brasil

A vida no exterior, muitas vezes, é vista como perfeita, e se tornar estrangeiro parece uma grande conquista, sinônimo de sucesso. Mas, após emigrarmos, logo percebemos que a realidade é diferente; viver fora do nosso país é desafiador e nem todos conseguem se adaptar. E o que acontece quando o imigrante percebe que essa vida não é para ele e decide voltar para o Brasil? Essa decisão certamente não é fácil. Em alguns casos, é mais difícil retornar ao país de origem do que deixá-lo. É esse tema que explorarei nesta coluna. Conheça os seus desejos Quando começamos uma nova vida em um país diferente, é comum passarmos por uma fase chamada 'lua de mel'. Neste período, ficamos encantados com a nova rotina e animados por ver um sonho se concretizar. No entanto, essa fase chega ao fim quando percebemos que nem tudo é perfeito, existem desafios e problemas em qualquer lugar do mundo. Este é um momento crucial, quando surgem pensamentos como: será que esta vida não é para mim? Devo persistir um pouco mais? Essas dúvidas podem perdurar por meses ou até anos, já que é uma decisão que afetará profundamente a vida do imigrante. Todos esses questionamentos podem gerar medo, insegurança e ansiedade, dificultando a aceitação dos próprios desejos. Além dos medos internos e pessoais, existe também o medo do julgamento de outras pessoas. Como há essa romantização da vida no exterior, familiares ou amigos podem interpretar esse retorno ao Brasil como um fracasso ou uma falha dessa jornada migratória. Lidar com julgamentos e medo de voltar para o Brasil Este julgamento aumenta ainda mais os sentimentos de insegurança e indecisão. Assim, o medo de ser julgado pode levar o imigrante a persistir na vida no exterior, mesmo não sendo feliz, pois a angústia pelo desconhecido é maior que o sofrimento atual. Para tomar uma boa decisão, é essencial separar seus próprios desejos das expectativas que os outros têm sobre você. Uma maneira de fazer isso é imaginar como seria sua vida se voltasse ao Brasil sem que ninguém soubesse, e então entender o quanto as expectativas externas estão influenciando nas suas escolhas. E ao descobrir o seu desejo, o próximo passo é aceitá-lo. A importância da aceitação A aceitação é reconhecer e validar uma situação ou emoção, que envolve uma confirmação para lidar com a realidade em vez de resistir ou negá-la. É um ato de amor-próprio, essencial para o bem-estar emocional e para se adaptar a situações difíceis. Para um imigrante, aceitar o desejo de voltar a viver no Brasil pode gerar sofrimento, pois envolve confrontar sentimentos íntimos e confusos. Por exemplo, sentir tristeza pela falta da família no Brasil e, ao mesmo tempo, frustração por não se adaptar ao país estrangeiro. É comum querer negar a existência desses sentimentos, por serem extremamente desconfortáveis. Porém, é ao enfrentar esse desconforto que alcançamos a aceitação. Somente ao reconhecer nossas emoções podemos encontrar maneiras de lidar com elas. Embora o processo possa ser doloroso, também nos liberta. Quando nos encontramos diante de uma decisão difícil, é como se ficássemos paralisados e incapazes de avançar em qualquer direção. A incapacidade de decidir nos mantém presos em um estado de incerteza, em que parece que não estamos escolhendo lugar nenhum. No entanto, é importante entender que toda escolha implica em sacrifícios e ganhos, e é através dessas escolhas que nossa vida avança e ganha direção. Sua felicidade pode estar no Brasil A verdade é que não existe um lugar perfeito no mundo para morar, o melhor é onde você se sente feliz. Muitas vezes, o imigrante busca qualidade de vida, porém, se essa nova realidade causa ansiedade ou tristeza em excesso, ou não atende as expectativas, talvez não valha a pena. A qualidade de vida está ligada aos desejos e objetivos pessoais, e cada pessoa tem suas próprias necessidades e expectativas. É fundamental que o imigrante conheça os seus limites e saiba o que é negociável ou não para si. Seus valores e metas de vida são importantes e não há nenhum problema em ir atrás deles, mesmo que estejam no Brasil. [caption id="attachment_168896" align="alignnone" width="750"] Seja honesto com você mesmo e com seus sentimentos, avalie onde você se sente mais feliz e pertencente.[/caption] É preciso coragem para se mudar para o exterior, mas mais ainda para reconhecer seus limites e respeitar seu desejo de voltar para sua terra natal. Depois de viver fora por um tempo, podemos aprender a valorizar mais nosso país de origem. Há coisas que só percebemos serem importantes quando nos afastamos. Poder voltar e desfrutar de momentos simples com pessoas queridas ou sentir-se pertencente ao lugar onde crescemos ganha um novo significado, e essas pequenas coisas podem ser exatamente o que você precisa. Quero voltar para o Brasil! E agora? Planejar esse retorno envolve muitas questões, como preparação financeira, emocional e familiar. Por isso, nem sempre é possível voltar imediatamente. É importante estar atento aos seus sentimentos e ter paciência com o processo, pois pode ser um momento emocionalmente delicado. Então, não deixe de buscar suporte, se for necessário. Comunicar-se de forma clara e sincera com aqueles que compartilham esse retorno é essencial. Pode ser um momento tenso para toda a família, e uma boa comunicação pode evitar mal-entendidos e proporcionar apoio mútuo. Cerque-se de apoio Além disso, ter uma rede de apoio te esperando no Brasil pode ajudar a ter com quem compartilhar seus sentimentos e facilitar a reintegração à nova rotina, tanto nas questões burocráticas quanto em momentos de lazer. Esse movimento de retorno é um processo singular e pode afetar cada imigrante de forma diferente, devido às suas experiências individuais. Nestes casos, o acompanhamento terapêutico pode ser muito útil para tomar decisões importantes de maneira consciente, compreender as suas próprias emoções e ter um suporte durante o processo de mudança e a readaptação ao Brasil.

Como lidar com as expectativas na imigração
Psicologia para Expatriados

Expectativas na imigração: como entender e lidar com elas

Quando passamos por uma grande mudança, é natural criar expectativas, tanto boas quanto ruins. Isso também acontece quando estamos nos mudando para outro país, que muitas vezes pode ser a realização de um sonho. E as expectativas na imigração fazem parte desse processo. Porém, é importante saber diferenciar uma expectativa saudável de uma exagerada, pois isso pode influenciar bastante na forma como lidamos com essa transição. Entenda a sua expectativa Uma expectativa exagerada pode nos fazer imaginar fatos que não condizem com a realidade da vida no exterior, o que, aos poucos, pode se transformar em ansiedade ou frustração constantes. Por outro lado, uma preocupação realista nos ajuda a nos preparar para as partes boas e também para os desafios que virão nessa jornada. A romantização do exterior Essa romantização é algo que muita gente faz quando idealiza como seria viver num país diferente. Isso acontece quando imaginam que nesse país tudo seja perfeito e maravilhoso. Um dos motivos principais dessa romantização é a ideia de que fora do Brasil há mais oportunidades e sucesso, e que pode trazer reconhecimento e admiração. Para algumas pessoas, romantizar também é uma forma de escapar das pressões e limitações da vida no país de origem, especialmente quando estão insatisfeitas com sua situação atual. Parece que no exterior não existem problemas, mas, na verdade, os problemas não resolvidos podem nos seguir para qualquer lugar. Essa romantização pode gerar expectativas irreais sobre como será a vida em outro país. E quando a realidade não corresponde à fantasia, pode levar a desilusões. Por isso, é importante distinguir entre a romantização e a realidade, para que os imigrantes possam se preparar melhor para os desafios e oportunidades que encontrarão ao se mudarem para um país estrangeiro. Diferenciando as idealizações e a realidade As expectativas irrealistas surgem quando há uma diferença entre o que era esperado e o que acontece na realidade. Muitos imigrantes sentem a pressão de corresponder às expectativas de suas famílias, comunidades de origem ou até de si mesmos, o que acaba sendo mais uma sobrecarga emocional. Essas expectativas podem gerar emoções como decepção, frustração, estresse e ansiedade, o que pode fazer com que o estrangeiro considere voltar a viver no Brasil. Esses sentimentos podem ser interpretados como um fracasso na mudança, mas, na verdade, podem ser apenas o resultado de expectativas desalinhadas com a realidade. Por outro lado, ter uma visão mais realista do que esperar permite que os imigrantes se preparem mentalmente para os altos e baixos da transição. Isso pode motivá-los a enfrentar os desafios da imigração com mais confiança e determinação. A importância do equilíbrio em todo o processo Encontrar um equilíbrio entre a idealização e a realidade pode ajudar os imigrantes a reduzir o estresse e a ansiedade, permitindo que lidem melhor com os obstáculos que podem surgir, como barreiras linguísticas, diferenças culturais e desafios de integração. Além disso, expectativas realistas auxiliam os imigrantes a permanecerem com os pés no chão enquanto exploram oportunidades no novo país. Ao estabelecerem metas alcançáveis, podem trabalhar de forma mais eficaz para atingi-las, aumentando assim a sensação de controle sobre suas vidas. [caption id="attachment_165417" align="alignnone" width="750"] Avaliar o que sente e manter suas expectativas reais vai fazer o processo de imigração ser um pouco mais tranquilo.[/caption] Portanto, é essencial que os imigrantes reconheçam e gerenciem suas expectativas de maneira saudável. Isso pode incluir ajustá-las para algo mais realista em relação aos desafios que podem surgir na imigração, o que pode ajudar na sua adaptação e a manter a saúde mental mais equilibrada. Como criar expectativas reais? Viver no exterior como imigrante é uma jornada cheia de emoções e desafios, mas pode ser uma experiência enriquecedora e maravilhosa se você souber se organizar adequadamente. Ter paciência e entender o máximo possível esses desafios pode ajudá-lo a se preparar melhor, evitando surpresas desagradáveis e sentimentos de insegurança. Para se preparar para essa mudança e manter expectativas realistas para uma adaptação mais fácil e leve, há algumas estratégias importantes a serem consideradas. Aqui estão algumas dicas para os imigrantes desenvolverem expectativas saudáveis ao viver no exterior: 1. Conheça o país Antes de se mudar, pesquise bem sobre o país para onde está indo. Saiba mais sobre a cultura, tradições, clima e fuso horário, sistema de saúde, custo de vida, oportunidades de emprego e outros aspectos importantes. Essa pesquisa ajudará a ter uma visão mais realista do que esperar. 2. Converse com outros imigrantes Troque ideias com outros imigrantes que já vivem no país. Eles podem compartilhar conselhos valiosos baseados em suas próprias experiências, incluindo os desafios enfrentados e dicas para uma adaptação mais suave. Isso pode ajudar a ajustar suas expectativas com base em experiências reais. 3. Esteja aberto a desafios Mantenha em mente que viver no exterior pode apresentar desafios, como barreiras linguísticas, diferenças culturais, solidão e mudanças no estilo de vida. Estar mentalmente preparado para enfrentar esses desafios pode ajudá-lo a lidar melhor quando eles surgirem. Estar aberto a novas experiências pode facilitar a sua integração e reduzir sentimentos de estresse. 4. Defina metas realistas Estabeleça metas que sejam alcançáveis e realistas para sua vida no exterior, seja em termos de carreira, estudos, vida social, aprendizado de idiomas, entre outros aspectos. Metas realistas ajudam a manter o foco e a motivação. Lembre-se também de ser gentil consigo mesmo durante o processo de adaptação, pois é normal sentir-se cansado ou frustrado às vezes. 5. Crie uma rede de apoio Você pode construir uma rede de apoio local participando de grupos de expatriados, clubes, atividades comunitárias ou conhecendo colegas de trabalho. Ter um sistema de suporte pode ajudá-lo a enfrentar os desafios e compartilhar experiências com outras pessoas na mesma situação, além de te ajudar a se sentir mais pertencente e menos sozinho em sua nova cultura. 6. Busque ajuda profissional se necessário Se você sentir que está enfrentando dificuldades emocionais, não hesite em procurar ajuda profissional. Psicólogos, terapeutas ou conselheiros podem oferecer suporte e orientação para lidar com questões emocionais durante a transição. Não sinta vergonha de cuidar da sua saúde mental, pois isso pode ser o principal obstáculo em sua jornada. Ao manter expectativas realistas e uma abordagem equilibrada, os imigrantes podem desfrutar ao máximo da experiência e enfrentar os desafios com resiliência. É importante lembrar que cuidar da sua saúde mental é essencial para ajudá-lo a realizar o sonho de viver no exterior. Mesmo com diversos desafios, a vida no exterior pode ser maravilhosa e encantadora se você estiver aberto e tiver coragem para aceitar que ela não precisa ser perfeita.

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