Com o envelhecimento da população em toda a Europa e o aumento da expectativa de vida, a previdência privada em Portugal e em outros países é um tema que ganha importância. Ela é considerada por um número cada vez maior de pessoas e oferece um modelo misto de contribuição. Em Portugal, é o terceiro modelo de investimento mais popular no país.
E este não é um assunto que interessa apenas pessoas mais velhas. A ideia é se planejar desde cedo. Quem começa a investir 100 euros por mês com 30 anos, poderá contar com quase 200 mil euros em sua aposentadoria. Ficou interessado agora? Descubra como funciona a seguir.

Existe previdência privada em Portugal?

Sim. Diversas instituições financeiras passaram a oferecer Planos Poupança Reforma, Fundos de Pensões, Seguros e outros investimentos nos últimos anos. Todos com o objetivo de complementar o valor da pensão da reforma (como é chamada a aposentadoria em Portugal).
Os valores mínimos da aposentadoria em Portugal são muitos baixos, de 263€ a 380,56€ (para quem contribuiu menos que 15 anos e mais de 30 anos com a Segurança Social, respectivamente). Ou seja, é muito menos que o necessário para viver e pagar as contas – para isso, seria necessária uma renda de pelo menos 1.200€, dependendo do custo de vida de cada região.
Por isso, a previdência privada em Portugal pode ser uma opção para quem quer garantir uma melhor qualidade de vida, com uma renda compatível com as despesas reais.

Como funciona?

Você aplica um valor mensal, a partir de 25€ em alguns planos, em uma instituição que oferece previdência privada em Portugal. Normalmente, as parcelas ficam em torno de 150€ ao mês. Esta contribuição segue até a idade da reforma ou aposentadoria, podendo variar a quantia conforme se aproxima do prazo final. Quanto mais cedo começar a investir, menor poderá ser o valor das parcelas pagas, até acumularem um total suficiente para garantir o complemento da aposentadoria.
Essa empresa irá fazer a gestão deste valor e investi-lo em ações e outros produtos, para que renda neste longo prazo. Quando chegar à idade mínima, poderá contar com este complemento adicional à pensão paga pelo governo. O resgate deste valor pode ser de uma só vez ou mensal, vai depender da opção do cliente e das condições oferecidas pelas empresas.

O que são Planos de Poupança Reforma?

Os PPR (Planos de Poupança Reforma) são parecidos com uma aplicação comum na poupança. A diferença é que o valor depositado acumulado só pode ser resgatado após os 60 anos de idade. Então é preciso ter certeza de que não precisará sacar este investimento antes do prazo. Afinal, se houver alguma retirada, será necessário devolver os benefícios fiscais incluídos nesta modalidade. Só é possível retirar o valor sem perdas em caso de desemprego prolongado, doença grave ou incapacidade permanente para o trabalho.
Uma das vantagens de quem opta por esta modalidade de previdência privada em Portugal é que o governo oferece incentivos, como dedução no imposto de renda.
Uma desvantagem, no entanto, é que os planos mais seguros de previdência privada em Portugal oferecem taxas de rentabilidade baixas. Quem busca um rendimento maior do dinheiro, pode contratar um plano com maiores taxas e investimentos em ações, mas corre mais riscos. É preciso avaliar o que é melhor a longo prazo.
Conheça os benefícios fiscais para aposentados em Portugal.

Modalidades de Planos de Poupança Reforma

Os PPR possuem duas opções, que variam de acordo com o perfil do investidor, de acordo com o grau de risco.

Seguros de capitalização – para os mais conservadores

  • Opção mais comum de investimento, utilizada pela maioria dos PPR;
  • Podem ter rendimento mínimo, fixo ou variável;
  • Muitos oferecem rendimento mínimo que acompanha as taxas de juro do mercado;
  • Os seguros com a opção de garantia de capital cobram, em geral, comissões mais altas;
  • Boa opção para quem vai se aposentar daqui a 10 anos;
  • Rende cerca de 2% ao ano.

Fundos de investimento – para quem pode arriscar mais

  • O investimento é feito no mercado acionista e nunca garantem um retorno mínimo;
  • Os que investem em ações são mais arriscados, mas podem ser mais rentáveis a longo prazo;
  • Os fundos que não investem na Bolsa têm menor risco inferior, mas são menos rentáveis: em média, o dinheiro rende 2,2% ao ano;
  • Boa opção para quem irá se aposentar daqui a 30 ou 40 anos, pois há tempo maior para correr riscos e recuperar o valor;
  • Rende de 5% a 10% ao ano, mas o capital não é garantido.

Simulador de previdência privada em Portugal

Se você procurar na internet, vai encontrar diversos simuladores. Muitos exigem diversos dados para fazer esta conta. Encontramos este, do site Real Vida Seguros, que disponibiliza resultados completos apresentados de forma simples. Eles podem servir de referência para a escolha de um plano de previdência.

Dados exigidos

  • Sua data de nascimento;
  • Seu regime de reforma (Segurança Social ou Caixa Geral de Aposentações) e a data de inscrição na Segurança Social;
  • Rendimentos mensais como salário e poupança.

Na simulação, incluímos estes dados:

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  • Pessoa de 36 anos de idade;
  • Ela contribui desde 2014 com a Segurança Social;
  • Seu salário atual é de 1 mil euros;
  • Ela não possui complementos mensais, poupança própria nem poupança empresa.

Resultado

De acordo com o resultado abaixo, eles recomendam o investimento mensal de 134,03€ em um plano de Fundo de Pensões, para se aposentar aos 68 anos. Eles consideram que a pessoa estará ganhando €1.884 no momento de se aposentar e perderá 570€ assim que solicitar o benefício do governo, então poderá complementar a renda investindo desde já.
Cálculo de previdência em Portugal
Outro simulador que também vale a pena utilizar é o desenvolvido pelo DECO Proteste, neste link.

Exemplos de planos de previdência privada em Portugal

Como vimos, a previdência privada em Portugal é uma aplicação que costuma ser de longo prazo. Deste modo, é preciso calcular os riscos deste tipo de investimento e sempre contratar uma empresa sólida. É possível trocar de empresa no meio deste período? Sim, mas é preciso ter atenção com as taxas desta mudança, que podem ser altas e não valer a pena.
Há cerca de 700 planos de poupança reforma atualmente no país e, em dezembro de 2018, havia mais de 19 milhões de euros investidos. Isso mesmo. Nem todos têm um rendimento alto, como o esperado. Neste cenário, algumas se destacam:

Seguradora Santander Poupança Prudente P.S.N. – Mútua de Seguros Lusitânia Vida – Poupança Reforma PPR (71D5) Solução PPR – Zurich Vida Leve Duo – Fidelidade
Taxa de gestão anual 1,21% 0,5% 1,2% 0,98% 1,5%
Capital garantido Sim Sim Sim Sim Sim
Rentabilidade garantida Não Sim Sim Sim Não
Rentabilidade efetiva no último ano 4,6% 4,15% 3,75% 1,38% 0,78%

Fonte: Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), com dados de fevereiro de 2019, e Santander.

Qual e melhor opção?

A tabela mostra que o Santander é uma opção das mais rentáveis e o banco é uma instituição segura. O P.S.N. Mútua de Seguros também possui uma das melhores rentabilidades e ainda oferece garantias, com a menor taxa de gestão anual paga à empresa.
Para entender melhor, é preciso considerar que a taxa de gestão anual é o que a instituição financeira irá cobrar para administrar e investir o seu dinheiro. A rentabilidade efetiva é o lucro do cliente, descontando as taxas.
Além destas, ainda há outras seguradoras conhecidas, como CDG, BBVA e Optimize. Cada uma oferece planos de previdência privada em Portugal, com diversos produtos para vários perfis de clientes.
Neste artigo sobre o visto D7, você fica sabendo como viver de aposentadoria e rendimentos em Portugal.

Vale a pena ter uma previdência privada em Portugal?

Sim. Basta pensar no plano de previdência privada em Portugal não como uma despesa, mas como um investimento na sua qualidade de vida no futuro. É uma maneira de se planejar e se organizar com um objetivo de longo prazo, uma vez que o dinheiro só poderá ser utilizado dali a muitos anos. Assim, você prioriza sua aposentadoria e preserva seu depósito, sem cair na tentação de sacar antes o dinheiro para realizar outro plano.
Previdência privada Portugal

Dicas para escolher o investimento

É preciso, todavia, saber escolher bem este investimento. Veja algumas sugestões que podem orientar uma boa escolha.

  • Opte por um banco sólido e por uma rentabilidade maior do que outros tipos de aplicações, para não perder dinheiro;
  • Muitas vezes, é o gerente de banco que escolhe o plano para o cliente, o que nem sempre é adequado. É melhor se informar e conhecer as possibilidades para ter mais autonomia na sua escolha;
  • O plano de previdência não precisa, tampouco, ser o mesmo durante toda a vida. Ele pode mudar conforme se avança a idade, para garantir rentabilidade, parcelas que se adaptam ao orçamento e mais vantagens;
  • São cobradas tarifas se você for mudar o seu tipo de plano ou se resgatar o valor antes do previsto, então avalie sempre este fator;
  • Atenção com as taxas cobradas na contratação do serviço e com as taxas para que a instituição administre seu dinheiro. Em média, cobram-se 2,1% pala a contratar a previdência privada e 1,2% anuais pela gestão, então não aceite valores muito além desses;

Por exemplo: quem quer iniciar a previdência privada em Portugal com 1 mil euros e a comissão de inscrição for de 2,5%, você na realidade estará investindo €975 e pagando €25. A cada depósito, você também vai ter essa taxa. Parece pouco, mas quando você multiplica por décadas de investimento, a diferença no valor final é real.
Conheça as opções mais seguras para receber aposentadoria em Portugal.

Quem investe em previdência privada em Portugal?

Esta modalidade de investimento tem ganho espaço entre os portugueses. Entre 2017 e 2018, registrou-se um aumento de 55% deste tipo de aplicação. O mercado já nota que pessoas bem informadas, já habituadas a investimentos, estão migrando para aplicações mais rentáveis do que as poupanças mais conservadoras. E alguns planos de previdência são uma oportunidade, com uma taxa de rentabilidade mais atrativa.
Mas ainda há espaço para a previdência privada crescer e isso exige uma mudança de cultura. Um estudo publicado pelo Dinheiro Vivo, no entanto, revela que apenas 5% do rendimento dos portugueses são destinados para investimentos em geral. Por incrível que pareça, os mais jovens, nas faixas entre os 20 e os 50 anos, ainda não têm a prática de economizar. Entre pessoas mais velhas, a taxa de poupança e de adesão à previdência privada em Portugal é muito maior.

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