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Passageiro entregando o passaporte a agente da imigração.
Inglaterra

ETA UK: conheça a autorização de viagem para o Reino Unido

Planeja viajar para o Reino Unido em breve? Então, é importante conhecer a ETA UK, uma autorização eletrônica de viagem que elimina a necessidade de solicitar visto para países elegíveis. Neste artigo, explicamos o que é esse documento, como funciona, custos e muito mais. Acompanhe! O que é a ETA UK? A ETA UK é uma Autorização Eletrônica de Viagem que permite que viajantes de países elegíveis visitem o país para turismo, negócios, estudo, visitar amigos e familiares, e trabalhar por até 3 meses com o visto de Trabalhador Criativo. Ao obter essa autorização, que está vinculada eletronicamente ao passaporte, os estrangeiros podem permanecer por até seis meses na condição de visitante e fazer múltiplas entradas no Reino Unido em um período de 2 anos após sua concessão. Qual o objetivo da ETA no Reino Unido? A ETA faz parte do plano do Reino Unido cujo objetivo é digitalizar as suas fronteiras nos aeroportos até o final de 2025. É uma autorização de viagem digital semelhante ao ESTA dos Estados Unidos. De forma simples, a ETA permite a coleta de informações precisas sobre o número de pessoas que viajam para os países do Reino Unido e de onde elas estão partindo. A intenção é que a segurança nas fronteiras seja reforçada através do rastreio dos passageiros antes mesmo de viajarem e, assim, permitir que potenciais ameaças sejam identificadas mais cedo. Como a ETA UK funciona? A ETA UK não é um visto para Inglaterra ou outro país do Reino Unido, mas funciona de forma semelhante. Ao chegar ao país ou atravessar fronteiras, os viajantes terão que digitalizar o passaporte (o mesmo que utilizaram para solicitar a ETA) e a autorização de entrada é verificada eletronicamente de forma simples e prática. Quem precisa solicitar a ETA UK? A ETA UK é obrigatório para todos os estrangeiros que entram no Reino Unido sem visto para uma estadia de no máximo 6 meses a partir de 2024. Por enquanto, apenas os cidadãos do Catar precisam solicitar a nova autorização de viagem no Reino Unido. Os visitantes dos países listados abaixo também deverão solicitar a ETA a partir de 1º de fevereiro de 2024: Barein; Jordânia; Kuwait; Omã; Emirados Árabes Unidos; Arábia Saudita. Como a ETA funciona para quem tem cidadania europeia? A ETA funciona da mesma forma para todos os estrangeiros que podem viajar para o Reino Unido sem visto se permanecerem por um período máximo de seis meses, incluindo quem tem cidadania europeia de um país de fora do bloco britânico. [caption id="attachment_158349" align="alignnone" width="750"] Por conta do Brexit, cidadãos europeus também deverão solicitar a ETA UK.[/caption] O novo sistema, introduzido pelo Ministério do Interior, exigirá que os visitantes solicitem e paguem a ETA UK antes da viagem. A autorização será obrigatória para todos os estrangeiros que visitam o Reino Unido, exceto para aqueles que possuem cidadania britânica e irlandeses. Países onde a ETA deve ser solicitada A ETA UK está sendo introduzida em diferentes fases para viajantes de diferentes nacionalidades. As datas divulgadas pelo governo até o momento de publicação deste artigo foram as seguintes: 25 de outubro de 2023: disponível para cidadãos do Catar; 15 de novembro de 2023: obrigatório para catarianos; Fevereiro de 2024: disponível para cidadãos do Barein, Jordânia, Kuwait, Omã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. Atualmente não há data para quando todas as outras nacionalidades isentas de visto deverão solicitar a ETA UK, incluindo o Brasil. Por isso, os viajantes devem se manter atualizados com as mudanças na imigração do Reino Unido para garantir que se inscrevam no momento certo. A ETA UK já está em vigor? Sim. A ETA UK entrou em vigor em outubro de 2023, quando ficou disponível apenas para os cidadãos do Catar. Assim como adiantamos acima, os cidadãos de Barein, Jordânia, Kuwait, Omã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita também poderão solicitar a ETA se viajarem para o Reino Unido a partir de 1º de fevereiro de 2024. Quando será obrigatório para os brasileiros? Ainda não há previsão de quando a ETA UK será obrigatória para os brasileiros, mas a expectativa é que seja em 2024, quando outros países serão incluídos na lista de nações que terão que apresentar a autorização. Quer entender melhor como essa nova autorização irá funcionar? Assista o vídeo abaixo do canal Apure Guria e veja uma explicação detalhada sobre a ETA. Onde solicitar a ETA para entrar no Reino Unido? A Autorização Eletrônica de Viagem pode ser solicitada online pelo aplicativo da UK ETA ou através do site oficial do governo. O processo é rápido e pode ser realizado em poucos minutos. Como solicitar ETA UK? A solicitação da Autorização Eletrônica de Viagem pode ser realizada online pelo site oficial do governo ou pelo aplicativo UK ETA através do: Preenchimento de um formulário; Envio da foto do passaporte; Pagamento da taxa. Nos próximos tópicos, detalhamos os documentos necessários e como preencher o formulário de solicitação corretamente. Acompanhe! Documentos necessários Solicitar a ETA UK online é rápido e fácil. No entanto, é importante reunir os documentos e informações corretas antes de iniciar sua inscrição. De modo geral, você precisará das seguintes informações e documentos para pedir a sua Autorização Eletrônica de Viagem: Passaporte original válido com o qual você viajará; Endereço de e-mail; Cartão de crédito ou débito, Apple Pay ou Google Pay; Upload ou foto do passaporte; Upload ou foto do rosto da pessoa que se inscreveu. Para ter sucesso ao solicitar a ETA UK, é essencial se certificar de que todas as informações estejam corretas e correspondam a seu passaporte. Como preencher o formulário? Os viajantes para o Reino Unido precisam seguir alguns passos simples para preencher o formulário de solicitação pelo aplicativo da ETA UK. Essas etapas incluem: Instale o aplicativo UK ETA no seu smartphone (disponível para Android e iOS); Tire uma foto da página de foto do seu passaporte; Escaneie o chip biométrico do seu passaporte, se aplicável; Escaneie seu rosto para confirmar sua identidade; Tire uma selfie com fundo liso, sem sombras ou objetos; Responda a algumas perguntas básicas sobre sua viagem; Efetue o pagamento da taxa com cartão de crédito ou débito, Google Pay ou Apple Pay; Em seguida, o número de referência da ETA será enviado e um e-mail de confirmação; Aguarde a decisão, que geralmente é enviada por e-mail dentro de 3 dias úteis. Quando aprovado, a ETA UK será digitalmente vinculado ao passaporte usado na aplicação. Durante a viagem, você só precisará mostrar o documento para ingressar no Reino Unido ou atravessar fronteiras. Atenção: os inscritos precisam preencher todos os dados solicitados no formulário de inscrição online. As informações fornecidas devem estar corretas ou poderão ocorrer atrasos e até rejeição do pedido. A ETA UK pode ser recusado? Sim! A ETA UK não garante a entrada no Reino Unido e pode ser negado no momento da aplicação devido a problemas nas informações fornecidas ou a critério dos agentes de imigração nos postos de controle em portos e aeroportos. O que fazer diante da recusa? Caso o seu pedido da ETA UK seja negado e você precise mesmo viajar para o país, deverá solicitar um dos seguintes vistos: Standard Visitor Visa: visto padrão para turismo, intercâmbio (cursos de até 6 meses) e outras atividades permitidas durante 180 dias; Creative Worker Visa (Temporary Work): destinado para quem planeja trabalhar no Reino Unido como trabalhador criativo, como ator, dançarino, músico ou membro de uma equipe de filmagem; Transit Visa: visto para passar pelo Reino Unido a caminho de outro país. Quanto custa a ETA UK? A inscrição na ETA UK custa £10, cerca de R$62 na cotação do dia 11 de dezembro de 2023. O pagamento poderá ser feito através do cartão de crédito ou cartão de débito internacional, também pela internet pelo Apple Pay e Google Pay. Prazo de entrega da Autorização de Viagem Eletrônica para o Reino Unido O prazo de entrega da Autorização de Viagem Eletrônica para o Reino Unido é de até 3 dias úteis. [caption id="attachment_158350" align="alignnone" width="750"] Viajantes com pedido de ETA UK recusado devem solicitar um visto. Portanto, atente-se ao planejamento.[/caption] Após esse período, a ETA UK será vinculado digitalmente ao passaporte informado no momento da inscrição. Os viajantes devem solicitar a ETA antes de viajar para o Reino Unido, mas é possível viajar para o país enquanto aguarda a decisão. Qual a validade da ETA após a emissão? A validade da ETA UK é de 2 anos após a emissão e poderá ser usado para múltiplas entradas no Reino Unido durante esse período. No entanto, se você obter renovar o passaporte, será preciso solicitar uma nova autorização. Vou viajar para o Reino Unido em 2024, já tenho que pedir a ETA? Não neste momento.  Até a data da publicação deste artigo, a ETA não estava disponível para cidadãos brasileiros. Embora a previsão é de que o país seja incluído na lista em 2024, não foi divulgada uma data exata até a publicação deste artigo. Contudo, assim que o governo do Reino Unido divulgar essa data, os viajantes brasileiros deverão solicitar a ETA com até 7 dias de antecedência do dia da viagem. O que acontece se eu esquecer de pedir a ETA para entrar no Reino Unido? O embarque em portos e aeroportos, assim como a entrada na fronteira, será provavelmente negado ao estrangeiro que tentar viajar sem a ETA UK exigido. Por isso, é importante solicitar a autorização com pelo menos 7 dias de antecedência da data prevista da viagem. E se eu perder o documento da ETA UK? A ETA UK é vinculado eletronicamente ao passaporte que será utilizado durante a viagem, e as informações ficam armazenadas no banco de dados do governo do Reino Unido. Sendo assim, por não se tratar de um documento físico, não há risco de perda. A autorização eletrônica vinculada ao passaporte dispensa o visto para alguns países e facilita estadias de até seis meses. Embora ainda não seja obrigatório para brasileiros, é essencial acompanhar as atualizações do governo sobre essa autorização de viagem. Quer saber mais como é viver no Reino Unido? Acompanhe os nossos artigos e confira também o ebook Como Morar na Inglaterra com o passo a passo completo para viver no país.

Visão panorâmica do Bibby Stockholm no Reino Unido.
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Bibby Stockholm: a embarcação vem causando controvérsias no Reino Unido

O Bibby Stockholm, a embarcação no Reino Unido destinada a abrigar requerentes de asilo, se tornou o foco de uma controvérsia que envolve questões de segurança, legalidade e condições de vida. A iniciativa do governo britânico pretende reduzir a pressão sobre o sistema de asilo e evitar travessias arriscadas no Canal da Mancha. No entanto, a medida tem gerado protestos e críticas importantes ao redor do mundo. Acompanhe abaixo mais detalhes sobre o que é o Bibby Stockholm e as principais críticas e acusações. Embarcação abriga requerentes de asilo O Bibby Stockholm é uma embarcação no Reino Unido, localizada no porto de Portland, projetada para acomodar até 500 requerentes de asilo. A embarcação foi alugada pelo governo britânico e está ancorada numa área privada do porto da ilha de Portland desde 18 de julho de 2023. A embarcação possui 222 quartos privativos e será usada para acomodar homens adultos solteiros com idade entre 18 e 65 anos. A medida é uma forma de aliviar a pressão sobre o sistema de asilo hoteleiro do Reino Unido. Espera-se que a permanência média na embarcação seja de 3 a 6 meses. Governo quer economizar e reprimir travessias de imigrantes A embarcação é parte de um plano do governo britânico para evitar travessias arriscadas do Canal da Mancha. Assim, o governo alega que essa estratégia economiza dinheiro, mas críticos questionam a eficácia e a legalidade dessa medida. Em 2022, 45% dos pedidos de asilo no Reino Unido foram feitos por pessoas que chegaram ao país por mar em embarcações improvisadas. Tradicionalmente, essas pessoas eram acomodadas em hotéis adaptados ou instalações institucionais enquanto aguardavam a avaliação dos seus pedidos de asilo. No entanto, o governo optou por reduzir esses custos e alugou o Bibby Stockholm como a primeira de uma série de alternativas para acomodar os requerentes de asilo, visando economizar recursos públicos. Projeto de lei “Stop the boats” Essa embarcação é uma das iniciativas relacionadas à lei de endurecimento da migração no Reino Unido, como parte das promessas feitas pelo primeiro-ministro inglês, Rishi Sunak, ao povo britânico no início de 2023. O projeto de lei “Stop the boats” (Parem os barcos) faz referência ao fato de mais de 45 mil pessoas terem atravessado o Canal da Mancha em embarcações de pequeno porte em 2022, buscando asilo no Reino Unido. Esse projeto de lei tem como propósito permitir a detenção e repatriação daqueles que chegam à Grã-Bretanha em embarcações pequenas, direcionando-os para países terceiros considerados “seguros”. Não há consenso sobre a legalidade da lei O governo argumenta que essa lei é importante para conter as chegadas pelo Canal da Mancha e outras rotas ilegais. No entanto, especialistas em direito alertam que alguns aspectos dessa nova legislação podem entrar em conflito com as leis internacionais que protegem os direitos dos refugiados. Denúncias e condições no Bibby Stockholm O Bibby Stockholm tem gerado bastante controvérsia em todo o mundo. Algumas pessoas descrevem a embarcação como uma “prisão flutuante” devido a preocupações com as condições de vida dos migrantes. Aliás, em agosto de 2023, requerentes de asilo foram removidos do navio após a descoberta da bactéria Legionella no sistema de água da embarcação. [caption id="attachment_156395" align="alignnone" width="750"] O Stop the Boats é um projeto criado para controlar a entrada de imigrantes ilegais no Reino Unido.[/caption] Por um lado, o governo britânico alega que a embarcação é uma solução econômica e segura. Enquanto isso, manifestantes e imigrantes fazem denúncias sobre as condições de vida no local. Más condições e falta de liberdade Desde que o Bibby Stockholm começou a receber imigrantes, há uma série de denúncias sobre as condições do local. Por exemplo, um requerente de asilo, que preferiu não revelar a sua identidade à BBC, descreveu a experiência como “difícil” na embarcação, comparando-a a uma “prisão flutuante”, enquanto se sentiu mais livre em um hotel. Os requerentes também alegam que se sentem presos e sem liberdade até mesmo para fazer reclamações. Inclusive, muitos, apesar de concederem entrevistas a jornais, preferem não ser identificados. Os que ficaram confinados a bordo da embarcação emitiram uma carta aberta, na qual relatam cansaço, preocupação com a família e constante tensão. Ainda, alguns estão medicados ou com problemas de saúde graves. Aliás, apenas cinco dias após chegarem os primeiros imigrantes, houve um risco de incêndio, uma tentativa de suicídio, além de um surto de legionela. Após o surto de legionella, o local foi evacuado. No entanto, dois meses depois os requerentes tiveram de retornar para a embarcação. Manifestações contra o Bibby Stockholm Em meio a esses acontecimentos, manifestantes protestam contra o Bibby Stockholm. Após o retorno forçado dos requerentes de asilo à embarcação, manifestantes da Just Stop Oil conseguiram impedir o ônibus que transportava os homens para o navio no porto de Portland, bloqueando a passagem para a ilha e alegando que o veículo os colocou em risco. É o que se vê no vídeo do The Telegraph. Ainda, cerca de 50 residentes e ativistas reuniram-se às portas do porto, para se opor ao retorno dos homens às instalações. Apesar das manifestações, os homens foram obrigados a voltar para a embarcação. Posição do governo britânico Segundo o governo britânico, essa é uma solução confortável e não criará problemas aos seus hóspedes, além de ser mais barata que o alojamento em hotel. O governo ainda afirma que as manifestações e denúncias são inaceitáveis. Segundo o Home Office (Ministério do Interior), há uma colaboração estreita com a polícia para garantir a implementação de medidas de segurança apropriadas. A situação do Bibby Stockholm permanece um tópico importante e sujeito a debates sobre a política de imigração no Reino Unido. Assista abaixo uma reportagem da BBC News Brasil que mostra o navio por dentro e o seu funcionamento, bem como as críticas dos imigrantes e o posicionamento do governo. Veja também que o Reino Unido vai exigir nova autorização de viagem para turistas e acompanhe o Euro Dicas para saber atualizações sobre esse caso do Bibby Stockholm e políticas de imigração no Reino Unido.

Entregando a autorização de viagem no Reino Unido.
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Reino Unido vai exigir nova autorização de viagem para turistas

A nova autorização de viagem criada pelo Reino Unido (ETA UK) é uma mudança significativa no processo de entrada de turistas no território britânico. A medida faz parte de um projeto ambicioso do governo para digitalização das fronteiras até 2025. Controle de viajantes vai funcionar ainda em 2023 O Reino Unido começará a implementar um programa de Autorização Eletrônica de Viagem (ETA) a partir do outono de 2023. O ETA é um novo requisito para pessoas que não precisam de visto para vir para o Reino Unido, mas dará permissão aos viajantes para visitá-lo. A Autorização Eletrônica de Viagem (ETA) funciona de forma semelhante ao ESTA dos Estados Unidos e ao ETIAS da União Europeia, como medida de segurança. Aqueles que solicitarem um ETA receberão permissão para entrar no Reino Unido e poderão: Permanecer por até seis meses para fazer turismo, visitar amigos e familiares, fazer negócios ou estudar; Passar até três meses no Reino Unido com a concessão do visto Creative Worker; Transitar pelo Reino Unido; O ETA aprovado será válido por dois anos e pode ser usado para múltiplas visitas ao Reino Unido. Se um viajante obtiver um novo passaporte nesse período, precisará obter um novo ETA. Algumas datas de lançamento já foram anunciadas A autorização de viagem no Reino Unido (ETA) começa a ser obrigatória em diferentes fases e com base na nacionalidade do viajante. As primeiras datas anunciadas pelo governo até o momento desta publicação foram as seguintes: Data Disponibilidade/obrigatoriedade da ETA 25 de outubro de 2023 Disponível para cidadãos do Catar 15 de novembro de 2023 Obrigatório para catarianos 1º de fevereiro de 2024 Disponível para cidadãos do Bahrein, Jordânia, Kuwait, Omã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos 22 de fevereiro de 2024 Obrigatório para cidadãos do Bahrein, Jordânia, Kuwait, Omã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos Os países que não foram citados no cronograma acima, inclusive o Brasil, ainda não precisam solicitar o ETA. Mas é preciso ficar atento, pois o governo do Reino Unido planeja adicionar mais nacionalidades ao programa no futuro. A previsão é que todos os cidadãos sem visto solicitem a ETA A ETA para o Reino Unido será exigida primeiro para titulares de passaportes emitidos pelo Catar. A seguir, a nova autorização de viagem será um requisito obrigatório para turistas dos seguintes países: Bahrein; Jordânia; Kuwait; Omã; Arábia Saudita; Emirados Árabes Unidos. O projeto do governo do Reino Unido é tornar a nova autorização de viagem um requisito obrigatório para todos os cidadãos sem visto, incluindo os europeus. A expectativa é que a maioria das pessoas receba rapidamente a nova autorização de viagem do Reino Unido. Os visitantes podem se inscrever desde a sua própria casa e não serão obrigados a visitar a embaixada no seu país de origem. É importante lembrar que os viajantes precisam cumprir com todos os requisitos para aplicação da nova autorização de viagem no Reino Unido para viajar sem visto, que será usada para visitas curtas para fins de turismo, negócios ou trânsito. Para permanecer no território por longos períodos, seja para estudar, trabalhar ou morar na Inglaterra, o estrangeiro ainda terá que solicitar o visto ou uma autorização específica de entrada no Reino Unido. Brasileiros precisarão do ETA para o Reino Unido Os cidadãos brasileiros precisarão solicitar o ETA para o Reino Unido porque o Brasil faz parte da lista de países cujos cidadãos são isentos de solicitar visto para turismo com até 180 dias de duração. Para solicitar o ETA, os viajantes brasileiros deverão atender os seguintes requisitos: Ter passaporte válido; Possuir um endereço de e-mail ativo; Realizar o pagamento da taxa do ETA. Ainda não há data para que o ETA seja exigido para turistas brasileiros. ETA não é um visto É importante lembrar que a ETA do Reino Unido para brasileiros não é um visto e não substitui esse documento. Portanto, quem planeja morar, estudar ou trabalhar na Inglaterra e outros países do Reino Unido por um período superior a 180 dias precisa solicitar o visto. Quanto vai custar? O ETA custará £10 por pessoa (cerca de R$62 na cotação de 4 de outubro de 2023). O candidato deverá fazer o pagamento em um cartão de débito internacional logo após a solicitação. [caption id="attachment_154874" align="alignnone" width="750"] A solicitação do ETAS UK será enviada online através do site oficial do programa.[/caption] Nem todos os cidadãos precisarão da autorização Por norma, os cidadãos britânicos, irlandeses e estrangeiros com permissão para viver, trabalhar ou estudar no Reino Unido não precisam solicitar a nova autorização de viagem. Os estrangeiros que moram na Irlanda e não são cidadãos irlandeses também não precisam solicitar a ETA, desde que cumpram todas as condições abaixo: Residir legalmente na Irlanda; Não precisar de visto para entrar no Reino Unido; Estar entrando no Reino Unido vindo da Irlanda, Guernsey, Jersey ou Ilha de Man. Mais controle e segurança na entrada no Reino Unido A ETA faz parte de um projeto audacioso do Reino Unido para digitalizar suas fronteiras nos aeroportos até o final de 2025. Tem como principal objetivo melhorar o controle da entrada de estrangeiros no território. A nova autorização de viagem fornecerá informações mais precisas sobre o número de pessoas que desembarcam no Reino Unido e os seus países de origem. Atualmente, as informações disponíveis não são exatas e baseiam-se apenas em pesquisas realizadas nos portos de entrada. Além de fornecer dados precisos sobre os estrangeiros, a implantação da ETA também tornará o Reino Unido um destino mais seguro. Isso porque, ao rastrear os passageiros antes do desembarque, as ameaças podem ser detectadas mais cedo. ETA coleta dados dos viajantes A ETA funciona como um sistema de análise dos visitantes antes da chegada ao Reino Unido. Na prática, os visitantes estrangeiros fornecem seus dados pessoais por meio de um formulário de solicitação online, que incluem: Nome completo; Data de nascimento; País de origem; Detalhes da viagem; Passaporte válido; Endereço de e-mail; Cartão de crédito ou débito para o pagamento da taxa. A partir disso, as inscrições serão processadas automaticamente. Apenas as aplicações mais complexas podem requerer a intervenção ou análise de funcionários da ETA.

Aparição do Rei Charles e da Rainha Camilla após a coroação
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Coroação do Rei Charles marca momento histórico no Reino Unido

Charles III é oficialmente soberano do Reino Unido. A coroação do Rei Charles aconteceu na manhã de 6 de maio, na Abadia de Westminster, no coração de Londres. O dia, considerado histórico, reuniu representantes do mundo todo, chefes de estado e celebridades, além das milhares de pessoas que acompanharam nas ruas e pela televisão. A cerimônia aconteceu diante de 2.200 convidados, foi mais enxuta, acessível e inclusiva sem renunciar aos rituais antigos e tradições. Confira mais detalhes sobre como foi a cerimônia de coroação do Rei Charles III e o que esperar de seu reinado. Rei Charles foi coroado O rei Charles III e a rainha consorte Camilla foram solenemente coroados na Abadia de Westminster no dia 6 de maio de 2023. A procissão para a Abadia de Westminster começou no Palácio de Buckingham. Chegando na Abadia de Westminster, o rei foi recebido por Samuel Strachan, um corista da Capela Real, que lhe deu as boas-vindas, como "filhos do reino de Deus" e em nome do "Rei dos reis”. O rei se sentou na Cadeira do Estado e realizou o Juramento de Coroação, comprometendo-se em defender a lei e a Igreja da Inglaterra, e fez o Juramento da Declaração de Adesão: "Eu, Charles, solene e sinceramente na presença de Deus, professo, testifico e declaro que sou um fiel protestante e que irei, de acordo com a verdadeira intenção das leis que garantem a sucessão protestante ao trono, defender e manter as referidas promulgações com o melhor de meus poderes de acordo com a lei”. Ainda, no momento da coroação, houve uma saudação de 62 tiros na Torre de Londres, com uma salva de seis tiros no Horse Guards Parade. Outros 21 tiros foram disparados em 13 locais em todo o Reino Unido, incluindo Edimburgo, Cardiff e Belfast, e em navios da Marinha Real. Charles também recebeu a coroa de St. Edward, adorno feito para o Charles II no século XVII e é usado apenas em coroações, desde então. Ou seja, Charles não deve usá-la novamente. Casada com o Rei, Camilla também foi coroada rainha consorte. Na prática, seu título não muda suas obrigações ou tratamento real. Ao fim do evento, o rei e a rainha consorte fizeram uma aparição na varanda do Palácio de Buckingham, com alguns membros da família, incluindo William e Kate. A cobertura completa da cerimônia e do cortejo do rei Charles pode ser vista no vídeo do canal do Jornal Observador. Principais convidados O evento contou com a presença da realeza, chefes de estados e convidados muito importantes. Alguns dos principais foram: Príncipe e a princesa de Gales, William e Kate; Príncipe Harry; O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak; O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira dama; O presidente da França, Emmanuel Macron; A primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden; O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, representando o Papa Francisco; Katy Perry; Lionel Richie; Emma Thompson. Ingleses acompanharam a coroação A coroação foi marcada pela diversidade e inclusão, com elementos de diversas religiões com representantes judeus, muçulmanos, budistas e sikhs. A música foi cantada em galês, escocês e gaélico irlandês. Além dos convidados especiais, milhares de pessoas assistiram à coroação. Feriado no Reino Unido, cerca de 18 milhões de pessoas assistiram o evento pela televisão e outras milhares foram às ruas de Londres, tanto turistas como pessoas que moram na Inglaterra. [caption id="attachment_146582" align="alignnone" width="750"] Os ingleses acompanharam a coroação do Rei Charles III ao vivo ou pela televisão.[/caption] No entanto, dados fornecidos pelo UK Broadcasters’ Audience Research Board (Barb) apontam que a cerimônia atraiu menos espectadores britânicos que o funeral da Rainha Elizabeth, em 2022, e o casamento do príncipe William e Kate Middleton, em 2011. Em ambos os casos, mais de 20 milhões de pessoas assistiram aos eventos. Rei Charles assume após o reinado da Rainha Elizabeth A mudança na monarquia britânica aconteceu já no dia 8 de setembro de 2022, quando o Rei Charles assumiu o trono no dia da morte de sua mãe, a Rainha Elizabeth II. O reinado dela foi o mais longo da história, a rainha ficou por 70 anos no trono. Ela assumiu a coroa aos 25 anos, em 1952. Por isso, Charles é o rei mais velho a ascender ao trono britânico, aos 74 anos, após passar a vida toda como sucessor. Dificuldades que o rei deve enfrentar O novo rei deve enfrentar dificuldades durante seu reinado, bastante diferentes das quais sua mãe teve de enfrentar. Confira os principais desafios para o Rei Charles. Economia e Política O Rei Charles assume o trono em um momento de crise econômica, política e energética no Reino Unido. Previsões apontam que até 45 milhões de pessoas terão dificuldades para pagar suas contas no Reino Unido em 2023. Aliás, isso já refletiu na própria cerimônia de coroação, considerada “mais barata”. Isso porque, quanto maior a crise econômica, maior a insatisfação da população com as regalias da monarquia. Na política, também há instabilidade. Logo após assumir o trono em setembro de 2022, a então primeira-ministra, Liz Truss, ficou apenas 49 dias no cargo, após a renúncia de Boris Johnson. Futuro da Commonwealth Charles também se tornou o chefe da Commonwealth, uma associação política de 56 países, principalmente ex-colônias britânicas. Porém, algumas dessas nações começaram a debater sua relação com a coroa britânica. Algumas nações como Barbados, já se tornaram uma república e não tem mais o soberano britânico como chefe de estado. Charles tem como desafio lidar com o difícil legado da escravidão nesses locais. Aliás, outros países da Commonwealth discutem abandonar a monarquia. Críticas à família real O apoio à Família Real Inglesa também está em baixa. É o menor em mais de 30 anos, de acordo com a British Social Attitudes Survey. Uma pesquisa do instituto YouGov apontou que 58% dos britânicos preferem um rei como chefe de Estado, já 25% que preferem uma pessoa eleita. Com os mais jovens os números são mais complicados, uma vez que apenas 32% dos entrevistados de 18 a 24 anos apoiam a monarquia. Outro detalhe importante é que sua mãe, a Rainha Elizabeth II, tinha uma indiscutível popularidade consolidada ao longo do tempo, um fardo adicional para o rei carregar, já que sua popularidade e carisma não são tão altos. Manifestações anti-monarquia Durante a coroação, houve protestos anti-monarquia nas ruas de Londres. O grupo antimonarquista Republic organizou uma manifestação na Trafalgar Square liderada pelo slogan para abolir a monarquia: “Nós abolimos a monarquia”. O grupo acredita que um monarca não é uma figura adequada para uma democracia madura. Embora nenhum incidente violento tenha ocorrido, vários manifestantes afiliados à República foram presos pela polícia no final do dia, incluindo o líder do movimento, Graham Smith. Conhecido por muitos anos como “A terra da rainha”, o Reino Unido vê novos ares com a coroação do Rei Charles. Resta esperar para saber como será seu reinado.

Reino Unido vai impedir que imigrantes ilegais entrem no país
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Reino Unido vai impedir que imigrantes ilegais entrem no país

Qualquer pessoa que entrar no Reino Unido ilegalmente será removida do país - assim estipula o projeto de lei apresentado na primeira semana de março ao Parlamento. A iniciativa é uma das cinco promessas feitas pelo primeiro-ministro inglês, Rishi Sunak, ao povo britânico no início do ano. O projeto de lei “Stop the boats” (Parem os barcos) é uma alusão ao fato de, em 2022, mais de 45 mil pessoas terem cruzado o Canal da Mancha em pequenos barcos para buscar asilo no Reino Unido. A questão da imigração ilegal no Reino Unido Atualmente, grande parte dos que recorrem a esta alternativa tentam se apoiar em leis que garantem direitos por questões humanitárias. Muitas vezes, porém, as autoridades britânicas apontam esquemas criminosos por trás das travessias ilegais. Em entrevista para a imprensa inglesa, a secretária do Interior, Suella Braverman, declarou que: O povo britânico espera, com razão, que resolvamos esta crise e é isso que eu e o primeiro-ministro pretendemos fazer. Devemos parar os barcos. É completamente injusto que pessoas venham para o Reino Unido ilegalmente e abusem de nossas leis de asilo para evitar a remoção. Nossas leis serão simples em sua intenção e prática – a única rota para o Reino Unido será uma rota segura e legal.  Acordo para deportação A lei Stop the boats prevê um acordo para facilitar a deportação dos imigrantes ilegais. No ano passado, o então primeiro-ministro inglês, Boris Johnson, fechou um acordo para enviar milhares de imigrantes, muitos deles vindos do Afeganistão, Síria ou outros países em guerra, para Ruanda. A iniciativa deu início a uma grande batalha legal, quando o primeiro voo de deportação para Ruanda foi proibido de decolar por uma liminar do Tribunal Europeu de Direitos Humanos. Em seguida, a Suprema Corte de Londres considerou a ação legal. Regras mais duras para os imigrantes ilegais As pessoas que chegarem ao Reino Unido ilegalmente serão detidas e rapidamente removidas para seu país de origem, se seguro, ou outro terceiro país seguro, como Ruanda, onde receberão apoio. Segundo o primeiro-ministro, em entrevista concedida ao jornal Mail on Sunday: Não se engane, se você vier aqui ilegalmente, não poderá ficar. Eventuais alegações de direitos humanos também só serão avaliadas remotamente, após a remoção da pessoa que entrar ilegalmente. Prisão sem fiança e remoção Os migrantes poderão ser detidos por até 28 dias sem direito ao pagamento de fiança ou revisão judicial, enquanto não houver uma perspectiva razoável de remoção. Em casos excepcionais, se houver o risco real de alguém sofrer danos graves e irreversíveis quando for encaminhado para o novo país de destino, a remoção só será feita quando for seguro. De qualquer forma, o prazo máximo para permanecer no Reino Unido, considerando todos os recursos possíveis, será de 45 dias. Crianças desacompanhadas também serão uma exceção e não serão deportadas. Proibição de retorno ao Reino Unido Ainda de acordo com a nova lei, todos que entrarem ilegalmente para o Reino Unido serão permanentemente proibidos de retornar ou buscar a cidadania britânica no futuro. Países seguros para remoção dos imigrantes Por fim, a lista dos países considerados seguros pelo Reino Unido está sendo ampliada, o que limita a alegação de pedido de asilo, por parte dos que pretendem se refugiar, pelo risco de se sentirem ameaçados nos seus países de origem. Pontos importantes do Projeto de Lei Um dos pontos importantes da nova lei é reconhecer a Albânia como um país seguro, o que facilita todo o processo para enviar de volta os cidadãos albaneses que entram ilegalmente no Reino Unido. Mais de 500 albaneses já foram obrigados a retornar por tentarem entrar ilegalmente desde dezembro de 2022. Pedidos de asilo serão avaliados mais rapidamente O governo também se compromete a acabar, até o final de 2023, com o atraso na avaliação de todos os pedidos de asilo recebidos até agora. E já deu a indicação de que irá reduzir o gasto com hotéis que até então eram utilizados para receber as pessoas cujos casos precisavam ser avaliados antes de serem deportadas. A estimativa do governo é que o custo superava os 6 milhões de libras por dia. A partir de agora, tais pessoas irão aguardar em alojamentos especiais. Investimento e repressão ao crime As autoridades anunciaram também que irão dobrar o investimento em operações de inteligência e no policiamento para combater o crime organizado, especialmente daqueles grupos que estão “contrabandeando” pessoas do norte da França. O trabalho conjunto com a França já impediu quase 33 mil travessias do canal em 2022, contra 23 mil em 2021, graças à Célula de Inteligência Conjunta Reino Unido-França, criada em 2020. Foram identificados 59 grupos criminosos organizados e envolvidos nas travessias de barcos; e mais de 350 prisões foram feitas com base na Lei de Nacionalidade e Fronteiras. Em novembro, um acordo de 63 milhões de libras foi assinado com a França para aumentar o patrulhamento no Canal da Mancha e ampliar o uso de drones. Proteção aos refugiados A restrição para a entrada ilegal, por outro lado, não deverá mudar a posição do país para aqueles que tentar fugir pelas rotas seguras e legais de zonas como o Afeganistão e Ucrânia, que continuarão a ser recebidos. Mesmo assim, o Parlamento definirá um limite anual para o número de refugiados assentados, considerando a capacidade das autarquias para a habitação, os serviços públicos e os apoios que as comunidades justamente esperam. Tais limites poderão ser revistos, em caso de grandes crises humanitárias.

mais de 1 milhao de vagas disponiveis no reino unido
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Mais de 1 milhão de vagas disponíveis no Reino Unido: confira detalhes

Existem mais de 1 milhão de vagas disponíveis no Reino Unido, de acordo com os dados do Office for National Statistics (ONS). A maior parte das ofertas de trabalho são de setores da economia que sofreram com as restrições da pandemia, cujos funcionários estão em licença, além dos impactos causados pelo Brexit. Quer saber mais sobre essas vagas? Então, acompanhe o nosso artigo e descubra como trabalhar nos países britânicos. Mais de 1 milhão de vagas disponíveis no Reino Unido A saída do Reino Unido da União Europeia e as restrições devido à pandemia da Covid-19 certamente trouxeram grandes mudanças no mercado de trabalho do Reino Unido. De acordo com o Office for National Statistics (ONS), entre junho a agosto de 2021, mais de 1 milhão de vagas estão disponíveis no Reino Unido. Esse nível foi superior às taxas durante o período pré-pandemia. Esse cenário, sem dúvida, refletiu no aumento do número de candidatos a emprego. Segundo o site This is Money, em março de 2020, havia 1,2 requerentes por vaga, mas esse número duplicou e chegou a média de 2,2 aspirantes por função em junho de 2021. Os dados foram obtidos de uma análise recente feita pelo site de empregos Adzuna e do Institute for Employment Studies. Para o cofundador da Adzuna, Andrew Hunter, a pesquisa demonstra as transformações no mercado de trabalho no Reino Unido nos últimos três meses. No entanto, alguns setores da economia alertam que essa demanda é muito alta e a escassez de trabalhadores afeta o abastecimento do país e também a recuperação econômica dos países do Reino Unido. Afinal, a falta de mão de obra poderá limitar a capacidade das empresas de atenderem às demandas da população. Em entrevista a BBC UK, Yael Selfin, economista-chefe da KPMG, afirmou que essa pressão irá reduzir com o retorno ao trabalho de muitos funcionários que ainda estão em licença, devido ao coronavírus. Contudo, a expectativa é que as vagas demorem a ser preenchidas devido à falta de qualificação e de estrangeiros no Reino Unido. Quais os empregos com mais vagas no Reino Unido? A Confederação de Recrutamento e Emprego (REC) anunciou no final de agosto o surgimento de 1 milhão de vagas disponíveis no Reino Unido. E, conforme a própria instituição, esses números devem aumentar nos próximos meses. Alguns setores e empresas, na tentativa de encontrar trabalhadores qualificados, solicitaram ao governo a colocação das vagas na Shortage Occupation List. Portanto, essa estratégia permitiria a contratação de pessoas do exterior para preenchimento de vagas em indústrias, supermercados, fast food e pubs do país. Além disso, ainda segundo o REC, alguns setores sofrem mais com a escassez de trabalhadores. Confira abaixo quais são os empregos com maior número de vagas no Reino Unido: Profissão Vagas Motoristas 100.000 Enfermeiros 79.123 Programadores e profissionais de desenvolvimento de software 68.929 Profissionais de ensino de educação infantil e fundamental 30.574 Chefs 29.996 Assistentes de vendas e varejo 26.183 Limpadores e domésticos 24.148 Instaladores de produção e manutenção metalúrgica 19.748 Carpinteiros e marceneiros 6.364 Qual o salário para as vagas abertas no Reino Unido? Diferentemente do Brasil, o salário no Reino Unido é calculado por hora. Assim, os trabalhadores recebem uma quantia proporcional à sua jornada de trabalho, prevista no contrato. Verificamos no site SalaryExpert a média salarial das profissões com maior número de vagas abertas no Reino Unido. Os dados são referentes à 4 de outubro de 2021: Profissão Média salarial anual Motorista de caminhão £32.103 Enfermeiro £47.297 Programador £53.647 Cuidador £21.932 Professor do ensino fundamental £33.400 Chef £32.246 Vendedor do varejo £37.101 Limpador £19.409 Carpinteiro £29.739 Ademais, é importante destacar que o salário mensal pode ser maior a depender das bonificações e qualificação de cada profissional. Além disso, a experiência do trabalhador também influencia no aumento do salário. Como se candidatar para as vagas no Reino Unido Trabalhar na Inglaterra ou nos demais países do Reino Unido é uma excelente forma de ampliar as perspectivas profissionais. No entanto, para conquistar um emprego entre 1 milhão de vagas disponíveis no Reino Unido, o profissional deve estar preparado para se candidatar para as oportunidades de contratação nas empresas britânicas. Portanto, confira abaixo algumas dicas para conseguir uma vaga no Reino Unido na sua área de atuação: Acesse sites de emprego na Inglaterra como o Gov.UK, Reed, LinkedIn e grupos no Facebook e confira as vagas de emprego disponíveis; Verifique se o seu nível de inglês corresponde ao exigido pela empresa; Elabore o currículo em inglês e perfil do LinkedIn; Prepare-se para a entrevista de emprego; Pesquise sobre a localização e o custo de vida em cada região do Reino Unido antes de se candidatar para a vaga de emprego; Organize todos os documentos antes de viajar para o Reino Unido. Precisa de visto para trabalhar no Reino Unido? Sim. Os brasileiros que planejam trabalhar e morar no Reino Unido precisam de visto para serem contratados pela empresa e desempenharem suas funções. O país possui 5 Tiers, usados para classificar os tipos de trabalhadores que desejam migrar para o território britânico. São eles: Tier 1: mais alto nível de classificação, por isso é indicado para empresários e investidores ou profissionais altamente qualificados da área da Ciência e da Arte; Tier 2: profissionais altamente qualificados que irão trabalhar para uma empresa britânica; Tier 3: profissionais com menor qualificação ou vão trabalhar em um emprego temporário; Tier 4: destinado para pessoas que vão estudar por um período superior a seis meses na Inglaterra. Ademais, permite que o indivíduo trabalhe durante a graduação ou pós-graduação, de acordo com os limites da carga horária; Tier 5: destinado para programas de intercâmbio e trabalho, assim como, para quem irá atuar em eventos esportivos, projetos voluntários ou ações humanitárias por até 12 meses. Como solicitar o visto? No início de 2021, o Reino Unido estabeleceu novas regras de imigração. Desde então, os estrangeiros que tiverem interesse em aplicar para o visto de trabalho Tier 2 Visa precisam seguir os critérios do Sistema de Pontos. Ademais, de acordo com o Points-based immigration system, os cidadãos estrangeiros precisam atingir 70 pontos para trabalhar no Reino Unido. Contudo, para fazer a aplicação para este tipo de visto, é preciso cumprir os seguintes requisitos: Ter uma oferta de emprego de uma empresa licenciada pelo Home Office no nível de habilidade exigido; Comprovação de que receberá o salário mínimo relevante da empresa e área de atuação (cerca de £25.600 anual); Comprovar nível de inglês intermediário B1, de acordo com o Quadro Europeu de Referência para idiomas. Assim, após encontrar uma empresa no Reino Unido que possa fornecer o visto, é necessário iniciar o pedido de aplicação de visto através do site do governo. Geralmente, o processo é feito online e, caso todos os documentos estejam corretos, em poucos meses a autorização é liberada. Portanto, se você tem interesse em trabalhar no Reino Unido, a hora é agora. Prepare-se, ganhe fluência no inglês, incremente seu currículo com cursos na área e boa sorte!

Reino Unido poderá ter novo confinamento
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Reino Unido poderá ter novo confinamento: veja a situação atual da Covid no país

Apesar de o primeiro-ministro Boris Johnson afirmar que fará o possível para evitar um novo lockdown no país, este não está totalmente descartado. E pode ser anunciado em breve. Entenda por que o Reino Unido poderá ter novo confinamento. Reino Unido poderá ter novo confinamento A suspeita de que um novo confinamento no Reino Unido está em vias de ser decretado vem, primeiramente, do elevado número de novos casos. Segundo o ministro da saúde do Reino Unido, Matt Hancock, os casos de Covid-19 voltaram a aumentar em um ritmo semelhante ao do início da pandemia, em março. Cerca de 3 mil a 4 mil testes positivos são registrados diariamente. Em termos comparativos, a França vem registrando número superior: 10 mil por dia. Mas Hancock confirmou que as internações hospitalares estão dobrando a cada oito dias, o que é o dado mais alarmante. Novo lockdown está sendo estudado Segundo o jornal Financial Times, ministros britânicos já estariam discutindo novas medidas nacionais para conter o vírus, o que poderia conter definições quanto a um lockdown nacional. Em algumas regiões, lockdowns parciais já estão sendo adotados e o país adotou, recentemente, a regra de proibir reuniões com mais de seis pessoas. No entanto, foram mantidos pelo governo a volta ao trabalho e a reabertura das escolas. Previsões alarmantes para os próximos meses Para complementar, na segunda-feira (21), dois conselheiros do governo, Chris Whitty e Patrick Vallance, apresentaram à imprensa previsões ainda mais preocupantes: que o número de casos diários poderia passar de 3.105, registrados no dia 15 de setembro, para 49 mil em 13 de outubro. E que o número de mortes poderia subir para 200 ao dia até o mês de novembro. O Reino Unido vive, atualmente, o outuno, que favorece a proliferação das infecções respiratórias. Para eles, quando o inverno chegar será “muito desafiador”. "Se não fizermos o suficiente, o vírus decolará, e neste momento está claro que é este o rumo no qual estamos, e se não mudarmos de direção nos veremos com um problema muito difícil", afirmaram, segundo a Reuters. Ainda assim, o ministro da saúde considera o bloqueio como último recurso, mas admite que o governo terá que fazer o necessário para conter o vírus. “Não tenho a resposta agora”, limitou-se a afirmar. O Reino Unido registra, atualmente, o quinto maior número de mortes por COVID-19 no mundo. Panorama da Covid-19 no Reino Unido No dia 21 de setembro, o Reino Unido contabiliza 41.877 mortes por Covid-19, ficando atrás de Estado Unidos (199.552), Brasil (136.895), Índia (87.882) e México (73.493). Já em número total de infectados desde o início da pandemia, ocupa a 14ª posição, com 396.744 casos, segundo a Universidade Johns Hopkins. O país fica atrás de EUA (6.816.046), Índia (5.487.580), Brasil (4.544.629), Rússia (1.105.048), Peru (768.895), Colômbia (765.076), México (697.663), África do Sul (661.211), Espanha (640.040), Argentina (631.365), França (491.553), Chile (447.468), Irã (425.481). Restrições e multa Autoconfinamento Uma medida já tomada pelo governo é a exigência do autoconfinamento em caso de teste positivo de coronavírus. A pessoa infectada deve se autoconfinar por 10 dias. Já quem convive com pessoa infectada deve cumprir quarentena de 14 dias. A regra passa a valer a partir de 28 de setembro. Multas elevadas A multa para quem não cumprir corretamente a quarentena pode ser de mil (mais de seis mil reais) até 10 mil até libras esterlinas (mais de 60 mil reais), dependendo da gravidade e da reincidência. O ministro Boris Johnson afirmou que “a melhor maneira de combater o vírus é que todos sigam as regras e se isolem, caso corram o risco de transmitir o coronavírus". "Ninguém deve subestimar a importância dessas medidas. As novas regras significam que você é legalmente obrigado a aplicá-las", frisou. Brasileiros podem viajar para o Reino Unido agora? Sim. Pessoas que embarcam no Brasil podem ir para o Reino Unido, mas precisam cumprir autoconfinamento de 14 dias ao chegar no país. Precisa fazer quarentena para entrar no país? Sim. Todos que chegam ao Reino Unido vindos de localidades consideradas ainda em situação crítica devem cumprir uma quarentena de 14 dias. O Brasil faz parte desta lista. Para saber quais países não fazem parte da lista restritiva britânica, confira no site do governo -  a lista é atualizada conforme o avanço da doença entre as diferentes regiões. Reino Unido considera aumentar impostos por causa da Covid-19? Segundo a agência AFP, o governo britânico estuda ainda a possibilidade de aumentar impostos. O que serviria para lidar com o rombo causado no orçamento do país com os gastos da pandemia. O aumento pode chegar a 30 bilhões de libras. Mas o governo ainda não confirmou nenhuma informação. Covid reacende a discussão da independência escocesa Outra questão levantada pela pandemia é o retorno do desejo de independência da Escócia. Durante a crise, por inúmeras vezes ficou evidenciada a necessidade de que as decisões sejam tomadas de maneira independente. Isto por Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, vem buscando uma autorização de Londres para fazer um novo referendo sobre a independência, intenção que já tinha desde o Brexit – na ocasião, a maioria escocesa votou contra a saída da União Europeia. Já houve uma votação sobre a questão da independência, em 2014. Foi quando 55% dos escoceses optaram por permanecer no Reino Unido. Agora, depois do Brexit e da pandemia, a resposta pode ser diferente, acredita.

Reino Unido desiste da quarentena obrigatória para 59 países veja a lista aeroporto
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Reino Unido desiste da quarentena obrigatória para 59 países: veja a lista dos países liberados

No dia 3 de julho, o governo de Boris Johnson anunciou que o Reino Unido desiste da quarentena obrigatória para 59 países: veja a lista que exclui Brasil, Estados Unidos e China, entre outros. Reino Unido desiste da quarentena obrigatória para 59 países: entenda Desde 8 de junho, quem chega ao Reino Unido, britânico ou estrangeiro,  é obrigado a cumprir quarentena duas semanas de auto isolamento. A pessoa deixa seus contatos na chegada ao aeroporto e está submetida à fiscalização do cumprimento da medida, sob pena de multa de mil libras – o equivalente a mais de mil dólares e mais de 6 mil reais. Mas, a partir do dia 10 de julho, sexta-feira, os que chegarem de voos provenientes dos 59 países que compõe a lista anunciada pelo governo estarão livres desta exigência. A medida visa minimizar os impactos no turismo gerados pela pandemia de coronavírus e pelas medidas de distanciamento social adotadas até então, entre elas a quarentena. A quarentena obrigatória vinha levantando fortes críticas do setor, gerando até mesmo processos jurídicos contra o governo. A British Airways, por exemplo, alegava juridicamente que cientistas do próprio governo reconheceram que a quarentena teria pouco impacto na transmissão do vírus. Mas retirou o processo assim que a nova medida com a lista de 59 países autorizados foi publicada. O auto isolamento desagradava também parte dos britânicos, impossibilitados de realizar qualquer viagem a turismo – já que deveriam se auto isolar por 14 dias em retorno de viagem. Leia também: como morar no Reino Unido pós-Brexit. O que determina a resolução Segundo a resolução publicada pelo governo na última sexta-feira (3), o viajante não precisará de auto isolamento na chegada à Inglaterra se os países da lista forem os únicos lugares em que a pessoa esteve ou parou nos últimos 14 dias. O documento afirma que: “O governo está convencido de que agora é seguro introduziu estes ‘corredores de viagens’ com alguns países e territórios”. No entanto, a medida valerá, a princípio, para a Inglaterra. Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte têm autonomia para decidir se acompanham ou não a resolução, o que ainda não foi confirmado. Lista dos 59 países sem restrições de entrada na Inglaterra Andorra; Antígua e Barbuda; Aruba; Austrália; Áustria; Bahamas; Barbados; Bélgica; Países Baixos Caribenhos (ilhas de Bonaire, Saba e Santo Eustáquio); Croácia; Curaçau; Chipre; República Tcheca; Dinamarca; Dominica; Ilhas Faroé; Fiji; Finlândia; França; Polinésia Francesa; Alemanha; Grécia; Groenlândia; Granada; Guadalupe; Hong Kong; Hungria; Islândia; Itália; Jamaica; Japão; Liechtenstein; Lituânia; Luxemburgo; Macau; Malta; Ilhas Maurício; Mônaco; Holanda; Nova Caledônia; Nova Zelândia; Noruega; Polônia; Ilha da Reunião; São Marino; Sérvia; Seychelles; Coreia do Sul; Espanha; São Bartolomeu; São Cristóvão e Neves; Santa Lúcia; Saint-Pierre e Miquelon; Suíça; Taiwan; Trinidad e Tobago; Turquia; Vaticano; Vietnã. Como foi feita a escolha dos 59 países? De acordo com o governo britânico, a decisão dos países que integram a lista foi tomada tomando como base estudos epidemiológicos. E foram excluídos os países onde a situação ainda é crítica em relação às contaminações por Covid-19. Brasil e Portugal de fora O fato de Brasil e Portugal, além de outros países, como os EUA, ficarem de fora da lista não significa apenas a limitação de entrada no Reino Unido para quem vem destes países. Mas também que estas nações ficam impossibilitadas de se beneficiarem economicamente com o turismo praticado pelos britânicos. Para Portugal, especialmente, isto significa um impacto relevante. Segundo o Eurostat, o escritório de estatística europeu, os turistas britânicos representaram 11,4% das hospedagens no continente em 2018. Brasil de fora também da lista da União Europeia Nesta semana, o Brasil também ficou de fora da lista dos 27 países da União Europeia que reabriram suas fronteiras. O bloco irá rever a lista de 15 em 15 dias, mas, de acordo com as exigências epidemiológicas, o Brasil ainda deve ficar de fora por um bom tempo. Atualmente, a taxa de novas contaminações no Brasil é de 120 por 100 mil habitantes e a União Europeia exige no máximo 16 novos casos por 100 mil habitantes. Medida não é definitiva O governo ressalta ainda que não hesitará em impor novas restrições, caso o número de infectados por Covid-19 aumente muito tanto no Reino Unido quanto nos 59 países da lista. Atualmente, o Reino Unido tem 285,787 mil casos confirmados de coronavírus e 44,216 mil mortes, segundo a Universidade Johns Hopkins (dados colhidos no dia 3 de julho). E figura entre os quatro países com mais casos fatais, ficando atrás apenas de Estados Unidos e Brasil. O governo começou a levantar os bloqueios de isolamento social apenas em junho, bem depois do restante da Europa. E no dia 4, reabre museus, cinemas, bares e restaurantes. Aproveitar o verão de maneira sensata Em entrevista à rádio LBC, o primeiro-ministro Boris Johnson recomendou aos britânicos aproveitar o verão europeu de maneira sensata. “A minha mensagem é: aproveitem o verão de maneira sensata, para garantir que tudo funcione. Não vamos estragar tudo agora. Precisamos entender que existe sempre um risco”, alertou, temendo a segunda onda de contaminações. Veja as novas regras para viajar para Europa pós-coronavírus.

Reino Unido impõe quarentena de 14 dias a quem chega do exterior
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Reino Unido impõe quarentena de 14 dias para quem chega do exterior

O Reino Unido impõe quarentena de 14 dias para quem chega do exterior. Desde segunda-feira (8), quem chega ao país, seja britânico ou estrangeiro, precisa cumprir duas semanas de auto isolamento. A medida gerou reações, especialmente do setor de turismo, que afirma ser impossível a qualquer turista o cumprimento da medida, o que fará com que o país seja recusado como destino de qualquer viagem. Além disso, a medida inibe qualquer intenção dos próprios britânicos de planejar viagens, já que não foi dada uma data para o fim da exigência. Por que o Reino Unido impôs quarentena de 14 dias para quem chega do exterior? Entenda A decisão de impor o auto isolamento a quem chega ao Reino Unido por 14 dias foi uma decisão do governo do primeiro-ministro Boris Johnson a fim de evitar uma segunda onda de contágio pelo coronavírus. A promessa é que o protocolo seja revisado a cada três semanas, de acordo com os novos casos reportados. Segundo o ministro da Saúde, Matt Hancock, ao canal Sky News: “Introduzimos esta quarentena porque, como o número de infecções diminuiu no Reino Unido, a proporção de infecções procedentes do exterior tende a aumentar” O Reino Unido, um dos países mais afetados pela pandemia, registrou até a data em que começou a valer a nova resolução 40,542 mil mortes por Covid-19 e 287 mil casos de contágio. Vale dizer que as viagens dentro do país ainda são desaconselhadas pelo governo. E apenas viagens essenciais devem ser realizadas. Leia também: morar no Reino Unido pós-Brexit. O que pode acontecer a quem desobedecer a quarentena? Para cumprir a quarentena, os viajantes devem se auto isolar por duas semanas, com saídas apenas para a compra de itens essenciais. Também não devem receber visitas. Quem desobedecer os 14 dias de isolamento poderá ser multado em mil libras – o equivalente a 1,266 mil dólares ou 6 mil reais. Para aplicar as multas, o governo fará contatos telefônicos e fiscalizações aleatórias nos endereços indicados pelos viajantes – ao desembarcar no país, todos passam a ser obrigados a indicar o local em que cumprirão a quarentena. Quem está isento da quarentena? Profissionais da área de transportes, da saúde, trabalhadores rurais e pessoas procedentes da Irlanda ficam isentas da necessidade de quarentena. O governo prometeu estudar também a viabilidade de liberar em breve da quarentena pessoas provenientes de localidades onde o Covid-19 já está sob controle, criando o que se chamou de “ponte-aérea” com áreas livres de risco. Britânicos impossibilitados de planejar férias Além de afastar turistas que trariam dinheiro ao país, a medida frustra também a expectativa dos próprios britânicos em planejar férias. “Mesmo as pessoas que vivem no país e pensariam em viajar em julho ou agosto estão desistindo de fazer reservas. Isto porque ninguém sabe quanto tempo esta regra da quarentena irá durar”, afirmou John Strickland, diretor da JLS Consulting em Londres, para a Bloomberg. “Ficar trancado em casa por duas semanas após uma viagem de férias é algo que muitas pessoas não podem se dar ao luxo de fazer”, disse. Companhias aéreas questionam a quarentena Os setores econômicos mais diretamente afetados pela decisão da quarentena foram as companhias aéreas e o turismo. As companhias aéreas British Airways, EasyJet e Ryanair assinaram um comunicado conjunto, classificando de “desproporcional e injusto” o protocolo do governo britânico. Elas alegam que já foram fortemente impactadas pela crise decorrente das medidas de distanciamento social e fechamento de fronteiras para conter o vírus. E, agora, seriam ainda mais penalizadas. Em comunicado, afirmaram: "Apelamos ao governo britânico para remover esta quarentena ineficaz, que vai ter um efeito devastador na indústria do turismo e vai destruir ainda mais milhares de empregos" Quarentena frustra retomadas das aéreas Antes de começar a valer a quarentena aos viajantes, a British Airways planejava retomar 40% de seus voos em julho. A EasyJet projetava retomar os voos domésticos no Reino Unido a partir de 15 de junho, e retomar 75% de suas operações internacionais até o final de agosto. E a Ryanair planejava retomar 40% de suas operações também em julho. O aeroporto de Heathrow, em Londres, já anunciou que pode ter que cortar um terço de seus 7 mil funcionários se o governo não indicar em breve quando planeja relaxar a regra da quarentena. A Easyjet afirmou que terá que cortar mais de 4,5 mil postos de trabalho para se manter em funcionamento. Atualmente, a empresa conta com 15 mil funcionários. A empresa alega: “Acreditamos que há evidências suficientes e um forte argumento para que a quarentena seja contestada nos tribunais”, disse Johan Lundgren, executivo-chefe da EasyJet, à SkyNews. “Foi uma medida apressada. Não é proporcional”. Em um comunicado ao governo, o International Airlines Group (IAG), proprietário da British Airlines, afirmou que a quarentena imposta aos viajantes não pode ser mais rígida do que aquela aplicada aos infectados pela doença. Disse ainda que as isenções a quem vive na Irlanda e aos trabalhadores que se deslocam entre os demais países europeus tornará a medida ineficaz. "Na nossa opinião, o governo falhou em justificar o regulamento”, alega a empresa. O peso do setor turístico no país não é pouco. O Reino Unido é um dos dez principais destinos turísticos do mundo e atraiu mais de 35 milhões de visitantes em 2019, que movimentaram mais de US$ 50 bilhões na economia. Demais países europeus estão retomando turismo A decisão de Johnson também vai na contramão do que os demais países europeus estão fazendo quanto ao turismo. Com os níveis de infecção por vírus em declínio na Europa, os governos têm facilitado as restrições de viagens, e as praias estão abrindo em lugares como Grécia, Espanha e Portugal. Com isto, governos, turismo e companhias aéreas estão tentando salvar a temporada de verão, quando milhões de pessoas tiram férias na Europa. A Itália abriu fronteiras e liberou a entrada sem quarentena entre viajantes da União Europeia. A Alemanha fará o mesmo no próximo dia 15 de junho. Veja como será viajar pela Europa pós coronavírus nesse artigo. Posicionamento do governo A secretária do Interior do Reino Unido, Priti Patel, justificou a ação do governo à Bloomberg, afirmando que a quarentena de 14 dias é fundamental para evitar uma segunda onda de contágio, que poderia sobrecarregar os hospitais e ser ainda mais prejudicial à economia. Em depoimento disse: “Todos queremos voltar ao normal o mais rápido possível, mas isso não pode ser feito à custa de vidas. Espero que a maioria das pessoas faça a coisa certa e cumpra a quarentena. Mas tomaremos medidas coercivas contra a minoria que optar por colocar em risco a segurança de outras pessoas”. James Slack, porta-voz do primeiro-ministro Boris Johnson, também informou, segundo a reportagem da agência de notícias, que está em análise uma isenção de quarentena para viajantes vindos de localidades em que, comprovadamente, as taxas de infecção estejam baixas. A possível medida seria anunciada em breve pelo governo. A conferir.

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