Qual língua se fala na Holanda? O idioma falado é o holandês (ou neerlandês). É um idioma de origem germânica, e está situado entre o inglês e o alemão. Nem gramaticalmente tão simples como o primeiro, e nem tão difícil como o segundo.
É preciso realmente se dedicar para a aprender a língua local, mas a vantagem é que a maioria arrasadora da população fala inglês. Com exceção de cidades muito pequena e vilarejos, a população fala ao menos o básico do inglês. Então, pelo menos pedir aquela cervejinha gelada ou perguntar aonde fica o banheiro você consegue, sem maiores problemas.
Mas se você quer aprender o holandês, é imprescindível entender a sua variação e as diferentes línguas que se fala na Holanda.
Saiba como morar na Holanda nesse artigo.

Qual língua se fala na Holanda: os diferentes dialetos

Vamos já ao óbvio: a Holanda é um país pequeno. Ela possui uma área um pouco menor do que a estado do Rio de Janeiro. Mesmo sendo tão pequenininha, ela se divide em 12 províncias, e você pode notar vários sotaques diferentes entre elas.
E apesar de o holandês ser a língua que se fala na Holanda, em algumas regiões as diferenças são tantas que formam efetivamente um novo idioma. O maior exemplo é a língua frísia, falada na província de Friesland.
qual língua se fala na Holanda placa
Apesar de semelhante ao holandês, ele é oficialmente considerado um idioma à parte, e os moradores da região tendem a ser fluente nos dois idiomas. Ah, e uma curiosidade: o frísio é a língua moderna mais próxima do inglês! Talvez isso ajude a explicar a facilidade dos holandeses em geral com a língua.
Outra grande particularidade acontece na província de Limburg, que fica mais ao sul do país e faz fronteira com a Alemanha e a Bélgica. Lá se fala Limburgs, um dialeto que possui semelhanças tanto com o holandês como com o alemão, e é falado por aproximadamente um milhão e meio de pessoas que moram na região.
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Sotaques e expressões na Holanda

Depois de sabermos qual língua se fala na Holanda, tal como seus dialetos, importa ainda saber que cada região também tem o seu próprio sotaque. Entretanto, a mais notável diferença se dá de forma geral entre os sotaques do sul e do norte, principalmente na pronúncia da letra G.
Eu explico: em holandês a letra G tem o som de RR, e você reproduz o som de uma forma gutural como se quisesse tirar a palavra lá do âmago do seu ser. Mais especificamente, da sua garganta.
(Adendo: se ao sair da sua aula de holandês a sua garganta não estiver doendo, você não está fazendo um bom trabalho.)
Quanto mais ao norte da Holanda você estiver, mais forte e gutural será o som da letra G. Por outro lado, o contrário também é válido para quem mora no sul. Quem mora ao sul tem o chamado “soft g”, o g suave. Não é tão gutural, nem tão ríspido – e é imensamente mais fácil de reproduzir.

Expressões: batata ou fritas?

Além de saber qual língua que se fala na Holanda, os diferentes dialetos e sotaques, uma questão interessante são alguns termos que também diferem de acordo com o lugar. Sabe a mandioca que no Brasil também pode ser macaxeira ou aipim, dependendo da parte do país em que você está? Aqui na Holanda a polêmica é em torno da batata frita.
E quem já veio para a Holanda sabe que o holandês é doido por uma batata frita. Chamada de “patat” na maior parte do país, e de “friets” (pronuncia-se “fríts”) nas províncias de Brabant e Limburg, essa diferença é motivo de debates até hoje. E é também mais um exemplo da rivalidade entre o norte e o sul do país.
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Qual língua se fala na Holanda: o pessoal se entende?

Apesar de já termos respondido à questão de qual língua que se fala na Holanda, eu acho muito interessante reconhecer todas as diferenças linguísticas de um país, porque isso é uma importante parte da cultura local. E assim como no Brasil, que possui os mais diversos sotaques e expressões, de forma geral todo mundo se entende sim. Claro, sempre tem uma zoação básica (afinal, todos somos humanos), mas é tudo levado na esportiva.
Morar em regiões diferentes da Holanda me possibilitou entender e vivenciar mais das diferenças culturais, o que com certeza vem enriquecendo a minha experiência por aqui. Por ter morado dois anos no sul da Holanda, acabo pendendo um pouco para o G suave e as “friets“, admito. Mas nada como tomar partido em rivalidades locais para se adaptar a uma nova cultura, não é mesmo?
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