Após um ano de pandemia em Portugal nada é o mesmo. Desde março de 2020, quando o país registrou o primeiro caso de COVID-19, a população local viveu longos meses de medo e rígidas medidas restritivas. A doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 transformou o país em muitas formas. Foram milhares de vidas perdidas, desemprego e incertezas que, no meio do caos, viram Portugal renascer em uma nova era de esperança, conexão e compaixão. Mas afinal, o que mudou em Portugal em um ano de pandemia?

Boas novidades após um ano de pandemia em Portugal

1. A vacinação já começou

Após incansáveis pesquisas e cooperações internacionais, foram desenvolvidas diferentes vacinas para imunizar a humanidade contra o novo Coronavírus.
Em 27 de dezembro de 2020 teve início a primeira de três fases da campanha de vacinação em Portugal, que pretende atingir a imunidade de grupo no início de agosto de 2021.
O plano de vacinação em Portugal está divido nessas três fases para grupos distintos:

  • A primeira fase é destinada a pessoas de grupos de risco ou maiores de 80 anos e profissionais da saúde na linha de frente, assim como funcionários de lares de idosos;
  • A segunda fase é para pessoas com mais de 65 anos ou com 50 a 64 que estejam no grupo de risco;
  • A terceira e última fase de vacinação está destinada a pessoas fora desses primeiros grupos que vivem em Portugal.

2. As compras online (finalmente!) se tornaram uma realidade no país

Durante a pandemia houve o maior aumento de compras online em Portugal desde 2002, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Ao contrário dos brasileiros, os portugueses costumavam ser naturalmente desconfiados de eCommerces, uma realidade que mudou completamente durante a pandemia.
Com as rígidas medidas de confinamento e comércios constantemente fechados, as pessoas viram-se obrigadas a experimentar fazer compras através da internet, o que também gerou um aumento da demanda por serviços de Marketing Digital.
No final de 2020 as empresas portuguesas atingiram o recorde de presença online: 60% dos negócios possuíam um website próprio, 20% a mais que o ano anterior, revelou um estudo desenvolvido pela ACEPI (Associação Portuguesa da Economia Digital) em parceria com a IDC.

3. O Home Office virou a realidade de muita gente

Embora o mundo corporativo português sempre tenha sido muito receoso quanto a trabalhar a partir de casa, a pandemia veio para mudar completamente essa visão.
Empresas e colaboradores tiveram que se adequar rapidamente ao home office quando, logo no primeiro estado de emergência e confinamento em março de 2020, foi instituído o regime de teletrabalho pelo governo português.
Durante a pandemia as normas variaram em rigidez, mas o teletrabalho tornou-se um grande aliado da produtividade e custo-benefício para a maioria da população.
Ainda que algumas famílias se adequem mais que outras, esse regime tem se mostrado muito popular entre jovens e atraído cada vez mais empresas internacionais e nômades digitais a terras portuguesas.

4. O preço dos aluguéis baixaram

Se por um lado entrou menos dinheiro no bolso dos trabalhadores durante a pandemia, também se tornou mais fácil pagar os aluguéis nos centros das cidades de Portugal.
Morar em Lisboa e outros centros urbanos de Portugal tornou-se mais barato. O ano de 2020 trouxe o maior declínio percentual de preços desde a crise em 2012, caíram em média 13,1%.
Os apartamentos nos centros das maiores cidades portuguesas estavam sendo alugados a turistas estrangeiros por períodos curtos a preços muito mais altos do que os moradores locais podiam pagar. Os menores preços tornaram as cidades mais amigáveis aos seus próprios moradores.

5. Delivery fez parte do dia-a-dia

Ainda no Boom da digitalização dos negócios, um dos setores que mais se modernizou em Portugal em um ano de pandemia foi o dos restaurantes.
A pandemia em Portugal gerou um boom de delivery de comida
Impedidos de receber clientes durante os confinamentos, vários estabelecimentos encontraram a solução para as vendas na entrega de comidas em casa.
Antes da pandemia, delivery de comida não era um hábito de consumo em Portugal como é no Brasil. Mas devido às medidas de confinamento, variando dependendo da região e severidade do vírus, as pessoas passaram a valorizar mais e mais essa alternativa.
Um dos maiores aplicativos de entrega de comida de Portugal, o Uber Eats, registrou um aumento de vendas de 160% só no primeiro semestre de 2020 em terras portuguesas, com previsão de crescimento para 2021.

6. Novos pequenos negócios surgiram (e têm conquistado muita gente)

A crise que veio com a pandemia em Portugal trouxe também a necessidade das empresas se reinventarem. Muitas pessoas ficaram sem clientes ou sem emprego e viram no empreendedorismo uma luz no fim do túnel.
Entre as áreas mais exploradas pelos novos empresários estão as padarias, artesanato e aulas online, sempre aproveitando das redes sociais para divulgação.
Para completar, a preferência pelas compras de produtores locais tem se tornado cada vez mais comum entre as pessoas em Portugal, uma vez que esse ato passou a ser visto como uma forma de colaborar com a economia do país.

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7. A burocracia está em vias de se tornar mais digitalizada

Enquanto antes da pandemia resolver assuntos burocráticos em Portugal levava horas em visitas a órgãos governamentais com longas esperas nas filas, hoje em dia as coisas estão (um pouco) menos complicadas.
Muitos serviços públicos, como Conservatórias de Registos Civis, Finanças e Juntas de Freguesias, passaram a facilitar os atendimentos através de marcações online ou digitalizar inteiramente processos mais simples.
Quanto menos tempo passamos na rua, menos nos expomos ao vírus.

8. Maior oferta de consultas médicas online

A procura por consultas médicas online também aumentou durante a pandemia. Sem sair de casa e com um vírus lá fora, cuidar da saúde nunca foi tão importante.
Várias novas plataformas se desenvolveram muito em 2020 para cobrir a demanda, tanto no Sistema Nacional de Saúde (SNS), quanto no sistema privado.
Além de prestarem um serviço de igual qualidade às consultas físicas, essa alternativa também evita o deslocamento desnecessário e ajuda a desafogar os hospitais, que estão mais ocupados tratando os doentes de COVID-19.
A procura por consultas online de psicologia também aumentou bastante desde a primeira quarentena, afinal, a saúde mental importa e tem se tornado um tópico cada vez mais abertamente discutido pelos portugueses (finalmente).

9. Ações de solidariedade se tornaram mais frequentes

Tempos difíceis pedem muita compaixão e união entre as pessoas. Durante a pandemia em Portugal não foi diferente.
Centenas de novas obras de caridade e arrecadações de fundos de solidariedade foram realizadas ao longo do ano para ajudar os trabalhadores da saúde e os cidadãos mais impactados com os efeitos da economia.
Serviços de voluntariado se renovaram para ajudar o próximo até mesmo a partir de casa através de videochamadas.

10. O interior de Portugal foi redescoberto

Com tantas famílias trabalhando e estudando em regime de home office, morar perto do emprego deixou de ser tão importante.
Os baixos preços das vilas interioranas de Portugal somados à qualidade de vida e espaço ao ar livre, especialmente das regiões do Centro Norte e Alentejo, passaram a atrair trabalhadores dos centros urbanos para se mudarem para as zonas rurais.
A pandemia em Portugal gerou a valorização do interior do país
Durante as férias de verão de 2020, mesmo com o Coronavírus à solta, os portugueses foram muito encorajados pelo governo a conhecerem o próprio país e suas belezas naturais ao invés de viajarem para o exterior.
Atrações portuguesas de turismo natural passaram a ser mais visitadas e valorizadas entre a população local, como o Parque Nacional Peneda-Gerês e as praias do Algarve.
Saiba como está sendo viajar dentro da europa na pandemia.

11. A venda de livros aumentou

Conforme aumentou o tempo que as pessoas passaram em casa, aumentou também a procura por livros no comércio digital.
Pedro Falé, o diretor comercial da Fnac Portugal que possui um dos maiores eCommerces literários do país, disse ao Jornal Eco que as vendas online na pandemia “quase que triplicaram em algumas categorias de livros”.
Ao passarem tanto tempo de quarentena fechados em casa, as pessoas durante a pandemia em Portugal decidiram valorizar o bom hábito da leitura. Ler um bom livro foi e continua sendo uma opção fantástica para sobreviver ao confinamento.

As piores notícias da pandemia em Portugal

1. Perdemos mais de 16 mil pessoas para o vírus, especialmente idosos

Em março de 2021 Portugal já contabiliza mais de 16 mil mortes de vítimas do COVID-19, em sua maioria na região do Norte, seguido de Lisboa, Centro, Alentejo, Algarve, Madeira e Açores.
O ano novo começou com um novo pico de casos e vítimas da doença, como triste resultado dos desrespeitos às normas de distanciamento social nos feriados de natal e ano novo.
O confinamento que seguiu esse pico já fez com que os índices de novos contágios baixassem novamente, e no mesmo período somou-se mais de 200 mil pessoas vacinadas e mais de 600 mil pessoas curadas em Portugal.
Em um ano tão difícil, lidar com a distância da família foi ainda mais doloroso, especilamente quando se tem que lidar com perda de entes queridos morando no exterior. Conheça a experiência de quem passou por isso.

2. Tivemos (até então) 12 estados de emergência com muitas medidas restritivas

Desde março de 2020 até março de 2021, Portugal viveu um total de 12 estados de emergência com variações de medidas restritivas como o confinamento obrigatório, fechamento do comércio, obrigatoriedade do uso de máscaras na via pública, etc.
O governo português se mostrou unido e tem guiado o país conforme as indicações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para atravessar esse momento inédito na história.
Foram 12 estados de emergência com no mínimo 15 dias de confinamento cada. 180 dias. Portugal passou meio ano de quarentena.
As medidas tornaram-se mais rígidas conforme o número de novos casos de COVID-19 aumentava. Outro fator determinante das medidas restritivas esteve relacionado com a região do país e a gravidade da situação local.
O dia-a-dia em ambientes fechados foi especialmente difícil para quem vivia nas zonas urbanas das grandes cidades, Lisboa e Porto, que apresentaram os maiores índices de COVID-19.

3. Os atendimentos de saúde não-COVID estão todos atrasados

Enquanto a pandemia em Portugal fez com que os esforços dos trabalhadores da saúde se focassem no tratamento de doentes de COVID-19, os atendimentos médicos de outras origens foram atrasados.
A Ordem dos Médicos portuguesa alertou em julho de 2020 que já haviam sido contabilizadas 39 milhões de consultas e 93 mil cirurgias canceladas.
Milhões de atendimentos tiveram de ser prejudicados para que os hospitais portugueses dessem conta da demanda de trabalho no tratamento dos pacientes com o novo Coronavírus. Afinal, Portugal precisa de mais médicos? Esse artigo explica.

4. A economia piorou 7,6%

Em outra estatística, o INE publicou que o Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal, o maior indicativo do comportamento da economia, caiu 7,6% no ano de 2020. Em 2019 o PIB português havia crescido 2,2%.
Durante a pandemia em Portugal o turismo e a economia despencaram
Foi uma queda mais suave do que as estimativas mais otimistas e não tão má quando em comparação com vizinhos europeus, França que teve uma queda do PIB de 8,3% e da Espanha com uma queda de 11%.
Levando em conta que milhares de pessoas em Portugal dependem do turismo e serviços em restaurantes e que essas áreas foram as mais afetadas durante a pandemia, o país ainda terá muitos desafios pela frente.

5. Há mais desemprego

Não foi um ano fácil para a classe trabalhadora em Portugal. Assim como aconteceu na crise de 2008, Portugal sentiu os efeitos da crise econômica externa rapidamente.
Segundo dados do INE, a população desempregada no país em 2020 aumentou 3,4% em relação a 2019.
Um dado da mesma pesquisa ainda mais alarmante mostra que a quantidade de jovens entre 15 e 34 anos sem emprego nem estudo aumentou 22,1%. Foi um período especialmente difícil para aqueles que estavam tentando entrar no mercado de trabalho.

6. Os atendimentos do SEF, que já estavam atrasados, estão ainda mais

Responsável pela documentação dos imigrantes, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) se viu incapaz de dar conta do alto número de atendimentos atrasados durante a pandemia em Portugal.
A emissão e renovação de vistos e títulos de residência aos imigrantes, que garantem a legalidade das suas estadias no país, foram profundamente impactadas pelos confinamentos obrigatórios que impediram os atendimentos de acontecerem.
Ao longo de 2020 o SEF teve de fechar, cancelar e adiar atendimentos, o que acabou por implicar a milhares de imigrantes uma situação incerta.
Embora o Governo tenha estendido o prazo de validade de documentos de vários estrangeiros em Portugal até março de 2021, muitas pessoas ainda estão à espera de um reagendamento para conseguirem se regularizar conforme a lei.
Até lá, Portugal garante que, independentemente da situação legal do estrangeiro em solo português, ele terá acesso aos serviços públicos de saúde e educação.

7. O ensino foi prejudicado durante a pandemia em Portugal

Assim como na maioria dos países europeus, Portugal teve períodos de confinamento obrigatório em que as escolas e creches tiveram que ser fechadas. Foi dado o início da era do ensino à distância.
Crianças, adolescentes e adultos em todo o país passaram a ter de fazer os estudos em casa, com aulas em casa através do computador ou da televisão, no caso do ensino público.
A pandemia em Portugal obrigou milhões de estudantes ao ensino à distância
Embora algumas famílias tenham se adaptado a esse sistema com facilidade, muitos pais tiveram dificuldade em conciliar o home office com o cuidado dos filhos em aulas online e a gestão do lar.
Entre os estudantes, muitos se saíram prejudicados com a modalidade à distância e, segundo o ministro da Educação português Nuno Crato, vão precisar de cuidados especiais para não se atrasarem no futuro.

O que podemos esperar do Pós-Pandemia em Portugal?

O período do pós-Pandemia, que parece estar tão perto mas ao mesmo tempo tão longe, é o sonho de todo o mundo.
Como Portugal vai estar quando tudo voltar ao normal? E que normal será esse? Nós podemos apostar que:

  • O teletrabalho estará mais presente na vida das pessoas em Portugal;
  • Serão mais valorizados os produtos locais do que os importados;
  • O comércio digital é uma tendência certa, a internet veio para ficar;
  • Serviços públicos ficarão mais eficientes com a digitalização da burocracia;
  • O turismo vai voltar a bombar e a economia vai voltar a crescer;
  • O interior de Portugal será mais explorado por turistas e locais em home office;
  • Novos empreendimentos surgirão como forma de escapar do desemprego.

O plano de vacinação do governo de Portugal prevê que a imunidade de grupo no país seja atingida em agosto de 2021.
Espera-se que até o final do ano o número de novos casos de COVID-19 caia e as pessoas possam mais uma vez sair à rua sãos e salvos.
Nós em Portugal não vemos a hora de sair à rua e abraçar nossos amigos queridos à vontade. Tem sido um ano intenso e confuso, mas pelo menos pudemos aprender com ele.
Até estarmos de fato vivendo a pós-pandemia, ficamos em casa, respeitamos os decretos e esperamos pacientemente as nossas vacinas.
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