Há alguns anos, viajar quase de graça parecia um mito. Contudo, hoje em dia, isso é real e cada vez mais pessoas aderem a esse “estilo de vida”. Mas como isso é possível? Você já deve ter se perguntado. Muitas vezes através do work exchange, um tipo de intercâmbio em que os viajantes trocam trabalho por acomodação.
Como funciona o work exchange?
O work exchange é baseado na ideia de uma troca colaborativa que beneficia as duas partes: anfitriões e viajantes.
É simples: de um lado estão voluntários que oferecem suas habilidades e tempo durante uma viagem e do outro, hosts que procuram um certo tipo de ajuda em seu negócio (que pode ser um hostel, uma casa de família, uma ONG, projetos ecológicos, etc). Assim é possível viajar e trabalhar na Europa e em outros países do mundo.
Como viajante, você pode oferecer uma habilidade específica que os anfitriões estão procurando, algo que você tem experiência ou que gostaria de desenvolver.
Em troca de sua ajuda, você receberá acomodações pelo período em que concordar em trabalhar, além de outros benefícios (que variam entre os hosts), por exemplo: refeições, descontos em eventos e em viagens, aulas de idiomas, etc.
Algumas das habilidades procuradas são:
- Tarefas de limpeza e demais tarefas domésticas;
- Renovação e manutenção;
- Bartender;
- Auxiliar de cozinha;
- Fotografia e videografia;
- Guias turísticos;
- Ensino de línguas;
- Jardinagem;
- Trabalho comunitário.
Precisa de visto para fazer work exchange na Europa?
A necessidade ou não de visto para fazer work exchange na Europa pode variar conforme a duração da viagem e o país no qual o viajante vai ficar.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, os brasileiros que viajam a turismo para os países do Espaço Schengen (que compreende grande parte da Europa) estão isentos de visto, desde que permaneçam no território por até 90 dias.
Atenção: apesar de você estar trocando trabalho por benefícios, o work exchange é uma experiência de viagem, e não uma situação de emprego. Portanto, você estará viajando a turismo e há outras exigências que terá que cumprir para a entrada no país de destino do seu voluntariado.
É essencial verificar no Portal Consular as exigências de cada país.
Dá para se sustentar com trabalho voluntário?
Conforme explicamos nos tópicos anteriores, o work exchange é uma troca colaborativa, portanto, você não recebe dinheiro em troca do seu tempo e trabalho oferecidos. Em contrapartida, também não gasta com hospedagem e outros benefícios que o anfitrião possa te oferecer.
Por isso, se você tem um orçamento limitado para viajar, o work exchange é uma ótima maneira de economizar, mas isso não significa que não precisará de dinheiro para se sustentar.
Para participar de um programa de work exchange, o ideal é ter recursos financeiros para conseguir se manter durante o período em que estiver viajando.
Se você deseja ir para a Europa, confira quanto custa viajar para o velho continente.
Melhores países para fazer work exchange na Europa
Escolher um destino para fazer work exchange pode ser difícil, já que há muitas opções disponíveis no mundo inteiro.
Por isso, para te ajudar, compilamos uma lista dos seis melhores países na Europa para você viver essa experiência. Para criar esta lista, consideramos vários fatores como o custo de vida, infraestrutura das cidades e as oportunidades oferecidas. Confira:
- Espanha;
- Portugal;
- Itália;
- Reino Unido;
- França;
- Alemanha.
Instituições que ajudam a fazer work exchange
Existem diversos sites e plataformas nos quais você pode encontrar uma oportunidade de work exchange perfeita. Confira:
- Worldpackers – é uma das plataformas de work exchange mais populares do mundo. Atualmente, a comunidade Worldpackers reúne mais de 1,5 milhão de usuários cadastrados, entre viajantes e anfitriões espalhados por todo o mundo. O Worldpackers preza pela segurança e proteção, o que a torna uma das plataformas mais confiáveis do gênero. Visite o site do Worldpackers e saiba mais;
- Workaway – é também um dos sites mais conhecidos de work exchange. Através do Workaway é possível se conectar com mais de 39 mil hosts em 178 países diferentes. Funciona de forma similar ao Worldpackers e demais plataformas de work exchange, em que há troca de tempo e habilidades por acomodação e outros benefícios;
- HelpX – assim como os demais citados acima, o HelpX apresenta uma grande variedade de tipos de trabalhos, como fazendas, casas de famílias, hotéis, hostels, pousadas, bares e restaurantes, escolas de idiomas, barcos, projetos ecológicos, sociais e artísticos, entre outros em diferentes locais no mundo;
- WWOOF – World Wide Oportunities in Organic Farms (que significa “Oportunidades em Fazendas Orgânicas em Todo o Mundo”) é uma organização com o objetivo de conectar fazendas e chácaras orgânicas, que precisam de ajuda voluntária, as pessoas que desejam viver e aprender sobre produtos orgânicos e o estilo de vida de seus anfitriões. A organização WWOOF surgiu em 1971 na Inglaterra e hoje está presente em mais de 20 países através de seus grupos.
Vale a pena trabalhar como voluntário?
Essa questão é muito relativa e pode variar conforme os objetivos de sua viagem, habilidades que vai oferecer, tempo disponível, entre outros fatores. Afinal, é preciso colocar os pés no chão e saber que o voluntariado pode ser incrível, mas também pode não ser dentro do esperado.
Então, busque por avaliações sobre os anfitriões e o tipo de trabalho oferecido. Essa pesquisa pode ajudar na escolha do destino e também em como se preparar para a experiência do work exchange.
Além da economia na viagem, outros valiosos benefícios do work exchange são a capacidade de encontrar e conviver com pessoas incríveis por todo o mundo, aprender novos idiomas, costumes e modos de vida. E isso, não há salário que pague!
Não se esqueça do seguro viagem
Lembre-se que como um turista ou voluntário em work exchange você não poderá utilizar o serviço público de saúde na Europa como um nativo. Portanto, é obrigatório e essencial contratar um seguro de viagem que irá garantir atendimento médico e odontológico em casos de emergência e também te auxilia em casos de extravio de bagagem, cancelamento de voos e outros imprevistos que podem surgir na viagem.
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