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Como trabalhar na Itália: salários, visto e como conseguir vaga

Como trabalhar na Itália é, sem dúvidas, uma das nossas primeiras preocupações quando pensamos em mudar para o país. Afinal, “recomeçar” pressupõe “reinventar-se”, não é mesmo? Pensando nisso, preparamos um conteúdo completo para ajudar você com todas as informações sobre como realizar o seu sonho com calma e de forma segura. Pergunta Resposta Precisa de visto para trabalhar na Itália? Sim. É necessário pedir um visto de trabalho ainda no Brasil, ou então ter cidadania europeia. Quanto ganha um brasileiro na Itália? Depende da formação e da área de atuação. Você pode conferir os valores médios a seguir. Tem emprego na Itália para quem fala português? Tem, mas as vagas são limitadas. Quanto mais você dominar o italiano, maiores serão as suas chances de conseguir uma vaga de emprego. Como trabalhar na Itália? Trabalhar na Itália legalmente é um importante passo para realizar o seu sonho de morar no país da bota. Para isso, aconselhamos se informar bastante sobre a situação econômica, política e social do país. É inegável que a Itália sofreu bastante com a crise financeira de 2008 e, desde o início da pandemia em 2020, a economia da Itália vem lidando com as consequências que a Covid-19 provocou. A dívida pública italiana ultrapassa os 140% do PIB, e o mercado de trabalho ainda sofre tentando recuperar o fôlego de antes da pandemia. A economia, que depende fortemente dos setores de hotelaria, gastronomia e serviços, foi bastante afetada durante os dois anos de pandemia e, em 2023, sofreu um novo baque com a guerra entre Rússia e Ucrânia. Agora, em 2024, a Itália continua lutando para tentar recuperar todos os prejuízos. Apesar disso, a Itália é o 8º país mais rico e influente do mundo, faz parte do G8 e, gradualmente, está recuperando os danos sofridos durante esses anos. O mercado de trabalho está constantemente em busca de novos talentos e perfis de funcionários preparados e cada vez mais qualificados. Para poder trabalhar, é indispensável poder morar na Itália legalmente, através de cidadania europeia, italiana ou de visto de trabalho.  Caso você seja um estudante e possua o visto e o Permesso di soggiorno per motivi di studio, saiba que você pode trabalhar de forma legal e segura, precisando ficar atento à carga horária de no máximo 25 horas semanais. Mercado de trabalho para brasileiros na Itália O mercado de trabalho na Itália para brasileiros não é dos melhores. O país foi um dos mais afetados pelo coronavírus, assistindo ao fechamento de restaurantes, bares, cafés e comércio no geral. Mesmo com o fim da pandemia, a Itália ainda foi afetada pela guerra entre Rússia e Ucrânia e a crise econômica continua assolando o país. Com a crise atual, o mercado de trabalho para brasileiros é, no ano de 2024, muito menos receptivo como já havia sido em outros anos. Conseguir uma oportunidade hoje, em um cenário de crise, é mais difícil do que já foi um dia. Outro grande problema que faz com que o mercado seja muito hostil é que a Itália possui uma quantidade grande de trabalhadores qualificados, mas não oferece oportunidades para todos eles. Com isso, muitos profissionais acabam optando por trabalhar em áreas totalmente diferentes daquela de estudo e aceitam vagas muito mais humildes. [caption id="attachment_141157" align="alignnone" width="750"] A área da construção civil está sempre em busca de novos profissionais para trabalhar no país. Foto: Giovanna Mauro.[/caption] Em dezembro de 2022, por exemplo, ficou notório o caso de uma arqueóloga que aceitou o cargo de gari em Nápoles por falta de alternativas. Esse tipo de situação é ainda mais frequente com estrangeiros. Podemos dizer que a maior parte da oferta de empregos que busca mão de obra estrangeira, incluindo a brasileira, está relacionada com profissões que não precisam de nenhum tipo de qualificação: setores de hotelaria, construção civil e gastronomia são alguns exemplos. De acordo com a minha experiência pessoal no país, é difícil dizer que o mercado de trabalho para brasileiros aqui na Itália atualmente seja muito melhor do que o próprio mercado do Brasil. Como encontrar oportunidades para trabalhar na Itália? Uma das partes mais complicadas de se mudar para um país novo é aprender como procurar um emprego. É interessante buscar grupos no Facebook que anunciam vagas de trabalho. Normalmente, os anúncios são ligados ao setor do comércio e do turismo, como bartender, barista, garçom, etc. Aliás, uma das áreas que sempre recebeu muitos estrangeiros é o setor de limpeza e manutenção, e é possível encontrar vagas com frequência já que geralmente não exigem um nível alto de italiano. Melhores sites de emprego Os sites de emprego na Itália são uma das formas mais comuns de encontrar empregos nas mais diversas áreas de atuação. Alguns exemplos: Indeed; Monster; Info Jobs; Para quem procura posições mais qualificadas, o LinkedIn costuma oferecer vagas em multinacionais, que pedem fluência em inglês, espanhol, francês e até mesmo português. Infelizmente, a maior parte dessas vagas se concentram na região de Milão e Roma. Agências de emprego Outra maneira de se encontrar emprego na Itália é através de agências de emprego. Apesar de não serem muito comuns no Brasil, elas funcionam como um RH especializado, selecionando profissionais de acordo com o perfil exigido pela empresa para preencher as vagas. As mais conhecidas são: Adecco; Gigroup. Manpower; Randstad. A vantagem das agências é que, geralmente, basta cadastrar seu currículo apenas uma vez e os recrutadores entrarão em contato quando vagas que se assemelham ao seu perfil surgirem. Além disso, a presença de filiais dessas agências em todo o país é bem pulverizada e a maioria dos empregadores locais recorre a elas para anunciar e contratar mão de obra. Indicação também funciona Os italianos são muito adeptos a contratação através de indicação de profissionais, principalmente por pessoas de confiança como funcionários, colegas de trabalho e familiares. Por isso, contar com uma boa rede de contatos e um bom relacionamento com os locais pode ser um grande diferencial para quem busca emprego, seja ele qualificado ou não. O que precisa para trabalhar na Itália? Para além de qualificações, para trabalhar na Itália é necessário visto de trabalho. Se você já se encontra no país e possui um visto de estudo, por exemplo, saiba que é possível converter o seu Permesso di soggiorno per motivi di studio. No caso do visto de trabalho, existem três possibilidades: Subordinato, concedido por vínculo empregatício; Autonomo, destinado a sócios de empresas, profissionais autônomos ou liberais; Stagionale, específico para trabalho sazonal. Como conseguir visto para trabalhar na Itália? Para tirar o visto de trabalho na Itália, é necessário ter uma oferta de trabalho oficializada através de um contrato ou pré-contrato assinado e legalizado no país da bota. Infelizmente, o governo italiano não concede visto de trabalho para quem está pensando em se mudar para o país e está em busca de novas oportunidades. Como solicitar o visto de trabalho? Para solicitar seu visto de trabalho, você deverá primeiro se encaminhar ao consulado italiano mais próximo e apresentar o contrato de trabalho com a empresa na Itália. Será necessário reunir a documentação requisitada e pagar uma taxa para que o visto seja devidamente emitido e você possa, enfim, iniciar sua jornada profissional no país da bota. Documentos necessários Para solicitar o visto de trabalho na Itália, você deverá apresentar: Formulário de solicitação de visto; Passaporte com validade superior a três meses da estadia pretendida; Duas fotos 3,5×4,5cm (padrão oficial italiano); Autorização (nulla osta) concedida pelo Sportello Unico per l’Immigrazione, através do pedido feito pelo Consulado ou Embaixada. Vale lembrar que, como explicado acima, antes de sair do Brasil é obrigatório ter um contrato ou pré-contrato para trabalhar na Itália. Quanto custa o visto para trabalhar na Itália? O visto de trabalho custa 116€ (cerca de R$ 667,00 na cotação do dia 11 de junho de 2024) e deverá ser pago diretamente no Consulado onde você o solicitou. Como trabalhar na Itália com cidadania europeia? Trabalhar na Itália com cidadania italiana é bem mais fácil. Do ponto de vista burocrático, você não terá nenhum problema, dado que você é considerado equivalente a qualquer cidadão italiano. O mesmo vale para quem tem qualquer outra cidadania europeia: basta ter carteira de identidade ou passaporte válido, sem a necessidade de um visto ou permissão de trabalho. Portanto, contratar um estrangeiro com dupla cidadania italiana não é um obstáculo, nem para o empregador, nem para o empregado. Inclusive, os cidadãos que detêm a cidadania italiana, se tiverem um contrato regular, têm direito ao seguro-desemprego e à aposentadoria. Precisa falar italiano? Para quem quer trabalhar na Itália, falar italiano é essencial. Sendo a única língua oficial do país, a maior parte da sua comunicação no dia a dia, seja com colegas de trabalho ou clientes, será feita toda em italiano. Além disso, a Itália recebe anualmente centenas de novos imigrantes. Obviamente, aqueles que terão preferência na contratação serão os que têm algum domínio da língua, mesmo que em nível iniciante. Aliás, os italianos apreciam muito o esforço que fazemos para nos expressar em sua língua materna e simpatizam bastante com estrangeiros que se aprofundam na cultura local. Apenas em casos muito específicos, como contratações para cargos mais altos em empresas multinacionais, é possível que ter um nível básico de italiano não seja realmente importante e, nesse caso, será exigido pelo menos um bom nível de inglês. Como preparar o currículo para a Itália? Se você quer trabalhar na Itália, o ideal é que o seu currículo responda à oferta de cada vaga, portanto é interessante ler atentamente o anúncio e os requisitos de cada vaga com atenção. Não deixe de colocar no seu currículo as suas soft skills e experiências pertinentes. Ressalte também o domínio de mais de um idioma, caso você possua essa habilidade. O mercado de trabalho italiano vê o conhecimento em outras línguas (como inglês, alemão, francês e espanhol) como um grande diferencial. Adapte o currículo Algumas empresas solicitam o envio de currículos no modelo Europass, uma espécie de modelo europeu que ajuda a deixar as informações pessoais, acadêmicas e profissionais mais fáceis de serem compartilhadas em toda a União Europeia. Mas, se você está em busca de um emprego no mundo artístico ou criativo, o nosso conselho é utilizar um modelo mais pessoal, acompanhado do portfólio, de preferência em italiano ou em inglês. Como são as entrevistas de emprego? As entrevistas de emprego na Itália são bem semelhantes às do Brasil. Para vagas que não exigem qualificação, geralmente, o recrutador explicará detalhes da vaga e questionará sobre sua disponibilidade de horários e a possibilidade de trabalhos em turno (se for o caso). Nesse caso, a sua experiência anterior em outros trabalhos não terá tanta relevância. Elas também serão mais rápidas e a avaliação das suas habilidades na língua serão pouco consideradas durante a entrevista. Já para vagas qualificadas, as entrevistas serão mais longas. O recrutador pedirá que você fale mais da sua experiência prévia na área, os tipos de tarefas que você exercia na sua função anterior, habilidades desenvolvidas e até sobre preferências pessoais, como hobbies. Aqui, suas habilidades no idioma serão vistas com um olhar mais crítico. Além disso, de forma geral, as entrevistas de emprego são mais claras em relação a salários. Perguntar o valor da remuneração ao recrutador não é considerado rude ou grosseiro; pelo contrário, eles normalmente fazem questão de deixar claro o valor (ou faixa salarial média) da vaga e podem perguntar a pretensão salarial do candidato para alinhar expectativas já nas primeiras entrevistas. Tipos de contrato na Itália A contratação de trabalhadores na Itália é regida por contratos de trabalho e existem várias tipologias. As principais delas são: Esses contratos podem ser desenvolvidos em tempo integral ou em tempo parcial. Áreas com mais vagas na Itália De acordo com uma projeção para o ano de 2024, algumas das profissões com mais vagas na Itália, especialmente para jovens profissionais, serão as seguintes: Técnico eletromecânico e mecatrônico; Projetista de sistema elétrico; Gerente de controle de qualidade; Topógrafos para canteiros de obras; Agentes comerciais e imobiliários; Especialistas em E-commerce; Assistência a clientes; Profissionais de call center e recepcionistas; Contadores; Profissional de licitações. É claro que podemos pensar também que existem algumas profissões que sempre precisam de novas pessoas sempre, independentemente da projeção que acabamos de ver. Como a Itália é um dos países mais turísticos do mundo, novas vagas para garçons e baristas, por exemplo, são divulgadas praticamente todos os dias. [caption id="attachment_163222" align="alignnone" width="750"] Um dos trabalhos com mais vagas na Itália é o de contador, profissão que exige maior qualificação dos estrangeiros.[/caption] Além disso, com a popularização do uso de Inteligência Artificial e a necessidade de se atualizar, a Itália começa a adotar mais ferramentas que levam a uma lenta, mas perceptível transformação digital. Como trabalhar na Itália como autônomo? Trabalhar na Itália como autônomo é possível para quem quer começar seu próprio negócio vendendo produtos e serviços. Para isso, é preciso fazer a abertura da sua própria partita IVA, o equivalente ao CNPJ brasileiro, com base no tipo de atividade que será desenvolvida. Além disso, é preciso muita atenção com a situação fiscal da empresa e aos valores de entrada e saída de caixa para pagar os impostos devidos ao Estado a cada ano. Na Itália, existe uma maior exigência para as empresas estarem em dia com o pagamento de taxas e, muitas vezes, esses valores podem ser altos. Salário mínimo e médio na Itália Não existe um salário mínimo na Itália. O equivalente é um valor pago por hora, estipulado pelos sindicatos, que atinge uma média de 11,70€ (em 2024). Além disso, algumas empresas preferem negociar diretamente com os subordinados, estipulando contratos específicos com pagamentos variados. O salário médio bruto na Itália em 2024 é de cerca 2.100€. Esse valor pode variar de região a região, são eles: Região geográfica Valor Norte 2.900€ Centro 2.300€ Sul 1.500€ De uma forma geral, os salários são mais altos nas regiões da Itália que são mais ricas. É o caso, por exemplo, dos principais estados do norte do país. Confira os valores das maiores médias anuais de salário da Itália para o início de 2024, relativo ao ano de 2023: Região Maiores salários médios (anual) Lombardia 33.452€ Lazio 32.360€ Liguria 31.448€ Trentino-Alto Adige 31.706€ Piemonte 31.448€ Emília-Romanha 31.441€ Lembre-se, porém, de que todos os valores que apresentamos são brutos e, dessa forma, estão sujeitos às altas deduções de impostos do Estado, que na Itália podem alcançar até 40%. Profissões mais bem pagas na Itália Segundo uma pesquisa publicada pelo SkyTG24, algumas áreas específicas, tanto as "tradicionais" como aquelas que surgiram nas últimas décadas, costumam ter os melhores salários, podendo ganhar cerca de 3.500€ bruto mensal. Claro, tudo vai depender do seu histórico universitário e competências. As profissões mais bem pagas na Itália são: Engenheiro; Tabelião; Dentista; Médico; Informático; Setor farmacêutico. Profissões com os piores salários Segundo pesquisas de mercado do site ContoCorrente Online, a agricultura está entre os setores com os piores salários, junto a: Garçom; Empregada doméstica; Recepcionista; Barista; Cuidador de idosos. Além dos salários, que costumam ser mais baixos, os contratos para trabalhar na Itália nestas áreas também tendem a ser precários e irregulares. [caption id="attachment_163223" align="alignnone" width="750"] Um dos trabalhos mais comuns entre os estrangeiros na Itália que não tem qualificação é na área de limpeza.[/caption] Nessas áreas que não exigem qualificação, também nota-se que os horários de trabalho são frequentemente abusivos. Salário na Itália e custo de vida Como vimos, a economia da Itália foi impactada pela crise da Covid-19 e pela guerra entre Rússia e Ucrânia. Devido às mudanças no mercado, o governo instaurou uma série de medidas protecionistas, para garantir o sustento das famílias e desenvolvimento econômico da nação. A relação salário e custo de vida na Itália costumava ser bastante proporcional e a inflação afetava muito pouco o bolso dos italianos. Porém, podemos dizer que nos últimos meses, como consequência da crise econômica, os preços aumentaram muito. Você pode notar isso quando vai ao mercado, quando decide jantar fora ou quando busca os valores de casas para alugar. Não é mais tão simples viver com uma quantia limitada por mês e um salário baixo na Itália. Podemos dizer que 1.000€ é o mínimo que você precisaria ganhar para poder se manter em uma cidade pequena, dividindo aluguel ou morando em alojamentos universitários. É possível trabalhar na Itália e juntar dinheiro? Depende, mas na maioria das vezes será muito difícil trabalhar e guardar dinheiro. Como já dissemos, o custo de vida no país da bota continua a aumentar enquanto os salários não acompanham a mudança. Não é impossível juntar dinheiro, mas isso exigirá disciplina, controle sobre as despesas e optar por um estilo de vida com gastos mais reduzidos. Ter um trabalho qualificado (que costuma pagar salários mais altos) e morar em cidades mais econômicas são alguns dos fatores que podem colaborar para ter um valor a mais para poupar no final do mês. Melhores cidades para trabalhar na Itália As melhores cidades para trabalhar e encontrar oportunidades de emprego na Itália, segundo o site Idealista, são: Milão: a cidade mais cosmopolita de toda a Itália também é rica em quantidade de vagas e oportunidades de trabalho, tanto para quem já tem experiência quanto para quem quer iniciar um novo percurso profissional; Roma: a capital do país da bota pode ser o local perfeito para encontrar trabalho, principalmente se você é da área do turismo, arte e indústria cinematográfica; Turim: é uma capital ainda pouco explorada pelos brasileiros que vêm viver na Itália, mas a cidade é rica em desenvolvimento industrial e oferece muitas vagas na área. Além disso, é uma cidade que recebe muitos jovens e hospeda startups em franco crescimento; Bréscia: uma das cidades que mais tem crescido em desenvolvimento industrial e que também abre mais oportunidades na área de TI; Bologna: a cidade é uma capital universitária, oferecendo muitas oportunidades na indústria alimentar e também no setor automobilístico. Bérgamo: existem muitas oportunidades na cidade para quem procura trabalho em fábricas, manutenção e logística. Também está cheia de oportunidades para quem trabalha com Pesquisa e Desenvolvimento; Antes de escolher qualquer uma dessas cidades, lembre-se também que você deve avaliar o custo de vida nelas. Para cidades grandes, geralmente vale a pena optar por morar em cidades vizinhas menores para economizar com o aluguel e outras contas. Como é o ambiente de trabalho na Itália? Partindo de uma perspectiva pessoal e trazendo também a experiência de pessoas próximas, o ambiente de trabalho nos empregos não qualificados é relativamente tranquilo. Os italianos, como já dissemos antes, são muito receptivos com brasileiros, especialmente se estamos nos esforçando para nos comunicar no idioma. Além disso, os italianos são muito inclinados a um estilo de vida equilibrado entre trabalho e descanso. Por isso, o nível de cobranças geralmente é menor, fazendo o ambiente de trabalho ser mais leve. Isso não significa que os trabalhos não podem ser cansativos: quem já trabalhou um final de semana inteiro como garçom ou garçonete em um restaurante movimentado sabe que aqui também tem correria. Outro ponto interessante dos ambientes de trabalho é a diversidade cultural. A Itália recebe muitos imigrantes do Leste Europeu, então vai ser muito comum conhecer albaneses, romenos e ucranianos, por exemplo. Além disso, a quantidade de brasileiros no país só aumenta e é possível que você encontre vários deles em trabalhos, dos mais qualificados aos mais simples. Já tenho emprego e visto. E agora? Se você já possui um contrato de trabalho e está com o visto em mãos, você está pronto para partir para o seu novo destino: a Itália! Lembre-se que, assim que chegar no país, você deverá solicitar o Permesso di soggiorno. O permesso é o documento que dá direito à estadia legal no país, enquanto o visto garante o ingresso na Itália. Para solicitar o documento, é necessário ir até os Correios italianos (Poste italiane) e retirar o kit giallo (kit amarelo). A documentação exigida consiste em: Passaporte válido; Fotocópia do passaporte e da página que contém o carimbo de entrada no país e do visto; Recibo de pagamento de requerimento (80,46€); Fotocópia do comprovante de matrícula no curso desejado (em caso de visto de estudante); 4 fotos; Comprovante de endereço. O Permesso di soggiorno per motivi di lavoro (subordinato e indeterminato) tem duração variável, de 12 a 24 meses, e a sua emissão custa 80,46€. Os documentos deverão ser entregues na Posta. Depois, você receberá um documento com a data de entrevista na Questura da Polizia di Stato - espécie de Delegacia da Polícia civil estatal, que também é responsável pelo Ufficio immigrazione. Na Questura, o Oficial responsável registará a sua impressão digital e completará o processo de requerimento e devolverá o passaporte. Depois disso, você receberá o documento em casa. Perguntas frequentes sobre trabalhar na Itália Listamos s perguntas mais frequentes que recebemos dos nossos leitores. Vejas quais são e se também respondem as suas dúvidas. Dicas finais de como trabalhar na Itália Primeiramente, tenha paciência. O mercado de trabalho italiano, principalmente nas cidades menores, é baseado no networking. Caso você tenha se mudado há pouco para o país, procure fazer o máximo de experiência que puder, mesmo como trabalho voluntário. Muitas empresas possuem valores mais "tradicionais", e dão mais valor a experiências na Itália e mercado europeu em relação ao trabalho no Brasil. Procure melhorar a língua italiana: esse será um grande diferencial. Se puder, atualize-se, estude. Aproveite o tempo em casa para dar uma turbinada no seu currículo. Lembre-se de que a maior parte das oportunidades de emprego irá pedir o domínio da língua italiana como requisito. Existem vários vídeos no YouTube com relatos de brasileiros que vivem na Itália, que contam suas experiências e truques especiais na hora de encontrar um emprego. Curioso? Confira o vídeo do Vini Portieri das áreas com falta de profissionais qualificados na Itália e as principais oportunidades para o imigrante: Para inspirar você nesse processo, reunimos histórias de brasileiros que se mudaram para diferentes destinos europeus e recomeçaram. No ebook O Sonho de Viver na Europa você vai conhecer histórias, dicas do que deu certo e informações que podem ajudar você a tirar o sonho do papel.

Morar na Itália aposentado sendo brasileiro
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Morar na Itália aposentado: guia completo para brasileiros

Muitos brasileiros pensam em aproveitar a aposentadoria em um país com ótima qualidade de vida no exterior. Mas, morar na Itália aposentado é um processo burocrático e que envolve uma série de etapas e requisitos. Para te ajudar a realizar esse sonho, separamos um guia completo sobre o processo de mudança para o país na condição de aposentado. Descubra qual o visto necessário, quanto custa, quais os documentos obrigatórios e muito mais! Pergunta Resposta Aposentado brasileiro pode morar na Itália? Sim, qualquer aposentado no Brasil pode viver na Itália. Aposentado precisa de visto para morar na Itália? Sim, é necessário solicitar o visto de tipo D, chamado de Residenza elettiva. Como receber minha aposentadoria na Itália? A maneira mais fácil é transferindo o dinheiro do Brasil com a Remessa Online ou a Wise. Morar na Itália aposentado: o interesse de brasileiros pela Itália A Itália é uma das metas de viagem mais almejadas pelos brasileiros e, inclusive, é um dos países mais visitados no mundo. E claro, muitos turistas se apaixonam tanto pelo país que decidem se mudar para lá. Outro fator que pesa bastante na hora de escolher o país é, sem dúvidas, a segurança da Itália. Considerado um dos países mais seguros da Europa, a Itália registrou apenas 330 homicídios em 2023, uma das menores taxas entre os países europeus. Desta forma, a Itália fica em antepenúltimo lugar por casos de homicídios na Europa. Além disso, a Itália é um dos países europeus onde a qualidade de vida é muito alta: gastronomia, infraestrutura, escolas e outros fatores fazem da Itália um ótimo para se viver. De fato, a Itália está no ranking dos melhores países para aposentados em 2024, ocupando o 11º lugar. A seleção feita pela International Living considerou diversos fatores, como habitação, benefícios e descontos, vistos e residência, adaptação e entretenimento, saúde, clima, etc. Posso morar na Itália aposentado? A resposta é: sim! Desde a aprovação da Lei do Orçamento de 2019, que começou a valer em 2020, o governo italiano propôs uma taxação diferenciada aos estrangeiros que decidirem se mudar para o país, de somente 7% sobre todas as rendas, incluindo a aposentadoria, produzidas no exterior por dez anos. A ideia é diminuir os impostos para tentar concorrer com países como Portugal e Espanha, com o intuito de atrair os aposentados, sobretudo nas regiões do sul da Itália. A lei prevê que os aposentados priorizem regiões como Sicília, Calábria, Sardenha, Campânia, Basilicata, Abruzos, Molise e Apúlia e que escolham cidades com menos de 20 mil habitantes. Como faço para morar na Itália aposentado? Tudo pronto para a aposentadoria, mas como morar na Itália legalmente? A Itália não oferece nenhuma modalidade de visto exclusiva para aposentados estrangeiros. Porém, existe um visto ideal para quem não tem a cidadania italiana (ou europeia) e quer morar no país com a própria aposentadoria: o "Visto per residenza elettiva". Visto D: Residenza elettiva Para morar na Itália como aposentado, é preciso solicitar o visto de tipo D, chamado de Residenza elettiva. A tradução, "residência escolhida", alude ao fato de ser uma escolha "espontânea" de residência por parte do requerente estrangeiro. Esse visto é voltado para os cidadãos estrangeiros que optaram por estabelecer residência fixa no país, mas que não pretendem trabalhar na Itália e se manterão financeiramente por meio de rendas no exterior. [caption id="attachment_168096" align="alignnone" width="750"] O visto de aposentado deverá ser solicitado após a chegada na Itália. Foto: Giovanna Mauro[/caption] Por isso, uma das exigências, por parte do governo italiano, é apresentar um comprovante de renda detalhado e demonstrar, através do imposto de renda brasileiro, a capacidade de se manter no país. O visto é válido por um ano e pode ser renovado. Documentos necessários para o visto Residenza Elettiva Para morar na Itália como aposentado e com o visto de Residenza elletiva, você deverá reunir os seguintes documentos: Formulário de pedido de visto (formulário para o visto D); Foto (no formato italiano: 3,5x4,5cm); Passaporte brasileiro válido com validade superior a três meses da estadia pretendida; Comprovante de renda; Comprovante de aposentadoria; Documento comprovando moradia na Itália (possível moradia, como contrato promessa de aluguel, compra de imóvel, etc); Seguro viagem para a Itália ou IB2; Documento comprovando a parentalidade (em caso de pedido para a família inteira). Todos os documentos deverão ser apostilados e traduzidos para o italiano por meio de um tradutor juramentado. A Apostila de Haia deverá ser feita também nas traduções. A Yellowling é nossa recomendação para fazer a tradução de documentos para vistos. A empresa trabalha com profissionais altamente qualificados, e os serviços são de qualidade e tratados diretamente pelo site. É rápido, seguro e com ótimo custo-benefício. Custo do visto O custo do visto Residenza elettiva, obrigatório para morar na Itália como aposentado, é de 116€. Lembre-se que além do visto, o governo italiano exige ao estrangeiro que permanecer mais de 90 dias no país o Permesso di soggiorno. Neste caso, o Permesso di soggiorno necessário para se fixar no país é o Permesso di soggiorno per residenza elettiva, através do qual será garantida a estadia permanente no país sem a necessidade de trabalhar. A taxa total para o pedido deste documento em 2024 é 30,46€, o que equivale cerca de R$167,09 (conversão feita em abril de 2024). Renda necessária para solicitar o visto Para fazer a solicitação do visto e passar a aposentadoria na Itália, é necessário ter renda de, pelo menos, 31 mil euros anuais. Fizemos a conversão da moeda em abril de 2024 e o valor aproximado em reais é de R$170 mil. Porém, caso você pretenda morar na Itália como aposentado com outros membros da sua família, o valor a ser comprovado será maior. Se for requerer o visto também para o cônjuge, esse valor deverá ser 20% maior. E para cada filho deverá aumentar 5%. Onde requerer o visto Você pode solicitar o visto para aposentados na Itália no Consulado italiano da sua região. Veja os locais disponíveis: Para quem possui cidadania italiana é mais fácil Antes de mais nada, se você é cidadão italiano e mora no Brasil, você está inscrito no Anagrafe Italiani Residenti all'Estero, o AIRE, na Embaixada da Itália em Brasília ou no Consulado responsável pela sua jurisdição. O AIRE nada mais é do que o registro civil dos italianos residentes no exterior. Como cidadão italiano, o brasileiro que decidir morar na Itália como aposentado poderá, assim que chegar, procurar imóvel para morar sem nenhuma restrição legal. Algumas imobiliárias pedem um comprovante de renda, mas sendo aposentado, tudo fica mais fácil e seguro. Inscrição na Anagrafe Nazionale della Popolazione Residente Deverá também se inscrever na Anagrafe Nazionale della Popolazione Residente, em outras palavras, o Registro Civil da população residente no país, para poder obter a residência fixa no país e, desde modo, estar apto a utilizar os serviços como postos de saúde e hospitais. Para não prejudicar os cidadãos de ambos os países, os governos brasileiro e italiano estipularam um acordo de cooperação fiscal que a dupla tributação, seja aos italianos residentes no Brasil, seja aos brasileiros residentes na Itália. [caption id="attachment_168102" align="alignnone" width="750"] Os aposentados brasileiros na Itália podem aproveitar incentivos fiscais e benefícios especiais[/caption] O acordo de cooperação de aposentadoria entre os dois países funciona de forma idêntica. Assim, se um cidadão contribuiu com a previdência pública em um dos países, o mesmo consegue receber a aposentadoria no país de residência sem pagar um valor adicional ou ver descontados duplamente os impostos. Na fila para a cidadania Em contrapartida, se você não tem a cidadania italiana, porém tem direito e está pensando em tirá-la, saiba que, infelizmente, ainda não existe um caminho menos burocrático para morar definitivamente na Itália. As soluções para quem se encontra nesse caso podem ser duas: A primeira é se mudar como brasileiro, pedindo o Visto e Permesso di soggiorno per Residenza elettiva e, em um segundo momento, entrar com o processo de cidadania; A segunda é entrar com o pedido de cidadania durante os 90 dias disponíveis aos cidadãos brasileiros que visitam o Espaço Schengen e aguardar a documentação. Mas, não é possível pedir nenhum tipo de visto estando na Itália. Assim, caso você decida optar por essa opção, o conselho é sair do Brasil como tudo planejado nos mínimos detalhes. Brasileiros com cidadania europeia Por fim, caso você seja cidadão de outros país membro do Espaço Econômico Europeu – além dos países da União Europeia, a Suíça, Noruega, Islândia, Liechtenstein e República de San Marino –  saiba que você também pode morar na Itália aposentado. Você deverá se inscrever, como cidadão comunitário, na Anagrafe Nazionale della Popolazione Residente, indicando um endereço fixo de residência, sem a obrigação de solicitar o Permesso di soggiorno. Após 5 anos de residência consecutiva, o cidadão europeu tem direito à permanência permanente. Há benefícios fiscais para aposentados estrangeiros viverem na Itália? Na verdade, além do benefício fiscal previsto na Lei do Orçamento de 2019, não há nenhum outro tipo de incentivo promovido pelo governo italiano aos estrangeiros aposentados que queiram se mudar para a Itália. O que a Itália tem de positivo e atraente é, sem dúvidas, a qualidade de vida – e é exatamente isso que pesa na escolha de muitos aposentados. Declaração de saída definitiva do Brasil O cidadão brasileiro que reside no exterior de forma definitiva – ou seja, há mais de 12 meses consecutivos – deverá fazer a Declaração de saída definitiva do país, disponível no site da Receita Federal. Segundo o site do INSS, existe a possibilidade de solicitar a tributação diferenciada do Imposto de Renda Retido na Fonte do aposentado, caso resida no exterior, e seja titular de aposentadoria. Custo de vida na Itália Com o câmbio desfavorável e a inflação de 1,2% em abril de 2024, o custo de vida na Itália pode parecer relativamente alto para os brasileiros. Mas a verdade é que o país está repleto de cidades pequenas e médias com custo de vida reduzido! Para exemplificar o custo médio de vida dos aposentados no país, escolhemos uma cidade em cada região da Itália, que compartilham um estilo de vida parecido e têm quase o mesmo número de habitantes. São elas: Domodossola (Piemonte, norte), Rieti (Lácio, centro) e Trapani (Sicília, sul). Custos médios para duas pessoas O valor médio da aposentadoria na Itália é de 1.285€, mas pode variar de acordo com a região. Para que você tenha uma estimativa de quais serão os seus gastos, veja os custos médios que separamos a seguir. A nossa simulação foi feita no site Numbeo em abril de 2024 e pensada para duas pessoas que decidirem morar em um apartamento de 85m², localizado no centro destas três cidades. Na seção "contas" estão incluídos os boletos de gás, luz, internet, água e taxa do lixo. Cidade (e região) Aluguel Mercado Contas Domodossola (Piemonte, norte) 550€ 260€ 220€ Rieti (Lácio, centro) 500€ 220€ 206€ Trapani (Sicília, sul) 350€ 150€ 170€ Com a aprovação da Lei Orçamentária de 2024, os estrangeiros residentes na Itália com o visto per residenza elettiva não possuem mais o direito à inscrição gratuita no sistema de saúde italiano (SSN). Dessa maneira, os aposentados estrangeiros na Itália precisarão contratar um seguro-saúde privado ou pagar o valor atualizado para se inscrever no SSN: 2.000€/ano. Recomendo a inscrição no SSN, uma vez que ela garante vários benefícios, como a cobertura de diversos medicamentos. Melhores cidades para aposentados na Itália A seguir, vamos conhecer mais de perto as três cidades que mencionamos! Domodossola (Piemonte, norte) Sendo o centro econômico e industrial do país, o norte é uma das regiões mais caras da Itália. Nas grandes cidades, como Milão, Bolonha e Turim, o preço médio de aluguel de um apartamento de um quarto pode chegar a 900€ (em zonas periféricas). Porém, mesmo no norte, os preços são muito mais baixos em cidades menores, como é o caso de Domodossola, uma cidade calma e tranquila de pouco mais de 18 mil habitantes, cercada pela natureza. Se você quer morar na Itália aposentado e gosta do inverno, essa é a melhor opção para você. Afinal, Domodossola situa-se aos pés dos Alpes, conhecidos pela incrível paisagem invernal. Em Domodossola, o acesso aos serviços públicos é rápido e prático. Há hospitais, grande oferta de serviços (farmácias, supermercados, padarias, restaurantes, trens). Bônus geográfico: está a 1h10 do Lago Maggiore e de Locarno, cidade suíça protagonista do importante Festival de Cinema de Locarno! Rieti (Lácio, centro) O centro da Itália, igualmente grande e importante, engloba regiões como a Toscana, o Lácio, a Úmbria e as Marcas. Dessas, podemos dizer que o Lácio é o coração econômico e político do centro do país. As cidades ao redor da capital italiana são sedes de importantes empresas e indústrias, além de possuírem programas de incentivo financeiro para atrair novos habitantes. Uma dessas cidades é Rieti que, com quase 50 mil habitantes, possui um programa de auxílio financeiro para aqueles que alugarem um apartamento no local por ao menos três meses. [caption id="attachment_171196" align="alignnone" width="750"] Morando em Rieti, você pode chegar a Roma em apenas uma hora e meia de carro.[/caption] Mas, além do incentivo, morar em Rieti possui uma série de outras vantagens. A cidade oferece uma ótima qualidade de vida, boas escolas e segurança por um custo de vida relativamente baixo, principalmente para os padrões do centro da Itália. Rieti não está londe de Roma. Dessa forma, você poderá acessar todos os serviços e oportunidades da capital italiana enquanto vive em um lugar tranquilo e barato. Trapani (Sicília, sul) O sul do país e as ilhas (Sardenha e Sicília) são, de longe, as regiões mais baratas para se viver! Os preços no sul chegam a ser quase a metade dos preços do norte e a qualidade de vida também é alta por lá. Além disto, se você prefere temperaturas mais amenas, a região sul é a ideal para você. Além de ser uma das regiões mais bonitas da Itália, a Sicília recebeu inúmeros investimentos do governo italiano nos últimos anos. Assim, a região pôde se desenvolver economicamente e, hoje, é uma das metas dos italianos e estrangeiros que querem viver no país. Com quase 70 mil habitantes, a cidade de Trapani pode ser ideal para os aposentados que querem levar um estilo de vida tranquilo e aproveitar o melhor da dolce vita italiana. Se você pensa em comprar um imóvel na Sicília, Trapani é uma boa opção: existem diferentes tipos de propriedades à venda por um valor abaixo da média nacional. Além disso, a beleza natural da cidade é indescritível: o local é ensolarado o ano todo e concentra um grande número de praias paradisíacas para você aproveitar o melhor do Mar Mediterrâneo. Cidades mais baratas para viver a aposentadoria na Itália Uma boa opção para quem quer morar na Itália como aposentado é escolher uma das cidades mais baratas do país para viver. Essas pequenas cidades oferecem uma boa qualidade de vida e, ao mesmo tempo, baixos custos. Confira o nosso ranking de cidades mais baratas da Itália: Alessandria; Belluno; Ancona; Pescara; Cuneo; Ostia Antica; L'Aquila; Tivoli; Enna. Cidades pequenas para morar na Itália As cidades pequenas na Itália podem ser uma boa escolha para quem quer ter uma aposentadoria calma, tranquila e sem gastar muito. Veja a lista com algumas das opções para os aposentados: Aosta; Belluno; Campobasso; Orvieto; Rieti; Urbino; Vercelli; Cremona. Um elemento que deve ser considerado é que se a cidade for pequena demais (com mil habitantes, por exemplo) é provável que a sua estrutura (hospitais, farmácias, etc) não seja tão boa, o que pode não ser interessante para quem quer morar na Itália como aposentado. Assim, é importante escolher uma cidade com atenção. Como receber a sua aposentadoria na Itália Tendo decidido viver na Itália após se aposentar, é importante saber como você irá receber a sua aposentadoria na Itália. É possível receber o seu dinheiro diretamente em um banco da Itália, através de transferência bancária. Para tratar desse assunto, basta receber a sua aposentadoria no Banco do Brasil e pedir uma transferência programada para um banco na Itália. Outra alternativa, é fazer o envio do dinheiro do Brasil para a Itália. É possível receber a sua aposentadoria numa conta bancária no Brasil e transferi-la, mensalmente, para uma conta bancária na Itália. Para isso, existem inúmeros métodos como: Wise, Remessa Online, Paypal, MoneyGram, Western Union, etc. A dica aqui é sempre acompanhar a cotação do euro para garantir valores melhores. Contribuí com a previdência social italiana, tenho direito a aposentadoria na Itália? Sim, mas é preciso cumprir alguns requisitos. A aposentadoria na Itália é conhecida como Pensione di Vecchiaia, ou seja, pensão por velhice. Para se aposentar no País da Bota, o trabalhador deve cumprir os seguintes requisitos: Possuir 67 anos (homens ou mulheres) do setor público ou 62 anos para setor privado (mulheres); Ser residente na Itália; Possuir, no mínimo, 20 anos de contribuição (que podem ser somados aos anos trabalhados no Brasil, como explicaremos mais abaixo); Não ter um vínculo empregatício válido (não se aplica para trabalhadores autônomos). O órgão italiano responsável pela previdência social é o INPS. Acordo Bilateral de Previdência Social Brasil Itália A Itália é um dos países que possuem acordo bilateral de previdência social com o Brasil, ou seja, um brasileiro pode se aposentar na Itália somando o tempo de contribuição de ambos os países, e vice-versa. Então se você se mudar para a Itália e chegar na idade de se aposentar, poderá usar o tempo de contribuição para a previdência social no Brasil, para completar o tempo de contribuição na Itália. Para saber mais sobre o acordo bilateral de previdência social, consulte os sites do INSS e do INPS. Aposentadoria para brasileiros que contribuíram na Itália e retornaram para o Brasil Se você é brasileiro, contribuiu para a previdência italiana e decidiu retornar para o Brasil ao se aposentar, saiba que é possível receber a sua aposentadoria no Brasil. Para ter direito ao pagamento do benefício no país de origem, o indivíduo não pode ser italiano e é necessário ter 20 anos de contribuição para aqueles que começaram a contribuir antes de 1996. Para quem pagou a sua primeira contribuição após 1996, não há um tempo mínimo de contribuição, bastando cumprir os demais requisitos. Apesar de ser uma regra bastante controversa, justifica-se como um incentivo para que os estrangeiros que não são mais produtivos retornem aos seus países de origem e assim não sobrecarreguem os serviços públicos, como a saúde. O que é a Pensão Social (Assegno Sociale) A Pensão Social, ou Assegno Sociale, é uma proteção do governo italiano para amparar aquele indivíduo, sem outras fontes de renda que, ao completar a idade para se aposentar, não possui tempo de contribuição para a aposentadoria normal. É um dispositivo criado para o governo amparar o trabalhador na velhice e retribuir pelos anos trabalhados na Itália. O valor do Assegno Sociale, em 2024, é de 534,41€ ao mês, com direito à 13ª parcela. Requisitos para solicitar a pensão social Para solicitar a pensão social é necessário cumprir os seguintes requisitos: Possuir, no mínimo, 67 anos; Ser cidadão italiano ou europeu. Em caso de cidadão de estado terceiro, possuir uma Carta ou Permesso di Soggiorno de Longa Duração; Residir na Itália, legalmente e ininterruptamente, por pelo menos 10 anos; Não possuir outras rendas superiores ao valor do auxílio. Como solicitar a pensão italiana Para solicitar a aposentadoria na Itália ou mesmo a pensão social (assegno sociale) é preciso procurar o INPS da cidade onde você é residente na Itália. Para ajudar com o processo, que pode ser bastante burocrático, procure também o CAF ou um Patronato. Qualidade de vida dos aposentados na Itália A qualidade de vida dos aposentados é muito alta na Itália e isso se reflete no grande número de idosos que superaram os 100 anos: são mais de 17 mil os idosos que superaram o século de vida, segundo os últimos dados divulgados pelo Istat - Instituto Nacional de Estatística. [caption id="attachment_168101" align="alignnone" width="750"] Os aposentados na Itália podem usufruir de uma ótima qualidade de vida, atraindo inúmeros brasileiros para o país.[/caption] Em 2024, a expectativa de vida no país é de 83 anos e a idade média dos italianos é de 48,4 anos. Portanto, a Itália é um país preparado para receber e cuidar dos idosos, o que pode ser percebido especialmente no sistema de saúde italiano. Grande parte das políticas públicas de saúde são voltadas aos idosos, como o desconto no Imposto de Renda da Itália para quem contratar uma cuidadora. Vale notar que a região Norte concentra o maior número de centenários, mas o centro e o sul não ficam para trás. Portanto, a qualidade de vida para idosos é notável em todo o território italiano! Como encontrar imóveis para morar na Itália aposentado? Uma vez resolvida a parte burocrática, chegou a hora de encontrar um imóvel para viver país. Mas, por onde começar a procurar? Existem centenas de ofertas de imóveis em grupos de Facebook, sites de empresas para aluguéis de médio e longo período (Housing Anywhere, por exemplo), portais de imobiliárias, etc. Se você quer fazer a procura sozinho, é preciso ter cuidado para evitar golpes. Assim, o melhor jeito é procurar imóveis pessoalmente, com a ajuda de imobiliárias. Se você não falar a língua, consulte um tradutor antes de assinar o contrato de aluguel (o ideal seria visitar os imóveis com um intérprete!). Além disso, é importante que você também tenha alguém para te ajudar a entender como os contratos de aluguel e venda de imóveis funcionam na Itália, uma vez que eles possuem uma estrutura bem diferente daquela do Brasil. Documentos para quem tem cidadania europeia Para alugar um apartamento na Itália, você deverá apresentar algumas documentações obrigatórias, como: codice fiscale (equivalente ao CPF) e um documento italiano (passaporte italiano ou carta de identidade italiano). O mesmo vale para qualquer outra cidadania europeia. Documentos para cidadãos brasileiros Caso não você tenha cidadania italiana, e decidiu morar na Itália aposentado, optando pela Residenza elettiva, os documentos necessários são: passaporte brasileiro com o Visto di Residenza elettiva e Permesso di soggiorno per residenza elettiva. Viver a aposentadoria na Itália: sim ou não? Depende. Se tem todos os requisitos necessários para pedir o seu visto para morar na Itália, você deverá então considerar os pontos positivos e negativos. Faça uma pesquisa sobre o país, a cultura, a culinária italiana, a qualidade de vida. Só assim conseguirá ver se realmente quer morar lá. Além disso, se você tiver oportunidade, visite o país antes de tomar uma decisão. Afinal, uma mudança não é simples e deve ser bem pensada. Não se esqueça que não vale a pena se mudar para nenhum país sem estar com toda a documentação legalizada. Se quiser saber mais sobre o processo de mudança para a Europa, com relatos e experiências de quem fez esse caminho, confira o nosso livro digital "O Sonho de Viver na Europa". Não importa a cidade escolhida. A Itália é um país incrível e nada mais justo querer envelhecer no país do macarrão, do vinho e do azeite. Então, é hora de separar os documentos e fazer as malas. Buona fortuna!

Pessoas caminhando na Itália
Itália

Custo de vida na Itália em 2024: confira os gastos médios no país

“Qual será o custo de vida na Itália? Será que é um país caro?” Decidir se mudar para um lugar novo e recomeçar a vida requer tempo, dedicação, estudo e, claro, muita cautela e paciência. Uma das dúvidas que surge, durante os primeiros preparativos, é justamente sobre o custo de vida: aluguel, boletos e gastos com a casa, supermercado, lazer. Neste artigo, você encontrará explicações sobre os gastos na Itália, o poder aquisitivo do país, além de informações sobre o salário médio italiano. Pergunta Resposta É barato viver na Itália? Sim, se comparado a outros países europeus. Porém, o custo de vida será maior nas grandes cidades, como Milão e Roma. Quanto precisa ganhar para viver bem na Itália? Depende. Cidades do Norte possuem um custo de vida mais caro, enquanto cidades ao Sul costumam ser mais em conta. Em geral, 1.500€ é suficiente para viver sozinho em uma cidade satélite de Milão, por exemplo. Qual o salário mínimo na Itália? A Itália não possui salário mínimo, apenas um piso salarial para categorias sindicais. Falamos mais sobre a média salarial de cada região neste artigo. O custo de vida na Itália é alto? O custo de vida de uma cidade ou de um país é bastante relativo porque a equação por trás do indicador “custo de vida” parece muito simples, mas é bastante complexa. Grosso modo, o "custo de vida" seria algo como a soma dos preços pagos pelos serviços oferecidos em um determinado contexto sociogeográfico. Porém, fica implícita a ideia, por exemplo, de poder de compra. Uma cidade pode ser barata, mas se o poder de compra for muito baixo ou limitado, assim como a renda, ela vira “cara” para quem mora ali. Entende? Por isso, vamos tentar mostrar um quadro geral do custo de vida, tendo em conta os valores médios dos gastos gerais no país e, claro, a qualidade de vida na Itália. Custo médio Segundo o banco de dados Numbeo, o custo de vida na Itália para uma pessoa, em março de 2024, é de cerca de 856,7€ sem aluguel. Se considerarmos o valor do aluguel, a estimativa sobe para cerca de 1.300€ para uma pessoa solteira. Mesmo com a inflação contida em 2024 (somente 0,5%), os preços dos produtos e aluguéis na Itália não diminuíram em relação ao ano anterior. Além disso, precisamos considerar também que a cidade em que se vive afeta de forma significativa o gasto médio: o custo de vida em Roma, por exemplo, é diferente do custo de vida de uma cidade menos turística, como Turim e Pavia. A região da Itália também impacta muito o custo médio de vida de uma pessoa: viver nas regiões do sul do país é, de uma forma geral, bem mais barato do que viver no norte. Porém, os salários no sul também são menores. [caption id="attachment_165884" align="alignnone" width="750"] Mesmo com a inflação, ainda é possível economizar em supermercados mais econômicos. Foto: Giovanna Mauro[/caption] O custo de vida também vai depender muito do seu estilo de vida: prefere comprar roupas de marca? Quer comprar alimentos de qualidade diferenciada ou isso não é uma preocupação? Vai viajar uma vez por ano ou mais? Prefere morar no centro da cidade? Todas essas e outras questões devem ser consideradas quando queremos fazer uma estimativa do custo médio da vida na Itália. Veja a seguir alguns dos principais gastos do orçamento de uma pessoa no país da bota. Aluguel na Itália O aluguel é o primeiro ponto da lista de custos de quem pretende morar na Itália. Os preços tendem a variar de cidade para cidade e, claro, de norte a sul. A tendência é que o aluguel seja mais caro nas capitais das regiões e nas cidades grandes do norte do país, o que deixa o custo de vida na Itália um pouquinho alto. Cidades como Milão, Roma e Florença costumam ter os aluguéis mais caros do país. Em janeiro de 2024, os valores dos aluguéis italianos aumentaram 0,8% em relação a dezembro de 2023, o que representa um aumento total de 6,5% em 2024. De acordo com o site Immobiliare.it, especializado em compra e venda de imóveis, para alugar apartamento na Itália você pagará os seguintes preços médios nas regiões: Região Cidade principal Preço médio do aluguel (m²) Lombardia Milão 17,61€ Toscana Florença 15,35€ Lazio Roma 14,15€ Campania Nápoles 10,15€ Umbria Perugia 7,32€ Uma informação interessante para quem pretende alugar casa na Itália é que não somente as cidades turísticas e as metrópoles possuem aluguéis caros, mas também as cidades universitárias. Pádua e Bolonha, por exemplo, podem ter aluguéis tão caros quanto Milão, mesmo sendo muito menores. Custo para comprar casa na Itália Comprar casa na Itália pode ser uma ótima solução para fugir do aluguel. Naturalmente, a variação de preços também se faz presente quando o assunto é comprar casa. Em março de 2024, o preço médio para venda na Itália é de 1.994€/m². Mas, o valor do m² muda de cidade para cidade e, principalmente, de região para região. Assim como os preços dos aluguéis, os valores das casas italianas para venda aumentaram 1,63% no primeiro semestre de 2024 em relação ao mesmo período no ano passado (1.962 €/m²). Veja os preços médios do m² em algumas regiões italianas segundo os dados do Immobiliare.it: Região Localização Preço médio por m² Emilia Romagna norte 1.933€ Liguria norte 2.577€ Veneto norte 1.878€ Marche centro 1.553€ Umbria centro 1.125€ Sicilia sul 1.139€ O governo italiano oferece muitas alternativas para a compra da casa própria, principalmente para cidadãos italianos que pretendam regressar ao país e não tenham nenhum imóvel. Para os proprietários de primeira viagem, principalmente aqueles com menos de 36 anos, o governo oferece descontos no mutuo, a hipoteca italiana. Desta forma, o custo de vida na Itália cai um pouquinho, uma vez que o aluguel tende a ser proporcionalmente mais alto do que uma mensalidade do financiamento. Contas da casa na Itália As despesas com as contas ocupam a maior parte do custo de vida na Itália. Isso porque, além dos gastos usuais, como água, luz, telefone/internet, gás, você vai precisar pagar a taxa do lixo e o aquecimento. Geralmente, este está incluído no condomínio ou na conta de gás, vai depender da sua casa. Desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, o valor das contas mensais na Itália aumentou muito, principalmente o da conta de gás. Para se ter ideia, em 2023, o preço do gás voltou a subir em toda a Europa, incluindo nas casas italianas. Com as medidas de intervenção do governo, porém, o valor da água em 2024 diminuiu 10,4%. Veja uma estimativa de quanto você precisará gastar com as contas no país: Utilidade Preço médio Água 30€ Luz 60€ Gás e aquecimento 150€ (gasta-se menos no verão) Taxa do lixo 15€ Internet 37€ Celular 12€ Total 304€ (com variação devido à estação do ano) Para não passar aperto, a dica é destinar, pelo menos, 20% do seu salário ou budget mensal para os gastos mensais fixos. Alimentação na Itália O supermercado na Itália oferece muita variedade em termos de qualidade, preço e tipo de produtos. Porém, depois do fim da pandemia de Covid-19 e do início da invasão russa à Ucrânia, os preços dos mercados aumentaram muito. Em janeiro de 2024, a Itália registrou um aumento de +0,8% com as despesas nos mercados. Dessa maneira, um casal com dois filhos deverá gastar 474€ a mais por ano nos supermercados. É preciso somente uma ida a qualquer mercado do país para sentir a diferença nos preços dos produtos. O aumento expressivo do preço do macarrão em 2023, um dos alimentos básicos da gastronomia italiana, é um dos maiores exemplos do impacto da inflação sobre os mercados italianos. Em 2024, a média de despesas com mercado para um casal, ao mês, é cerca de 460€. Lógico que o valor varia de acordo com seu estilo de vida, mas vamos comparar ao salário médio de cada região: Cidade e região Localização Preço Salário médio (líquido) Milão, Lombardia norte 470€ 1.958€ Bolzano, Trentino Alto Adige norte 470€ 1.888€ Roma, Lazio centro 470€ 1.914€ Campobasso, Molise sul 360€ 1.703€ Reggio Calabria, Calabria sul 360€ 1.675€ Cagliari, Sardegna sul 320€ 1.704€ Itália - 460€ 1.846€ Podemos dizer que, em média, o mercado corresponde a cerca de 25% do salário médio italiano. Esse gasto já foi um dos que menos afetava o custo de vida na Itália, mas hoje a realidade não é bem assim. Transporte na Itália O transporte público na Itália compreende ônibus, metrô, bonde (“tram”) e, muitas vezes, algumas linhas de trem no perímetro urbano e táxi. O transporte extraurbano, por outro lado, engloba os trens e ônibus intermunicipais ou inter-regionais. O preço desse tipo de transporte vai depender da distância entre o seu ponto de partida e o seu destino. [caption id="attachment_165883" align="alignnone" width="750"] O trem é um dos meios de transporte mais usados pelos italianos. Foto: Giovanna Mauro[/caption] No site da Trenitalia, você pode consultar o preço dos tickets de trem. Para saber o custo de cada linha de transporte público municipal, você deverá consultar o site de cada empresa. Os custos com o transporte público poderão variar conforme a região e a cidade, enquanto os gastos com o transporte privado seguem um padrão em todo o território nacional. Veja os principais valores a seguir: Item Preço médio Bilhete de transporte público urbano (90 minutos) 1,50€ Passe mensal de transporte público urbano 35€ 1 litro de gasolina 1,82€ Tarifa inicial táxi 5€ Tarifa por quilômetro táxi 1,50€ Se você usa bastante o transporte coletivo, o bilhete mensal é sempre a melhor opção, uma vez que o uso é ilimitado! Deste jeito, você conseguirá baixar um pouco o custo de vida mensal na Itália e dar uma trégua para o seu bolso! Gastos com pedágios Em relação ao transporte rodoviário, uma boa notícia: somente as Autoestradas possuem pedágios! O tráfego é “gratuito” nas rodovias (chamadas “Superstrada”) e estradas locais (que podem ser “Strada comunale” ou “Strada provinciale”). Os preços do pedágio variam de acordo com o trecho percorrido pelo motorista. Os pedágios italianos também foram afetados pela inflação: em janeiro de 2024, as tarifas aumentaram cerca de 2,3%. Em 2023, o pedágio mais caro da Itália é de 0,345€ por km, na Via A5 (Torino-Aosta-Montblanc). Se você pensa em comprar carro, saiba que deverá atualizar a sua carteira de motorista na Itália. O processo é parecido com o do Brasil, com exames teóricos e práticos. Mas se você tem a habilitação brasileira em dia, os custos são mais em conta! Saúde na Itália A saúde pública italiana é universal, mas não é gratuita. Em alguns casos, será necessário pagar o "ticket", ou seja, um valor colaborativo pelo serviço prestado pelo sistema de saúde italiano. O preço a ser pago pelos exames e remédios é calculado com base no imposto de renda de cada família. A lógica é: se você tem mais recursos econômicos, paga mais; se, por outro lado, a sua renda é baixa ou você se encontra momentaneamente desempregado, você paga menos ou é isento das taxas. Pagamentos da saúde Porém, você não paga por tudo. Na Itália, funciona assim: todas as pessoas possuem um "médico de família", conhecido como medico di medicina generale. Sempre que você precisar de uma consulta com um especialista, você precisará antes marcar uma consulta com ele, que irá te direcionar para o profissional desejado. Nesse caso, será necessário pagar somente 16€ pela consulta com o especialista, que é o valor do ticket. Na maioria das vezes, você irá pagar se usar a emergência do hospital ou se quiser fazer algum exame. Um hemograma (exame de sangue), por exemplo, custa entre 5€ e 10€, mas outros exames podem ser mais caros. Em 2024, o valor máximo a ser pago pelo ticket é de 36,15€, o mesmo valor de 2023. Plano de saúde privado Um plano de saúde particular custa, em média, 250€ a 300€/ano para uma pessoa maior de idade. Se você for regularmente residente no país, mesmo sendo estrangeiro, você também tem direito a usufruir do sistema público. Os brasileiros, por exemplo, podem ter acesso ao sistema de saúde público através do IB2 - um acordo bilateral entre os dois países. Ainda que optar por um plano de saúde na Itália seja menos comum, pode ser uma alternativa em alguns casos. Veja os planos de saúde privados mais populares entre os italianos segundo uma pesquisa feita pela Forbes: UniSalute; UnipolSai Salute 360°; Realmente InSalute di Reale Mutua; Protezione Salute di AXA; Zurich MediCare; UniCredit My Care Salute. Outra alternativa é realizar consultas com um médico particular e, no final do ano, pedir o reembolso através do imposto de renda. O valor das consultas varia de 100€ a 200€. Você também pode realizar exames médicos no privado. Em 2024, os exames cardiológicos custam cerca de 40€, enquanto os ginecológicos custam 80€. Compra de remédios Outra dica: toda vez que você for à farmácia comprar um remédio, você pode usar a Tessera Sanitaria para registrar o seu gasto. Em muitos casos, quando você possui receita média, os remédios são fornecidos gratuitamente ou com desconto. Mas, caso você não seja isento ou o remédio não seja coberto pelo SSN (Sistema Sanitario Nazionale, o “SUS” italiano), você também pode pedir o reembolso através do imposto de renda. A saúde é a coisa mais importante e, exatamente por esse motivo, não deixe de destinar, com as contas do custo de vida na Itália, um mínimo que seja, para a sua saúde. Custos de lazer na Itália A Itália é um país rico de cultura e opções de lazer, como teatros, cinemas, museus e galerias, academias e parques, bares e cafés, restaurantes, passeios e muitas cidades para visitar! [caption id="attachment_165885" align="alignnone" width="750"] As atividades de lazer na Itália envolvem ir ao cinema e ao teatro, tradicionais no país. Foto: Giovanna Mauro[/caption] Os gastos com lazer são muito relativos, pois dependem do gosto de cada um. Em média, uma pessoa sozinha gasta de 100€ a 200€/mês com lazer na Itália. Veja os gastos médios com estes itens: Item Preço Academia 48€/mês Cinema 9€ Museu 15€ Jantar (dois pratos, vinho, água) 60€ Aperitivo 10€ Gelato (sorvete) 2,70€ Resumo do custo de vida na Itália Como vimos acima, o custo de vida na Itália depende de muitos fatores, como o salário e o poder aquisitivo, até a cidade na qual vai viver, enfim, dos seus objetivos e metas. Podemos dizer, considerando o que o país oferece aos seus moradores em termos de qualidade e vida e segurança, que o custo de vida na Itália não é excessivamente alto. É possível economizar e morar bem. Em resumo, o custo de vida médio na Itália para uma pessoa é de: Item Preço Aluguel (apartamento de 1 quarto no centro) 781€ Alimentação 400€ Contas da casa 304€ (sendo mais barata durante o verão) Transporte 35€ Saúde 250€/ano (plano de saúde particular) Lazer 200€ Total 1.630€ - 1.950€ Custo de vida na Itália x outros países O custo de vida na Itália é maior do que em países como Portugal e Espanha. De acordo com uma comparação feita entre Itália e Portugal no Numbeo, em média, o aluguel em Portugal é cerca de 23,7% mais caro que na Itália, mas compras de mercado são quase 20% mais baratas, e os restaurantes portugueses são quase 35,5% mais baratos. Se compararmos a Espanha, o custo de aluguel do país da bota continua mais baixo, mas restaurantes e compras do mês, assim como Portugal, pesam menos no orçamento. Veja uma comparação do custo de vida para uma pessoa na Itália e nos outros dois países que mencionamos a seguir: Despesa Itália Portugal Espanha Aluguel (apartamento de 1 quarto no centro) 781€ 939€ 934€ Alimentação 400€ 350€ 300€ Contas da casa 304€ 166€ 180€ Transporte 35€ 40€ 33€ Saúde 250€/ano 60€/ano 600€/ano Lazer 200€ 300€ 200€ Total 1.970€ 1.855€ 2.247€ É importante considerar que o gasto com plano de saúde privado mencionado na tabela é anual e irá depender da decisão de usar o sistema público ou não. Também não podemos nos esquecer que, na Itália, se pagam altos impostos. O IRPEF, ou Imposto de Renda italiano, é responsável por uma alta redução no valor líquido dos salários, apesar de garantir vários direitos trabalhistas, similares aos brasileiros. Em alguns casos, os impostos cobrados podem chegar a 40% de desconto do salário. Devido à alta taxação, muitos italianos, principalmente os que vivem na região norte, preferem trabalhar para empresas suíças. Quanto é um bom salário para viver na Itália? A Itália não tem um salário mínimo nacional, por isso, não é possível estabelecer um parâmetro em relação a ele. Contudo, considerando todas as informações que vimos acima, podemos dizer que 2.000€ é um bom salário para viver na Itália com folga e arcar com os custos de vida do país. Segundo os dados publicados pela Forbes Itália, o salário médio bruto na Itália em 2024 é 2.329€ (em 13 mensalidades), o que representa um aumento de 3,7% em comparação à média registrada em 2023. Mas, desse valor devem ser reduzidas as taxas e impostos, que são altos. A média salarial líquida na Itália é de 1.846€. Mesmo com uma diferença de 14% entre os salários do norte e do sul do país, pode-se dizer que, de uma forma geral, é possível viver bem na Itália com o salário médio de cada região. Isso porque, o custo de vida de cada região acompanha a média salarial no local. Veja qual o salário médio em algumas das principais regiões da Itália: Região Salário médio (líquido) Lombardia 1.958€ Lazio 1.914€ Liguria 1.906€ Piemonte 1.878€ Campania 1.718€ Claro, cada um de nós tem um objetivo diferente no final do mês. Para alguns, é importante sair para comer fora todo final de semana, para outros, fazer compras é mais interessante. Lembre-se, esses valores são estimativas para ajudar você durante o seu planejamento mensal. Se você quiser saber um pouco mais sobre o custo de vida na Itália em 2024 e a experiência de um brasileiro que mora no país, confira o vídeo da Giorgia do canal "Brasileira por acaso": Os custos aumentaram bastante na Itália, mas com um bom planejamento ainda é possível viver no país. Poder de compra na Itália Como os salários cresceram mais do que a inflação em 2024, o poder de compra das famílias italianas aumentou 1% no primeiro trimestre deste ano, mesmo com o aumento geral dos preços. Os dados positivos mostram que, apesar da inflação, a economia italiana está estável e os salários estão seguindo proporcionalmente o aumento dos valores no país. As previsões para os próximos meses de 2024 também são positivas: estima-se que o salário dos italianos irá aumentar cerca de 3,7% no segundo semestre de 2024. Considerando o aumento esperado e o controle da inflação, podemos dizer que o poder de compra das famílias irá crescer. Eu, Giovanna, sempre considerei o poder de compra na Itália bom, principalmente quando comparo com outros países em que morei. Mesmo que os salários não sejam tão altos como em outros países europeus, as facilidades para compras (como juros muito baixos, por exemplo) e os descontos são inúmeros. Afinal, a Itália é um país caro? Eu diria que, com a relação custo-benefício, vale a pena morar na Itália. Apesar de o custo de vida não ser baixo, é possível levar um ritmo de vida saudável no país sem gastar demais. É claro que nas grandes cidades, como nas metrópoles Roma e Milão, ou em locais turísticos, como Veneza e Florença, o custo de vida será bem mais caro do que em outros lugares do país. Assim, a resposta para a pergunta "morar na Itália é caro?" vai depender das suas escolhas e do que você procura. Antes de escolher qual a melhor cidade da Itália para morar, pergunte a si mesmo: O que eu procuro nesta cidade? Prefiro tranquilidade ou agitação? Prefiro morar perto de tudo ou morar mais afastado e ter uma qualidade de vida melhor? Preciso encontrar uma oportunidade de trabalho nesta cidade? Quanto estou disposto a pagar pelo meu conforto? Uso transporte público? Espero que conhecer o custo de vida da Itália tenha sido útil para diminuir a distância entre o seu sonho e a realização dele. Para inspirar ainda mais na realização do desejo de viver na Itália, compartilhamos com você o ebook O Sonho de Viver na Europa. O livro reúne histórias de brasileiros que conseguiram tirar o sonho do papel e se mudar para o Velho Continente.

Itália lidera o ranking com passaportes mais poderosos em 2024.
Europa Notícias

Passaportes mais poderosos do mundo em 2024: confira o ranking

Acaba de ser lançado o mais recente relatório do Henley Passport Index - edição de 2024. Essa referência global, publicada há 19 anos, mapeia a liberdade de movimento que cada passaporte oferece, abrindo portas para viagens internacionais e oportunidades únicas. Mas qual o segredo dos passaportes mais poderosos do mundo? A resposta está em um complexo conjunto de fatores que vão além da mera burocracia. Para criar este índice tão cobiçado, a equipe da Henley & Partners se baseia em dados coletados da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA), a maior fonte mundial de informações sobre viagens aéreas. Passaporte italiano lidera o ranking e divide o pódio O ano de 2024 marca um momento especial no ranking dos passaportes mais poderosos do mundo, com seis países no topo. A Itália compartilha o primeiro lugar com França, Alemanha, Espanha, Singapura e Japão. O país oferece a seus cidadãos a oportunidade de explorar 194 destinos ao redor do mundo, sem precisar de visto. Confira o top 10 dos passaportes mais poderosos: Países Destinos sem visto 1. Itália, França, Alemanha, Espanha, Japão, Singapura 194 2. Coreia do Sul, Finlândia, Suécia 193 3. Áustria, Dinamarca, Irlanda, Países Baixos 192 4. Reino Unido 191 5. Austrália, Nova Zelândia 189 6. Estados Unidos 188 7. Portugal, Noruega, Suíça 186 8. Grécia, Malta 185 9. República Tcheca, Canadá 184 10. Bélgica, Eslovênia 183 Na avaliação anterior, Alemanha, Itália e Espanha ocupavam a segunda posição e a França se encontrava em terceiro lugar, em pé de igualdade com o Japão. Houve também melhorias significativas em passaportes de outras nações, segundo o Henley Passport Index 2024. Os Estados Unidos, por exemplo, avançaram para a 6ª posição, sinalizando uma recuperação nas relações internacionais e uma confiança renovada em seu documento de viagem. Já o Reino Unido subiu duas posições para o 4º lugar, refletindo talvez as mudanças resultantes do Brexit. Subidas e descidas marcam o ranking Uma das grandes surpresas deste ano foi o salto impressionante dos Emirados Árabes Unidos, que escalaram 44 posições em apenas uma década, reflexo do rápido desenvolvimento econômico e influência crescente do país no cenário global. Além disso, ao longo de uma década, tanto a China quanto a Ucrânia demonstraram um compromisso com o progresso (mesmo em meio a conflitos), o que se refletiu em uma melhoria significativa na classificação. Enquanto isso, o Afeganistão continua enfrentando dificuldades, mantendo-se entre os países com pior classificação, tendo acesso sem visto a apenas 28 destinos. Hegemonia europeia no topo A Europa reina suprema no índice de 2024, com quatro nações coroadas campeãs: Itália, França, Alemanha e Espanha. Essa hegemonia europeia não é por acaso! Deve-se à estabilidade política e econômica da região, a força de suas democracias e o fascínio irresistível de seus países como destinos turísticos. É a primeira vez em sua história que a Itália assume a liderança do ranking, dividindo o pódio com seus parceiros da União Europeia. A conquista é fruto da recuperação econômica do país, a crescente influência da Itália no cenário internacional e o poder de sedução de suas paisagens, cultura e gastronomia. [caption id="attachment_165573" align="alignnone" width="750"] Com um dos passaportes mais poderosos do mundo, a Itália encanta com suas cidades charmosas e sua rica gastronomia.[/caption] França, Alemanha e Espanha consolidam sua posição como potências globais, com passaportes de altíssimo poder. Que tal viajar pelos museus parisienses, os castelos alemães ou cidades charmosas da Espanha como Barcelona — tudo isso com a liberdade de um passaporte poderoso em mãos? Não tem preço! Áustria, Dinamarca, Irlanda, Países Baixos, Bélgica, Luxemburgo, Noruega, Portugal e Reino Unido também se destacam no ranking. União Europeia influencia no poder dos passaportes É importante ressaltar que a União Europeia desempenha um papel fundamental na força dos passaportes europeus. A livre circulação de pessoas no bloco garante a seus cidadãos acesso irrestrito a 27 países, contribuindo significativamente para a pontuação geral. Com passaportes poderosos e uma influência crescente no cenário global, a Europa se consolida como um destino irresistível para quem busca liberdade de movimento, oportunidades e experiências únicas. Brasil sobe no ranking, mas ainda pode melhorar O Brasil subiu três posições no ranking de passaportes de 2024, ocupando agora a 17ª colocação, com acesso sem visto a 173 destinos. O progresso do Brasil no ranking é animador, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido para alcançar o nível de poder de mobilidade dos países líderes. Fatores como estabilidade política e econômica, relações internacionais favoráveis e a atratividade do país como destino turístico influenciam diretamente na força do nosso passaporte. Para alcançar um patamar superior no ranking, o Brasil precisa se concentrar em fortalecer sua posição no cenário global. Isso significa investir em áreas como desenvolvimento social e econômico, diplomacia eficaz e promoção da imagem do país no exterior. Entenda o cálculo para a pontuação do ranking O Henley Passport Index emprega uma abordagem meticulosa para determinar a pontuação de cada país. Essa avaliação é centrada na ideia de mobilidade global. Cada passaporte recebe uma pontuação baseada na quantidade de destinos que seus portadores podem visitar, sem a necessidade de visto prévio. Quanto mais liberdade de locomoção o documento oferece, maior é a sua pontuação. É importante destacar que o índice não é estático. Ele se adapta às mudanças constantes nas políticas de visto e nas relações diplomáticas entre os países. A cada atualização, novos destinos são incluídos ou removidos da lista de acesso sem visto, tendo um impacto direto na pontuação de cada passaporte. [caption id="attachment_166040" align="alignnone" width="750"] Espanha e Estados Unidos também têm seus passaportes nas primeiras posições do ranking 2024.[/caption] A fórmula utilizada para calcular essa pontuação é complexa e considera vários fatores, como o número de destinos sem visto, as restrições de entrada (incluindo o tempo permitido de permanência e quaisquer requisitos adicionais, como vacinas), e os diferentes tipos de vistos disponíveis (como turismo e negócios, entre outros). A busca por um passaporte mais poderoso é uma luta contínua Os países investem em fortalecer suas relações diplomáticas, melhorar sua reputação internacional e implementar políticas de visto favoráveis para melhorar sua posição no ranking e proporcionar maior liberdade de mobilidade para seus cidadãos. Brasileiros correm atrás da dupla cidadania Ano após ano, muitos brasileiros se lançam em busca da dupla cidadania, abrindo portas com o uso de um passaporte mais poderoso. Atualmente, as nacionalidades mais desejadas pelos brasileiros incluem a italiana, espanhola, portuguesa e japonesa. As cidadanias europeias se destacam pela sua acessibilidade e pelos benefícios que oferecem aos seus portadores. Diariamente, os consulados recebem centenas de solicitações de brasileiros. As razões para essa busca são variadas, desde o acesso facilitado aos países da União Europeia até a possibilidade de se mudar definitivamente para o país escolhido. A dispensa de visto para entrar em nações como os EUA também é um fator importante. Entre 2002 e 2021, mais de 266 mil brasileiros adquiriram uma nacionalidade europeia, de acordo com dados do Eurostat. Especialistas preveem que esse número continue crescendo, com Itália, Portugal, Espanha e Alemanha liderando o ranking dos países que mais concederam cidadania aos brasileiros nos últimos cinco anos. Muitos brasileiros vivem fora do país Segundo informações do Ministério das Relações Exteriores, aproximadamente 4,5 milhões de brasileiros vivem em outros países. Isso significa que cerca de 2% da população brasileira está residindo fora do país de origem. No entanto, esse número pode ser ainda maior, considerando aqueles que saíram do Brasil e estão em situação irregular.

Paciente em atendimento privado com médico na Itália
Itália

Plano de saúde na Itália: como funciona e quanto custa?

A mudança para o exterior pode ser cheia de novidades e muita gente, ao mudar para o país da bota, se pergunta se é necessário contratar um plano de saúde na Itália ou se o sistema público italiano é suficiente. Neste artigo, explicamos em detalhes sobre como contratar um plano, valores e te ajudamos a avaliar se você deve ou não aderir a um. Vamos lá? Precisa de plano de saúde na Itália? Para quem vem morar legalmente no país, é possível contar com o sistema de saúde pública italiano, chamado Servizio Sanitario Nazionale (SSN). Com ele, qualquer cidadão italiano ou residente legal tem acesso à assistência médica básica e a serviços hospitalares gratuitos ou a custos bastante reduzidos. Então, a princípio, ter um plano de saúde na Itália não é essencial. No entanto, assim como no Brasil, você tem a liberdade de pagar por um plano de saúde privado caso não deseje depender exclusivamente do sistema público. Como funciona o plano de saúde na Itália? Os planos de saúde na Itália possuem diversas coberturas, de acordo com a necessidade dos clientes. As duas tipologias mais comuns de planos de saúde são a indenizatória e a de reembolso. No caso da apólice indenizatória, o segurado receberia um valor fixo pelo tempo passado em internação hospitalar ou em período de recuperação de uma doença. Geralmente, a “indenização” seria para o período em que o segurado teve de se afastar do trabalho por doença ou acidente. Já a apólice de reembolso funciona como alguns planos de saúde brasileiros, em que o segurado se consulta com um especialista da saúde que não atende pelo plano e recebe de volta o valor (integral ou parcial) pago na consulta. O reembolso também pode cobrir intervenções cirúrgicas, tratamentos de fisioterapia e até remédios. Em ambos os casos, as seguradoras estipulam um valor máximo que pode ser reembolsado ou indenizado ao titular do seguro. Por isso, na hora de contratar, você precisa se atentar às condições impostas e entender toda a cobertura do seu plano de saúde. Exceções na contratação do plano de saúde na Itália A contratação de um plano de saúde na Itália está sujeita a restrições específicas, como: Limite de idade: algumas seguradoras aceitam segurar idosos de até 65 anos. Outras, vão até os 80 anos. No entanto, dificilmente você encontrará seguros para idosos com 75 anos ou mais. Além disso, os seguros normalmente são para crianças a partir dos 14 anos de idade; Portadores de HIV: na Itália, os portadores da doença não conseguem contratar um plano de saúde privado; Dependência química e alcoolismo: quem faz uso de algum tipo de substância tóxica, geralmente não consegue aprovação do plano de saúde. No Brasil, as seguradoras geralmente não podem restringir a contratação do plano de saúde nem por doenças pré-existentes e nem por idade. No entanto, podem cobrar mais caro ou não oferecer cobertura completa ao segurado. Quanto custa um plano de saúde na Itália? Por ter tantas variáveis e exceções, existe uma série de fatores que podem mudar o preço de um plano de saúde na Itália. Listamos os principais: Idade: assim como no Brasil, a idade é um grande fator na contratação de um plano de saúde. Quanto mais velho o titular do seguro, mais caro ele será; Sexo: surpreendentemente, as mulheres na faixa etária entre os 20 e 40 anos podem pagar mais caro nos seguros de saúde do que os homens. Isso porque, frequentemente, os seguros cobrem também o parto, que pode ser bem caro na Itália; Cobertura do plano: aqui, você precisa considerar o que o plano contratado cobre. Intervenções cirúrgicas, fisioterapia, visitas médicas e maternidade, dentre outros, vão encarecendo o plano ao serem somados; Condições de saúde pré-existentes: ter problemas de saúde pré-existentes pode também encarecer o preço do seu plano de saúde; Franquia e valores máximos de indenização e reembolso; Quantidade de pessoas seguradas. Preço de Plano de saúde na Itália Abaixo, separamos os valores básicos de alguns planos de saúde com as melhores coberturas na Itália. Nome do plano Valor UniSalute Famiglia 250€/ano UnipolSai Salute 360° 160,40€/ano Protezione Salute (Axa) A partir de 7€/mês MediCare (Zurich) Básico: 50€/ano por pessoa assegurada Top: 75€/ ano por pessoa assegurada Como você pode ver, os valores podem variar bastante. Por isso, vale fazer cotações com as seguradoras mais confiáveis para entender coberturas e preços. Qual é o melhor plano de saúde na Itália? Escolher o melhor plano de saúde na Itália vai depender principalmente das suas necessidades. É importante pesquisar diferentes seguradoras, comparar as coberturas oferecidas, os custos e a reputação das empresas antes de tomar uma decisão. Uma seguradora pode te oferecer coberturas melhores, mas demorar mais a fazer reembolsos, por exemplo. Porém, sendo mais objetiva, a reportagem da Forbes indica que o melhor plano de saúde na Itália em 2024 é o UniSalute Famiglia, que oferece uma ótima cobertura de serviços de saúde e facilidade no contato com o suporte do plano. No entanto, é preciso entender a cobertura oferecida, limites de idade e restrições da apólice. Sistema público x Sistema privado de saúde na Itália Assim como no Brasil, existem prós e contras de depender do sistema público ou de um sistema privado de saúde na Itália. Abaixo, falamos mais sobre os dois sistemas para você entender melhor como funcionam. Sistema público de saúde na Itália Como já dissemos no começo deste artigo, o Servizio Sanitario Nazionale (SSN) é o nome do sistema público italiano, a qual todo cidadão e residente na Itália tem acesso. Ele fornece serviços médicos básicos, consultas a especialistas e diversos procedimentos, exames e cirurgias de forma gratuita ou a preços abaixo do valor normal. [caption id="attachment_162198" align="alignnone" width="750"] Uma das grandes vantagens de ter um plano de saúde na Itália é ter acesso a médicos e hospitais especializados.[/caption] O SSN é considerado excelente e, em 2023, esteve em 17º lugar no ranking mundial dos melhores sistemas de saúde do mundo. Na mesma pesquisa, o Brasil figurou em 83º lugar. O sistema público de saúde italiano tem ainda um acordo de reciprocidade com vários países, incluindo o Brasil, em que os cidadãos dos países envolvidos têm direito a atendimento em caso de emergências ou necessidades médicas através do Certificado de Direito à Assistência Médica, conhecido como CDAM. Diferenças em relação ao SUS O sistema público de saúde italiano (SSN) é, na verdade, bem semelhante ao nosso Sistema Único de Saúde (SUS), já que também tem abrangência em todo o território italiano. Além disso, o SSN tem também o seu próprio cartão, conhecido como tessera sanitaria. Com ela, é possível ser atendido emergencialmente em unidades de saúde pública e hospitais, por exemplo. Uma das grandes diferenças é a necessidade do pagamento para procedimentos e consultas específicas. Para isso, temos o ticket sanitario que, segundo o próprio portal do Ministério da Saúde italiana, é uma maneira dos assistidos pela rede pública "contribuírem" com os custos da prestação de serviços de saúde das quais usufruem. Outra grande diferença é que no Brasil, normalmente, as unidades de saúde são subordinadas ao município, ao estado ou ao governo federal. Já na Itália, cada região do país é responsável pela administração de suas unidades. Por isso, a administração da saúde no Piemonte vai estar nas mãos da Azienda Sanitaria Locale (ASL) piemontesa, enquanto uma unidade da Lombardia estará nas mãos da ASL lombarda. Então não preciso de um plano de saúde na Itália? Como já dissemos anteriormente, o plano de saúde na Itália não é fundamental para quem vem morar no país e já pode usufruir de todas as vantagens do SSN. Porém, o SSN também tem seus defeitos e é para fugir desses problemas que uma parcela da população na Itália recorre ao pagamento de um plano de saúde privado. Além disso, se você tem condições de saúde que exigem uma certa frequência na visita aos médicos e exames recorrentes, pode ser interessante considerar a contratação de um seguro de saúde. Sistema privado de saúde na Itália O sistema privado de saúde na Itália tem valores que podem variar muito, de acordo com a região do país em que você se encontra. Os custos de alguns exames e consultas na região norte são bem mais altos, mas é também a região mais populosa do país e com a maior concentração de renda de todo o país. Além disso, o tempo de espera para se fazer exames é bem menor, especialmente se comparado ao SSN que, como o SUS, tem filas de espera que podem chegar a alguns anos para certos procedimentos. Custos médicos e cirúrgicos Você já deve ter entendido que o sistema público sempre vai ter custos monetários menores do que no atendimento privado, mas quais serão exatamente os custos em cada um deles? Abaixo, compilamos alguns dos principais custos que você precisa considerar. No público No SSN, a maioria dos serviços básicos é de acesso gratuito. No entanto, no caso de exames, tratamentos ou serviços médicos específicos, em cada prescrição é cobrado o ticket, cujo valor máximo no início de 2024 é de 36,15€. Um exame que custa 200€, por exemplo, terá o valor do ticket máximo pago pelo paciente e o valor restante, que se tornam 163,85€, é pago pelo governo. A seguir, separamos alguns dos valores médios dos tickets no sistema público até fevereiro de 2024. Confira: Tipo de procedimento Valor médio nacional do ticket Primeira visita a médico especializado 21,59€ Visita de controle (retorno) 14,05€ Eletrocardiograma 12,08€ Radiografia do tórax 17,51€ Lembrando que a visita a médico especializado geralmente é encaminhada pelo médico de base atribuído a quem tem acesso ao serviço público italiano. O valor também é uma média, considerando que algumas especializações podem ter valores de consulta mais altos e outras, mais baixos. Inclusive para procedimentos cirúrgicos, o valor máximo a ser pago (e, geralmente, é o que será pago) será de 36,15€. No privado Os preços de exames e profissionais de saúde privados podem ser bem mais altos que os valores dos tickets no sistema público. Uma visita médica especializada, por exemplo, pode custar 5 a 10 vezes mais do que no SSN e os preços serão mais elevados, especialmente nas regiões onde há maior concentração de renda. Isto é, quem mora no Norte do país pagará mais caro na maioria dos procedimentos privados do que quem mora mais ao sul. Abaixo, selecionamos os mesmos procedimentos vistos no sistema público e fizemos uma média de valores no sistema privado. Tipo de procedimento Valor médio praticado Primeira visita a médico especializado 120€ Visita de controle (retorno) 100€ Eletrocardiograma 40€ Radiografia do tórax 45€ Em relação a custos de procedimentos cirúrgicos, é possível chegar a pagar até 50 mil euros em uma cirurgia privada na Itália. Estes custos envolverão a mão de obra dos profissionais de saúde, quarto de internação, medicamentos, equipamentos e materiais usados na cirurgia. Em um tratamento oncológico, cada sessão de quimioterapia pode custar de 150€ a 250€, enquanto o tratamento de neoplasias com direito a biópsia pode chegar a 10 mil euros. Obviamente, existem cirurgias mais simples cujos valores serão bem menores. Uma cirurgia dermatológica, por exemplo, pode começar em 150€ para remoções de manchas simples e chegar a 1.500€ em cirurgias de reparação de tecidos cutâneos. Vantagens de ter um seguro ou plano de saúde na Itália Investir em um plano de saúde na Itália pode ter várias vantagens, principalmente para quem busca mais rapidez no acesso a serviços médicos e tratamentos. Com uma cobertura que abrange diversos procedimentos de saúde, fica mais fácil marcar consultas com especialistas, fazer exames de diagnóstico avançados, tratamentos dentários, dentre outros serviços. Além disso, o plano de saúde privado pode te dar mais flexibilidade na hora de escolher médicos, clínicas e hospitais para seus tratamentos e consultas. Para quem não quer depender exclusivamente da rede pública de saúde, esse é um diferencial importante a ser considerado. Vale a pena ter um seguro ou plano de saúde na Itália? Agora que você já teve uma boa noção do sistema de saúde na Itália, deve querer saber: será que vale a pena mesmo ter um plano de saúde na Itália? Para quem é cidadão italiano ou residente legal no país, é sempre bom ressaltar que o sistema público de saúde já oferece um ótimo suporte aos serviços médicos mais básicos. No entanto, como já dissemos antes, contar com o plano de saúde privado pode ser benéfico para quem quer uma cobertura maior em serviços de saúde e mais facilidade no atendimento com médicos especializados. Além disso, assim como acontece no SUS, pode ser necessário ter de entrar em filas de espera para realizar certos procedimentos cirúrgicos ou conseguir consultas com médicos especializados no SSN. Essas filas podem levar dias, meses ou mesmo alguns anos, reforçando a vantagem dos planos de saúde de fornecerem serviços com mais agilidade. Para brasileiros que estão de passagem por pouco tempo, seja para tirar a cidadania italiana na Itália ou para passeios, lembramos que ter um seguro de saúde é obrigatório e que ele deve ser válido para todos os dias da sua viagem. Já está se preparando para fazer sua mudança para o país da bota? Descubra tudo sobre o custo de vida na Itália e fique por dentro dos gastos médios que todo residente tem no país.

Governo que fazer mudanças na cidadania italiana
Itália Notícias

Mudanças podem limitar a cidadania italiana e atingir milhões de brasileiros

Em janeiro de 2024, três projetos que propõem mudanças à atual lei de cidadania italiana foram incluídos na pauta da Comissão de Assuntos Constitucionais do Senado na Itália e estão sendo analisados pelos parlamentares. As propostas pretendem alterar a lei nº. 91/1992, que regulamenta o processo de aquisição de cidadania. Os projetos irão afetar os mais de 30 milhões de descendentes de italianos no Brasil e estão gerando controvérsias. Senado italiano discute a perda da cidadania das mulheres antes de 1948 Proposto pela deputada do Partido Democrático (PD) Francesca La Marca em novembro de 2022, o projeto 295 é uma das três propostas discutidas pela sessão de 30 de janeiro de 2024 do Senado italiano. Se aprovado, poderá alterar a Lei n. 91 de 05 de fevereiro de 1992, que regula a cidadania italiana por descendência, segundo o princípio do ius sanguinis. O projeto de La Marca trata da reaquisição da cidadania italiana perdida pelos descendentes de mulheres que se casaram com estrangeiros e tiveram os seus filhos antes de 1º de janeiro de 1948. A deputada aspira atualizar a legislação conforme a decisão da Suprema Corte de Cassação de fevereiro de 2009, que reconheceu o direito à cidadania italiana aos filhos de mulheres nascidos antes de 1948. Mudança trará benefícios para os descendentes de italianos no Brasil Atualmente, os descendentes de mulheres casadas com italianos que tiveram seus filhos antes de 1948 podem solicitar somente a cidadania italiana via judicial. Isso acontece, pois, até essa data, as mulheres italianas casadas com um cidadão estrangeiro deveriam abdicar da nacionalidade italiana. Dessa maneira, perdiam o direito de transmitir a nacionalidade aos seus descendentes. Caso o projeto seja aprovado, porém, os descendentes de linha materna não precisarão mais recorrer à justiça e poderão solicitar a cidadania italiana por via administrativa em um dos Consulados da Itália. Italianos naturalizados com outra nacionalidade poderão readquirir cidadania Ainda de autoria de La Marca, o projeto 919 também está sendo analisado pelo Senado e prevê a reaquisição da cidadania para os italianos residentes no exterior que perderam a nacionalidade devido ao processo de naturalização. A atual legislação prevê a possibilidade de recuperar a cidadania nesses casos, mas somente se o cidadão residir por ao menos um ano ininterruptamente na Itália. Se a proposta for aprovada, a reaquisição poderá ser realizada via administrava por meio do Consulado do país de residência do requerente, sem a necessidade de residir na península. Para Francesca La Marca, além de necessária, a mudança da lei é um gesto de respeito aos italianos que precisaram deixar o país no passado e perderam a própria nacionalidade: “É necessário restaurar um direito que, embora nunca possa remediar os erros do passado, representaria um gesto de respeito e de proximidade para com um povo que tanto sofreu e que contribuiu para elevar o nome da Itália no mundo”, diz a deputada. Transmissão da cidadania italiana poderá ser limitada até terceira geração Também em processo de análise desde janeiro de 2024 e parte da pauta de Comissão do Senado, o projeto 752, de autoria do senador Roberto Menia, do partido Fratelli d’Italia (FdI), visa dificultar o processo de reconhecimento da cidadania italiana. Apresentada em 22 de junho de 2023, a proposta prevê que a cidadania por descendência poderá ser concedida somente aos que descendem até o terceiro grau do cidadão italiano, ou seja, aos bisnetos de italiano. O requerente deverá, além disso, apresentar certificado de proficiência B1 (intermediário) em italiano. [caption id="attachment_164972" align="alignnone" width="750"] O projeto de Roberto Menia pretende limitar o acesso dos ítalo-descendentes à cidadania. Foto: Aise.it[/caption] Caso o parentesco ultrapasse a terceira geração, será necessário residir na Itália por ao menos um ano antes de solicitar a cidadania. Também será preciso apresentar o certificado de proficiência B1. A ideia de limitar a transmissão da cidadania italiana não é recente: debates sobre a necessidade de mudar a lei já aconteciam em 2022, quando a lei 91/1992 completou 30 anos. De fato, não é a primeira vez que propostas para limitar a transmissão da cidadania ius sanguinis são apresentadas ao Parlamento. Limite geracional é proposto para combater sobrecarga e mercado ilegal da cidadania Em seu projeto, Menia ressaltou a urgência do limite geracional à cidadania italiana para combater a falsificação de documentos usados nos processos de requerimento da nacionalidade por descendência: “Há anos que o Ministério do Interior denuncia um aumento de casos de falsificação ou contrafação (falsificação) de documentos e certidões do estado civil usados em processos de reconhecimento da cidadania por direito de sangue”, ressalta. Menia explica que o mercado ilegal de cidadania italiana é motivado pelas listas de espera de mais de dez anos formadas em alguns Consulados, especialmente na América do Sul, para a obtenção da cidadania. Além disso, para o senador, é necessário limitar o acesso à cidadania para indivíduos que não possuem uma ligação direta com a Itália ou que solicitam a nacionalidade somente pelos seus benefícios. Segundo o texto do projeto 752: “Muitos usam passaporte italiano como uma chave para uma entrada fácil em alguns países que de outra forma seriam difíceis de alcançar ou para entrada na União Europeia. [...] Dos próprios Consulados, aprendemos muitas vezes sobre cidadanias concedidas a pessoas nascidas no estrangeiro que não conseguem dizer uma única palavra em italiano, que não falam italiano há gerações e que têm essencialmente laços efêmeros, se não nulos, com a Itália”, afirma Menia. Descendentes de italianos devem solicitar a nacionalidade quanto antes Enquanto o projeto 919 não irá afetar diretamente os brasileiros, a proposta 295 de Francesca La Marca poderá beneficiar os descendentes da via materna, já que irá facilitar o requerimento da cidadania para esses casos. O projeto que está gerando preocupações entre os descendentes de italianos no Brasil é o de Menia, uma vez que, caso aprovado, irá dificultar o requerimento da nacionalidade para quem possui um parentesco com um antepassado italiano que ultrapasse a terceira geração. A recomendação é que os brasileiros que tenham direito à cidadania italiana solicitem a nacionalidade quanto antes, para o requerimento ser efetuado segundo as diretrizes da legislação vigente, e evitem um processo que potencialmente poderá ser mais complicado. Atualmente, não existe limite geracional para solicitar a nacionalidade italiana por descendência. Dessa maneira, todos os brasileiros de origem italiana podem solicitar a cidadania independentemente do grau de parentesco com o antepassado. Ainda não há previsão para votação dos projetos Mesmo que os projetos de lei tenham sido incluídos nas discussões do Senado, a aprovação das mudanças ainda é uma possibilidade remota. Segundo o deputado Fábio Porta (PD), o projeto de mudança está parado no momento e é improvável que ele seja aprovado em pouco tempo. “Eu quero também alertar para evitar que se gere um pânico, um medo inapropriado, porque existe essa preocupação. [...] Neste momento não estamos próximos dessa aprovação porque o projeto está praticamente parado.” diz Porta. Os textos ainda precisam ser aprovados pela Comissão de Relações Exteriores, pelo Senado e, posteriormente, pela Câmara dos Deputados. Porém, não há previsão para quando as votações acontecerão. A inclusão dos projetos na pauta de uma comissão do Senado italiana aumenta as chances de avanço das leis. Porém, especialmente no caso do projeto de Roberto Menia, é preciso aguardar, uma vez que as propostas continuam em estágio inicial e existe um longo caminho a ser percorrido antes que elas sejam aprovadas e entrem em vigor.

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