Você provavelmente já deve ter se deparado com essa dúvida: Países Baixos ou Holanda? Holland ou The Netherlands? Essa é uma questão muito comum e poucas pessoas sabem de fato qual é a forma correta de chamar o país. Neste artigo, vamos mostrar a diferença entre os dois termos e explicar porque essa confusão acontece.
Países Baixos ou Holanda? Qual a diferença?
A forma correta de se chamar é Países Baixos. Conhecidos como Holanda no Brasil, os Países Baixos são uma tradução portuguesa para Netherland, que no neerlandês original é “Neder-landen“, que significa literalmente “terras baixas”. O país é denominado desta forma devido a sua localização geográfica, que é parcialmente abaixo do nível do mar.
A nomenclatura Holanda tem origem em uma região do país, que é dividida em duas províncias: Holanda do Norte e Holanda do Sul. Elas dominaram o país por muito tempo e, por isso, a região ficou conhecida com este nome. Atualmente, o governo vem investindo em uma forte estratégia de marketing para conseguir mudar a cultura de chamar os Países Baixos de Holanda.
Por que se popularizou chamar de Holanda?
No período das expansões marítimas, no início do século XVII, os Países Baixos ainda não estavam formados e o grande fluxo de comércio girava na região da Holanda do Norte e Holanda do Sul. Por causa do comércio e das navegações, a região ficou conhecida com Holanda, sendo assim chamada até hoje.
Os neerlandeses consideram ofensivo dizer Holanda?
Para aqueles que não nasceram nas regiões da Holanda do Norte e Holanda do Sul, pode ser considerado ofensivo ser chamado de holandês. Encontrei alguns relatos na internet que confirmam isso. Confira três deles a seguir:
“A Holanda é uma região dividida em duas províncias. Como nos últimos séculos foi a parte mais influente, mais rica e populosa dos Países Baixos, quase se tornou um sinônimo do território. Mas alguns holandeses que não moram na região da Holanda ficam ofendidos se você os chamar de ‘holandeses’. Seria um pouco como chamar todos os americanos de ‘ianques’. Alguns sulistas podem ficar chateados com isso. No entanto, muitas pessoas fazem isso”. Alex Grof
“A maioria de nós não poderia se importar menos com isso. Mas algumas pessoas gostam de dar uma palpitada e fazer um grande discurso para reclamar sobre como você deve dizer Países Baixos, ao invés de Holanda, e como você deve fazer sua lição de casa da próxima vez. A maioria de nós, no entanto, não pertence a esse grupo. Tecnicamente, a Holanda é apenas o nome para a combinação de duas províncias: Zuid-Holland e Noord-Holland (Holanda do Sul e do Norte). Porém, nós mesmos nos referimos ao país como Holanda em certos casos, como quando estamos torcendo no futebol e gritamos ‘Vai, Holanda!’. A forma correta de falar é Países Baixos, mas eu particularmente não me sinto ofendido quando o chamam de Holanda”. Aharon Fierinck
“Moro em Brabant e é meio ofensivo ser chamado de holandês. É como chamar o povo polonês de russo ou todos os falantes de espanhol de mexicano. Isso mostra ignorância. A Holanda também suprimiu as outras províncias, particularmente as províncias católicas de Brabant e Limburgo, por um longo tempo. Essa é uma das razões pelas quais eles (pessoas que realmente moram na Holanda) se referem ao país como Holanda, é uma espécie de superioridade.” Henk de Broek
Reinos que fazem parte dos Países Baixos
Atualmente, os Países Baixos são formados por 12 províncias: Brabante do Norte, Drente, Flevolândia, Frísia, Guéldria, Groninga, Holanda do Norte, Holanda do Sul, Limburgo, Overissel, Ultreque e Zelândia. Além disso, as colônias caribenhas dominadas pelo Reino também estão incluídas na lista. São elas Aruba, Curaçao e São Martinho.
O Reino é regido pela Família Real Holandesa e o estatuto de 1954 decreta que, entre os assuntos geridos pelo monarca, estão a defesa, relações exteriores, cidadania e extradição. Questões internas são decididas pelos governos de cada país.
Conheça as colônias caribenhas que fazem parte dos Países Baixos
- Aruba: território autônomo neerlandês do Caribe, Aruba foi descoberta por exploradores espanhóis em 1499 e adquirida pelos Países Baixos em 1636. Considerada um país, sua capital é Oranjestad e está localizada no litoral da Venezuela. Desde 1986 é uma dependência autônoma do Reino, com primeiro-ministro nomeado em eleições democráticas;
- Curaçau: país insular das Antilhas Menores, na região das Caraíbas Holandesas, Curaçau integra o Reino dos Países Baixos e inclui a principal ilha de Curaçau e a ilha desabitada de Klein Curaçau. Sua capital é Willemstad. É um dos cinco territórios insulares das antigas Antilhas Holandesas, que foram dissolvidas em 2010;
- São Martinho: assim como Curaçau, São Martinho deixou de fazer parte das Antilhas Neerlandesas em 2010 e, desde então, é um país constituinte do Reino. A parte meridional da ilha é que faz parte do reino, enquanto a parte setentrional é uma coletividade ultramarina da República Francesa. A capital do país é Philipsburg.
Conheça a história dos Países Baixos
O Reino dos Países Baixos é um país independente, localizado no oeste da Europa, com população de 16,7 milhões de pessoas, que tem como capital a cidade de Amsterdam. Na região, viviam tribos germânicas e celtas e até o ano 400 e o território ao sul do rio Reno fazia parte do Império Romano.
Na Idade Média, os Países Baixos se dividiam em principados feudais autônomos e o imperador Carlos V ou Carlos I da Espanha foi o autor da unificação desses territórios, com a atual Bélgica e Luxemburgo, denominando-os como Países Baixos.
A independência dos Países Baixos foi declarada em 26 de julho de 1581 e reconhecida após a Guerra dos Oitenta Anos (1568-1648). O período da guerra também marcou o início de um Século de Ouro dos Países Baixos, um período de muita prosperidade cultural e comercial. Por séculos, o coração político e econômico do país estava situado nas províncias de Holanda do Norte e Holanda do Sul, o que levou o termo “Holanda” a se tornar popular para nomear o país.
Por volta de 1600, os Países Baixos foram considerados um país, mas apenas em 1648, com o Tratado de Münster, os neerlandeses e espanhóis firmaram a paz formalmente. Após a ocupação francesa no início do século XIX, o país passou a ser uma monarquia governada pela Casa de Orange. Porém, depois de um período conservador, sentimentos liberais surgiram e o país se tornou uma democracia parlamentar, com uma monarquia constitucional em 1848. Permanece dessa forma desde então, com uma interrupção breve na ocupação pela Alemanha Nazista.
Vale a pena morar nos Países Baixos?
Eu nunca morei nos Países Baixos, mas tive uma ótima impressão quando visitei Amsterdam. Me encantei pelo estilo de vida dos moradores, se locomovendo de bicicleta e respirando cultura por todos os lados. Mas, a impressão de turista pode ser muito diferente da vivência de um morador. Baseadas em relatos de pessoas que vivem ou viveram no local, veja algumas vantagens e desvantagens de morar nos Países Baixos.
Vantagens de morar nos Países Baixos
Como todo lugar, morar nos Países Baixos tem suas vantagens e desvantagens. Confira a seguir algumas das vantagens de morar no país:
Contato com a natureza
Nos Países Baixos, encontram-se vários parques abertos e gratuitos, com jardins gigantes no meio da cidade. Além disso, trata-se de um país muito verde, conhecido por seus inúmeros moinhos e coloridas tulipas. Seus nativos são muito ligados à natureza.
Condições de trabalho
Diferente do Brasil, tudo pode ser acordado com o empregador. Muitas empresas oferecem alimentação, passagem de ônibus, bônus, mas isso varia de acordo com cada empresa. Por lei, os pais têm direito, caso queiram, de passar um dia a mais em casa. Outra grande vantagem são as férias, que podem ser tiradas aleatoriamente (4 dias, 10 dias, 2 dias aleatórios) e só são contabilizados dias úteis, deixando o período de descanso maior.
Meios de locomoção
As distâncias não são muito grandes nas cidades e a maioria dos trajetos pode ser feitos de bicicleta ou a pé. Além disso, os transportes públicos são excelentes.
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Cotar Agora →Custo versus Qualidade de Vida
Os Países Baixos são um território bastante desenvolvido e seguro para se viver. Além disso, o salário mínimo é considerado alto para a Europa. Isso pode variar de acordo com a idade do trabalhador, mas normalmente inicia em um valor de 1.400€.
Desvantagens de morar nos Países Baixos
Claro que também existem desvantagens de morar nos Países Baixos. Confira algumas a seguir:
O clima
O clima dos Países Baixos é caracterizado por dias nublados e garoas. O sol é bem raro e tem ventos fortes durante todo o ano. Chove em média 182 dias por ano no país e a maior parte dos outros dias são encobertos. Isso pode ser um problema para brasileiros que estão acostumados com o sol.
A comida
O país possui excelentes restaurantes estrangeiros. Mas, de acordo com brasileiros que vivem lá, a comida do dia-a-dia deixa a desejar. Os almoços normalmente são sanduíches de pão-de-forma com queijo amarelo, acompanhados por um copo de leite ou coalhada. Em raras ocasiões, é preparado um stamppot, que é feito com batatas e linguiça. Além disso, comem muita fritura, queijos e saladas sem muito tempero.
Os nativos são muito diretos
A língua por si só já é bem simples e direta e eles se orgulham de ter uma cultura de franqueza e de poucos rodeios. Porém, podem ocorrer situações desagradáveis por conta disso e muitas vezes eles parecem grosseiros.
Casas velhas e caras
Especialmente em Amsterdam, capital do país, alugar ou comprar uma casa pode ser muito caro. Apartamentos de 60m² que precisam de reformas podem custar a partir de 300 mil euros. Aluguéis de apartamentos de um quarto podem custar entre 800€ e 1.000€ por mês ou mais. Além de caros, muitos deles são apertados e as casas altas, que não possuem elevador, têm escadas extremamente íngremes.
Essas são algumas das vantagens e desvantagens de viver nos Países Baixos, mas é claro que existem muitos outros pontos de vista. Se você não pretende morar no país, ao menos vale conhecer e se encantar com as belas paisagens e cultura local.
Seguro viagem para visitar os Países Baixos
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