Portugal registrou 317 mil desempregados em dezembro de 2023, uma alta de 1,7% em relação a novembro, totalizando um índice de desemprego de 6,6%. Foi o sexto mês seguido de aumento nos números do desemprego no país. Na comparação com o mês de dezembro de 2022, a subida foi de 3,5%. Os dados são do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

O impacto é maior para os trabalhadores sem qualificação

Segundo as estatísticas do IEFP, na comparação com o mês anterior, o desemprego tem afetado principalmente o grupo classificado como Trabalhadores não qualificados(27,8%), seguido pelos:

  • Trabalhadores dos serviços pessoais, de segurança e vendedores (20,3%);
  • Pessoal administrativo(11,5%);
  • Trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices (10%).

Na comparação com o mês de dezembro de 2022, o aumento do desemprego foi maior para os “Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem”(+8,8%) e “Trabalhadores não qualificados”(+8,1%).

Setor de serviços com mais despedimentos

Em relação às atividades, mais de 70% dos desempregados saíram do setor de serviços, especialmente das áreas imobiliárias, administrativas e de apoio. Em seguida, os setores da construção (6,2%) e agrícola (5,1%).

Já as regiões que registraram as maiores taxas de desemprego em dezembro de 2023 foram, na comparação com o mesmo mês de 2022, Algarve e Alentejo. Ao longo dos últimos 12 meses, o desemprego apresentou pequena redução nos meses de primavera e verão e voltou a subir em seguida. Confira mais dados no gráfico:

Desemprego por regiões em Portugal
Lisboa e Centro foram as regiões com o percentual de desemprego mais baixo. Fonte: Relatório do IEFP.

Portugal entre as taxas de desemprego mais altas da OCDE

Portugal é o nono país com a maior taxa de emprego entre os países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo o mais recente levantamento da entidade, que representa 38 países, Portugal tem uma taxa de desemprego de 6,6% (nov/2023).

O ranking do desemprego é liderado pela Espanha (11,9%), seguida por Colômbia (10,3%), Grécia (9,4%), Turquia (9%), Suécia (7,9%), Finlândia (7,6%), Itália (7,5%) e França (7,3%).

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Portugal manteve a taxa de 6,6% nos últimos três meses do relatório, porém, na comparação com o ano fechado de 2022, houve um acréscimo de 0,4 ponto percentual.

Já na comparação com a média de todos os países da OCDE (4,8%), Portugal registrou índice bastante superior. E também ficou acima da média dos países da União Europeia (5,9%)

Barômetro do mercado de trabalho europeu aposta em leve melhora

O indicador do mercado de trabalho da Rede Europeia de Serviços Públicos de Emprego e do IAB (Institute for Employment Research) aumentou 0,2 pontos, passando para 100,8 pontos em dezembro, indicando uma perspectiva ligeiramente positiva. É a primeira melhora nos últimos sete meses.

A avaliação é feita mensalmente, considerando as componentes do emprego e do desemprego, com pontuação que vai do 90 (muito negativa) ao 110 (muito positiva). Na análise da componente focada no desemprego, a pontuação também subiu 0,2 pontos, chegando a 97,6.

O texto do relatório aponta que ainda existe algum pessimismo em relação aos próximos meses, mas que também há esperança de que o pior momento já passou.

Previsão de menor crescimento e maior desemprego em 2024

Em entrevista coletiva em dezembro, os executivos do Banco de Portugal estimaram que a economia deverá crescer 1,2% em 2024, contra 2,1% da alta do PIB em 2023. Ainda assim, a expectativa é que a economia portuguesa cresça acima da zona euro entre 2024 e 2026.

Por outro lado, a inflação deverá continuar a cair, atingindo 2,9% em 2024. Porém, em relação ao desemprego, a expectativa dos analistas é que a taxa se mantenha acima de 7% até 2026, ficando, portanto, acima dos atuais 6,6% registrados pela OCDE.

Segundo os economistas, a evolução da taxa está relacionada com o abrandamento da atividade econômica, os níveis ainda elevados dos juros e os conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio.