Uma das etapas mais importantes da solicitação do visto D7 é a comprovação de rendimentos, que gera bastante dúvidas sobre o valor necessário e sobre como comprovar a renda para visto D7.

Mas fique tranquilo, é menos complicado do que parece e vamos explicar tudo neste artigo: valor mínimo exigido, tipos de rendimentos aceitos e como comprovar que você tem os valores disponíveis.

Qual a renda exigida para visto D7?

O valor da renda exigida para o visto D7 é baseada no valor do salário mínimo de Portugal (que é de 705€ em 2022). O cálculo também considera se existem pessoas que serão reagrupadas ao titular do visto, existindo um cálculo proporcional para cada membro da família.

Para que fique mais claro, veja este exemplo:

Agregado familiar Valor exigido
1º adulto (titular do visto D7) 100% do salário mínimo (705€ em 2022)
2º adulto 50% do salário mínimo (352,50€ em 2022)
Cada criança ou jovem com menos de 18 anos ou filhos maiores a cargo 30% do salário mínimo (211,50€ em 2022)

Nesse caso, um casal sem filhos precisaria comprovar o valor de 1.057€, que equivale a R$ 5.740,80 na cotação do euro no dia 15 de julho de 2022. Já um casal com dois filhos teria que demonstrar o valor de 1.480,50€, equivalente a R$ 8.037,12.

Valor anual

É importante esclarecer que no momento de comprovar a renda para o visto D7 é necessário demonstrar a disponibilidade do valor suficiente para um ano. Portanto, conforme a sua situação, multiplique o valor exigido por 12 para obter o total de renda que precisará comprovar.

No caso de uma única pessoa, o valor anual exigido será de 8.460€, que equivale a R$ 46.065,58 na cotação atual. Para a família de quatro pessoas do exemplo acima, o valor será de 17.766€ (equivalente a R$ 96.499,77).

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O valor a ser comprovado no D7 precisa estar na conta bancária?

Sim, é preciso.

O montante deve estar depositado em uma conta bancária para comprovar que o dinheiro está disponível para ser utilizado pelo titular do visto.

A conta precisa ser portuguesa?

Sim, o valor deve estar depositado em uma conta bancária em Portugal. Mas caso você ainda tenha uma, entenda o que é preciso fazer para abrir uma conta bancária em Portugal.

Quais os tipos de rendimentos aceitos como comprovantes para o D7?

Uma série de rendimentos são aceitos para fins de comprovação de renda para visto D7. Os principais são:

  • Valores pagos como aposentadoria;
  • Rendas de aluguel de imóveis;
  • Rendimentos de propriedade intelectual;
  • Investimentos ou aplicações financeiras;
  • Lucros ou dividendos de participação em empresas
  • Pagamento de salário (para os trabalhadores remotos).

Como comprovar os rendimentos?

Podem ser aceitos diversos comprovantes, tendo consideração especial pelo tipo de rendimento de que você dispõe.

No caso de aposentados, por exemplo, a documentação referente à aposentadoria é a mais importante a ser apresentada. Deve ser entregue junto com uma cópia da sua declaração de Imposto de Renda.

Para investimentos financeiros diversos (como ações, letra de crédito e fundos de renda fixa) podem ser apresentados extratos acompanhados da declaração de Imposto de Renda.

Passaporte do Brasil
Para ter o visto D7 concedido é preciso comprovar a renda mínima exigida.

Já quem trabalha remotamente, pode demonstrar o valor necessário com comprovantes de pagamento de salário e cópia do Imposto de Renda.

Para outras situações, como rendimentos de aluguéis ou lucros de participação em empresas, os comprovantes dessas operações ou dos recebimentos dos aluguéis são válidos como comprovantes, também com Imposto de Renda. Nesse caso, o contrato social ou contrato de locação do imóvel também deve ser juntado à documentação.

Por fim, não esqueça também de apresentar um comprovante de que os meios financeiros estão disponíveis em uma conta bancária em Portugal.

Requisitos para aplicar ao visto D7

O primeiro requisito é se encaixar em alguma das situações previstas para o visto D7 para morar em Portugal, que são:

  • Pessoas que recebam aposentadoria;
  • Pessoas que recebam rendimentos de aluguel de imóveis, de bens imóveis, de aplicações financeiras ou outros semelhantes;
  • Para religiosos que vão exercer atividades em Portugal.

O segundo requisito é apresentar comprovantes que demonstrem que você possui a renda exigida para obter o visto, que é solicitado através da VFS Global, de acordo com os critérios explicados neste artigo.

Visto D7 para nômades digitais

O visto D7 não é o mais indicado para os nômades digitais, principalmente para quem não possui contrato de trabalho, já que a comprovação da renda não é tão simples dessa forma.

Apesar disso, conhecemos alguns casos de pessoas que conseguiram obter esse visto mesmo sendo nômade digital. Se você quiser entender como isso acontece, confira o artigo Visto D7 para nômades digitais em Portugal.

Mas lembre-se, nós recomendamos o pedido de visto D2 para quem trabalha nesse formato remoto. Se está em dúvida se deve solicitar o visto D2 ou o visto D7, confira como saber qual é a melhor opção para o seu caso.

Com a renda para o visto D7 é possível viver em Portugal?

Depende.

Como sempre explicamos em nossos artigos sobre o custo de vida no país, os custos com o sustento podem mudar bastante de acordo com o seu estilo de vida e com a maneira como costuma organizar prioridades de gastos mensais.

Outro fator importante é que o orçamento mensal em Portugal também depende da cidade em que você vai escolher viver, pois há muita diferença em relação ao custo de vida, principalmente no preço dos aluguéis. Em em cidades maiores, como é o caso de Porto e Lisboa, alugar um imóvel costuma sair caro.

Mas voltando ao nosso exemplo lá do começo do artigo, podemos dizer que o valor mínimo exigido deixa o orçamento bem justo, podendo ser uma opção mais viável em cidades menores onde o aluguel é mais barato.

Em geral, para um casal sem filhos ter uma vida sem apertos em Portugal, nós indicamos um orçamento mensal de cerca de 1.800€. Confira informações mais detalhadas sobre os gastos mais comuns em nosso artigo sobre o custo de vida em Portugal.

Como viver em Portugal?

Para ajudar no seu planejamento para morar em Portugal, criamos o Programa Morar em Portugal. Ele ajuda você em assuntos como esse, para que você possa fazer as contas e ter uma ideia de quanto vai precisar gastar para viver no país.

O Programa tem videoaulas, um ebook com todas as informações necessárias atualizadas e um grupo privado para tirar dúvidas e conversar com outras pessoas que também estão fazendo seus planejamentos. Confira!