O Porto é uma cidade linda, com seus segredos e peculiaridades. Certamente ainda há muito a descobrir, mas aos poucos a cidade se revela, seja pelos aspectos positivos ou outros nem tanto. Existem algumas coisas que ninguém te conta sobre morar no Porto.
1. Encontrar bares com música ao vivo é uma raridade
No Porto, os bares e casas noturnas com música ao vivo são bem raros. Eventualmente pode haver um dia da semana com alguma atividade cultural, mas música nem sempre.
Não espere encontrar um barzinho, mesmo no auge do verão, com um cantor fazendo um showzinho de voz e violão ou uma banda completa.
Por outro lado, no verão, espere encontrar nas principais ruas da cidade vários cantores de rua, fazendo pequenos shows. Em alguns casos são bandas inteiras. No verão é difícil circular pelos principais pontos da cidade sem encontrar pelo menos um artista de rua cantando e tocando. Eu amo esses momentos e ele duram pouco, porque na maior parte do ano está: chovendo.
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CONHECER O EBOOK→2. Chove muito no Porto, muito mesmo
Espere um longo inverno chuvoso no Porto. A cidade é bem chuvosa, a partir de novembro/ dezembro, a chuva é constante. E não pense que termina em março, como no Brasil, um ditado famoso do Porto é “abril, águas mil”.
A deliciosa combinação de frio e chuva pode desagradar muitos habitantes de primeiro inverno, mas a verdade é que a cidade tem seu charme. No período espere encontrar em cada esquina as quentinhas e boas: castanhas assadas.
Mas sejamos honestos, nem só de maravilhas vive o período chuvoso do inverno, a época super úmida traz um problema bem chato: o mofo. Seja nas paredes que ficam extremamente úmidas nas casas, nos banheiros sem janela ou, ainda, nas roupas fechadas no guarda-roupas. Dica: compre todos os potes de sílica que puder e coloque em todos os armários da casa.
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3. Desista de não molhar na chuva
Que chove muito a gente já falou, né?! Mas tem uma das coisas que ninguém te conta sobre morar no Porto é que a chuva vem de todos os lados, inclusive do chão (é brincadeira, só para dizer que ela vem acompanhada de vento). Então, um simples guarda-chuva não vai solucionar em nada seu problema, sem contar que a chance dele quebrar com o vento é enorme.
Assim, se você não quiser gastar uma pequena fortuna com guarda-cuva e continuar se molhando, a dica é comprar (também) uma capa de chuva, de preferência daquelas que cobre até as pernas. E sapatos adequados, sempre! Nada de trazer aquela botinha simples do Brasil, ela precisa ter solado grosso e ser bem resistente para aguentar os 6 meses de chuva.
4. Não se compartilha garrafa na mesa do bar
Assim como acontece na maioria dos países europeus, o ato de beber é solitário, pelo menos em relação à garrafa. No Porto, não existe a tradição de pedir uma garrafa de cerveja com 4 copos e compartilhar. É mais comum cada um pedir a sua mini (garrafinha de 250ml) ou um fino (chopp).
Litrão então, só no supermercado. Mas existem alguns bares que servem torres de cerveja. Se for para compartilhar, tem que ser uma garrafa de vinho, esse sim está presente na maioria dos bares e pode ser compartilhada.
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5. Atendimento de bares tradicionais “à Porto”
Esse tema é controverso, e confesso que vem mudando um pouco. Mas o famoso atendimento “à Porto” dos bares tradicionais da cidade é considerado rude por alguns turistas, principalmente brasileiros.
Não se importe, é o jeito deles de ser, eles não querem ser mal-educados. Depois de anos na cidade a gente já diz: “vamos lá no bar tal, comer aquelas sandes maravilhosa e ser maltratado pelos garçons?”.
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6. A cidade é limpa, porém
Além da cidade ser limpa constantemente pelos caminhões que fazem varredura, as pessoas, no geral, não tem hábito de jogar lixo no chão. Mas uma das coisas que ninguém te conta sobre morar no Porto é que o mesmo não pode ser dito sobre as bitucas de cigarro.
As beatas, como são chamadas por aqui, estão por todos os lados, mesmo com a lei que multa os infratores, esse problema ainda pode demorar a ser resolvido.
7. As ruas são um campo minado… de coco de cachorro
A verdade é que é praticamente impossível andar por um quarteirão sem encontrar pelo menos um coco de cachorro. É triste, mas é um fato inegável sobre os moradores. Mesmo com campanhas locais e alguns pontos com saquinhos gratuitos pelas ruas, as pessoas tem coragem de deixar a merda (literalmente) no chão.
É muito comum andar pela cidade e se deparar com os animais defecando e os donos simplesmente seguindo seus caminhos sem para apanhar os dejetos. Esse problema também existe nos parques, mesmo os destinados exclusivamente para cães.
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8. Você pode ser atacado por uma gaivota
Dizem, que as gaivotas no Porto são maiores hoje do que eram antigamente, infelizmente elas se adaptaram a comer lixo e restos de alimentos. Não é incomum passar por algum lugar com comida dando sopa e encontrar uma gaivota. Mas cuidado, elas podem não ser muito dóceis.
O ataque propriamente dito não é comum, mas elas se tornam agressivas se você se aproximar da comida. Em algumas casas com quintal, por exemplo, quando as pessoas fazem churrascos, elas ficam a espreita esperando para roubar comida.
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9. São João e a sardinha
Muitas cidades brasileiras celebram o São João, mas em nada ele se parece com o do Porto. Celebrado no dia 24 de junho, o dia é especial e de festa, já que é o principal feriado municipal.
As pessoas saem as ruas, assam sardinhas na brasa na porta das casas, e batem um martelinho de plástico na cabeça das outras (sim, essa é a tradição). Outra tradição que soa muito estranha para nós, brasileiros, é soltar balões, eles fazem parte da festa e as pessoas se reúnem com amigos e familiares para soltar os bolões que iluminam os céus da cidade.
Ainda sobre iluminar os céus, há uma queima de fogos na ponto D. Luís, o evento reúne mais pessoas que o réveillon e é imperdível para quem vive na cidade.
10. O Porto e a Francesinha
Certamente você já ouviu falar da Francesinha, um famoso sanduíche local que leva, além de várias carnes, um delicioso molho picante. O prato é um dos mais simbólicos e famosos na cidade, mas uma das coisas que ninguém te conta sobre morar no Porto é: nunca diga a um portuense que não gosta de Francesinha, isso é um sacrilégio.
Por se tratar de um prato bem pesado, quase como uma feijoada no Brasil (no sentido de ser um prato difícil de comer), é comum que quem chegue na cidade não goste imediatamente. A verdade é que é uma questão de hábito e, também, de encontrar a Francesinha certa. Então, enquanto você não encontra a que mais gosta, peça recomendação para os amigos portugueses e se perguntado sobre o tema, já sabe, nada de dizer que não gosta.
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11. Os portuenses têm orgulho da cidade (e uma rixa com Lisboa)
Antes de mais nada, você precisa saber que existe uma rixa bem grande entre o Porto e Lisboa. Ela normalmente aparece nos detalhes. Por exemplo, no Porto não se pede uma Sagres, a Super Bock é a cerveja do norte de Portugal. Ainda nesse tema, também não se pede um imperial, é sempre um fino.
São muitas as expressões que identificam uma região e outra, de certa forma, a cidade do portuense é bem marcante.
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Bônus: por que Invicta?
Se você já esteve no Porto, provavelmente já ouviu a cidade ser chamada de Invicta. O motivo é de dar orgulho na população local: Porto nunca foi invadida.
Essa história remonta especialmente as Guerras Liberais em Portugal entre 1832 – 1833. No período, D. Pedro IV (o I do Brasil) lutava para garantir o direito ao trono português a sua filha, D. Maria II, a fim de implantar o liberalismo em Portugal. As tropas de D. Pedro IV foram cercadas no Porto, por D. Miguel, tendo o cerco durado mais de um ano.
O povo portuense teve papel fundamental nesse período ao apoiar as tropas, por causa disso, o coração de D. Pedro IV está no Porto, mais precisamente, na Igreja da Lapa.
Existem ainda muitos segredinhos sobre o Porto que você vai aprender quando chegar. Mas para quem já vive na cidade, deixe um comentário sobre quais as coisas que ninguém te conta sobre morar no Porto ficaram faltando?
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