A Família Real inglesa não é apenas uma família tradicional, mas é um símbolo de poder e que relembra a longa história de conquistas e batalhas que o Império Britânico disputou ao redor do mundo.

A monarquia britânica é mais antiga do que a Inglaterra em si. Há relatos de que a primeira formação real se deu por volta do século IX, ou seja, há mais de mil anos. Saiba tudo sobre a monarquia mais famosa do mundo nesse artigo.

A morte da Rainha Elizabeth II

Em setembro de 2022 uma notícia chocou o mundo: a Rainha Elizabeth II faleceu.

Apesar de já possuir uma idade avançada, a sua figura era como se fosse eterna, visto que ela lutou na II Guerra Mundial e é a única monarca inglesa que a maioria dos cidadãos britânicos e que as pessoas que vivem hoje ao redor do mundo conheceram.

O atestado de óbito diz que a causa de morte foi a idade avançada, afinal ela tinha 96 anos e não apresentava nenhum problema de saúde.

Elizabeth II foi a monarca mais longeva de toda a história da humanidade, reinando por mais de 70 anos até falecer no dia 08 de setembro de 2022, deixando quatro filhos, oito netos e doze bisnetos.

Quem assumiu o trono como o seu sucessor foi seu filho mais velho, antes conhecido como “Príncipe Charles” e agora chamado “Rei Charles III”.

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História da Família Real inglesa: árvore genealógica

A atual Família Real pertence à casa de Windsor, referente ao “Castelo de Windsor”. O nome original era “Saxe-Coburgo-Gota”, mas por conta do sentimento antialemão gerado durante a Primeira Guerra Mundial, a família decidiu mudar o nome da dinastia.

Até hoje já passaram cinco monarcas da casa de Windsor, sendo eles uma rainha, a Elizabeth II e quatro reis, incluindo o atual Charles III.

Jorge V, o primeiro monarca de Windsor era neto da Rainha Vitória, a segunda monarca mais longeva da história que ocupou o trono britânico por 64 anos. Ele teve cinco filhos e uma filha, sendo que o seu primogênito e herdeiro do trono seria Eduardo VIII.

Rua de Londres com bandeira do Reino Unido
Rainha Elizabeth II teve um longo reinado e nem estava na linha direta de sucessão.

Porém, quando Jorge V faleceu em 1936, Eduardo tornou-se rei, mas ele não concordava com as convenções da monarquia e chocou toda a sociedade quando propôs se casar com Wallis Simpson, uma socialite estadunidense, divorciada do primeiro marido e que estava prestes a se divorciar do segundo.

Os primeiros-ministros foram contra este desejo por dizerem que jamais aceitariam uma mulher com filhos e divorciada como a sua rainha, então Eduardo abdicou do seu direito ao trono com apenas de 326 dias de reinado, não chegando nem a ser coroado.

Eduardo casou-se com a socialite na França em 1937 e, com a sua abdicação ao trono, o seu irmão Jorge VI foi coroado e tornou-se o rei na Inglaterra. Jorge VI teve apenas duas filhas, sendo Elizabeth, a mais velha delas e que veio a assumir o trono com apenas 25 anos, após o falecimento do seu pai.

O reinado de Elizabeth terminou em setembro de 2022 e ela será lembrada por muito tempo como a monarca mais longeva da história do Reino Unido e do mundo.

O chefe da monarquia representa dezesseis Estados independentes sendo eles: o Reino Unido, Austrália, Bahamas, Belize, Canadá, Granada, Ilhas Salomão, Jamaica, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Papua-Nova Guiné, Nova Zelândia, Tuvalu, Antígua e Barbuda, São Cristóvão e Névis.

Além dos reinos da Comunidade das Nações (Commonwealth), ele também representa catorze territórios ultramarinos britânicos e dois estados associados à Nova Zelândia (Ilhas Cook e Niue).

Quem são os membros principais da Família Real hoje?

Hoje os principais membros da Família Real inglesa são o Rei Charles III, a sua esposa Camila, os seus dois filhos Willian e Harry, e seus netos.

Willian é o mais velho, casado com Kate Middleton e possui três filhos.

Já Harry e a sua Meghan Markle anunciaram em janeiro de 2020 que iriam se afastar dos deveres e funções da Família Real e se mudaram para a América do Norte para viver uma vida mais distante dos holofotes que perseguem os membros principais da família.

Qual o sobrenome da Família Real inglesa?

O sobrenome real oficial é “Mountbatten-Windsor”, mas você quase não vai ouvir falar sobre isso em lugar nenhum.

Isso acontece por dois motivos: o primeiro é que eles são pessoas famosas e que não precisam usar o seu sobrenome. O segundo é porque eles são geralmente chamados pelos seus títulos junto ao seu primeiro nome como “Rainha Elizabeth”, “Rei Charles”, “Príncipe Harry”, e por aí vai.

Até mesmo a mãe da Rainha Elizabeth II, após a morte do seu esposo, ficou sendo conhecida e chamada de “Rainha Mãe”.

Ficou surpreso com o sobrenome da Família Real? Veja também quais são os nomes e sobrenomes ingleses mais comuns.

Qual a linhagem da Família Real?

Seguindo a linha de sucessão britânica, o atual rei é Charles III e a sua atual esposa Camila é a rainha.

Ele tem dois filhos, Harry e Willian, sendo seu filho mais velho, William, o próximo a herdar o trono. Ele, por sua vez, possui três filhos, a Princesa Charlotte de Gales, o príncipe Louis de Gales e o mais velho que é o herdeiro da monarquia britânica, Príncipe George de Gales.

Ou seja, a atual linha de sucessão britânica após a morte de Charles III é:

  1. O Príncipe Willian de Gales;
  2. O filho mais velho de Willian, Príncipe George;
  3. A irmã de George, Princesa Charlotte;
  4. O irmão mais novo de Charlotte, o Príncipe Louis;
  5. O segundo filho do atual Rei Charles, Príncipe Harry.

A linhagem completa conta com 23 pessoas, passando inclusive pela irmã da Rainha Elizabeth que seria a 16ª pessoa a herdar o trono, caso 15 outras pessoas morressem.

Descubra o que muda na Monarquia Britânica com a chegada do Rei Charles III ao poder neste artigo.

Quais os poderes família na Inglaterra?

Hoje a Família Real possui um papel mais simbólico do que executivo em si, pois o regime de governo adotado pelo país é o de monarquia-parlamentarista, ou seja, quem toma as decisões que realmente impactam a população são aqueles que sentam e votam no parlamento.

Mas o que eles fazem afinal?

Eles cumprem um papel diplomático atendendo a compromissos oficiais pelo mundo muitas vezes representando a Inglaterra e o Reino Unido como um todo.

Por conta da figura de peso que a Família Real possui, semanalmente o Rei Charles se reunirá com primeiro-ministro britânico para tratar de temas corriqueiros e também reforçar o posicionamento da monarquia.

Contudo, isso não significa que o primeiro-ministro precisa de aprovação de qualquer decisão política, apenas enaltece essa relação de laços estreitos entre a Família Real e o parlamento.

Entenda como se deu o Brexit e o seu impacto no processo migratório para a Inglaterra.

Onde a Família Real britânica mora?

A sede oficial da monarquia é o Palácio de Buckingham, o palácio mais famoso e onde muitos turistas se reúnem para assistir à troca da guarda.

O Palácio que possui 775 aposentos é onde a Rainha Elizabeth e o Príncipe Philip viveram e criaram os seus filhos e onde o Rei Charles III e a sua esposa provavelmente também irão viver.

Até antes do falecimento da sua mãe em setembro de 2022, ele e a sua esposa viviam na residência real chamada “Clarence House”, que fica a uma distância pequena do Palácio de Buckingham.

Palácio de Buckingham, em Londres, na Inglaterra
Palácio de Buckingham é a residência oficial da Família Real inglesa.

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Os Castelos da Família Real inglesa

Se engana quem pensa que a família possui apenas um castelo onde moram todos os membros importantes. Eles possuem várias propriedades e eu vou listar as principais delas abaixo:

Palácio de Kensington

Esta residência fica em Londres e foi onde o Príncipe Willian e o Príncipe Harry cresceram com a sua mãe, a Princesa Diana. Os atuais moradores deste local são o Príncipe Willian, a sua esposa e os seus três filhos.

É possível visitar uma parte da área interna que funciona como um museu comprando o ingresso que custa £20, mais de R$ 120,00 (considerando o câmbio), através do site oficial do Palácio Kensington.

Castelo de Windsor

Este castelo também localizado em Londres era o local onde a Rainha Elizabeth geralmente passava os seus finais de semana e onde ela se isolou durante os momentos mais críticos da Covid-19.

Lá existe uma linda capela, a Capela de São Jorge, onde o Príncipe Harry se casou com Meghan Markle em 2018.

Você pode visitar o castelo pagando £26,50 por adulto de domingo a sexta, ou £28,50 visitando no sábado. Para comprar os ingressos ou saber dos horários de visita, você pode conferir o site oficial do castelo de Windsor.

Castelo de Balmoral

Dizem que esta era a casa favorita de Elizabeth e onde ela passou os seus últimos dias de vida.

O palácio fica no interior da Escócia, a cerca de 160 km de Edimburgo, e possui 200 quilômetros quadrados. Há duas formas de visitar o Castelo, a mais geral pelo tour “Balmoral Etates” ou pelo tour “Balmoral Estates Expedition” que custa £300, além da taxa de reserva do site do Balmoral.

Palácio de Holyrood

Localizado em Edimburgo, este é o castelo oficial da Família Real na Escócia e todos os encontros com os primeiros-ministros escoceses acontecem por lá.

É possível visitar a propriedade durante quase todos os dias do ano e as entradas custam £17,50 e podem ser compradas através do seu site oficial do Palácio Holyrood.

Sandrigham House

Esta é uma casa de campo que fica a mais de 150 km de distância de Londres, na região de Norfolk.

É uma propriedade antiga onde a Família Real geralmente celebrava o Natal em conjunto.

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Como é o Natal da Família Real inglesa?

Assim como todas as famílias, a real também tem as suas tradições e celebrações.

Todos os anos a Rainha fazia uma celebração de Natal em Sandrigham House, onde a família chegava na véspera do Natal. O dia do Natal em si é o mais formal, onde eles usam as suas melhores e mais elegantes roupas e seguem uma agenda de refeições, saída para a Igreja e para passear com os cachorros.

Eles também tem a tradição de decorar a árvore juntos, brincam de charadas, passam um tempo se divertindo em família e também fazem a troca de presentes.

Saiba como são as comemorações de Natal na Europa.

Ainda hoje existe fascínio pela Família Real?

A resposta simples é sim.

O império britânico ainda é imenso e a Família Real detém uma certa autoridade em diversos países, o que gera curiosidade e fascínio de pessoas das mais diversas partes do mundo.

Além disso, a ideia de príncipes e princesas inserida no nosso imaginário infantil faz com que muitas pessoas se perguntem “o que é preciso para ser uma princesa/um príncipe na vida real?”.

A verdade é que a personalidade da Rainha Elizabeth II se manteve atenta às mudanças sociais, políticas, culturais e tecnológicas que o mundo passou, fazendo com que ela fosse sempre uma figura relevante ao redor do mundo.

Agora vamos observar os próximos episódios para ver se o seu filho, o Rei Charles III, conseguirá se manter relevante e fascinante perante os olhos do mundo como a sua mãe fez.

Confira as lições que podemos aprender com a Rainha Elizabeth II.

Mas a cultura inglesa não é só sobre a Família Real

Apesar de a Família Real inglesa exercer um papel muito forte e marcado na cultura britânica, ela não é o que sustenta a relevância do país ao redor do mundo.

O idioma que surgiu naquelas terras é a língua mais aprendida ao redor do mundo e a mais importante tanto no mundo científico, como no mundo dos negócios.

Além disso, as leis que regem muitos países surgiram depois que a Carta Magna, o primeiro documento constitucional do mundo, surgiu. E isso aconteceu na Inglaterra em 1215, há mais de 800 anos, durante o reinado do Rei João.

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