Trabalhar como médico na Espanha significa atuar em um dos melhores sistemas de saúde do mundo e, ao mesmo tempo, poder viver em um país com qualidade de vida e segurança.

Neste artigo, vamos explicar qual o passo a passo você deve seguir, quais são os documentos exigidos e, vamos falar também sobre o exame MIR, fundamental para quem deseja fazer a residência médica na Espanha. Portanto, se você tem interesse neste assunto, fique conosco até o final!

Como é ser médico na Espanha?

Ser Médico na Espanha é trabalhar em um dos sistemas públicos de saúde melhor classificados do mundo, de acordo com estudo realizado pelo Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME) e publicado em uma das revistas britânicas da área da medicina com mais prestígio na Europa, The Lancet Publishing Group.

Segundo a análise realizada, a Espanha ocupa a oitava posição no ranking mundial como melhor sistema de saúde no qual participam 195 países.

A Espanha superou países como Itália, França, Alemanha, Estados Unidos, Canadá e o próprio Reino Unido, ficando com a mesma pontuação que países como Austrália, Finlândia, Suécia, Noruega e Holanda.

Isso só foi possível graças a uma política direcionada a investimento em tecnologia na área médica.

A verdade é que hoje, a Espanha possui uma grande rede de hospitais, ambulatórios e centros de especialidades para o atendimento dos pacientes e possui um dos atendimentos mais rápidos e eficazes de toda a Europa.

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Médico brasileiro pode trabalhar na Espanha?

Uma das perguntas mais frequentes de médicos brasileiros é justamente essa: É possível trabalhar como médico na Espanha? E a resposta é positiva, desde que todas as etapas sejam cumpridas.

Mas quais são essas etapas? Simples, a partir daqui vamos falar sobre cada uma delas. Mas, a sua primeira tarefa é fazer com que o país o reconheça como médico, ou seja, você precisa homologar o seu diploma médico na Espanha.

Como é processo de homologação de diploma médico na Espanha?

A Homologação de Diploma médico na Espanha é um processo que, atualmente, é bastante lento, podendo demorar entre 1 ano e meio e 2 anos para ser concluído.

O Ministério de Universidades já manifestou interesse em reduzir o prazo atual para apenas 6 meses, o que na prática, ainda não acontece.

Por outro lado, o que você pode fazer para tentar diminuir o tempo de análise é realizar o protocolo presencialmente na Espanha e com a documentação toda correta.

Lembrando que a análise dos documentos não é feita na hora do protocolo, mas sim durante o processo. Portanto, se houver alguma divergência na documentação ou se algum documento estiver faltando, você corre o risco de ter o prazo afetado ou, na pior das hipóteses, a homologação negada.

Mas quais seriam os documentos necessários? A verdade é que este ponto é muito particular, já que existem documentos básicos e fundamentais, e documentos complementares, que podem auxiliar a análise.

Documentação necessária

Basicamente, você vai precisar dos seguintes documentos:

  • Formulário preenchido corretamente;
  • Cópia autenticada do passaporte;
  • Certificado DELE, nível B2;
  • Cópia autenticada do diploma;
  • Cópia autenticada do histórico escolar;
  • Ementas do curso.

Em alguns casos, a apresentação da ementa é dispensada graças a um convênio da Espanha com algumas Universidades.

Vale ressaltar que toda a documentação emitida no Brasil deve estar apostilada e passar por tradução juramentada em espanhol.

Resultados possíveis

Tendo apresentado todos os documentos solicitados, existem 4 possibilidades de resultados, que são:

  • Quando o Ministério da Educação e Formação Profissional solicita alguns documentos adicionais, para ajudar na análise do seu caso;
  • Quando o Ministério nega a solicitação. Mas, é verdade que, na maioria dos casos, o Ministério solicita documentos adicionais para que o candidato à Homologação do diploma de médico na Espanha possa ajustar o processo;
  • Quando o Ministério solicita provas complementárias para conceder a resolução favorável, por isso, é muito importante pedir orientação sobre a documentação necessária. Em alguns casos, a documentação mínima não é suficiente;
  • Quando o Ministério emite a resolução favorável do seu caso.

Sendo a última hipótese, parabéns, você já está com o seu diploma de médico na Espanha homologado e já pode passar para o próximo passo.

Todo este processo é tão burocrático e difícil de ser acompanhado que o melhor a se fazer é pedir aconselhamento para profissionais especializados no tema. Por esse motivo, recomendamos os serviços da Madeira da Costa Sociedade de Advogados.

Já tenho o título validado, e agora?

A Homologação de Diploma médico na Espanha é um processo que, após concluído, possibilita que você se inscreva no conselho profissional correspondente de alguma província espanhola.

Você pode escolher onde deseja se inscrever, ou seja, em que província você vai ter o seu registro como médico na Espanha.

Se você for morar em Sevilha, por exemplo, pode realizar a sua inscrição no Colegio de Médicos de Sevilha. Por outro lado, se você for morar em Barcelona ou Madrid, pode optar por se inscrever no Colegio de Médicos de Barcelona ou no Colegio de Médicos de Madrid.

Com isso, você estará habilitado para o exercício da profissão no país como médico generalista de forma igualitária aos profissionais que possuem um título espanhol.

Como fazer residência médica na Espanha?

Como já mencionamos, com o seu diploma homologado e com a inscrição em um dos Colégios de Médico na Espanha realizada, você está apto para trabalhar como médico generalista.

Entretanto, se você desejar fazer a sua residência médica na Espanha, vai precisar passar pelo MIR.

Prova MIR na Espanha

O MIR, que significa Médico Interno Residente, é um exame nacional que dá acesso à residência médica nos hospitais públicos espanhóis.

Na Espanha não há possibilidade de fazer residência em hospitais particulares, por isso, se você quer realizar a residência médica no país, será obrigatória a realização do MIR. Assim, esse exame é necessário para você que se formou em alguma universidade espanhola ou homologou o seu diploma de médico na Espanha.

Normalmente, a prova acontece no final de janeiro de cada ano e é aplicada para todos os candidatos da mesma forma, independente da região do país, do hospital ou da especialidade.

Preenchimento de formulário de prova
O exame MIR é obrigatório para quem deseja fazer residência médica na Espanha.

No total são 200 perguntas de múltipla escolha e o tempo de prova é de 4 horas e meia. A cada resposta certa, o candidato recebe três pontos e a cada resposta incorreta perde um. A sua nota final será composta por 90% da prova MIR e 10% do seu expediente acadêmico.

No próximo ano, em 2023, serão colocadas a disposição 11.171 vagas de especialidade médica em todo o país. A grande surpresa está na Comunidade Autônoma da Andaluzia, que vai ofertar mais vagas (1.804) do que as principais regiões da Espanha, como a Comunidade de Madrid (1.790), a Comunidade Valenciana (1.044) e a Catalunha (1.784), segundo dados publicados no Boletim Oficial do Estado (BOE).

Estas quatro regiões da Espanha são as que mais disponibilizam vagas para especialidade médica, ultrapassando 50% da oferta de todo o país.

Precisa validar diploma para fazer residência?

Sim, para fazer a prova do MIR e ter acesso à residência médica, é necessário validar o seu diploma de médico na Espanha.

Entretanto, se você já possui especialidade médica no Brasil ou em outro país, você não precisa fazer residência na Espanha, você pode homologar também a sua especialidade.

Vale destacar que existem especialidades mais fáceis de homologar do que outras, dependerá da demanda. Se estiver faltando especialistas na Espanha, o processo será mais ágil.

De qualquer forma, em qualquer uma das hipóteses, será necessário validar o seu diploma.

Como encontrar vaga para médico na Espanha?

Neste ponto, é importante indicar onde você poderá trabalhar em cada etapa do seu processo de homologação de diploma médico na Espanha.

Por exemplo, você só poderá realizar concursos públicos ou só conseguirá obter um contrato por tempo indeterminado, se já tiver com a especialidade aprovada. Mas, você pode trabalhar em ambulâncias ou fazer plantões nesta fase da carreira de médico na Espanha.

Em algumas Comunidades Autônomas, como a Catalunha, por exemplo, parte da medicina pública é administrada por empresas privadas e, neste caso, não exigem a especialidade aprovada para trabalhar com contrato por tempo determinado. Assim, você pode trabalhar como especialista, apesar de não ter ainda a homologação da especialidade concluída.

Como é o sistema de saúde na Espanha?

Como no Brasil, a Espanha possui um sistema de saúde público e outro particular, com algumas diferenças, que é o que vamos comentar agora.

Em relação à saúde pública na Espanha, estima-se que 90% da população espanhola se beneficie deste sistema, sendo uma referência em caso de urgências.

Entretanto, ainda que o sistema seja gratuito e universal, para que você tenha direito a utilizar a saúde pública, deve contribuir com o Estado, ou seja, pagar impostos.

Mas a que tipo de impostos estou me referindo? As cotas da Segurança Social! Uma pessoa pode usar a saúde pública se é autônomo na Espanha ou se possui um trabalho como subordinado, que, nesse caso, é o empregador quem paga a Segurança Social.

Médico na Espanha trabalhando em um computador
Atuar em um principais sistemas de saúde do mundo é a grande vantagem de trabalhar como médico na Espanha.

Se você está aplicando para a autorização de residência não lucrativa ou se você é estudante, por exemplo, terá que contar com um plano de saúde particular, já que não contribuirá para a Segurança Social espanhola.

Em outras palavras, apesar de a Saúde Pública ser gratuita, você só possui direito se contribuir para a Segurança Social, ou seja, não é exatamente gratuita como no Brasil. Esta talvez seja a maior diferença entre os sistemas.

Sobre o sistema de saúde privado na Espanha, a maior diferença com Brasil é valor da cota mensal. Na Espanha existem planos de saúde a partir de 15 ou 20 euros por mês.

Um dado curioso é que, após a pandemia da Covid-19, a Espanha passou a adotar, na rede pública de saúde, um sistema mais restritivo e rigoroso de agendamentos e isso causou uma lentidão nas marcações.

Por esse motivo, muitas pessoas passaram a usar o sistema privado, o que é uma excelente notícia para quem é médico na Espanha, já que a demanda aumentou, subindo também o número de ofertas de trabalho.

Quanto ganha um médico na Espanha?

O salário médio de um médico na Espanha não é igual em todo o território nacional. Os médicos têm um salário médio anual bruto que varia em função da Comunidade Autónoma, da especialidade e da experiência, claro.

Considerando apenas a rede pública, os médicos recém-formados recebem um salário maior trabalhando em Múrcia, por exemplo, com um salário bruto de 4.190 euros mensais, segundo o portal Redacción Médica.

No entanto, um profissional de características similares, trabalhando em Navarra, obterá uma remuneração de 2.543 euros brutos por mês.

Por outro lado, os médicos mais experientes, na última fase da vida profissional, recebem um salário maior em Ceuta e Melilla, de aproximadamente 6.423 euros por mês. Nesta mesma fase da carreira, a Comunidade Autônoma de Canárias é a que menos paga para os seus profissionais de medicina, cujo salário é, em média, 4.745 euros brutos por mês, segundo o mesmo portal citado anteriormente.

Vale a pena ser médico na Espanha?

Claro que sim, já que, além de contar com um excelente sistema de saúde, trabalhando como médico, você vai poder morar na Espanha, um dos países mais seguros do mundo e com uma excelente qualidade de vida.

Portanto, se você está pensando em trabalhar como médico na Espanha, além de pesquisar por conta própria (o que também é necessário), você pode contar com a Assessoria Jurídica de profissionais especializados em Homologação de Diploma Médico na Espanha através do escritório, Madeira da Costa Sociedade de Advogados.

Portanto, se você chegou até aqui e está interessado em trabalhar como médico na Espanha, entre em contato, esclareça as suas dúvidas e solicite a assessoria com advogados especializadas na área.