Budapeste é a capital da Hungria e uma cidade muito turística, com uma arquitetura fascinante e muita coisa para fazer. Essa é a cidade que escolhi para morar e vou contar um pouco da minha experiência durante esse 1 ano de vida por aqui, além de falar um pouco sobre como é morar em Budapeste. Confira as dicas no artigo a seguir.

Afinal, como é morar em Budapeste?

Morar em Budapeste nunca esteve nos meus planos. Eu já estava morando em Portugal há aproximadamente 10 anos e pensei que era o momento de mudança. Minha expectativa era fazer um mochilão de volta ao mundo, trabalhando remotamente, mas foi mais difícil do que eu imaginava.
Como a volta ao mundo não deu certo, eu fui passar 2 meses na casa de um amigo em Taiwan. Durante esses 2 meses, consegui trabalhar remotamente para algumas empresas no Brasil, mas precisava de alguma coisa mais certa. Decidi então procurar empresas na Europa que precisavam de falantes de português.
A primeira vaga que encontrei foi através do Facebook, para trabalhar em Budapeste. Mandei o currículo e passei no processo seletivo. Cerca de um mês depois, já estava de mudança pronta para essa cidade que eu não conhecia e que ia ser a minha nova casa.

Como era a vida em Portugal

A minha mudança para Portugal foi bem planejada. Assim que me formei no Brasil, me candidatei para um estágio em um hotel em Portugal, pois sou formada em turismo. Passei no processo seletivo, tratei dos papéis (e tive a sorte de ter a minha cidadania italiana reconhecida apenas dois meses antes da viagem para Portugal) e pronto! Parti para a primeira viagem para a Europa.
Fiz o estágio durante cerca de 1 ano e, quando o tempo em Portugal estava acabando, resolvi que não queria voltar para o Brasil. Por ter nacionalidade italiana, essa decisão foi mais fácil, já que não precisei enfrentar muitas burocracias. Decidi me candidatar a um mestrado na Universidade da Beira Interior, fui aceita e comecei as aulas. Esse foi um momento incrível da minha vida em Portugal, conheci pessoas maravilhosas nessa jornada.

Trabalho em Portugal

Depois que terminei o meu mestrado, decidi também fazer o doutorado, mas na cidade do Porto em Portugal. Comecei o doutorado e, assim que o período de aulas terminou, comecei a trabalhar no país. Trabalhei em diversas empresas e áreas diferentes em Portugal.
Eu não tive problemas para arrumar emprego, pois eu tinha a documentação toda em dia. Conheci muitos brasileiros que estavam sempre preocupados com emprego e visto, e muitas empresas não gostam de contratar quem ainda não tem visto de trabalho.
Trabalhei durante muitos anos em Portugal, nem consigo me lembrar quantos anos ao certo. Depois acabei achando o mercado de trabalho meio saturado e com poucas oportunidades, por isso resolvi buscar vagas em outros países europeus.

Minha vida em Budapeste

A minha mudança para Budapeste foi muito rápida e, por sorte, eu tinha amigos que moravam aqui e me apoiaram nessa jornada. Amo Budapeste. A cidade é simplesmente incrível. Amo o transporte público daqui, nunca vi melhor em país nenhum. A arquitetura é tirar o fôlego, e toda vez que saio de casa fico de boca aberta vendo os prédios da cidade. Além disso, sou apaixonada pelos “ruin bars“, que são bares em prédios que estão em ruínas. O ambiente é bem legal, alternativo e vivem cheios de gente.

O que mais gosto de fazer na cidade

Gosto de andar ao redor do rio, parar para tomar uma cerveja e fazer piquenique nos parques. Passear pela cidade, parar para admirar o Castelo de Buda ou o Parlamento. É claro que tudo (ou a maioria das coisas) o que gosto de fazer é durante os meses de calor.

Cerveja em Budapeste
Foto do acervo pessoal de Julia Discacciati

No inverno, o que mais gosto em Budapeste é de patinar na pista de gelo e visitar a feira de natal.
Ah! Já estava esquecendo de uma coisa que eu amo aqui. Em Budapeste você pode levar o seu cachorro para quase todos os lugares. Quase todos mesmo! A maioria dos restaurantes, shoppings, mercados e cafés é “pet friendly“.

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O que eu não gosto em Budapeste

Não tem nada em Budapeste que eu possa dizer que eu não gosto. Não gosto muito do inverno, nem de ir ao mercado e não entender o que está escrito nas embalagens e não gosto de não conseguir conversar com os locais. Mas nada disso é “culpa” da cidade, é tudo limitação pessoal por não falar a língua com fluência.

O que eu pensei assim que cheguei em Budapeste

  • “Meu Deus! Nunca vou conseguir aprender essa língua (e estava certa)”;
  • “As pessoas aqui são muito lindas, nossa Senhora!”;
  • “Será que vou me acostumar com esse frio?”;
  • “Nossa, essa cerveja é muito barata!”;
  • “Gente, eles comem muito kebab”;
  • “Como assim amanhece às 4h da manhã?”;
  • “Gente, são “21h do dia”, não vai escurecer?”.

Turismo em Budapeste

Budapeste é uma cidade muito turística. Aqui não tem essa de “alta temporada” não, tem turista o ano inteiro. Às vezes é bem chato, por exemplo, no verão que tem muito turista, fica complicado frequentar nossos bares favoritos ou dar uma volta pelos pontos turísticos.

Parlamento Budapeste
Foto do acervo pessoal de Julia Discacciati

Já no inverno, a feira de natal fica cheia, as pistas de patinação também. Então, é preciso ter paciência. Mas, ao mesmo tempo, é muito bom ver a cidade viva, cheia de gente e com uma vibe bem legal.

E o idioma?

O idioma atrapalha, e muito. É uma das coisas que mais me incomodam. É muito difícil entender o que estão falando, impossível ler o que está escrito. Por sorte, muitas pessoas falam inglês aqui. E mesmo que não falem, elas tentam nos entender, fazem mímica e acabamos conseguindo “conversar”.
Quando cheguei aqui, eu até pensei em aprender húngaro, mas comecei a estudar e tive tanta dificuldade que desisti. Quem sabe no futuro me animo pra começar a estudar novamente.

Como é o custo de vida em Budapeste?

Muitas pessoas pensam que os países como Polônia, Hungria, República Tcheca têm um custo de vida baixo. Budapeste ainda está na lista de cidades mais baratas para viver na União Europeia. Mas, para ser sincera, o custo de vida em Budapeste não é tão barato.
Quando vivemos aqui e, principalmente quando temos experiência de ter vivido em outras cidades da Europa, percebemos que o custo de vida é mediano.
O que mais pega por aqui é o aluguel, que é muito caro comparado ao salário médio. Se formos comparar com as grandes cidades, como Londres, Milão, Lisboa (e várias outras), o custo de vida em Budapeste é até barato.
Vida em Budapeste
O custo médio de uma refeição no restaurante é 10€ (ou menos). Uma cerveja de 500ml não custa 2€ e um lanche no Mc Donalds também custa cerca de 8€. O transporte público é bem barato e funciona muito bem. Com o bilhete mensal, você pode ir de ponta a ponta da cidade.

O que ainda não fiz em Budapeste

Como já falei algumas vezes nesse artigo, Budapeste é uma cidade que tem muita coisa para fazer. Tenho um problema muito grande, que é não conhecer tudo da cidade quando eu me mudo pra ela (fiquei mais de 2 anos no Porto sem nunca ter ido ao Palácio de Cristal).
 Pista de gelo em Budapeste
Por causa disso, tem muita coisa que ainda não fiz em Budapeste. Vou aproveitar a oportunidade agora para fazer uma lista com o que eu ainda quero fazer e, quem sabe, mais tarde atualizo vocês sobre essas experiências. Confira a seguir:

  • Passeio de barco no Danúbio (eu até fiz um passeio, mas não foi o turístico);
  • Subir na citadela (uma das partes mais altas da cidade com uma vista top);
  • Ir em alguma terma: Budapeste é conhecida pelas diversas termas e nunca fui (eu sei, um absurdo);
  • Visitar a fábrica do Unicum, uma bebida típica daqui;
  • Beber uma cerveja em um rooftop. A cidade tem vários bares com vistas maravilhosas.

Vale a pena morar em Budapeste?

Quando faço uma retrospectiva da minha vida em Budapeste, eu com certeza digo que vale a pena morar na cidade. Aqui tenho qualidade de vida, um bom emprego, segurança e um leque de coisas para fazer. Além disso, a localização de Budapeste me dá a oportunidade de conhecer muitas cidades e países. Por exemplo, é possível em um fim de semana passear na Croácia, almoçar em Viena num domingo, passar a tarde em Bratislava.
Por isso, eu sou muito feliz aqui e muito agradecida por ter encontrado essa oportunidade e ter conseguido tudo o que consegui aqui. E para quem não conhece Budapeste ainda, fica a dica de não deixar essa cidade maravilhosa de fora do seu roteiro. É um lugar que vale a pena conhecer (e morar).
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