Quais os maiores salários mínimos nos países europeus? Apesar da proximidade e do alinhamento de diversos indicadores econômicos na comunidade europeia, a variação do salário mínimo nacional entre os países é bastante alta.

O país com maior salário mínimo é Luxemburgo, com 2.571€ por mês. No extremo oposto, a Bulgária aparece com 477 € por mês. Os dados são do levantamento do Eurostat. Países como Dinamarca, Itália, Áustria, Finlândia e Suécia não entram nos indicadores por não possuírem um salário mínimo nacional.

Importante notar que nos países onde o salário mínimo é pago durante mais de 12 meses, como em Portugal, onde há 14 pagamentos ao ano, foi feito o cálculo do total pago no ano e dividido por 12.

Apenas seis países têm salário mínimo acima de 1.500€

Segundo os dados levantados pelo Eurostat, em janeiro de 2024, os únicos países com salários mínimos acima dos 1.500€ mensais são, além de Luxemburgo:

  • Irlanda (2.146€);
  • Países Baixos (2.070€);
  • Alemanha (2.050€);
  • Bélgica (1.994€);
  • França (1.767€).

No bloco intermediário, com salários que ficam entre 1.500€ e 1.001€, estão Espanha (1.323€) e Eslovênia (1.254€).

Por fim, os países com salário mínimo até 1.000€ são:

País Salário
Chipre 1.000€
Polônia 978€
Portugal 957€
Malta 925€
Lituânia 924€
Grécia 910€
Croácia 840€
Estônia 820€
República Tcheca 764€
Eslováquia 750€
Letônia 700€
Hungria 697€)
Romênia 663€
Bulgária 477€

Comparando os valores de 2024 com o vigente em 2014, os países que apresentaram a maior taxa média de crescimento anual nos salários mínimos nacionais foram Romênia (+13,3%), Lituânia (+12,3%), Bulgária (+10,6%), República Tcheca (+9,4%) e Polônia (+9,2%).

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Por outro lado, a França (+2%) foi o país da Europa que apresentou a mais baixa taxa média de crescimento anual do salário mínimo na última década.

Nem sempre o maior salário compra mais

Uma análise importante é a que considera o poder de compra do salário mínimo, ou seja, o quanto é possível comprar com um salário mínimo no país. Sob esse olhar, as diferenças salariais deixam de ser tão grandes, uma vez que nos países com salários mais baixos, o custo dos produtos também costuma ser menor.

A metodologia utilizada para essas comparações é a chamada paridade do poder de compra, em que se analisa o valor do salário diante das despesas de consumo final das famílias.

Neste cenário, a Alemanha passa à frente de Luxemburgo, por exemplo. Em outras palavras, o salário mínimo pago na Alemanha, apesar de ser menor do que o de Luxemburgo, consegue “comprar mais”.

Os demais países — considerando o poder de compra de seus salários mínimos — ficam distribuídos da seguinte forma:

  • O grupo de maior poder de compra, por ordem, é composto: Alemanha, Luxemburgo, Países Baixos, Bélgica, França, Irlanda, Polônia, Eslovênia e Espanha;
  • No bloco intermediário estão: Lituânia, Croácia, Romênia, Chipre, Portugal, Grécia, Malta e Hungria;
  • Por último: República Tcheca, Eslováquia, Estônia, Letônia e Bulgária.

Em Portugal, mais de 20% dos trabalhadores recebem o mínimo

Dados do Ministério do Trabalho relativos a 2023 mostram que quase 21% dos trabalhadores em Portugal recebem o salário mínimo nacional (SMN). São cerca de 838 mil pessoas nesta situação, com diferença insignificante entre homens e mulheres.

De acordo com dados oficiais do governo, o percentual de assalariados que recebem o salário mínimo vem caindo desde 2020, quando 27,2% deles tinham os rendimentos mínimos.

Vale lembrar que em janeiro deste ano o salário mínimo do país lusitano passou de 760€ para 820€, o maior aumento já registrado no país. Em 2022, o valor era de 705€.