Uma das principais questões que os brasileiros levam em conta na hora de decidir imigrar é a segurança. Nesse sentido, muita gente acredita que os países europeus são mais seguros e não enfrentam os mesmos problemas que vemos no Brasil. Será que é verdade? Descubra neste artigo, onde te contaremos tudo sobre a segurança na França!

Como é a segurança na França?

Pode-se dizer que a segurança na França é boa. O país está longe de ser um exemplo de lugar seguro se comparado a alguns países da União Europeia, mas está na frente de grande parte dos países do mundo, dentre eles o Brasil.

A França, assim como outros países, sofre com uma série de questões de segurança, como por exemplo furtos, golpes e eventuais situações de terrorismo. No entanto, pesquisas indicam que a insegurança no país não aumentou nos últimos anos, diferentemente de outros lugares.

 

Quais os crimes mais comuns na França?

Os problemas mais recorrentes de segurança na França são:

  • Roubos sem violência (furtos);
  • Destruições e degradações de patrimônio;
  • Golpes e fraudes;
  • Agressões.

Segundo informações do governo francês através do La Vie Publique, houve uma redução nos assaltos a mão armada (-4%) em 2022. Em contrapartida, houve um crescimento de 11% nos casos de violência sexual; 30% nos roubos de acessórios em veículos; 14% nas agressões e roubos sem violência; e 11% na invasão de apartamentos.

Divisão por gênero

O INSEE demonstra que homens e mulheres não estão envolvidos no mesmo tipo de crime ou delito. As mulheres aparecem sobretudo como vítimas de golpes e fraudes (32%), furtos (27%) e atentados relacionados à família (55%). Já os homens, aparecem envolvidos em atos mais violentos. Assim, ao mesmo tempo eles são vítimas de violências físicas (85%), bem como responsáveis por infrações sexuais (97%).

Precisa enviar dinheiro para outro país?

Envie dinheiro com toda a segurança, rapidez e melhor taxa de câmbio. Atualizamos a melhor entidade diariamente, faça já a sua simulação!

Cotar Agora →
Precisa enviar dinheiro para outro país?

Depois de testarmos as principais alternativas do mercado (Paypal, Western Union, Moneygram, etc), a plataforma que nós recomendamos é a Wise. É seguro, rápido e fácil de utilizar.

Ver Cotação →

Vale dizer que as mulheres estão procurando cada vez mais a polícia para relatar os crimes dos quais elas são vítimas. Mas, infelizmente a França é conhecida por não saber acolher e dar o devido seguimento em denúncias de casos como o abuso sexual contra a mulher.

Crimes mais graves na França

Os crimes considerados mais graves na França são infrações como assassinato, estupro, morte, roubo e terrorismo. Para você ter uma ideia, em 2022 foram registrados aumentos de 8% em homicídios seguidos de morte; 11% em violências sexuais; e 2% em roubos violentos com armas. Além desses roubos violentos, há ainda vários casos específicos de outros tipos de roubos, todos eles com um aumento em relação ao ano anterior.

Terrorismo é um problema de segurança na França?

Sim. Assim como em vários países do mundo, o terrorismo é um problema de segurança na França. Mesmo sem uma ameaça evidente nos últimos anos (o último atentado de grande proporção no país foi em 2015), os franceses convivem com as medidas de segurança antiterrorismo na rotina.

Por exemplo, em praticamente todos os prédios públicos da França existe uma brigada antiterrorismo, isto é, funcionários treinados para identificar situações ou pessoas suspeitas. Normalmente, é possível identificá-los através da menção Vigipirate em seus uniformes, que faz referência à ferramenta central do dispositivo francês contra o terrorismo.

Escolas, teatros, museus, hospitais e os principais pontos turísticos também estão na lista. Nesse sentido, também é comum que você encontre flyers de instruções em alguns lugares sobre o que você deve fazer em caso de ataques desse tipo.

O problema das malas e sacolas esquecidas no transporte público

Talvez o transporte público seja um dos lugares mais fáceis de ver a ação dessas medidas antiterroristas. Se você já foi à Paris, certamente já deve ter visto a brigada Vigipirate, que anda uniformizada, em grupo e fortemente armada pelas estações mais movimentadas, como Gare du Nord e Châtelet-Les Halles.

Dentro dos vagões, o aviso para não esquecer bagagem ou sacolas dentro do vagão ou na estação é recorrente. Esses mesmos lembretes existem espalhados nos lugares de maior circulação de pessoas, junto de um número de telefone para denunciar alguma ação suspeita ou pessoa com comportamento anormal.

Estação de metrô em Paris.
O transporte público acaba sendo um local de ação frequente da segurança pública francesa. Foto: Bárbara Ábile.

Tais lembretes estão presentes, pois caso alguém esqueça alguma mala ou sacola em uma estação, ela é imediatamente fechada e a polícia especializada em bomba é contatada. A operação de verificação costuma ser relativamente demorada, o que acaba implicando em atrasos nas linhas do metrô.

Como Paris é uma cidade que recebe uma horda de turistas diariamente, e o deslocamento dos aeroportos é majoritariamente feito via transporte público, você pode imaginar que a frequência com que a Vigipirate entra em ação!

Experiência da Gabriela

Na minha universidade aqui na França já aconteceu um episódio de mala ou sacola esquecida, o colis suspect, como eles chamam aqui. A brigada antiterrorismo da própria faculdade entrou na sala e pediu que a gente saísse rapidamente porque o prédio precisava ser esvaziado.

O alarme tocou, eu fiquei bem assustada. A polícia foi chamada e fecharam o perímetro mais próximo do prédio. Mas no fim, alguém só tinha esquecido uma mala no corredor. Ou seja, aqui eles estão em alerta o tempo todo em relação a ataques terroristas. Eu acredito que os últimos acontecimentos mudaram radicalmente os hábitos da sociedade francesa.

São ações de prevenção, mas os franceses não deixaram o medo tomar conta da rotina. Os terraços, bares e parques continuam lotados e cheios de vida. Apesar de ser mais atenta a isso agora que moro aqui, não sinto medo, a não ser em situações muito específicas como aconteceu na minha universidade.

Crimes contra turistas são comuns?

Um tipo específico de crime contra turista é muito comum na França: os furtos e roubos sem armas. Na França, os chamados pick-pockets são os autores mais comuns desse tipo de crime. Eles furtam geralmente carteiras e celulares nas estações de metrô ou em lugares com grande circulação de público. Por isso é importante sempre estar atento com a movimentação ao redor e principalmente com os seus objetos de valor.

Para além desses contextos, também é comum roubos que ocorrem dentro de veículos. Ainda que algumas denúncias qualifiquem que a situação ocorreu com violência, vale sublinhar que a grande maioria deles ocorre sem armas.

Outros crimes contra turistas menos comuns

Vimos anteriormente que a invasão de apartamentos também é um crime relativamente comum na França, e eventualmente pode atingir turistas – principalmente aqueles que utilizam aluguel de imóveis, como o Airbnb. A invasão de apartamentos, em específico, é um problema maior em cidades como Paris.

Normalmente, os ladrões se certificam que não tem ninguém em casa antes de entrar na casa, por isso é muito comum ver relatos de pessoas que voltam para a casa e a encontram revirada. Com o objetivo de prevenir esse tipo de situação, muitos prédios passaram a proibir a entrada de entregadores de delivery, por exemplo.

Casos de agressões sexuais também existem, ainda que o estupro em específico seja menos comum. Dado que normalmente os turistas circulam em lugares de bastante movimento, esse tipo de delito é um pouco menos frequente.

Como é a segurança pública da França é dividida?

A segurança pública da França faz parte da Direction Nationale de la Sécurité Publique, a DNSP. Sob a autoridade do Ministério do Interior, a DNSP é controlada por uma instituição estruturada e hierarquizada, a Police Nationale. A equipe ativa da Police Nationale é dividida em três corpos: o de Concepção e Direção; de Comando; e de Aplicação.

Corpo de Concepção e Direção

O Corpo de Concepção e Direção é formado por três escalões: o commissaire, o commissaire divisionnaire e o commissaire général. Ele está no topo da hierarquia.

De maneira geral, cada um deles se responsabilizam pela concepção, realização e avaliação de programas e projetos relativos à prevenção da insegurança e luta contra a delinquência.

Corpo de Comando

O Corpo de Comando, por sua vez, é composto de outros três escalões: capitaine, commandant e commandant divisionnaire. Hierarquicamente posicionado entre o Corpo de Concepção e Direção e o Corpo de Aplicação, o Corpo de comando assume as funções de comando operacional dos serviços em relação a segurança interna do país. Assim, eles podem ser encarregados de missões de informação e monitoramento.

Corpo de Aplicação

O Corpo de Aplicação, por fim, também é composto de três escalões: gardien de la paix, brigadier-chef e major. São eles quem trabalham junto ao público e prestam ajuda e assistência às pessoas. Além disso, eles também buscam prevenir atos de delinquência e perseguem os criminosos. Suas missões são efetuadas nas vias públicas, nas investigações, nas informações, nas unidades de intervenção e de manutenção da ordem.

A quem devo recorrer?

O Corpo de Aplicação da Policie Nationale francesa é a quem você deve recorrer caso tenha algum problema no país. Em caso de urgência, é possível ligar imediatamente ao 17 ou ao 112. Caso você tenha dificuldades de falar ou ouvir, basta enviar uma SMS ao 114.

No site do Ministério Interior francês, há uma parte dedicada somente às questões de segurança dos residentes no país. Lá é possível encontrar endereços, horários de funcionamento e serviços, como o B.O. online.

Como é a segurança na França comparada a outros países europeus?

Dentre os 28 países europeus estudados em uma pesquisa de 2021, a França ocupa o 22º lugar em termos de segurança. Veja os 10 primeiros:

  • Noruega;
  • Suíça;
  • Eslovênia;
  • Dinamarca;
  • Países-Baixos;
  • República Tcheca;
  • Áustria;
  • Finlândia;
  • Suíça;
  • Alemanha.

Pensando em uma comparação com outros países do mundo, segundo o site independente Global Peace Index de 2023, a segurança na França está na 67ª posição.

Países mais seguros do mundo

Confira quais são os 10 países mais seguros do mundo, de acordo com o Global Peace Index 2023:

  • Islândia;
  • Dinamarca;
  • Irlanda;
  • Nova Zelândia;
  • Áustria;
  • Singapura;
  • Portugal;
  • Eslovênia;
  • Japão;
  • Suíça.

Em resumo, se a França está longe de ser um dos países mais perigosos do mundo, ela também está longe de ser um dos mais seguros na União Europeia.

E comparada ao Brasil?

O Brasil está localizado no 132º lugar do ranking Global Peace Index de 2023, que consultamos acima. Isso já nos dá uma ideia da comparação que pode ser feita em relação aos dois países.

De maneira geral, pode-se dizer que os crimes e delitos no Brasil acabam sendo consideravelmente mais violentos do que aqueles praticados na França. Nesse sentido, as mortes são mais frequentes, o que se relaciona intimamente com a questão do porte de armas.

Rua deserta e escura na França.
Algo a ser evitado no Brasil, mas que normalmente não têm problemas de segurança na França é andar sozinha à noite.

Tanto eu, Bárbara, quanto a Gabriela nos sentimos mais seguras na França exatamente por essa razão: por mais que haja vários crimes, delitos e roubos, raramente vemos assaltos violentos, envolvimento de armas e agressão. Ao mesmo tempo, isso não significa dizer que a França não possui nenhuma falha de segurança.

Cidades mais e menos seguras na França

Veja o ranking das cidades mais seguras na França:

  • Ajaccio;
  • Courbevoie et Meaux (Hauts-de-Seine) ;
  • Meaux (Seine-et-Marne).

Já dentre as cidades mais perigosas, temos:

  • Lille;
  • Saint-Denis;
  • Marselha (https://www.eurodicas.com.br/marselha/).

O ranking foi divulgado pela revista Valeurs Actuelles, que cruzou dados do Ministério do Interior. Dentre os indicadores, estavam os roubos sem violência; roubos violentos sem armas; roubos em veículos e invasões de domicílio.

Dicas para manter a sua segurança na França

O cuidado básico que devemos ter em qualquer país vale também na França: ser prudente! Afinal, mesmo que a segurança na França seja maior do que no Brasil, isso não significa que os franceses e imigrantes estejam imunes. Por isso, veja nossas dicas para manter sua segurança na França:

  • Evite colocar a carteira e o celular em bolsos traseiros ou de casacos, onde você não consegue controlar o tempo todo;
  • Não pare para assinar nada, principalmente nos pontos turísticos. Trata-se de um golpe bem famoso na França, no qual pessoas te pedem para assinar uma lista para ajudar crianças, mas uma vez tendo assinado, essas pessoas obrigam você a dar dinheiro a elas. Há algumas variações deste golpe, e um deles é que as pessoas te furtam enquanto você está concentrado na explicação ou durante a própria assinatura;
  • Não compre bilhete de metrô na mão de ninguém. Esse é um dos golpes mais comuns na França, portanto, o ideal é que você sempre compre sempre na máquina ou no guichê do metrô;
  • Não fique com o celular na mão caso você esteja parado perto da porta do vagão do metrô. Infelizmente, muita gente é roubada assim: eles esperam o sinal de que a porta vai fechar para pegar o celular e sair correndo;
  • Mantenha a sua bolsa ou mochila sempre na frente do seu corpo;
  • Evite mostrar muitos itens de valor, para diminuir a possibilidade de você ser alvo “pick-pockets“;

É seguro morar na França?

Sim. De modo geral, morar na França é bem seguro. Como vimos, em comparação com outros países europeus, o país não está entre os dez primeiros da lista, mas ainda assim ele é seguro. Fora dos grandes centros urbanos, a taxa de criminalidade cai consideravelmente e os níveis de violência são baixos.

Como é a sensação de segurança na França

A sensação de segurança na França varia um tanto de pessoa para pessoa, já que é algo muito subjetivo e atrelado aos lugares de residência, de maior circulação e de experiências anteriores.

O Leandro, do canal Fotógrafo Brasileiro em Paris, traz um pouco da sua visão sobre o assunto enquanto anda pela capital francesa. No vídeo, é possível inclusive ver a brigada da Vigipirate circulando, carros de polícia e a distribuição de câmeras nos pontos turísticos:

Abaixo você encontra outras experiências para ilustrar para você o que imigrantes brasileiras na França pensam sobre o assunto.

Experiência da Bárbara

A sensação de segurança na França é uma das coisas que mais me impressionaram no país. Minha estadia ficou concentrada em Paris, no extremo sul da cidade, e eu nunca tive medo de andar sozinha pela cidade, nem mesmo durante a noite. Nesse sentido, até o medo do assédio é relativamente menor que no Brasil: foram raríssimas as vezes que algum homem me abordou nesse sentido, que escutei buzinadas ou algo parecido.

Contudo, é claro que parte de minha experiência se justifica pelo lugar onde eu morava e os ambientes em que eu circulava. Sei de alguns colegas que habitavam em bairros de Paris mais periféricos ou mais ao norte, por exemplo, que se sentiam inseguros ao andar na rua, mesmo durante o dia.

Sentimento de insegurança na França

Apesar da sensação de segurança na cidade, vivi algumas situações de perigo na França e todas elas aconteceram dentro do transporte público. Foram incontáveis as vezes em que senti medo dentro dos vagões do metrô por conta de homens alcoolizados e alterados, e em nenhuma dessas vezes havia algum tipo de segurança para intervir.

Com o tempo fui me acostumando, aprendendo a tomar distância deles, ou até mesmo descer na estação seguinte quando via algo estranho. Mas era uma das situações que mais me deixavam apreensiva.

Tentativas de furto na França

Também nos metrôs vivi duas tentativas de furto. Na primeira, enquanto eu entrava em um vagão, senti o peso do meu celular saindo do bolso de meu casaco. Virei imediatamente e gritei tão alto para a pessoa que havia pegado, que ela simplesmente voltou, me devolveu e ainda pediu desculpas.

Depois disso, nunca mais cometi o erro de deixar meu celular em bolsos à mostra. Ainda bem, porque algumas semanas depois, aconteceu algo muito parecido: eu estava no metrô e usava uma jaqueta que tinha tanto bolsos do lado de fora, quanto bolsos internos – onde eu passei a guardar meu celular.

De repente, senti uma mão dentro do meu bolso buscando meu telefone, mas ainda que fosse possível sentir o formato do objeto nas mãos, era impossível pegá-lo. Ao perceber a tentativa de furto, encarei a pessoa na hora e perguntei, na maior ironia, se ela estava procurando algo. Foi ótimo!

Experiência da Gabriela

Eu cheguei no país em novembro de 2019 para ser Au Pair na França. A minha primeira cidade francesa foi Saint Martin D’Uriage, nos Alpes. É uma vila pequena com mais ou menos 5 mil habitantes. Por conta disso, eu nunca fiquei preocupada com segurança porque onde eu morava não existia violência ou assaltos.

Quando eu comecei a frequentar a cidade vizinha (Grenoble), eu comecei a conhecer um pouco mais sobre como funciona a segurança na França. Em Grenoble já é possível ver como as diferenças sociais atuam na divisão do que se é considerado seguro ou não. Os bairros mais afastados são conhecidos pelo tráfico de drogas intenso e disputa de territórios entre gangues.

Quando precisei ir para a cidade, eu sempre tomei os mesmos cuidados de quando morava no Brasil. Evitar deixar bolsa ou mochila aparente dentro do carro, estacionar em lugares iluminados e evitar andar sozinha a noite por alguns lugares. Mas ainda assim me sentia segura, como me sinto em uma cidade brasileira de porte médio.

Segurança em Paris

Resolvi morar em Paris em julho de 2021 como estudante para fazer um mestrado. Foi nesse momento que eu pude conhecer e vivenciar de perto a segurança na França.

Eu moro em um bairro de Paris considerado de classe média alta, então não vejo muito problema em andar a noite sozinha ou com o celular na mão, por exemplo. Me sinto segura. Porém, existem bairros considerados mais perigosos, assim como acontece em São Paulo, por exemplo.

No meu primeiro mês em Paris, eu fui assaltada dentro do vagão. Um menino de 17 anos puxou o colar do meu pescoço. Resumindo, tinha um policial no último vagão que viu e ouviu toda a situação e conseguiu correr atrás e recuperar o meu colar. Precisei ir para a delegacia, mas lá mesmo já me disseram que ele sairia no dia seguinte. Ou seja, as leis francesas não são muito diferentes das brasileiras.

De maneira geral, pode-se dizer que a viagem e a moradia na França têm tudo para ser tranquila se você ficar atento, assim como no Brasil. Às vezes, temos a falsa sensação de segurança quando estamos no exterior e acabamos “abaixando a guarda”. Mas lembrem-se que todas as grandes cidades têm os mesmos problemas ao redor do mundo, independentemente do continente.