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Homem preenchendo documentos para o visto em Portugal
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É melhor visto D2 ou D7 para Portugal? Entenda como escolher

Se você está se preparando para fazer sua mudança e tem dúvida se é melhor visto D2 ou D7 para Portugal, este artigo é especialmente para você. Antes de decidir e preparar a sua documentação para pedir o visto, fique por aqui e entenda para quais situações cada um dos vistos são indicados e quais as principais diferenças entre eles. Vamos esclarecer essas dúvidas? O que é melhor: visto D2 ou visto D7 para Portugal? Depende. Essa é a resposta para a pergunta sobre qual dos dois vistos é melhor. Sabe por quê? Porque depende da situação específica da pessoa que vai solicitar o visto (se trabalha ou se é aposentada, por exemplo) e de quais são os objetivos ao morar em Portugal. Isso acontece porque cada um desses vistos é destinado a casos e requerentes diferentes. A seguir, nós explicamos um pouco sobre cada um deles e mostramos para quem são indicados. Confira! O que é o visto D2? O visto D2 se aplica para duas situações diferentes: para pessoas que desejam empreender em Portugal ou para os profissionais que trabalham como autônomos. Em cada uma dessas situações é preciso, antes de tudo, verificar se o D2 é o visto mais adequado, além de checar se você cumpre os requisitos para poder pedir essa modalidade de visto. Em ambos os casos, também é necessário apresentar a documentação exigida (que tem algumas variações conforme a situação do requerente) e aguardar pela análise da solicitação. Quem pode solicitar? Como explicado acima, o visto D2 pode ser pedido pelas seguintes pessoas: Empreendedores: cidadãos que pretendam abrir um negócio com relevância em Portugal); Profissionais que trabalham de forma autônoma. Para os empreendedores, por exemplo, é preciso demonstrar que o negócio que pretende abrir em Portugal tem relevância social e econômica para o país. Essa comprovação é fundamental para que o pedido seja aceito. Os profissionais autônomos precisam demonstrar que fazem parte de uma sociedade ou que têm um contrato de prestação de serviços para profissões autônomas (esse contrato não deve ser confundido com um contrato de trabalho com uma empresa - que não faz parte das exigências do visto D2). [caption id="attachment_135585" align="alignnone" width="750"] Autônomos e empreendedores devem solicitar o visto D2 para trabalhar em Portugal[/caption] Antes de tudo, lembre-se de verificar quais são os documentos específicos que serão exigidos, de acordo com o seu caso. Os nômades digitais podem pedir o visto D2? Os autônomos que trabalham remotamente (os nômades digitais) também se enquadram neste visto. Mas vale relembrar que, em setembro de 2022, foi aprovado em Portugal o novo visto para nômades digitais. É uma modalidade de visto criada especialmente para atender a essa categoria de trabalhadores. Quanto custa? O pedido do visto D2 deve ser encaminhado através da empresa VFS Global e custa atualmente R$ 614,88 (cotação do dia 20 de outubro de 2022). O valor é baseado na cotação do euro e pode variar. É possível consultar o custo atualizado no site da VFS Global, recomendamos que faça isso quando for solicitar o visto. O que é o visto D7? Já o visto D7 se aplica a outros casos. Ele é indicado para as pessoas que têm algum tipo de rendimento financeiro, como aposentadoria ou outras modalidades de investimentos financeiros. O visto D7 é conhecido como visto para aposentados, pois é o adequado para quem recebe rendimentos de aposentadoria. Para conseguir esse visto, assim como os demais, é preciso preencher os requisitos exigidos e apresentar a documentação necessária. Um dos requisitos mais importantes é a comprovação financeira, que é indispensável (a seguir explicaremos mais detalhes sobre ela). O pedido também deve ser feito por meio da VFS Global. Quem pode solicitar? O visto D7 pode ser pedido por: Titulares de aposentadorias ou pensões; Pessoas que tenham rendimentos de aplicações financeiras, aluguel de imóveis, participação em empresas ou outros semelhantes; Religiosos que vão exercer suas atividades em Portugal. Não esqueça de checar a lista de documentos necessários disponível no site da VFS Global antes de encaminhar o pedido do visto D7. Documentação correta é fundamentaç para evitar ter o visto negado. Quanto custa? O pedido do visto D7 também custa atualmente R$ 614,88 (valor do dia 20 de outubro de 2022). Comprovação de renda Como explicado acima, a comprovação de renda é indispensável no momento de encaminhar o pedido do visto D7. O valor exigido é calculado com base no salário mínimo de Portugal, sendo proporcional ao número de membros da família que farão reagrupamento familiar ao titular do visto. Em 2022, o salário mínimo de Portugal é de 705€ e a comprovação (com base nesse valor) deve ser feita nessa proporção: Membro da família Valor 1º adulto (titular do visto) 100% do salário mínimo (705€) 2º adulto 50% do salário mínimo (352,50€) Criança ou jovem menor de 18 anos/filhos maiores sob responsabilidade dos pais 30% do salário mínimo (211,50€) Veja este exemplo de cálculo: um casal com um filho menor da idade precisaria comprovar a disponibilidade do valor mensal de 1.269€ - que corresponde a R$ 6.494,68 (na cotação do dia 20 de outubro de 2022). Além disso, vale destacar que é exigido que seja demonstrada a disponibilidade do valor necessário para um ano. Portanto, o valor total a ser comprovado pela família deste exemplo seria de 15.228€ (ou R$ 77.936,16 na mesma cotação). Principais diferenças entre o visto D2 e o D7 Para ajudar você a entender se é melhor visto D2 ou D7 para Portugal, reunimos aqui as três principais diferenças entre eles. A principal é a aplicação de cada um, já que cada tipo visto é destinado a um público diferente: Visto D2: para empreendedores e profissionais autônomos; Visto d7: para aposentados, titulares de rendimentos e religiosos em exercício. Além disso, a comprovação de renda é outra diferença relevante, já que no caso do visto D7 o valor pode ser bem mais alto em comparação com o que é exigido para o visto D2 - especialmente no caso dos trabalhadores autônomos. Por fim, também é válido destacar que a renda comprovada no visto D7 deve ser passiva, ou seja, uma renda que não é fruto de trabalho. É mais uma diferença em relação ao visto D2. É possível trabalhar com o visto D2 e o visto D7? Sim. Em relação ao trabalho é preciso deixar claro que, com o visto D2, você deve trabalhar em Portugal, já que é um visto solicitado com base em um pedido relacionado ao trabalho, seja como empreendedor, seja como profissional autônomo. No caso do visto D7, não há obrigação de trabalhar, pois o visto é concedido com base na comprovação de uma renda já existente. Entretanto, se quiser, o titular do visto D7 pode trabalhar legalmente em Portugal. Mas atenção a um detalhe: para quem é titular do visto D7, a principal fonte de renda deve sempre ser os rendimentos ou o valor da aposentadoria. Quando escolher cada um deles? Como vimos até aqui, os vistos D2 e D7 são aplicados para diferentes situações e requerentes. O D2 deve ser escolhido pelos estrangeiros que tenham a pretensão de morar em Portugal e empreender no país ou pelos profissionais que trabalham de maneira autônoma, ou seja, sem contrato de trabalho. Já o visto D7 deve ser pedido pelos aposentados que pretendam morar no país, por titulares de rendimentos financeiros ou por religiosos que exercerão suas funções em Portugal. Mas se você tem dúvida se é melhor visto D2 ou D7 para Portugal, nós recomendamos que contrate uma assessoria especializada que possa orientar você a tomar a melhor decisão. Sempre de acordo com a sua situação pessoal e com as suas necessidades. [adinserter block="69"] Se você está em fase de planejamento da mudança, não deixe de conhecer o Programa Morar em Portugal. Ele foi criado pela equipe do Euro Dicas e oferece videoaulas, um e-book atualizado e grupo privado com todas informações necessárias para que você faça uma imigração legal e segura.

Homem a trabalhar a partir de casa
Portugal Trabalhar em Portugal

Trabalho remoto em Portugal: ótima opção para nômades digitais

A pandemia impulsionou a tendência do trabalho remoto em Portugal e em todo o mundo, que está aqui para ficar, em que sistemas de trabalho flexíveis permitem aos trabalhadores conjugar o tempo com a família e com os hobbies com o emprego. O trabalho à distância tornou-se não só uma necessidade devido aos sucessivos confinamentos dos últimos 2 anos, mas a opção favorita de muitas pessoas. Trabalhadores e empresas perceberam que o trabalho remoto pode ser muito mais produtivo do que pensavam. A pandemia mudou drasticamente a forma de trabalhar em todo o mundo, só em Portugal mais de um milhão de portugueses trabalhou remotamente no primeiro confinamento. Inclusive, muitas foram as pessoas que tiraram partido desta mudança de paradigma para se mudarem para outra cidade ou país sem deixarem os seus empregos. Portugal eleito o melhor país para trabalho remoto De acordo com um índice do site de viagens Momondo, Portugal, Espanha e Romênia ocupam o top 3 dos melhores países para trabalhar remotamente. Foram analisados 111 países com base em 22 fatores, distribuídos por seis categorias: viagens, preços locais, saúde e segurança, condições de trabalho remoto, vida social e o clima. Os países onde é mais fácil conjugar trabalho remoto com tempo livre foram os que mais pontuaram nestes fatores. Portugal ficou em primeiro lugar  Essencialmente devido a questões de saúde, segurança, vida social e os preços locais. É certo que o país está a tornar-se cada vez mais popular entre os nômades digitais, com cafés fantásticos e paisagens incríveis para abrir o notebook em qualquer lugar e por mãos à obra.A rede de transportes também é excelente, os nômades digitais podem facilmente viver fora dos grandes centros urbanos, com preços mais inflacionados, e ao mesmo tempo desfrutarem da proximidade das grandes cidades e serviços. Espanha ficou em segundo lugar Em grande parte devido à sua elevada quantidade de restaurantes e cafés per capita, aliada à rápida velocidade da Internet, abundância de espaços de coworking e vistos para freelancers, além de ter várias cidades com uma vida noturna agitada e ser muito amistosa para a comunidade LGBTQIA+. Já a Romênia ocupa o terceiro lugar O que se deve ao fato de oferecer preços muito atrativos quando se trata de aluguéis de apartamentos a longo prazo e da comida local. O que faz de Portugal o país ideal para nômades digitais Veja a lista: O custo de vida é acessível É o país com o custo de vida mais baixo da Europa Ocidental. Desde à alimentação ao alojamento, não é preciso gastar uma fortuna para viver bem no país. Portugal é muito mais além de Lisboa e do Porto, por isso, se escolher viver fora dos grandes centros urbanos poderá encontrar cidades incríveis e super baratas para viver. O clima é ótimo O clima é espetacular durante a maior parte do ano, especialmente do centro ao sul do país e nos arquipélagos. É um país com uma excelente exposição solar durante todo o ano, apesar do inverno poder ser intenso e chuvoso, principalmente no norte do país, mas que compensa pela maravilhosa costa de 830 km para explorar. Boa internet A Internet é de alta velocidade e confiável, com hotspots WiFi em todo o país, o que torna fácil trabalhar online de qualquer parte de Portugal. O idioma facilita muito É fácil de comunicar, não só porque o português falado no Brasil é perfeitamente compreendido pelos nativos portugueses, como devido ao fato das pessoas serem bastante amigáveis. Tem muitos brasileiros no país Há uma forte comunidade estrangeira no país, sendo a brasileira a que conta com um maior número de migrantes. Fácil adaptação alimentar A culinária é incrível, com muitas semelhanças com a gastronomia brasileira. Vistos que não são difíceis de conseguir Existem vários vistos para pessoas que se enquadrem num perfil de empreendedor ou trabalhador remoto, como: o Visto D7 (para que tem rendimentos próprios), Visto D4 (visto para estudo), o Visto D2 (que se destina aos imigrantes que pretendem abrir um negócio em Portugal e ainda para freelancers e nômades digitais), e o Golden Visa (a Autorização de Residência para Atividade de Investimento). Pode ler mais sobre isso no nosso artigo visto para Portugal: como tirar e quanto custa. O que mudou com a pandemia A pandemia levou os CEO e executivos de grandes e pequenas empresas a repensarem as suas estratégias de contratação e retenção de talentos, a pesquisa da Universidade de Northeastern, de dezembro de 2021, refere que a chamada "guerra pelo talento" assumiu novas dimensões com a adoção do trabalho remoto e híbrido.Dos entrevistados, mais de 1.000 CEO e executivos afirmaram que, como resultado da pandemia, são agora mais propensos a investir em inteligência artificial, alavancar o trabalho remoto como estratégia para recrutar novos trabalhadores e, ainda, conduzir os recursos humanos a uma requalificação e formação dos seus funcionários.Os inquiridos representaram uma ampla amostra da economia dos Estados Unidos, em todas as indústrias e dimensões organizacionais, mas representam, muito provavelmente, uma realidade percebida em todo o mundo. Um outro estudo, feito pelo Observatório da Sociedade Portuguesa da Universidade Católica em Lisboa, revelou que a maioria dos inquiridos, 80%, preferiria manter-se em casa com o fim da pandemia. [caption id="attachment_123824" align="alignnone" width="750"] Lisboa é repleta de cafés para trabalhar[/caption] Os líderes empresariais entrevistados no âmbito da pesquisa da Universidade de Northeastern afirmaram ainda que a pandemia acelerou em larga medida a componente tecnológica da economia, com a integração da inteligência artificial, a automação e outros avanços tecnológicos, permitindo remodelar o local de trabalho, incluindo os tipos de competências que os empregadores passaram a procurar nos seus colaboradores. Com a pandemia, os empregadores passaram a valorizar muito mais as competências transversais dos trabalhadores, designadamente a capacidade de trabalho em equipe, o raciocínio crítico e a comunicação. Antes da pandemia havia uma menor preocupação em investir nos trabalhadores e na retenção de talentos, agora, estes fatores passaram a ter um peso maior nas preocupações organizacionais.De acordo com o relatório, cerca de 62% dos CEO e executivos inquiridos acreditam que, na sequência de perturbações pandêmicas, estão agora mais propensos a alavancar acordos de trabalho remoto para expandir a sua reserva de talentos em comparação com os tempos pré-pandêmicos. Sendo que 52% preveem que a contratação de funcionários que trabalhem essencialmente à distância será central para o recrutamento e estratégia de seleção de talentos dos seus trabalhadores no futuro.Importa ainda referir que os CEO e executivos expressaram alguma preocupação sobre como o trabalho remoto, designadamente no que diz respeito a maneira como isso poderá afetar a produtividade e a capacidade da força de trabalho para ser criativa e inovadora num ambiente de trabalho primariamente à distância. Empresas que contratam para trabalhar online em Portugal Apesar de ter sido uma experiência bastante positiva para a maior parte das organizações e dos trabalhadores portugueses, as empresas de menor dimensão ou de natureza mais tradicional continuam a optar preferencialmente pelo trabalho presencial. Apesar disso, nota-se uma tendência para o trabalho híbrido ou totalmente remoto nos setores das tecnologias, financeiro, telecomunicações e outros setores de empresas de grande dimensão, pelo que enumera-se abaixo algumas dessas organizações para onde poderá concorrer se tiver interesse em trabalhar remotamente em Portugal: Microsoft Portugal; EDP; Altice; Vodafone; NOS; Zurich; Teleperformance Portugal; PwC Portugal; EY; Deloitte; KPMG; Xpand IT; SAP Portugal; Siemens; Grunenthal Global Business Services; GKN Automotive; Nestlé; Natixis; PHC Software; Fujitsu; Logicalis Portugal; AXA Group Operations; BNP Paribas; We Tek; CUF; Vortal; Altran Portugal; Accenture; Inetum; Sonae; Natixis; Grupo Ageas Portugal; Cisco; Primavara Business Software Solutions; Everis. Ofertas de trabalho remoto Apesar de poder concorrer através dos sites de emprego genéricos, como Net Empregos, Carga de Trabalhos, Expresso Emprego , Sapo Emprego e Indeed, sugerimos que visite com frequência a área de recrutamento da empresa em concreto para a qual quer concorrer, assim como o perfil de Linkedin dessas organizações. Poderá encontrar uma extensa lista de sites de emprego em Portugal no nosso artigo sites de emprego em Portugal. O que as leis de trabalho em Portugal dizem sobre o trabalho remoto? Desde 1 de janeiro de 2022 entrou em vigor uma nova legislação em Portugal que permite que os pais com filhos até aos 8 anos de idade (indo além dos anteriores 3 anos) trabalhem remotamente, sem necessidade de acordo com a empresa. Existe, porém, a condição de partilha de trabalho remoto entre os pais, isto é, em períodos sucessivos de igual duração num prazo de referência máxima de 12 meses, ou, em exclusivo por um dos progenitores quando as funções do outro não sejam compatíveis com o teletrabalho. A legislação abarca ainda famílias monoparentais ou em situações em que apenas um dos progenitores, comprovadamente, reúne condições para o exercício da atividade em regime de trabalho remoto. Todavia, esta medida não abrange os trabalhadores das microempresas, ou seja, empresas com menos de dez trabalhadores. [caption id="attachment_123823" align="alignnone" width="750"] O trabalho remoto permite flexibilidade entre trabalho e família[/caption] Outra inovação no sistema jurídico português que entrou em vigor no início de 2022 é a obrigatoriedade da empresa pagar o acréscimo de despesas de energia, telecomunicações ou até equipamentos decorrentes do trabalho remoto. Na prática ainda não se sabe exatamente como essa medida será operacionalizada, mas a intenção do legislador parece ser muito positiva para os trabalhadores. Mais uma medida decorrente desta experiência de trabalho remoto obrigatório em consequência da pandemia é o chamado dever de abstenção de contato, de acordo com o qual a empresa não pode entrar em contato com o trabalhador fora do horário de trabalho, exceto por motivos de força maior, podendo a organização ser mesmo criminalmente punida se violar essa norma. Poderá ler a nova legislação na íntegra no site do Diário da República: Lei n.º 83/2021, de 06 de dezembro. No cenário pós-pandemia, o trabalho remoto deve continuar em Portugal? Apesar da pandemia estar chegando ao fim, o trabalho remoto irá, sem dúvida, perdurar em Portugal. A alteração legislativa é um reflexo disso mesmo, o país está finalmente adaptando a forma de trabalhar. Seja motivada pela promoção da natalidade, seja como ferramenta de atração de investidores e trabalhadores digitais, certo é que Portugal não está nada atrás dos habituais paraísos para trabalhadores digitais, como Malásia, Colômbia ou Espanha. Conseguir um trabalho remoto em Portugal Vale a pena evidenciar que muitas empresas vão priorizar conhecer pessoalmente o trabalhador, quer na fase das entrevistas, quer em reuniões esporádicas. Se tiver qualificações nas áreas das tecnologias de informação ou em uma área muito específica com bastante procura e poucos candidatos, então pode enviar candidaturas espontâneas para empresas de grande dimensão, como as mencionadas acima. É possível trabalhar remotamente para o Brasil em Portugal? Apesar do custo de vida em Portugal ser inferior ao da maior parte dos países europeus, devido à desvalorização do Real poderá não compensar ganhar em Real e gastar em Euro. No entanto, tudo depende dos valores que estiver ganhando. Tenha muita atenção à cotação da moeda e faça bem as contas para saber se é financeiramente viável. É sempre importante também verificar quais os melhores meios para enviar o salário do Brasil para Portugal e gastar menos. Entenda como é viver em Portugal e trabalhar para o Brasil. Precisa pagar imposto em Portugal como trabalhador remoto? Se trabalha remotamente para Portugal, pode se perguntar onde deverá pagar imposto, se no país onde reside ou no país para o qual trabalha, por isso, vamos esclarecer essa questão. Em regra, se passar mais de 183 dias em Portugal, torna-se residente fiscal nesse país e, legalmente, deverá pagar os impostos de acordo com as leis portuguesas, mas a resposta poderá não ser assim tão linear. Em Portugal, o Imposto de Renda chama-se Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), e o pagamento desse imposto depende de onde tem o seu endereço fiscal, isto é, perante às autoridades, onde mora. A residência fiscal é o critério principal para determinar o país onde será tributado. Portanto, pagará imposto no país onde vive, mas se tiver residência em mais de um país isso poderá implicar uma análise mais aprofundada da sua situação. Os critérios para ser considerado residente em Portugal Para ser considerado residente em Portugal deverá cumprir uma das condições previstas no artigo 16.º do Código do IRS (pode aceder ao documento no Portal das Finanças) nomeadamente: Permanecer em território português por mais de 183 dias, seguidos ou interpolados, em qualquer período de 12 meses, com início ou fim no ano em causa; Tendo permanecido por menos tempo, deve dispor de habitação em condições que façam supor intenção atual de a manter e ocupar como residência habitual; Em 31 de dezembro, ser tripulante de navio ou aeronave ao serviço de entidades com residência, sede ou direção efetiva nesse território; Desempenhar funções ou comissões de caráter público no estrangeiro - ao serviço do Estado português - incluindo funções de deputado ao Parlamento Europeu; As pessoas de nacionalidade portuguesa que deslocalizem a sua residência fiscal para país, território ou região, sujeito a um regime fiscal claramente mais favorável, tanto no ano da mudança como nos quatro anos seguintes. Em síntese Mora no Brasil mas trabalha para uma empresa portuguesa, então terá que declarar tudo no Brasil; Tem residência em Portugal, então deverá entregar a sua Declaração de Saída Definitiva do País (no Brasil) e começar a pagar imposto em Portugal; Tem residência em Portugal e no Brasil, nesse caso, esteja atento para não cair em uma situação de dupla tributação, que é quando os seus rendimentos são tributados nos dois países, algo que não deverá acontecer. A Convenção para evitar a dupla tributação entre Portugal e o Brasil permite determinar qual será o Estado de residência e, consequentemente, o de tributação (poderá ler o documento na íntegra no site do Ministério Público). O primeiro critério de desempate assenta na existência de residência. Se o trabalhador tem uma casa própria noutro país e deixa o local de habitação em Portugal será considerado residente naquele país. E se assim for, Portugal deixa de o tributar como residente e o outro país ganha o direito a tributá-lo pelos seus rendimentos mundiais (incluindo rendimentos obtidos pelo trabalho prestado em Portugal). Caso mantenha duas residências, será considerado residente no país com o qual sejam mais estreitas as suas relações pessoais e econômicas (centro de interesses vitais).  Saiba como declarar os seus rendimentos em Portugal para saber mais sobre a tributação dos rendimentos. Dicas para conseguir um trabalho em Portugal O mais importante é legalizar a sua situação, portanto, deverá ter uma autorização de residência que permita exercer uma atividade profissional, uma promessa ou contrato de trabalho. Se tiver uma qualificação superior é aconselhável pedir a equivalência do diploma, o passo a passo está aqui, no artigo validar diploma em Portugal. Caso não tenha, tudo bem, se quiser mesmo trabalhar encontrará espaço no mercado de trabalho português. Visite as páginas de empregos que indicamos, filtrando pelo setor em que tem experiência e veja quais as habilitações e conhecimentos que são exigidos do candidato. E, se for possível, antes mesmo de sair do Brasil, aprenda sobre isso, faça cursos, leia sobre o assunto e molde o seu perfil de modo a que se enquadre na maior parte das vagas do seu setor. Por exemplo, se quer trabalhar com o atendimento ao público, é imprescindível que saiba falar inglês, se for design gráfico é habitual pedirem que o candidato domine o Adobe Photoshop e o Illustrator. Especialize-se, atualize o seu Curriculum Vitae e candidate-se diariamente a novas oportunidades, não se iluda pensando que irá conseguir um excelente emprego à primeira tentativa, mas não desista depois de algumas más experiências, seja persistente e esteja disposto a se adaptar consoante as exigências do mercado de trabalho. Para saber mais sobre como trabalhar em Portugal não deixe de ler este artigo. Considerações Finais Mudar-se para o estrangeiro cria frequentemente uma estranha mistura de entusiasmo e medo. Por isso é que um dos objetivos do Euro Dicas é esclarecer as dúvidas dos seus leitores, cobrindo vários tópicos sobre como viver, trabalhar e estudar em diferentes países europeus. Foi nesse seguimento que a equipe de profissionais do Euro Dicas, todos eles com experiência em morar em Portugal, criaram um Programa específico para quem está pensando em viver, estudar ou trabalhar na terra de Camões. Trata-se de um Programa super completo que te dará todo o poder sob a forma de conhecimento que precisa para se mudar para Portugal com a máxima confiança. No Programa Morar em Portugal esclarecemos todas as dúvidas que possa ter sobre essa transição, para que não precise passar pelos perrengues que muitos brasileiros passam quando chegam num novo país. Com o Programa vamos te ajudar a perceber se mudar para Portugal é realmente a melhor decisão para você, pesando prós e contras dessa decisão, como tirar documentos portugueses, como alugar ou comprar moradia, esclarecendo as suas dúvidas sobre trabalho, educação e a adaptação ao país e finalmente, te encaminhamos no sentido de uma melhor adaptação em Portugal. O futuro pertence aquelas que acreditam na beleza dos sonhos, por isso, ponha já os seus sonhos em práticas com as estratégias que ensinamos no Programa.

"Vilas" para nômades digitais em Portugal
Portugal

“Vilas” para nômades digitais em Portugal: saiba quais são

Passam um mês em uma cidade x, três meses no país y, e por aí vai. O nomadismo digital chegou para ficar e está ganhando cada vez mais adeptos. Se você é um ou está em processo dessa mudança no estilo de vida precisa conhecer as “vilas” para nômades digitais em Portugal. 5 vilas para nômades digitais em Portugal Se já era possível trabalhar de forma remota sem ter a necessidade de estar em um escritório ou local fixo, com a pandemia, isso ficou ainda mais evidente. Não é à toa que hoje estamos mais familiarizados com o termo nômades digitais, ou como se diz em Portugal, nómadas digitais. Com essa mudança no estilo de vida em que é possível conciliar a viagem e vivência em uma nova cultura com o trabalho, muitos países, cidades e até mesmo hotéis já começaram a passar por um processo de adaptação para atrair e receber os nômades digitais. Como o país luso tem atraído cada vez mais atenção, ele criou um visto específico para atender público e o qual vou explicar mais a frente. Antes, vamos à lista de 5 “vilas” para nômades digitais em Portugal, divididas entre cidades e hotéis adaptados. Ponta do Sol Ponta do Sol é a mais famosa vila para nômades digitais em Portugal. Ela fica localizada na Ilha da Madeira e faz parte do projeto-piloto desenvolvido pelo governo chamado Digital Nomads Madeira Islands, o qual envolve também outras cidades, tais como: Porto Santo; Funchal; Santa Cruz; Machico. A Nomad Village de Ponta do Sol foi criada com o objetivo de integrar os trabalhadores viajantes com a comunidade local, permitindo assim in intercâmbio cultural. Dessa forma, oferece um espaço gratuito e equipado para que os nômades possam trabalhar aberto das 9h às 18 horas e acesso a diversos eventos. Eles ainda podem alugar carro e scooter por um preço mensal. No site oficial da Nomad Village Ponta do Sol também é possível verificar indicações para arrendar um quarto ou casa, bem como outras informações. A vila já recebeu mais de 300 nômades. Aldeia dos Capuchos Para quem busca viver próximo a capital Lisboa para conhecer ainda mais a cultura portuguesa, a Aldeia dos Capuchos pode ser uma ótima opção. Localizada na Costa da Caparica, no município de Almada - 20 minutos de carro até Lisboa ou 1h30 de trem - a Aldeia dos Capuchos é na verdade um Hotel, Golf e Spa que resolveu se adaptar para atrair esse público. Para isso, criaram o Programa Digital Nomads que oferece descontos nas tarifas do hotel que foram divididas por nível, tais como: Nível 1: 7 a 14 noites tem desconto de 20%; Nível 2: 15 a 29 noites tem desconto de 25%; Nível 3: 30 a 59 noites tem desconto de 30%; Nível 4: 60 a 179 noites tem desconto de 35%; Nível 5: 180+ tem desconto de 40%. Além dos descontos na tarifa, os nômades são recebidos em apartamentos tipo estúdio, podendo ou não ser com vista para o mar e com café da manhã incluso e internet de alta velocidade. Há também outras comodidades que os nômades digitais podem usufruir, como acesso à piscina e academia de ginástica e descontos no restaurante, lavanderia, room service e spa. Ericeira A cidade de Ericeira encanta por suas belas praias que sediam campeonatos de surf e pelo seu contato com natureza e belas paisagens. Por isso, tem se tornado uma das “vilas” para nômades digitais em Portugal. Por ser uma cidade do interior de Portugal, ela é a combinação perfeita para quem gosta de conciliar o lazer e trabalho em um só local. Tanto que a Outsite, uma empresa de locação global com foco o atendimento de nômades digitais, passou a oferecer um serviço personalizado em Ericeira. No site oficial da Outsite é possível realizar reservas para um mínimo de 30 dias de estadia e inclui além da hospedagem em apartamentos aconchegantes e mobiliados, algumas comodidades, como: Espaço de trabalho e suprimentos; Boa conexão Wi-fi; Toalhas e lençõis; Limpeza; Chá e café; Uma pessoa responsável por fazer a gestão dos nômades digitais; Suporte 24 horas. Outra “vila” para nômades digitais em Portugal é o You and the Sea, que trabalha da mesma forma que a Aldeia dos Capuchos, ou seja, descontos nas tarifas de acordo com o número de noites reservadas e oferece algumas comodidades dentro do hotel. Lisboa Dentre as “vilas” para nômades digitais em Portugal, Lisboa tem ganhado grande atenção. Muitos hotéis na capital portuguesa começaram a criar ofertas e programas para atrair o público viajante-trabalhador. A Outsite, a qual comentei acima, também está em Lisboa e oferece as mesmas comodidades. Outra opção é o Czar Lisbon Hotel, com o seu programa de desconto nas tarifas conforme a quantidade de noites reservadas, desde que o mínimo seja 7 noites. Segundo a informação no site oficial do Czar Hotel, além do desconto na tarifa, eles oferecem internet de alta velocidade, serviço de limpeza, 2 horas por dia para utilização da sala de reuniões (conforme disponibilidade), acesso à academia de ginástica e descontos na lavanderia e refeições. Placid Village Mais um hotel dentre as “vilas” para nômades digitais em Portugal é o Placid Village, localizado em Carvoeira, uma pequena vila no Algarve. O lugar é perfeito para os nômades que são amantes de belas praias e do sol. O Placid Village trabalha da mesma forma que os outros hotéis que são considerados “vilas” para nômades digitais, ou seja, no mesmo esquema de desconto nas tarifas que variam conforme a quantidade de dias reservados. Os nômades podem escolher alojamentos em T1 ou T2, ou seja, apartamentos de tipologia de 1 ou 2 quartos. A desvantagem é o café da manhã não está incluso, sendo necessário contratar a parte por 10€ por dia. Já o serviço de limpeza e uma rede wifi de alta velocidade são duas coisas que os nômades podem contar. Se precisarem utilizar a lavanderia, há um desconto de 10%. Observação: todos os hotéis citados como “vilas” para nômades digitais em Portugal oferecem o desconto nas tarifas apenas de janeiro a junho e outubro a dezembro. Sendo assim, não é possível usufruir dos Programas Digital Nomads no auge do verão europeus, que acontece nos meses de julho a setembro. Precisa de visto para ser nômade digital em Portugal? Sim. Se a ideia é passar mais do que 90 dias em território Schengen, o qual Portugal faz parte, é necessário obter o visto para ser nômade digital. A boa notícia é que se você tem como comprovar o seu estilo de vida e principalmente os seus rendimentos frutos do trabalho, saiba que que existe o visto para freelancers e nômades digitais em Portugal, também chamado de Visto D2 ou ainda, visto de empreendedores. Repetindo, para solicitá-lo é necessário apresentar uma série de documentos que comprovem o trabalho desenvolvido, bem como o rendimento mensal como comprovativo de meios de subsistência, ou seja, que você tem como se manter no país. Programa E-residency Portugal Outra novidade é que existe o E-residency Portugal, um programa desenvolvido pelo governo português cujo objetivo é conceder uma residência eletrônica para profissionais freelancers e autônomos que trabalham de forma remota, ou seja, os nômades digitais se enquadram perfeitamente nele. Mas calma, o Programa não permite morar em Portugal, nesse caso, deve seguir o caminho com a solicitação do visto, conforme explicado no tópico acima. O E-residency vai permitir que você faça coisas burocráticas dentro de Portugal como, por exemplo, abrir uma empresa, vender os seus serviços para empresas portuguesas e emitir recibo verde (nota fiscal), etc. Ficou com vontade de vir para Portugal ser um nômade digital? Então não deixe de conferir o nosso Programa Morar em Portugal. Um guia com livro + videoaulas que irá ajudar você a organizar a sua mudança de forma segura e legal. Vale a pena!

Como foi tirar o visto D7 Portugal
Portugal

Como foi tirar o Visto D7: detalhes e dicas de quem já conseguiu

Portugal tem sido um grande refúgio para brasileiros que pensam em reconstruir sua vida no exterior. Qualidade de vida, transporte público decente e um sistema de saúde com uma excelente infra-estrutura são alguns dos benefícios para quem chega no país. Caso esteja pensando em mudar de país e morar em terras portuguesas, saiba tudo sobre como foi tirar o visto D7 em Portugal no artigo a seguir. Saiba como foi tirar o visto D7 em Portugal Em 2012, vim passar férias em Portugal com a minha mulher e voltamos encantados com o país. Acho que ali nascia a ideia, ainda que apenas com um “deve ser bom morar aqui, não é, meu amor?”, de mudança de vida. O tempo passou e esse diálogo acabou sendo deixado de lado. Até que, em 2017, minha filha decidiu se aventurar na terrinha, após ter conseguido uma vaga em Coimbra. Veio sozinha, com a cara e com a coragem. Foi ela, que nem conhecia Portugal até então, que passou os “encantados” de 2012 para trás e, de alguma forma, reavivou o nosso sonho de ter uma nova experiência de vida por aqui. Da fagulha inicial que acendeu o estopim da mudança até o momento em que pisamos em solo português novamente, passaram-se poucos meses apenas. Conto aqui um pouco do processo, mas peço que considerem que tudo aconteceu em um outro momento do mundo. Ou seja, foi na remota fase AP (Antes da Pandemia). Creio que agora na DP (Depois da Pandemia), muitos dos prazos devem ter sido alterados. É importante segurar a ansiedade! Como iniciar o processo de solicitação de visto D7 A única certeza que tínhamos, no mundo de incertezas que povoavam nossas cabeças naquela fase inicial, era que não queríamos vir como “aventureiros”, saindo do Brasil com visto de turista para tentar se legalizar já estando em Portugal. Sei que fazem isso e que muitos até conseguem bons resultados, mas não era uma alternativa para nós. E neste cenário de pandemia, realmente não recomendo.  São vários os tipos de visto que Portugal oferece e certamente um deles se encaixa no perfil de quem pretende se mudar. Vale lembrar que o país segue tendo as portas abertas para os que querem iniciar uma nova vida, seja estudando, abrindo um negócio próprio, investindo na compra de imóveis ou simplesmente usufruindo dos rendimentos que possui no país natal. Os imigrantes são responsáveis por boa parte da riqueza gerada em Portugal e a troca de experiências, culturas e hábitos é muito rica para todos. Tudo sobre o visto D7 Em 2017, o que fazia mais sentido para nós era o visto D7, que muitos chamam de “visto dos aposentados”, mas que na verdade é muito mais amplo do que isso. O visto é concedido àqueles que comprovem rendimentos obtidos pela aposentadoria, sim, mas também para quem tem outras fontes de rendas comprovadas, como aluguéis, aplicações financeiras, planos de previdência. Decidir qual visto é o mais indicado para cada perfil é razoavelmente simples, buscando as informações oficiais disponíveis no site do Consulado Português (no nosso caso, no de São Paulo). Com a ideia mais amadurecida e algumas informações já confirmadas (li muito o Euro Dicas!), achamos que uma consultoria poderia ser útil para nos apoiar em todo o processo. O trabalho do consultor é importante para trazer um pouco de “frieza”, sem deixar de lado o envolvimento nos nossos sonhos. É um momento de muita ansiedade, de dúvidas, de incertezas, de emoções à flor da pele. Ajuda muito ter alguém que nos tranquilize, oriente, que de alguma forma seja mais “razão” em uma etapa que é tanto “emoção”. Tivemos, então, a nossa consultora nos apoiando, esclarecendo pontos, orientando sobre o passo-a-passo. Relendo hoje as mensagens que trocamos no grupo de Whatsapp criado naquela época, dei boas risadas vendo as perguntas que fazíamos: os assuntos iam dos documentos exigidos até coisas como “as crianças usam uniforme?”, “chove em janeiro?”, “os pratos do dia dão para duas pessoas?”, “A escola X fica em uma rua tranquila?”. Muitas delas não passavam nem por perto do escopo da consultoria contratada, mas acho, ainda assim, que eu as faria novamente hoje. A experiência com consultoria para adquirir o visto D7 Nosso primeiro contato com a consultoria foi em julho de 2017. No meio da enxurrada de perguntas sobre “amenidades”, recebemos as orientações sobre a melhor documentação a ser apresentada no consulado, principalmente no que se referia aos comprovantes dos meios de subsistência. Separamos declaração do Imposto de Renda, extratos de cartão de crédito e bancários dos últimos três meses, contrato de aluguel, tudo com firma reconhecida e/ou devidamente autenticado em cartório. Além desses documentos, anexamos uma carta convite enviada por um tio que já vivia em Portugal, confirmando que ficaríamos hospedados na casa dele na fase inicial da mudança. Este documento teve que ser autenticado em Portugal. Nosso kit tinha também alguns formulários padrão que podem ser obtidos no site do consulado, o que incluía: Autorização para que o SEF consultasse o nosso registro criminal em Portugal; Declaração de próprio punho solicitando o visto; Cópia do PB4; Atestado de antecedentes criminais do Brasil; Fotos 3x4; Cópias dos documentos pessoais (passaporte, RG, certidão de união estável e de nascimento do filho). Importante notar que o passaporte deve ter ao menos três meses de validade após o fim do visto que está sendo solicitado. Ah, claro, tem que incluir o comprovante do pagamento da taxa consular. Quanto tempo demorou o processo? Um mês foi o suficiente para levantar tudo o que precisávamos. Em agosto de 2017, eu estava na portaria do consulado em São Paulo, com o meu pacote de documentos em mãos. Não foi preciso marcar hora. Bastava chegar e entregar para um segurança que ficava na entrada do belo casarão que é sede da representação oficial de Portugal em Sampa. Admito que deu um certo frio na barriga e algumas dúvidas. Sem querer fazer pouco caso daquele que estava ali, firme, na guarita do consulado, admito que pensei: “que coisa estranha... nem recebo um protoloco, nem nada”. Ainda insisti: “o senhor entrega direitinho, né? Preciso ligar para confirmar o recebimento?”. Ele, certamente já acostumado com esses pretendentes a portugueses meio ansiosos, respondeu tranquilo e seguro que eu precisava apenas esperar. E assim foi. Nos meses seguintes o nosso grupo de mensagens não ficou em silêncio. A consultora era o ponto focal dos contatos do consulado e quase diariamente a questionávamos: “e aí, novidades do consulado?”. Como as coisas não aconteciam no ritmo que sonhávamos, aquelas semanas seguintes foram úteis para sanar outras dúvidas que sempre apareciam. De qualquer forma, foram tempos muito aflitivos, para dizer a verdade. Não nos cabia fazer mais nada, além de esperar. E nem podíamos avançar com muitas coisas, pois podia dar tudo errado. E se o visto não sai? Compramos passagens? Desocupamos o apartamento? Vendemos livros e discos? Abrir conta em Portugal é importante O que de mais importante aconteceu neste intervalo de tempo foi a abertura de uma conta corrente em um banco de Portugal. Conseguimos abrir ainda em São Paulo e já era possível fazer legalmente movimentações financeiras, o que ajuda no futuro, quando chega o momento do agrupamento familiar, já do outro lado do Atlântico. Em outubro de 2017, dois meses após a solicitação do visto, recebemos a boa notícia da consultora. O processo havia sido analisado e estava tudo correto. O visto seria concedido. Dito e feito. Na primeira semana de novembro, estávamos lá, eu e minha mulher, pessoalmente, para uma conversa rápida com um representante do consulado, que pareceu tão empolgado com a mudança quanto nós. Saímos de lá sem saber bem o que falar, o que fazer. Era para valer. E não dava mais para recuar. Compramos passagens (de ida e de volta, por garantia), alugamos nosso apartamento e nos desfizemos de muitas coisas. Vários encontros de despedidas, muita revisão do planejamento financeiro e bola para frente. Serviço de Estrangeiros e Fronteiras em Portugal O visto foi emitido com data de 1 de janeiro de 2018 e tinha validade de 120 dias. Ou seja, podíamos embarcar já na virada do ano – e foi o que fizemos – e tínhamos prazo de quatro meses para comparecer no SEF e trocar o visto pelo primeiro título de residência temporária, com duração de um ano, incluindo nesse processo o chamado reagrupamento familiar, que estendeu ao meu filho e à minha mulher o mesmo título de residência temporária. Esse agendamento no SEF também fazia parte do trabalho da consultoria, que seguiu nos orientando em relação aos documentos necessários para esta etapa. O visto obtido no Brasil não é ainda uma autorização temporária de residência válida por um período mais longo. Tal autorização só é confirmada depois da validação do SEF. Mas o visto é fundamental para avançar com alguns outros documentos que depois serão apresentados ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (atual SEA). Documentação necessária A ida ao SEF aconteceu em fevereiro e tivemos que levar todos os documentos que já tínhamos apresentado ao consulado no Brasil – principalmente aqueles que comprovavam que tínhamos como viver no país por pelo menos um ano - , além dos novos documentos obtidos em Portugal, como NIF, comprovante de morada (pode ser obtido na Junta da Freguesia, caso não tenha ainda contas no próprio nome) e atestado de matrícula do filho na escola. Como estávamos fazendo também o reagrupamento, era importante ter a certidão de nascimento do filho e algum documento que provasse a união dos pais. E aqui aconteceu o único “perrengue” de todo o processo: não somos casados, mas temos certidão de união estável, formal, feita em cartório. Morávamos debaixo do mesmo teto havia quase dez anos, tínhamos um filho e posso dizer que eramos mais casados do que muitos casais com certidão de casamento. O fato de termos a certidão de união estável (não esqueçam que precisa ser apostilada) não é um problema, pois existe aqui também a figura da União de Facto, que é a mesma coisa. O problema é que a certidão era de 2010 e eles queriam algo atualizado. Tentamos explicar que não tinha mudado nada desde então, mas foi em vão. Recuamos e tivemos que obter uma nova certidão no Brasil, apostilar e fazer chegar até nós. Lá fomos nós de novo. Certidão fresquinha, com data de fevereiro de 2018. Resolvido? Nada. Atualize seus documentos A certidão tinha sido recém emitida, mas apontava a mesma coisa, ou seja, que nós vivíamos em união estável desde 2010. “E o que me garante que vocês não casaram com outras pessoas depois de 2010?”, perguntava o oficial do SEF. Coisa de louco. E nós lá, com o mesmo endereço, conta conjunta, um filho... e o responsável por validar os documentos achando que poderíamos ter outros parceiros e que tudo não passaria de uma grande farsa. Aflitivo, não? Dei beijo na boca da minha mulher, fiz juras de amor, mostrei fotos da família, e ainda assim não se convenceram. No final, uma saída meio enviesada acabou sendo a solução. Fomos ao consulado brasileiro no Porto e obtivemos deles um documento que nos qualificava como divorciados (sim, eu já fui casado anteriormente, e a minha atual mulher também. União estável à parte, somos os dois divorciados). Com isso, voltamos ao SEF e nos apresentamos como divorciados. Ficaram felizes por saber que não temos outros maridos/mulheres e nós seguimos felizes como família que sempre fomos. Ah, o mais importante: o título de residência temporária foi concedido e o agrupamento familiar confirmado. Passado o susto burocrático, todo o resto correu sem problemas. O título de residência inicial tem validade de 1 ano e deve ser renovado no SEF após esse período. Apesar de o visto inicialmente ser o D7, obtido graças à comprovação de recursos para viver em Portugal, nada impede que o titular do título venha a trabalhar no país, de forma totalmente legal, com os mesmos direitos e deveres de um cidadão português. Como renovar seu visto D7 Vencido o primeiro ano, a segunda renovação costuma ser mais simples, ainda que tenhamos que apresentar informações que comprovem nossa capacidade de continuar morando em Portugal, seja porque continua a trazer recursos do seu país de origem ou porque está trabalhando em Portugal. Nesta primeira renovação, o título passa a ter validade de 2 anos. Desta vez, já estávamos mais “descolados” e fizemos tudo diretamente, sem qualquer apoio de consultores. Com a pandemia, o processo ficou mais lento em certos casos, mas os títulos de residência já emitidos tiveram a validade ampliada em alguns meses, para que ninguém seja prejudicado. Ao mesmo tempo, para quem está totalmente regular e não tem qualquer pendência, já é possível pedir a renovação online, de forma bem mais simples e menos burocrática. Nós já passamos por essa experiência e a única dificuldade é que muitas vezes o sistema digital fica sobrecarregado. Depois de dar entrada na renovação online, é preciso pagar as taxas e o novo título – com validade de três anos para quem já está renovando pela segunda vez - chega em casa pelos correios. Após esta segunda renovação, quando completamos, portanto, seis anos de residência temporária (um ano do primeiro título, dois anos na primeira renovação, e três anos na segunda renovação) é possível pedir um título de residência definitiva ou mesmo buscar uma cidadania portuguesa. Em relação a esta última, há pontos na legislação brasileira que estão sendo discutidos e que talvez possam ter algum impacto (positivo) na decisão. Por enquanto, seguimos como residentes temporários, trabalhando, estudando, viajando, com tudo que temos direito e cumprindo todos os nossos deveres. Veja também se os nômades digitais podem pedir o visto D7 para Portugal.

Visto D7 aceitos Consulados de Portugal
Portugal Visto

Pedidos de Visto D7 voltam a ser aceitos pelos Consulados de Portugal

Depois de meses de suspensão, os pedidos de vistos D7 para Portugal voltam a ser processados. Devido à pandemia de COVID-19, os fluxos migratórios sofreram algum atraso. Processamento de vistos para Portugal já retomado Com a chegada da pandemia, fronteiras foram fechadas, embaixadas e consulados reduziram os seus serviços ao mínimo possível e o fluxo de pessoas ficou quase parado. Neste contexto, os consulados e representações diplomáticas portuguesas espalhadas por todo o mundo chegaram a suspender a aceitação de candidaturas a qualquer tipo de visto. Passada a pior fase da pandemia, os consulados e representações diplomáticas portuguesas foram aos poucos retomando as suas atividades, inclusive a aceitação de candidaturas a vistos de residência. Este processo de retomada da aceitação e análise de candidaturas a vistos de residência foi lento e condicionados às condições de saúde de vários países e pela à reabertura das linhas aéreas. As solicitações de visto D7 demoraram a ser retomadas Há algumas semanas, a aceitação da maior parte dos vistos de acesso a Portugal já havia sido regularizada. Mas, apesar da abertura das embaixadas a candidaturas de diversos tipos de visto de residência, as autoridades portuguesas seguiram sem aceitar novos processos relativos ao visto D7. Muitos requerentes desse tipo de visto ficaram com os seus processos pendentes desde os meses de março e abril. Não sendo considerado prioridade pelas autoridades portuguesas, muitos candidatos ao visto D7 viram os seus processos ficarem em lista de espera ou mesmo serem devolvidos. Conheça a experiência de quem já tirou o visto D7 e saiba como foi o processo. Retomada dos Vistos D7 Recentemente, contudo, o Ministério dos Negócios Estrangeiros anunciou que, a partir de 5 de agosto, o processamento de vistos nacionais volta a decorrer, mesmo que alguns postos consulares possam ainda estar sofrendo atrasos, com as consequências impostas pela pandemia do coronavírus. Esta reabertura dos serviços é uma grande notícia para aqueles interessados em se candidatar ao visto D7 que agora já podem seguir com seus processos. O Visto D7 é uma autorização de residência estruturado especificamente para aposentados e detentores de renda passiva (aluguéis, lucros e dividendos, juros, etc) que queiram viver em Portugal. Os dois principais critérios de elegibilidade a este visto são a comprovação de que a soma de toda a renda passiva do candidato supera o valor mínimo estabelecido pelo governo português, e de que o candidato possui recursos em financeiros capazes de sustentar a si e a sua família por pelo menos um ano no país. Pensa em retomar o seu projeto de mudança para Portugal? Este pode ser o momento ideal. Impacto da pandemia na mobilidade internacional Com a pandemia, foram muitas as pessoas que se aperceberam do valor e das vantagens da mobilidade internacional. Tem relevo o papel da mobilidade internacional e da obtenção de autorizações de residência e dupla cidadania, para poder sair de regiões problemáticas e com surtos difíceis de controlar, para outras mais seguras. Melhores condições de saúde, tratamento, prevenção, e no fundo, uma melhor e mais tranquila qualidade de vida, vão tem impulsionado de pedidos de visto para Portugal. Neste período período de pandemia, inclusive, muitas pessoas ficaram presas noutros países, longe de suas casas e envolvidas em demorados processos para poderem ser repatriadas. Agora, os pedidos de visto para Portugal estão reabertos e podem ser solicitados por cidadãos brasileiros, seja para o visto de estudante, visto de trabalho, visto de aposentados e tantos outros.

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