Depois de sete anos atuando como um dos programas de educação superior mais pujantes do governo brasileiro, o Ciência sem Fronteiras passou por uma reformulação em 2016, com cortes significativos na quantidade de subsídios, bem como no foco de estudantes a serem contemplados com a bolsa.

O que é o Ciência sem Fronteiras

O Ciência sem Fronteiras é uma iniciativa ímpar de incitar a expansão e internacionalização da ciência e tecnologia para estudantes brasileiros do ensino superior por meio do intercâmbio entre universidades de todo o mundo.
O programa foi criado em 2011 pelos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), por meio de suas respectivas instituições de fomento, CNPq e Capes, e secretarias de ensino superior e de ensino tecnológico do MEC.
Em sete anos, o programa levou cerca de 100 mil universitários para estudar fora do país.

O que mudou no programa

Em 2016 o governo federal anunciou mudanças no CsF, deixando de lado os estudantes de graduação. Os últimos bolsistas foram selecionados em 2014 e receberam o benefício até o começo de 2017, quando se encerrava o contrato de bolsa.
Segundo o Ministério da Educação, o Ciência sem Fronteiras não trouxe o retorno desejado, já que muitos estudantes aproveitaram a estadia fora do país e ficaram por lá, sem trazer resultados para as universidades brasileiras.
Para se ter ideia, em 2015 foram investidos R$ 3,7 bilhões no programa, mesmo valor investido na merenda escolar de 39 milhões de alunos brasileiros. O custo para manter os estudantes fora do país acabou não compensando.

Quem pode participar do Ciência sem Fronteiras

Após a reformulação, o CsF atende agora estudantes de pós-graduação (mestrado, doutorado, pós-doutorado) com editais para bolsas de pós-graduação e pós-doutorado e estágio sênior no exterior.
Em 2017, cerca de cinco mil alunos receberam bolsas enquadrados nestas categorias. Os países mais procurados pelos alunos são os Estados Unidos, seguido do Reino Unido, Canadá, França, Austrália, Alemanha e Espanha.

Valor da bolsa e duração

Os alunos contemplados podem estudar pelo período de seis meses a um ano, período que pode ser prorrogado em até 24 meses, e recebem uma bolsa-auxílio referente ao grau de estudo que realizam nos países escolhidos.
Os valores variam entre US$ 1.300 e US$ 2.100, sendo esse último apenas para os alunos de intercâmbio com pós-doutorado pleno; os demais recebem o primeiro valor de auxílio.
O pagamento ao bolsista é realizado trimestralmente, mediante crédito no cartão destinado apenas para esse fim. Os valores variam para mais ou para menos dependendo da região e moeda vigente no país de destino, e podem ser maiores, mediante a situação financeira do bolsista.
O governo oferece também:

  • Seguro-saúde no valor: US$ 1.080;
  • Ajuda de custo com moradia: US$ 1.080;
  • Ajuda de custo com instalação: entre US$ 1.300 e US$ 2.100;
  • Acréscimo por dependentes (apenas para doutorado pleno): US$ 200 mensais.

Vale frisar que os benefícios contemplam apenas o bolsista e não seus dependentes.
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Como se inscrever para o Ciência sem Fronteiras

Quem quiser se inscrever no programa deve ficar atento às exigências. O candidato deve ter competência reconhecida internacionalmente na área de interesse, bem como conhecimento comprovado do idioma do país de destino.
Os candidatos serão selecionados em função do seu currículo, do currículo do supervisor, do conceito internacional da instituição de destino e da qualidade do projeto e classificados em comparação com os demais concorrentes.
Os passos e documentos a se providenciar são:

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  • Formulário de propostas, que será julgado pelo Comitê de Assessoramento. Os resultados serão publicados no Diário Oficial da União e no site do CsF, além da notificação individual aos candidatos;
  • Caso o candidato seja aprovado na primeira fase de seleção, deve ser aceito pela instituição estrangeira para execução do projeto e em seguida deve preencher um Formulário de Dados Complementares e do Termo de Compromisso e Aceitação de Bolsa no Exterior.

Todos os candidatos aprovados devem emitir uma Procuração Pública outorgando poderes a pessoa no Brasil, para representá-lo nas questões relacionadas à bolsa do CNPq.
Salienta-se também, que o desempenho dos bolsistas será analisado no decorrer do período de intercâmbio, devendo o estudante enviar ao órgão as informações sobre o Projeto de Pesquisa quando solicitado.
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